tag:blogger.com,1999:blog-15077571.post114305753239714574..comments2023-11-03T10:43:39.942+00:00Comments on Casa de Estudos: TV Portuguesa reclamada na GalizaEstudo Geralhttp://www.blogger.com/profile/17905487836368583847noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-15077571.post-1143247262922296212006-03-25T00:41:00.000+00:002006-03-25T00:41:00.000+00:00Então acompanhemos a Entrevista na Página Galega d...Então acompanhemos a Entrevista na Página Galega da Língua-PGL www.agal-gz.org/ ao Prof. António Gil Hernández e a sua lúcida e clara visão da lingua na Galiza.<BR/>Talvez assim se possa compreender o que as associações galegas pela língua conseguiram frente À pressão da castelhanização.<BR/><BR/>Entrevista ao Prof. Gil Hernández no PGL<BR/>III Seminário de Políticas Linguísticas, a decorrer de 26 a 28 de Março, obra do professor António Gil Hernández e a análise da situação sociolinguística galega actual <BR/><BR/>PGL.- É uma das pessoas chave do impusionamento, em seu dia, do <BR/>reintegracionismo organizado. Co-fundador da AGAL, o seu muito <BR/>trabalho dedicado a defesa, promoção e luta pela dignidade do <BR/>português da Galiza serão alvo de estudo e análise e divulgação no <BR/>III Seminário de Políticas Linguísticas, agendado de 26 a 28 de <BR/>Março na Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de Santiago <BR/>e organizado pela Associação Amizade Galiza-Portugal. Do PGL <BR/>quisemos conhecer em primeira mão alguma das opiniões do Prof. Gil <BR/>Hernández, que amavelmente nos atendeu. <BR/>[+...]<BR/><BR/>PERGUNTA: Após três decadas de trabalho sociolinguístico na Galiza, <BR/>resta-lhe um algo por fazer ou por oferecer a respeito? <BR/><BR/>RESPOSTA: Permito-me avisar que o meu trabalho não é estritamente <BR/>sociolinguístico nem propriamente sociológico; talvez nem seja <BR/>trabalho... Eu fui fazendo nos âmbitos do reintegracionismo um jeito <BR/>de atividades diversas que nem sei como denominar: de IDEAÇÃO?, de <BR/>ORGANIZAÇÃO? de AÇÃO? Pode ser. Na realidade os meus textos contêm <BR/>uma mistura desses três aspetos, nem sempre equilibrada. Ousaria <BR/>afirmar que todos eles se ajustam ao que digo na nota inicial do <BR/>livro Temas de Linguística Política: <BR/><BR/>Apenas me aventuro a comentar faces da situação idiomática galega <BR/>antes por mim ignoradas (ou quase). Exponho-as com o intuito de que <BR/>outros, cientistas, sábios ou teorizadores, investiguem (e <BR/>completem) dados, discutam teorias (quase nem esboçadas neste <BR/>texto), compartilhem (ou não) opiniões e o que houver de saberes: <BR/>destarte talvez logrem fazer ciência a partir do que nem alcança o <BR/>rango de experiência arrazoada. <BR/><BR/>Bom, ao caso: Acho que não me «resta» muito a fazer (depois do <BR/>feito); talvez me «some» e me «sume» demais. Quero dizer que (pela <BR/>minha «culpa») estou metido aparentemente num beco sem saída, num <BR/>enguedelho fatal que, como a droga, cria dependência, embora, a teor <BR/>da «racionalidade» nacionalista espanhola, careça de futuro. <BR/>Contudo, é justamente isso que o torna mais aliciante. Pelo menos <BR/>para mim. <BR/><BR/>Seja como for, o verso inicial do poema «Penélope», de Díaz Castro, <BR/>parece ser, para grande parte dos notáveis galegos e dos menos <BR/>notáveis, o guia das suas atuações: «Um passo adiante e dous atrás, <BR/>Galiza.» Essa, para alguns, teima, mas para mim incitamento e <BR/>alicerce de racionalização, acompanha-se doutra teima-incitamento, <BR/>que se compendia no consenso arredor de silêncios sobre pessoas e, <BR/>mormente, sobre assuntos vitais, que parecem envolver esta Terra. <BR/><BR/>PERG.: A AGAL comemora neste 2006 25 anos da sua criação. O que é o <BR/>mais gratificante para você nos 25 anos de reintegracionismo <BR/>organizado? <BR/><BR/>RESP.: A pergunta, como todas, é inocente, mas a resposta não o <BR/>será. Vejamos. Enquanto co-fundador [sic] da AGAL, vou aos cornos do <BR/>touro como forcado, forçado, e respondo: <BR/><BR/>1.- Satisfaz-me a difusão do reintegracionismo. Tenho na mente <BR/>protagonistas certos: Pessoas galegas, nadas nesta Terra ou noutras, <BR/>a julgarem necessário que a Galiza alcance existência digna, como <BR/>conjunto humano, como sociedade organizada. Um dos meios para o <BR/>conseguir, a meu ver elementar, é a língua, mas como no mundo das <BR/>ciências sociais e da política se entende (e funciona): como LÍNGUA <BR/>NACIONAL. <BR/><BR/>Cada vez mais pessoas, acho, entendem que a dignidade da Galiza <BR/>alicerça na dignificação da sua língua e da correlativa rede <BR/>comunicacional, fazendo com que aquela se torne em LÍNGUA NACIONAL, <BR/>a começar pela forma (a ultrapasar a ortografia simples). <BR/><BR/>2.- Porém, não me satisfaz o facto de a concepção reintegracionista, <BR/>lusofónica, ainda carecer de práticas extensas. De atrás venho <BR/>dizendo que, se na Galiza houvesse vinte ou trinta pessoas <BR/>(notáveis) que praticassem consequentemente a Lusofonia, já estaria <BR/>refreada a «guerra normativa» (que lhe dizem). Portanto, não me <BR/>agrada que os notáveis (essas possíveis trinta pessoas...) não <BR/>queiram aproveitar o facto de os países da Lusofonia terem admitido <BR/>a Galiza nos ACORDOS do Rio (1986) e de Lisboa (1990) a meio da <BR/>representação de Organizações Não Governamentais. (E não só porque <BR/>eu estivesse no de Lisboa...) <BR/><BR/>PERG.: Nos últimos anos, no entanto, deu a baixa da AGAL. O que é <BR/>que não gosta da actual linha dessa associação? <BR/><BR/>RESP.: Antes de mais nada hei-de dizer que não dei nenhum passo para <BR/>me retirar da AGAL. Sim reconheço que, como já o tenho explicado em <BR/>mensagens ao PGL, estou longe bastante dos atuais critérios do <BR/>Conselho e da Comissom Linguística, de que fiz parte. <BR/><BR/>Não discuto nem discutirei atividades realizadas ou por realizar; <BR/>não são essas as que me afastam da AGAL. <BR/><BR/>Porém, discuto o encravamento, esse ficar detido, como se algum Ente <BR/>paralisasse a Associaçom e a impedisse aproximar-se do português <BR/>comum, sob o pretexto de não ser forma adequada às falas galegas. <BR/>Discuto-o porque os reticentes a essa aproximação (como hispanófonos <BR/>que também são) têm constância da propriedade do castelhano comum <BR/>relativamente aos diversos e mesmo divergentes castelhanos que pelo <BR/>mundo adiante há. <BR/><BR/>Quando bastantes membros da AGAL singularmente deram o passo às <BR/>formas comuns e, mormente, quando na Lusofonia está a avançar, <BR/>apesar de tudo, a assunção do Acordo de Lisboa, que necessitadamente <BR/>será cumprido num prazo relativamente curto, carece de todo o <BR/>sentido esse teimar em construir uma norma gráfica galega, face (ou <BR/>contra) a portuguesa e brasileira. <BR/><BR/>A meu ver, o trabalho dos notáveis galegos lusófonos deve visar dous <BR/>pontos, fulcrais: <BR/><BR/>a) A ORTOFONIA galega. Acho que não é objetivo menor, sobretudo <BR/>porque o isolacionismo imperante (em que estamos envolvidos) está <BR/>a «fixar» uma fonia nada galega, descerradamente castelhana, mas <BR/>castelhana de Castela, nem sequer andaluza ou canária, que em grande <BR/>medida desvirtuariam menos o sotaque galego (refiro-me ao «sesseio» <BR/>e à pronúncia apical do S, como é habitual na Costa da Morte). Seja <BR/>dito pelo direito, sem reviravoltas. <BR/><BR/>b) O LÉXICO galego (a incluir, por exemplo, preferências sufixais). <BR/>Bastaria tomar como base e ponto de partida os dicionários Estraviz <BR/>(galego), Houaiss (brasileiro) e Malaca (português). <BR/><BR/>PERG.: Por sinal, vê hipôtese de uma [necessária] unidade de acção <BR/>do movimento reintegracionista galego? É possível? <BR/><BR/>RESP.: Essa unidade foi conseguida em diferentes ocasiões. Deveras a <BR/>unidade de ação é necessária, como necessária é a diversificação de <BR/>atividades: Não podem nem devem fazer todos o mesmo; sobejam mais <BR/>explicações, acho. A unidade de ação deve evidenciar-se nas ações ad <BR/>extra, para fora da «Comunidad Autónoma de Galicia», face à <BR/>Galiza «exterior» espanhola (as Astúrias, o Berzo) e face à «Galiza <BR/>portuguesa», face ao Brasil e os PALOPes e, mormente, face às <BR/>instituições, como as «Cortes» espanholas ou o Parlamento europeu. <BR/><BR/>Todavia, há uma unidade prévia, ainda a conseguir, como apontei <BR/>acima: Deve ser ultrapassado o polimorfismo na escrita, que deve ser <BR/>comum. Hoje constituir uma norma gráfica galega, simétrica da <BR/>portuguesa e da brasileira (segundo cá costuma presumir-se) nem para <BR/>dentro nem para fora tem sentido, porque essas são, apesar de tudo, <BR/>variedades da norma gráfica comum, enquanto a norma gráfica galega <BR/>que a AGAL promove não pode ser considerada (a meu ver) simples <BR/>variedade de aquelas. <BR/><BR/>Insisto: Faça a Comissom Linguística da AGAL o seu labor, depois de <BR/>assumir que a Galiza fez parte nos Acordos do Rio e de Lisboa, e <BR/>forneça ao reintegracionismo todo a ORTOFONIA e o LÉXICO galegos <BR/>dentro da norma gráfica comum. <BR/><BR/>Ainda mais: Considero necessário constituir uma ACADEMIA GALEGA DA <BR/>LÍNGUA PORTUGESA, velha proposta e aspiração do amigo Martinho, que <BR/>o «Reino de España» dificilmente permitirá, mas que na República <BR/>portuguesa pode ser legalizada com relativa facilidade. O <BR/>reintegracionismo galego teria então uma referência comum, para além <BR/>de associações e mesmo de atividades diversificadas, que <BR/>contribuiria eficazmente a criar a consciência de universalidade, de <BR/>que tanto precisam a Galiza e os seus notáveis. <BR/><BR/>PERG.: Montero Santalha, de um par de anos para cá, está a divulgar <BR/>um dado esmagador: Nos dias de hoje apenas 5,3% das crianças se <BR/>instalam em galego (ou português da Galiza). Quais as causas para <BR/>termos chegado a essa situação e quais os remédios para revertê-la? <BR/><BR/>RESP.: Curiosa e nada paradoxalmente essas causas (e motivações) são <BR/>re-conhecidas e até compartilhadas por isolacionistas e não <BR/>isolacionistas. Mas que é o que acontece? Uns refugiam-se sob as <BR/>instituições espanholas, depois de as declararem «normalizadoras» <BR/>natas do «galego normativo». Outros (a grande maioria), perante tal <BR/>razoamento «democrático», caem num estado de catatonia social e <BR/>idiomática. Por fim bastantes progredimos como podemos... e como nos <BR/>deixam todos eles. <BR/><BR/>Opino que do «Reino de España» apenas deve esperar-se (e exigir-se) <BR/>que, se for estado democrático, cumpra o «Título I» da sua <BR/>Constitución (1978) e não estorve aos cidadãos espanhóis (que somos) <BR/>o exercício dos direitos fundamentais. Dos artigos desse Título, <BR/>acho que os fundamentais são o 10.º § 2 e o 14.º. Vou permitir-me <BR/>citá-los: <BR/><BR/>«Las normas relativas a los derechos fundamentales y a las <BR/>libertades que la Constitución reconoce se interpretarán de <BR/>conformidad con la Declaración Universal de Derechos Humanos y los <BR/>tratados y acuerdos internacionales sobre las mismas materias <BR/>ratificados por España» e «Los españoles son iguales ante la ley, <BR/>sin que pueda prevalecer discriminación alguna por razón de <BR/>nacimiento, raza, sexo, religión, opinión o cualquier otra condición <BR/>o circunstancia personal o social.» <BR/><BR/>PERG.: Há esperança, porém, para a sobrevivência da língua na <BR/>Galiza? O reintegracionismo, como proposta e como movimento, pode <BR/>ainda ser peça-chave? <BR/><BR/>RESP.: Se dissesse que não há esperança, seria o mais miserável dos <BR/>humanos (apesar de tudo, existem castelhanos humanos...). Há <BR/>esperança enquanto há vida. Contudo, para responder a pergunta, <BR/>acudo a um critério prático, que enuncio assim: <BR/><BR/>«Enquanto o «Reino de España» dedique dinheiros e entidades suas <BR/>(RAGa, ILGa, JdGa, ...) a «normalizar» o «galego normativo», há <BR/>esperança de o Galego ou português galego poder alcançar, contra <BR/>esses dinheiros e entidades, a normalidade, prévia à naturalização <BR/>dos novos utentes.» <BR/><BR/>Por outras palavras: Quando não haja possibilidade de recuo na <BR/>incorporação de utentes de Galego —falantes e/ou escreventes—, desde <BR/>esse momento o «Reino de España» deixará de executar [sic] <BR/>ações «normalizadoras» do seu «galego normativo». <BR/>Aduzirá «razões» «democráticas», que mais ou menos soarão: «Como la <BR/>mayoría ya no quiere hablar gallego, no podemos obligar a que se use <BR/>masivamente. Por lo tanto, dejamos de dar subvenciones y otras <BR/>ayudas.» <BR/><BR/>De facto assim vem procedendo: Quando nega subsídios porque não é <BR/>utilizado o «galego normativo». Quando na distribuição de «axudas» <BR/>não atende à qualidade do texto, mas à obediente fugida de «todo o <BR/>alleo ó galego». Quando são alternativamente premiados os bons <BR/>servidores do Reino (o júri de hoje é amanhã objeto de prémio), etc. <BR/><BR/>Aliás, passaram a reduzir o uso de «galego normativo» nos média ou a <BR/>enredá-lo com a «copla española» e com visitantes egrégios <BR/>hispanófonos... É certo que por vezes aparece nas ondas algum <BR/>lusófono, mas quando, quanto e em que condições? <BR/><BR/>Seja como for, o Reino está a dedicar dinheiros excessivos e muitas <BR/>entidades (com gentes que recebem os dinheiros) a «normalizar» <BR/>o «galego normativo»... Portanto, como acima digo, há esperança para <BR/>o português galego, para a Lusofonia galaica. <BR/><BR/>Qual é o papel do reintegracionismo em todo esse processo? Básico <BR/>e «altúrico». Se os reintegracionistas não tivessem agido e agitado <BR/>na Galiza, haveria tempo que o processo aniquilador do português <BR/>galego (e do «galego normativo»!) estaria muito avançado, muito mais <BR/>avançado do que hoje está. O reintegracionismo, acho, é a base e a <BR/>altura do processo normalizador da sociedade galega e do consequente <BR/>processo naturalizador da sua LÍNGUA NACIONAL.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15077571.post-1143129814987749362006-03-23T16:03:00.000+00:002006-03-23T16:03:00.000+00:00A resposta óbvia: Porque assim a colonização lingu...A resposta óbvia: Porque assim a colonização linguística faz-se muito mais facilmente.<BR/><BR/>Mas decerto haverão outras respostas que deste ângulo de vista eu não vislumbro muito bem. Não acham?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15077571.post-1143076015540193552006-03-23T01:06:00.000+00:002006-03-23T01:06:00.000+00:00Estranhas as dificuldades que a Espanha tem coloca...Estranhas as dificuldades que a Espanha tem colocado aos galegos para terem acesso à televisão portuguesa!? Porquê'<BR/><BR/>Mas conheçam a<BR/>Biblioteca Virtual Galega<BR/>http://bvg.udc.es/index.jsp<BR/><BR/>Videoteca <BR/>Obras Lidas<BR/>Catálogo de obras e autores/as<BR/>Obras disponíveis para leitura<BR/><BR/>Muito bomAnonymousnoreply@blogger.com