27 janeiro 2009


A EMPRESA DO FUTURO

Reflexões sobre o dia a dia

O mundo ocidental está dominado por uma economia de tipo capitalista, onde um número reduzido de grandes multinacionais têm uma influência determinante na organização socio-económica. O aumento do desemprego escapa-se ao controlo dos governos e a sua capacidade para alterar o rumo da situação torna-se cada vez mais difícil. As ajudas sociais ganham cada vez maior importância no mundo moderno, ao possibilitar a sobrevivência de uma grande franja populacional.

Como a percentagem da população activa está a diminuir, o dinheiro dos impostos canalizados para a segurança social começa a escassear, o que num futuro próximo se poderá traduzir num crescimento significativo da pobreza. O espectro da fome instala-se no horizonte. Torna-se urgente o aparecimento de novas formas de organização sócio-económica que garantam os mínimos de subsistência aos mais desfavorecidos. Novos equilíbrios, lentamente, se irão delineando no dia a dia, de modo a colmatar as necessidades mais prementes. A opressão aumentará, por parte de uns, tal como acontecerá com a contestação, por parte de outros. Muitos não se aguentarão, tal como já hoje acontece nos países mais pobres (e não só). Não esquecer que segundo dados da ONU morrem, diariamente, centenas de pessoas à fome com as crianças largamente à “frente do pelotão”.

E, no entanto, será daqui que surgirá a Nova Era. Com o aumento do desemprego, que gerará roubo e violência, com muita agressividade no ar, surgirão também grupos/indivíduos com maior inteligência criativa, porque terão mais tempo livre para pensar, que irão também eles influenciar os nossos dias. E aqui surgirão aquilo que por nós se chamam de “Empresas do Futuro”, umas ainda capitalizando, outras já funcionando gratuitamente, de acordo com as necessidades das pessoas que as compuserem.

Nascer do dia de 15/10/95

(Nota: Duas pequenas expressões mais inusitadas que não resistiram ao passar dos tempos foram actualizadas pelo autor).

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