31 maio 2009

Luís Vaz de Camões (1524?-1580)

"Conforme o amor que tiverdes, assim o entendimento dos meus versos."

"Em Camões existe uma ambiguidade: Amor a uma mulher que é simultaneamente divina. A mulher é tratada como semidiva. A mulher como mediadora para uma experiência do divino. A mulher como aquilo que do plano divino desce ao plano humano."

"Encontra-se também em Camões, um amor mais fino que não quer encontrar o objecto do desejo: o desejado sem consumação é sempre mais perfeito - o amor saudoso".

"A Mulher, o Amor e a Saudade são os objectos da poesia camoneana."

Apontamentos das aulas de Filosofia em Portugal I, Prof. Paulo Borges.

28 maio 2009

Um dia...

For Dad

Senhor Deus, peço-te:
Logo que possas, manda cuequinhas e 'soutiens'
para todas aquelas senhoras pobres do computador do papá...
Amen!
autor desconhecido

Circunstâncias de Lime a Pique


Ofereçam-me lima e limão
Farei talvez limonada...
Limarei quiçá arestas...

Tragam-me para ver outras paragens
Deixem-me sentir com o tacto o cacto...
Permitam-me que não pique os sentidos...

Levem-me a experimentar um novo horizonte
Deitar-me-ei sem obediência à ciência...
Tentarei sentar-me sem resistir à força da gravidade...

Peguem-me a mão pelo pulso
Escutarei o pulsar das estrelas Universo afora...
Vibrarei com o vibrar de cada luzir de luz...

Abram-me portais e o coração
Estou farto desta e de outro género de ilusão...
Quero cair fora o mais rápido possível do imaginário...

Aproveitem-me a boca
Lerei qualquer poema transcrito...
Escutarei o que fôr preciso ouvir primeiro e por último também...

Arrumem-me no fundo de um armário escuro
Arrumarei maneira de me livrar do obscuro...
Sairei nem que seja pelo orifício da fechadura...

Pularei mesmo em andamento....
De qualquer parte das trevas onde me encerrem as circunstâncias
Haja claridade ou exista nada além de nada...

Escrito em Luanda, Angola, por manuel de sousa, a 24 de Maio de 2009, em Dedicação ao Universo e à Luz Inteligente que o governa e lhe dá forma, movimento e vida aparentes...

27 maio 2009

Cantigas de Amigo

Uma experiência do mundo como uma unidade amorosa, onde a música, o canto e a dança surgem associados às próprias poesias, num ritmo de sístole e de diástole, movimento do coração. Aqui se revela o tormento da ausência e a alegria do amor.
António José Saraiva

Aqui, a cultura medieval portuguesa é retratada como uma religião do Amor. Mundo paradisíaco porque Deus é bom para quem tem amor. Uma religião do imanente em oposição a uma religião do transcendente.
Afonso Botelho

É esta religião do amor que vamos encontrar em Camões, com centramento da experiência erótica, fortemente acentuada na Ilha dos Amores.
Paulo Borges

Apontamentos das aulas de Filosofia em Portugal I, Prof. Paulo Borges.

23 maio 2009

Filosofia e Estudos Orientais

Filosofia e Estudos Orientais
Curso de Especialização
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Objectivos: Curso de especialização que visa estudar e aprofundar os princípios e temas fundamentais do pensamento e da cultura oriental (da Índia ao Japão).
Sinopse do curso: Este curso permitirá uma introdução às tradições filosóficas e culturais cultivadas na Ásia (Hinduísmo, Budismo, Confucionismo, Taoísmo, entre outras) possibilitando o conhecimento dos seus principais ensinamentos filosóficos, bem como das suas diferentes práticas, em particular aquelas que se reflectem na vida artística dessas comunidades. Será igualmente dada importância ao modo como o pensamento e a sabedoria oriental reequacionam a relação do homem com o mundo, criando soluções novas para os dilemas com que as sociedades e os indivíduos hoje se confrontam, e serão abordados aspectos fundamentais da relação da cultura e da filosofia portuguesas e ocidentais com as culturas orientais.

Público-alvo: este curso destina-se a todos aqueles (professores, diplomatas, empresários, religiosos, artistas, agentes culturais, entre outros) que pretendam compreender o fenómeno de ressurgimento e popularização do interesse pela cultura oriental e queiram desenvolver o diálogo intercultural.

Responsáveis científicos: Carlos João Correia; Paulo Borges

Equipa de docentes: Paulo Borges; Carlos João Correia
Outros Docentes: Filipa Afonso, Ana Cristina Alves, Fabrizio Boscaglia, Duarte Braga, Antonio Cardiello, Bruno Béu Carvalho, Renato Epifânio, Paulo Guedes, Miguel Gullander, Dirk Hennrich, Beatriz Lobo, Rui Lopo, Joana Luís, Vasco Marques, Paula Morais, Lavínia Pereira, Amon Pinho, Romana Pinho, Ricardo Ventura.

Seminários:
1. Filosofia Clássica Indiana (1ºsemestre)
2. Introdução ao Budismo (1ºsemestre)
3. Oriente/Ocidente: diálogos e cruzamentos (2ºsemestre)
4. O Budismo e o Extremo-Oriente (2ºsemestre)
Unidades de Crédito: 60 UC

Horário do curso: 5ªfeira: 17-20h (1º e 2ºSemestre)
Propinas: 250 euros semestrais (decisão do Director do Departamento de Filosofia)
Os não-licenciados podem candidatar-se, mas serão submetidos a uma entrevista.
Data-limite das candidaturas: 28 de Agosto de 2009
Pré-inscrições: abertas (Secretaria da Faculdade ou E-mail)

Para mais informações:
http://www.carlosjoaocorreia.com/oriente
Contactos:
Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Tel: 21 7920050
Fax: 21 7960063
E-mail:
pauloaeborges@gmail.com;
carlosjoaocorreia@gmail.com;
filomena.martins@fl.ul.pt

22 maio 2009

Pousada de Belmonte

lcs

Os últimos "calhaus" a contar do Sol

"Os pequenos corpos do Sistema Solar são largamente desconhecidos pelo público em geral. Porém, entre eles, encontramos os asteróides e os famosos cometas. Estes são apenas uma pequena parte do conjunto. Outros objectos, com nomes como centauros ou troianos são também muito numerosos e presentemente muito estudados, dado pouco ainda se saber sobre eles", reconhece Nuno Peixinho, investigador do Centro de Física Computacional e do Observatório Astronómico da UC.

"Crê-se que a maioria destes corpos têm algum grau de parentesco, mas muito está ainda por determinar. Quase tudo o que se sabe sobre estes pequenos corpos é obtido estudando a luz que estes reflectem do Sol", avança.

(...)

(in, Ciência Hoje, Revista on-line)

21 maio 2009

Apontamentos Filosóficos 2

"Os Portugueses são mais saudosos que outros povos, o que permite um sentimento único de Amor e Ausência - os pais da Saudade."
D. Francisco Manuel de Melo


"A saudade provém do coração, não provém do entendimento. É um bem que se padece e um mal que se deseja. Amarga e doce, triste e alegre. Na saudade fundem-se os contrários."
D. Duarte


"Elemento fundamental da saudade portuguesa são as cantigas de amigo, poesia galaico-portuguesa, anterior à poesia provençal. O pensar como se se fosse a coisa amada."
Paulo Borges

20 maio 2009

O legado de Agostinho da Silva

(...)

Sobre o legado que Agostinho da Silva nos deixou, neste período de 15 anos que sucedeu ao seu desaparecimento físico, e em que de uma forma, mais ou menos, activa, fomos participando, quantificaremos algumas instituições que por cá se foram desenvolvendo.

Em primeiro lugar, fazer referência à Associação Agostinho da Silva e deixar uma palavra a uma das suas fundadoras, Maria Violante Vieira, Presidente da UNICEF em Portugal, com a qual tivemos oportunidade de privar depois que Agostinho da Silva faleceu, e com a qual algumas vezes conversámos sobre a criação da Associação, na qual se constituímos como um dos seus associados.

Em segundo lugar, umas palavras sobre a Livraria Uni Verso, de Setúbal. O Professor Agostinho da Silva, numa das cartas que trocámos, corria o ano de 1992, disse-nos que tinha uns amigos em Setúbal, proprietários da dita Livraria e que seria bom que por lá passássemos a levar cumprimentos seus. Assim fizemos.

Verificámos que na altura dinamizavam-se na Livraria Uni Verso uns Cursos Livres, designados por Estudos Gerais, subordinados a vários temas, talvez em recordação da primeira Universidade Portuguesa e seu Estudo Geral, iniciados em Portugal sete séculos antes, pelo Rei D. Dinis.

Foi também na Livraria Uni Verso que se iniciaram as comemorações de uma Festa que se realiza todos os anos em Setúbal, desde 1990, a Festa do Culto Popular do Espírito Santo, apadrinhada por Agostinho da Silva e cujas raízes históricas remontam em Portugal ao século XIII, então instituídas pela Rainha Santa Isabel. Em Setúbal, sempre as Festas se comemoram no Domingo de Pentecostes decorrendo, portanto, este ano no dia 31 de Maio.

Em terceiro lugar, mencionar a existência desde 2004, da Escola Aberta Agostinho da Silva, em Alhos Vedros, com vários tipos de cursos e actividades, a funcionar num ambiente de educação não formal e inspiradas a partir do espírito pedagógico do Professor.

Por fim, uma última referência para o (MIL) Movimento Internacional Lusófono e para a “Nova Águia”, revista que lhe está associada, e nos quais integramos, respectivamente, a Comissão Coordenadora e o Conselho Editorial.

O MIL, um movimento cívico e cultural, fundado no início do ano transacto, nasceu no interior da Associação Agostinho da Silva, inspirando-se na ideia do Professor que em meados do século passado já falava da necessidade de juntar os países de Língua Portuguesa numa manifestação de vontade comum. Mas para lá de Agostinho da Silva, muitos outros reflectiram sobre o tema. Já Fernando Pessoa, por exemplo, dizia que “A minha pátria é a Língua Portuguesa”.

Como sabemos, esta ideia ganhou materialização política com a criação da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), em Julho de 1996.

Luis Santos

(in, Jornal o Rio nº232, de 19/5/2009)

17 maio 2009

Apontamentos Filosóficos

" Desterrado dos deuses também eu agora faço parte deste mundo por ter mantido a discórdia..." (Péricles)

"A alma não é humana. A humanização é permitida a uma alma que observou a verdade de uma forma mais demorada" (Platão)

" Há uma despotenciação ontológica nos que se afastam da natureza. A grande virtude não é viver na separação, mas no regresso à natureza (ao estado primordial)" (Empédocles)

(pequenos excertos que vêm da Grécia Antiga)

16 maio 2009



Talvez a 3ª Feira do Livro mais antiga do país, logo a seguir à Feira do Livro de Lisboa e Porto.

14 maio 2009

Estão a mentir-nos sobre os piratas da Somália

Quem imaginaria que em 2009, os governos do mundo declarariam uma nova Guerra aos Piratas? No instante em que você lê esse artigo, a Marinha Real Inglesa – e navios de mais 12 nações, dos EUA à China – navega rumo aos mares da Somália, para capturar homens que ainda vemos como vilões de pantomima, com papagaio no ombro. Mais algumas horas e estarão bombardeando navios e, em seguida, perseguirão os piratas em terra, na terra de um dos países mais miseráveis do planeta. Por trás dessa estranha história de fantasia, há um escândalo muito real e jamais contado. Os miseráveis que os governos "ocidentais" estão rotulando como "uma das maiores ameaças do nosso tempo" têm uma história extraordinária a contar - e, se não têm toda a razão, têm pelo menos muita razão.
...
O governo da Somália entrou em colapso em 1991. Nove milhões de somalianos passam fome desde então. E todos e tudo o que há de pior no mundo ocidental rapidamente viu, nessa desgraça, a oportunidade para assaltar o país e roubar de lá o que houvesse. Ao mesmo tempo, viram nos mares da Somália o local ideal onde jogar todo o lixo nuclear do planeta.

Exactamente isso: lixo atómico. Mal o governo se desfez (e os ricos partiram), começaram a aparecer misteriosos navios europeus no litoral da Somália, que jogavam ao mar contentores e barris enormes. A população do litoral começou a adoecer. No começo, erupções de pele, náuseas e bebés malformados. Então, com o tsunami de 2005, centenas de barris enferrujados e com vazamentos apareceram em diferentes pontos do litoral. Muita gente apresentou sintomas de contaminação por radiação e houve 300 mortes.

Quem conta é Ahmedou Ould-Abdallah, enviado da ONU à Somália: “Alguém está jogando lixo atómico no litoral da Somália. E chumbo e metais pesados, cádmio, mercúrio, encontram-se praticamente todos.” Parte do que se pode rastrear leva directamente a hospitais e indústrias europeias que, ao que tudo indica, entrega os resíduos tóxicos à Máfia, que se encarrega de “descarrega-los” e cobra barato. Quando perguntei a Ould-Abdallah o que os governos europeus estariam fazendo para combater esse “negócio”, ele suspirou: “Nada. Não há nem descontaminação, nem compensação nem prevenção”.

Ao mesmo tempo, outros navios europeus vivem de pilhar os mares da Somália, atacando uma das suas principais riquezas: pescado. A Europa já destruiu seus stocks naturais de pescado pela super-exploração e, agora está super-explorando os mares da Somália. A cada ano, saem de lá mais de 300 milhões de Atum, camarão e lagosta; são roubados anualmente, por pesqueiros ilegais. Os pescadores locais tradicionais passam fome.

Mohammed Hussein, pescador que vive em Marka, cidade a 100 Kilómetros ao sul de Mogadishu, declarou à Agência Reuters: “Se nada for feito, acabarão com todo o pescado de todo o litoral da Somália”.

Esse é o contexto do qual nasceram os “piratas” somalianos. São pescadores somalianos, que capturam barcos, como tentativa de assustar e dissuadir os grandes pesqueiros; ou, pelo menos como meio de extrair deles alguma espécie de compensação.

Os somalianos chamam-se “Guarda Costeira Voluntária da Somália”.. A maioria dos somalianos os conhecem sob essa designação. [Matéria importante sobre isso, em The Armada is not a solution”.] Pesquisa divulgada pelo site somaliano independente WardheerNews informa que 70% dos somalianos aprovam firmemente a pirataria como forma de defesa nacional”.

Claro que nada justifica a prática de fazer reféns. Claro, também, que há gangsters misturados nessa luta – por exemplo, os que assaltaram os carregamentos de comida do World Food Programme. Mas em entrevista por telefone, um dos lideres dos piratas, Segule Ali disse: “Não somos bandidos do mar. Bandidos do mar são os pesqueiros clandestinos que saqueiam nosso peixe.” William Scott entenderia perfeitamente.

Porque os europeus supõem que os somalianos deveriam deixer-se matar de fome passivamente pelas praias, afogados no lixo tóxico europeu, e assistir passivamente os pesqueiros europeus (entre outros) que pescam o peixe que, depois, os europeus comem elegantemente nos restaurantes de Londres, Paris ou Roma? A Europa nada fez, por muito tempo. Mas quando alguns pescadores reagiram e intrometeram-se no caminho pelo qual passa 20% do petróleo do mundo... imediatamente a Europa despachou para lá os seus navios de guerra.

A história da guerra contra a pirataria em 2009 está muito mais claramente narrada por outro pirata, que viveu e morreu no século 4 aC. Foi preso e levado à presença de Alexandre, o Grande, que lhe perguntou “o que pretendia, fazendo-se de senhor dos mares.” O pirata riu e respondeu: “O mesmo que você, fazendo-se senhor das terras; mas, porque meu navio é pequeno, sou chamado ladrão; e você, que comanda uma grande frota, é chamado de imperador. ”Hoje, outra vez, a grande frota europeia lança-se ao mar, rumo à Somália – mas... quem é o ladrão?

Autor: Um cidadão do mundo
(enviado por um amigo)

11 maio 2009


Fotografia tirada dia 3-04-2009, no cortejo da queima das fitas , em Coimbra (enviada por uma amiga)

10 maio 2009

O Quinto Império

Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!

Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz -
Ter por vida a sepultura.

Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem
Que as forças cagas se domem
Pela visão que a alma tem!

E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.

Grécia, Roma, Cristandade,
Europa - os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?

(Fernando Pessoa, A Mensagem)

A Quinta do Império

Foto: autor desconhecido.
Quando se sai do Largo da Graça em direcção ao rio há um caminho ainda muito marcado pelas formas da natureza. Antes de chegarmos ao Rio, a Quinta do Império. Desconhecemos a origem do nome. Mas Império faz-nos recordar o tempo do Tratado de Tordesilhas, quando com nuestros hermanos combinámos dividir o planeta ao meio para não nos atrapalharmos na sua exploração. Tempos em que, de facto, construimos um Império. O Padre António Vieira falava do Quinto Império. E o Quinto Império existiu, embora não se saiba se foi em versão final, se em versão adiada. Ou, como diz Pessoa, "(...) Cumpriu-se o mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal!" (in, A Mensagem).

08 maio 2009

D. João I, o Mestre de Avis

foto lcs

O Largo da Graça

A Quinta da Graça, da qual se pode ver um pedacinho na foto em baixo, tem entrada pelo Largo da Graça. Outrora um amplo espaço desnudado, onde se jogava futebol, o Largo da Graça é hoje largamente ocupado pelo Centro de Saúde. Por ali se situava o antigo Palácio da Graça, agora já completamente destruído, talvez o lugar de repouso de famílias reais, talvez o lugar em que o Rei D. João I fez o luto de sua esposa, a Rainha Filipa de Lencastre, talvez o lugar onde se discutiram parte dos planos para a conquista de Ceuta, primeira etapa dos Descobrimentos Portugueses, corria o ano de 1416. Talvez. Muito provavelmente também o recém canonizado Condestável, Nuno Álvares Pereira, terá por aqui estado.

04 maio 2009

O Universo

Sim, talvez seja exagero....
este mau hábito de tudo e nada pensar,
dá-me sempre que falar.

Não falemos então de tudo,
porque tudo pode ser muita coisa, qualquer coisa...
E o nada?
O nada implica um fundamento de liberdade para o homem....

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea
Espaço vazio, em suma
O resto, é a matéria

Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.

Gau + A. Gedeão

01 maio 2009

Democracia Representativa vs. Democracia Participativa

Agora que os Partidos da nossa “democracia circular” se preparam para encher os cofres com sacos de supermercado com dinheiro de construtores civis e banqueiros é - mais do que nunca - o momento de assinar a

Petição em prol de uma verdadeira democracia representativa

e dar o nosso contributo para uma petição que será entregue na Assembleia da República logo que reunir os requisitos legais mínimos e que contribua para cessar com esta efetiva “tirania dos Partidos” permitindo:
“- que, nas Eleições Legislativas, os Deputados possam ser eleitos como independentes ou em listas não partidárias;
- que todos os Deputados, ainda que integrados em listas partidárias, respondam em primeiro lugar aos Cidadãos que os elegeram e não aos respectivos Partidos, de modo a que jamais se possa de novo ouvir um Deputado dizer que votou num determinado sentido apenas por “disciplina partidária”, como, tantas vezes, tem acontecido.”

Recordemo-nos que a nova Lei permitirá aos Partidocratas receberem em “dinheiro vivo” mais 60 vezes do que a lei anterior, ou seja, mais de um milhão de euros num único saco de plástico do Continente!

Ler também:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1377601
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1377601

-- MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO (http://www.movimentolusofono.org/)Blogue associado: NOVA ÁGUIA: O BLOGUE DA LUSOFONIA (novaaguia.blogspot.com)SEDE: ASSOCIAÇÃO AGOSTINHO DA SILVA (Rua do Jasmim, 11, 2º – 1200-228 Lisboa; E-Mail: AgostinhodaSilva@mail.pt; Tel.: 21 3422783 / 96 7044286; http: http://www.agostinhodasilva.pt/; NIF: 503488488; NIB: 0033 0000 2238 0019 8497 2)