30 outubro 2007

Uma Língua de Fogo

10.

Depois de tanto tempo
à procura de mim,
até que enfim,
encontrei Portugal

Daqui a mais um tempo
talvez ache pouco, é normal
em vez de cantinho europeu
terei vínculo mundial

E se o pensamento tudo pode
é só mais um passo, afinal
apanho o comboio da Física
rumo à escala universal

Grande e pequeno, longe e perto
no fundo é tudo igual
logo sou de Alhos Vedros
que é a minha terra natal.


(Fim do 1º capítulo)

Baleal


Foto de Raul Costa

Os Anjos

Graças aos trabalhos de um teólogo místico do século VI, chamado Dionísio, o Areopagita, chegaram até nós os conhecimentos dos anjos. Seus livros, Hierarquia Celestial, Os Nomes Divinos e Dez Cartas, foram a base de toda a angelologia cristã.

in, http://www.meuanjo.com.br/miolo.php?page=descubra

26 outubro 2007

"Do Eu Ao Canto Eterno Do Não Ser"

Do Nada virei Luz...
Do Quasi-Vazio das Trevas fiz-me Filosofia...
Do Pó fui moldado em Forma de Algo...
De Um Pedaço de Nada transformei-me em Vida...
De Molécula Oceânica evolui para Larva de Peixe...
De Minhoca passei a Mosca...
De Insecto acabei sendo Pássaro...
De Ser Rastejante Dinossaurico tornei-me Erectus...
Da Sebenta sou agora na Senda da Consciência Eterna...

Perto estou da mistura com o resto do Universo...

Escrito em Luanda, Angola, a 18.10.2007, por manuel de sousa, em Homenagem ao Pensamento que emana da Fonte da Una Consciência Universal...

Imagens do Hubble


A Galáxia do Sombrero - distante 28 milhões de anos luz da Terra - foi eleita a melhor foto, captada pelo Hubble. As dimensões desta Galáxia, oficialmente denominada M104, tem uma aparência espetacular. Ela têm 800 bilhões de sois e um diâmetro de 50.000 anos luz (um ano luz tem 9.454.254.955.488 km de comprimento).

Uma Língua de Fogo


9.

E eu vou por meio das cores
falam de inimigos
eu só vislumbro amores
e renasço em amores esquecidos.

23 outubro 2007

Jantar Tertúlia "Agostinho da Silva"

No Sábado, dia 27 de Outubro, contaremos com mais um convidado para dar continuidade ao ciclo «Agostinho da Silva no Cafexperimental». Trata-se do investigador brasileiro Amon Pinho que nos virá falar sobre «Auto-exílio e novos rumos de pensamento: Agostinho da Silva e a Ibéria no espelho da Ibero-América».

Doutorado pela Universidade de São Paulo, com uma tese sobre o percurso teórico e político de Agostinho da Silva desde a sua juventude, Amon Pinho é actualmente membro dos Projectos “Agostinho da Silva: Estudo do Espólio” e “A Questão de Deus. História e Crítica”, ambos vinculados ao Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa.

Entre outros escritos, é autor de Hermenêutica e Materialismo Histórico na Encruzilhada da História: Leituras especulares de Gadamer e Benjamin; Notas sobre europeísmo e iberismo no pensamento de Agostinho da Silva; e de O Pensamento Político do Jovem Agostinho da Silva: da primeira Faculdade de Letras do Porto e da Renascença Portuguesa ao ingresso no grupo Seara Nova; É co-organizador do In Memoriam de Agostinho da Silva: 100 anos, 150 nomes. Corroios, Portugal: Zéfiro, 2006; e do Caderno de Lembranças, autobiografia de Agostinho da Silva, igualmente publicado pelas Edições Zéfiro

Data: Sábado, 27 de Outubro de 2007

Horário: a partir das 20h00

Local: Frei Agostinho da Cruz 34 – Setúbal

Informações: 265530087 ou 918267999

Contacto:
cafexperimental@mail.telepac.pt
www.cafexperimental.pt

Ementa: Menu Vegetariano

Preço: 8 Euros
Marcação até ao dia 25 de Outubro 2007 . Obrigado!

21 outubro 2007

Faleceu José Aparecido de Oliveira, um dos idealizadores da CPLP

O idealizador e um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), José Aparecido de Oliveira, morreu sexta feira aos 78 anos em Belo Horizonte, devido a uma insuficiência respiratória.
Ex-embaixador do Brasil em Portugal, ex-ministro da Cultura e ex-governador do Distrito Federal, o político mineiro estava internado desde há 18 dias com um dos pulmões afectado por um cancro.
O corpo de José Aparecido está a ser velado no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, e será enterrado hoje na sua cidade natal, Conceição do Mato Dentro, a cerca de 160 quilómetros de Belo Horizonte.
No estado de Minas Gerais e no Distrito Federal foi decretado luto oficial por três dias.
José Aparecido de Oliveira começou a sua carreira política como secretário particular do ex-presidente Jânio Quadros, em 1962.
Nesse mesmo ano, foi eleito deputado federal pela União Democrática Nacional (UDN).
Em 1964, teve o mandato suspenso após o golpe militar, voltando à Câmara dos Deputados apenas em 1982.
No início da década de 1980, foi um dos principais parceiros do influente político Tancredo Neves, que mais tarde viria a ser Presidente, embora tenha morrido antes de tomar posse.
Essa proximidade com Tancredo fez com que José Aparecido fosse nomeado governador do Distrito Federal, entre 1985 e 1988.
Foi depois ministro da Cultura no governo do então Presidente José Sarney, de Setembro de 1988 a Março de 1990.
No governo do ex-Presidente Itamar Franco (1992-1994), Aparecido de Oliveira foi embaixador do Brasil em Portugal, ocasião em que impulsionou a criação da CPLP.
O seu último cargo político foi como assessor especial de Relações Internacionais na administração de Itamar Franco no governo de Minas Gerais (1999-2003).
Em nota divulgada à imprensa, o governo brasileiro lamentou profundamente a morte do embaixador José Aparecido de Oliveira.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, está a representar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no velório em Belo Horizonte.


© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Goa e Portugal: Ligados pelo Futebol

O esporte e a política não se devem misturar, mas apesar do que todos dizem, é a historia e política que fazem dos jogos Madrid - Barcelona ou EUA - Irã ou Índia - Paquistão, o grande apelo para serem vistos.

Por esta lógica, os indianos deveriam olhar com desprezo a equipe inglesa de futebol, o país que foi seu antigo colonizador. Mas pelo contrário, depois da equipe brasileira, os indianos admiram a armada Inglesa.

Em uma escala similar, está a ligação de Goa a Portugal. Goa é um dos menores estados da Índia, mais conhecido por suas belezas naturais e como um destino turístico famoso, mas foi com o futebol que Goa se sobressaiu na Índia.

É sabido bem, que em Goa, a paixão e a emoção pelo futebol, o transformou em esporte nacional. O futebol é indubitàvelmente o esporte mais popular em Goa e é enraizado na cultura de Goeses. A historia do jogo data a 1883, ano em que o esporte foi introduzido aqui por um padre inglês, muito antes de se transformar em paixão no estado.

O anúncio recente da imprensa de que o clube do futebol de Dempo fez um acordo de intercâmbio com os campeões FC Porto da liga de Portuguesa, para um programa de intercâmbio, veio sem nenhuma surpresa. Agora os jogadores do clube irão a Portugal e treinarão com os peritos lá e vice-versa.

Portugal governou Goa por 400 anos. Era uma colônia portuguesa desde os inícios do século 16, logo depois que Vasco-da-Gama transpôs o Cabo da Boa Esperança e descobriu a rota pelo mar, para Índia, em 1498. A administração portuguesa terminou 1961 quando o exército indiano entrou neste minúsculo enclave litoral com kilómetros de praias bonitas, e expulsou os portugueses.

Mas o Estado ainda tem um sabor português que o distingue. As camisetas de futebol portuguesas saem da prateleira sempre que há uma Copa do Mundo ou Campeonato Europeu. Os bares e pubs em todo o estado se preparam para transmitir os jogos em telas gigantes enquanto cerveja e o Feni, a bebida local do caju, vão sendo bebidas.

Você pode argumentar que, hoje em dia, esta cena é comum em toda parte da Índia, mas em Goa, realmente se detecta que os sentimentos são enraizados. Você teria que estar aqui, para ver a emoção que contagiou o Estado de Goa quando Portugal alcançou o final do Euro 2004. A maioria dos torcedores de futebol de Goa está ligado ao seu antigo colonizador. As bandeiras portuguesas podiam ser vistas em toda parte. Caras coloridas novas e velhas com as cores portuguesas. É realmente um caso de Goa. Assim, até a igreja da capital, Panjim, juntou-se à euforia, organizando uma reza especial para Portugal após o encontro de domingo. Acredite ou não!

Muitos dos clubes de futebol em Goa ainda têm nomes portugueses como Vasco esporte clube, Esporte clube de Goa, Clube de futebol de Fransa Pax (agora fechado) etc. Você pode também ver que outros nomes portugueses são ainda prevalecentes no Estado - em estradas, edifícios e sobrenomes.

Uma outra razão para esta afeição pode ser interpretada pelo fato que, após a administração portuguesa que terminou em 1961, muitos emigraram de Goa para Portugal. Ainda, a lei portuguesa da nacionalidade, dá a alguém nascido hoje, mas que teve um avô ou a avó nascido na Índia-portuguesa antes de 1961, o direito de pedir a nacionalidade portuguesa.

Assim há muitos que têm parentes espalhados em ambos os países. Se pode dizer, com segurança, que na última década ou assim, o ódio e os sentimentos negativos pela administração colonial, deram lugar a um amor sincero, ao menos quanto se trata de futebol.

O esporte registra a tendência de unir povos, pois os sentimentos amargos dos Goeses contra à administração colonial, parecem ter sido superados pela ponte que o futebol construiu. Goa pôde ter ganhado sua liberdade, há aproximadamente 46 anos, mas Portugal e sua equipe do futebol governam ainda os corações de muitos, neste paraíso no litoral da Índia.

Se algum de vocês ainda não experimentou esta surpreendente ligação entre Portugal e Goa, então já tem uma boa razão para reservar suas passagens para Goa para ver Euro 2008.


Chetan Bambolkar
in, dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br

Significado de "holístico"

A palavra holístico significa «relativo a holismo; que busca um entendimento integral dos fenómenos; holista». Por sua vez, o holismo é a «abordagem, no campo das ciências humanas e naturais, que prioriza o entendimento integral dos fenómenos, em oposição ao procedimento analítico em que seus componentes são tomados isoladamente [Por ex., a abordagem sociológica que parte da sociedade global e não do indivíduo.]».

Sabe que a Amnistia Internacional nasceu quando um cidadão inglês leu uma notícia, segundo a qual um estudante da Universidade de Coimbra fôra preso em Lisboa por, num café, ter feito um brinde à liberdade?

A Língua Portuguesa está em 7º Lugar

Os internautas que falam inglês são os que mais usam a rede, segundo pesquisa da Worldstats.com. Em segundo lugar estão os asiáticos. Dos atuais 1,2 bilhão de pessoas que usam a Internet no mundo, 31% (366 milhões) tem o inglês como sua língua materna.
Os chineses, por sua vez, estão em segundo, mas registram taxas significativas de crescimento, em sete anos o número de usuários aumentou cinco vezes. Atualmente, existem 184 milhões (15,7% do total) de internautas dessa origem.
Em terceiro colocado estão os 102 milhões de pessoas que falam espanhol (8,7% do total), seguido do japonês (com 86 milhões ou 7,4%), francês (com 5% ou 59 milhões). A sequência por idiomas fica nessa ordem: alemão (com 5%, 59 milhões), português (4% ou 47 milhões), coreano (2,9% ou 34 milhões), italiano (2,7% ou 31 milhões) e o árabe (2,5% ou 29 milhões).
Por região, a Ásia lidera na quantidade de internautas (437 milhões), mas com uma taxa de penetraçãode somente 12% da população, o que deixa uma enorme margem de crescimento. Da Europa estão contabilizados 322 milhões de internautas e entre os norte-americanos, 233 milhões, com uma taxa de penetração de 40% e 70%, respectivamente.


in, dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br

18 outubro 2007

Uma Língua de Fogo


8.

Um em Três

Deixem-me agora que lhes diga
que quase tudo o que escrevo
não sou eu, nem sei se devo
é o destino que me obriga

De facto,
tudo, ou quase tudo, o que faço
não sou eu, é o que passo

Sou até levado a pensar
que naquilo em que me vês
não é de uma pessoa só
é de, pelo menos, mais Três

E nas voltas do sem fim
se julgo o que a vida me deu
vejo afinal que tudo é deles, não meu
são só serviços que vão de mim
(como nos contou e com muito carinho
o bom amigo Agostinho).

Give Up


Foto de Raul Costa
http://www.pbase.com/aliusvetus

16 outubro 2007

O Elmo de Mambrino

Eu tenho esta fotografia guardada há anos e ainda hoje não consigo deixar de olhar para ela.
Não esteja à espera que eu venha aqui com ironias mesquinhas sobre o facto de aquele jovem maoista e revolucionário de ar pensativo, ser hoje um liberal e presidente da Comissão Europeia. Acontece que eu olho, olho, olho e não consigo deixar de olhar. O que é que me fascina nesta fotografia?
Não é o prazer de imaginar um Durão Barroso anterior a Durão Barroso, vociferando contra a burguesia em nome da ditadura do proletariado. Muito antes de conhecer Heraclito, vi Rui Jordão a jogar no Sporting e Laranjeira a jogar no Benfica. Aprendi, desde então, que o caminho que se sobe é o mesmo que se desce.
O que me fascina é a convicção com que Durão Barroso estará a pensar no que estará a pensar. Poder ver o rosto de alguém que está absolutamente convicto do que está a pensar, sabendo-se que, hoje, está absolutamente convicto de que estava absolutamente enganado no que estava a pensar.
É um pouco como ver a imagem de Diana de Gales a sair pela porta giratória do hotel, minutos antes de morrer. Ver o rosto de alguém que sabemos que vai morrer sem saber que vai morrer.
Eu acho os mecanismos da convicção, espantosos. Para mim, a obra que melhor fala sobre a convicção chama-se D. Quixote de La Mancha. Foi escrita por Cervantes mas poderia ser escrita, fossem eles romancistas, por Platão, Montaigne, Descartes, Espinosa, Hume ou Nietzsche.
Tudo ali cheira a ilusão, a aparência, a falsidade, a mentira. Mas ilusão, aparência, falsidade e mentira, vividas com a maior das convicções.
D. Quixote olha para uma taberna e vê um castelo. Olha para uns pobres coitados e pensa que são fidalgos. Olha para um barbeiro com a sua tigela de metal na cabeça e julga tratar-se do mítico elmo de Mambrino. São mil e tal páginas cheias de ilusões.
Até aqui nada de anormal. D. Quixote é louco e os loucos são mesmo assim. Só que, ao mesmo tempo, D. Quixote está absolutamente convicto do que vê. E como prova ele tal convicção? Assim: " Tudo o que contei o vi com os meus próprios olhos e o toquei com estas minhas mãos".
Ora aqui está! Perguntassem a Durão Barroso, praguejando contra a democracia parlamentar, se estava convicto das suas ideias, que responderia ele? Que eram tão evidentes como se as visse com os seus próprios olhos e as tocasse com as suas próprias mãos.
É neste sentido que faz falta o saudável cepticismo dos filósofos. Gente que nem sempre vê o que os outros pensam que vêem, nem toca com as mãos o que outros pensam que tocam. E que vê com os seus olhos o que os outros nem sempre vêem e toca com as mãos o que os outros nem sempre tocam.
E não penso apenas nos alucinados Quixotes e Durões Barrosos deste mundo. Há alguém de quem nos esquecemos muito mas cuja "loucura" Cervantes passa o tempo a lembrar: Sancho Pança.
D. Quixote é louco com as suas convicções. Mas Sancho Pança está convicto da convicção de D. Quixote. D. Quixote é louco mas Sancho Pança vive na sombra da loucura do amo. D. Quixote, o louco, promete a Sancho torná-lo governador. Sancho vive na esperança de ser tornado governador por D. Quixote.
No final da obra, após um longo sono, Quixote acorda curado: "Já não sou D. Quixote de La Mancha, mas Alonso Quixano". E nega convictamente tudo aquilo em que convictamente acreditou.
Eu nunca morri por isso não sei bem o que se pensa quando se morre. Mas se calhar é como aconteceu a Quixote. Olha-se para trás e tudo em que acreditámos parece ilusório. E perdemos todas as convicções.
Talvez, nesse momento, todos os elmos que vimos ao longo da vida se transformem em simples tigelas de barbeiro.

José Ricardo Costa
jr_costa@clix.pt
in, dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br

Puxa, que pobreza cultural...

Pelo que vi e ouvi em recente "tour" pelo norte de Portugal, guias turísticos falando castelhano para um grupo majoritariamente de língua portuguesa, apesar de estarem em território português, faz-me suspeitar que em breve a lingua portuguesa só será falada no Brasil!
Ficamos abismados quando um dos guias nos disse que era orientação do chefe do grupo turístico a que pertencia, falar preferencialmente a lingua espanhola. Até numa das Caves do Vinho do Porto, agora de propriedade espanhola, as guias ( portuguesas) só falavam em lingua de Espanha.

Para muitos, parece que o argumento de que portugueses e espanhóis são geneticamente iguais, que fazem parte da península Ibérica, que tem história e cultura interligadas, e de que Portugal está comercialmente nas mãos dos espanhóis, é o suficiente para esquecer quase 900 anos de lutas e história de um povo!

Eduarda
in, dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br

13 outubro 2007


Só a criatividade absoluta nos livrará do espaço e do tempo (Agostinho da Silva)

12 outubro 2007

Laranja (falo mesmo só de fruta, porque felizmente não tenho nada partido...)

No século XIII surgiram os primeiros citrinos, dados a conhecer pelos Árabes. Eram de sabor amargo. Teriam chegado ao Norte de África vindos da Ásia, da Índia e da Pèrsia. No século XVI os portugueses trouxeram do Oriente as laranjas doces.

É fato histórico que os elefantes há centenas de anos gostam de laranjas.Em Espanha diz-se naranja que é a palavra persa, por sua vez uma redução do sânscrito. Nesta língua era nâgaranja, cujo significado justifica a referência aos proboscídeos: a palavra traduzir-se-ia por « amores do elefante», isto é, a laranja seria o fruto predilecto desse animal.

Mas na Grécia e na Itália, no século XVI, a laranja era apregoada Portogallo! Portogalli! Portokalli! , confirmando o papel português na disseminação do fruto.

Fonte: Dicionário da origem das palavras Orlando Neves Notícias Editorial, 1 ª edição 2001

in, dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br

11 outubro 2007

10 outubro 2007

Uma Língua de Fogo

7.

Tão depressa agora se muda
o que durou e perdurou por anos e anos
por muitos e muitos anos,
aqui o que era e ainda é
afinal já não é,
lá se vão num repente
os legados dos nossos antepassados,
é uma velha ordem que vai
e da velha ordem
há uma nova ordem que sai

É um pequeno brinquinho a mais
por baixo de cabelos ás cores,
é um casa e descasa
por baixo dos cobertores
e a cultura local mistura-se
com a cultura universal,
mas é ainda o ouro que reina
a lei da pistola contra a fome
a inveja por se achar de direito,
e o homem caminha às avessas
apressado, magoado e desconfiado

E da velha ordem que vai
há uma nova ordem que sai,
mas ainda uma ordem tão fraca
tal e qual do tamanho do homem
de tão pouca ambição
de tão pouco querer
que no lugar da eternidade
antes prefere morrer
quase ainda acabado de nascer.

09 outubro 2007

08 outubro 2007

...Tudo isto é Fado


Variações de pluma

Tento olhar os outros, não como portadores de qualidades e defeitos, mas como sujeitos de características. Destas, haverá das que goste e haverá das que não goste. Aos amigos de que goste só digo as características de que não goste a pedido; dos outros, afasto-me ou mantenho uma distância prudente

Para com as figuras públicas uso um critério semelhante, com esta ressalva: das que não gosto dou sinal disso sempre que a ocasião se proporciona; das que gosto, apenas gosto e, por motivos vários, nem sempre lhes presto a vénia que mereçam (segundo a minha bitola, claro).

Por vezes (e a contragosto) nem sequer o meu gosto consegue ser integral. Por exemplo: gosto das gargalhadas do Dalai Lama, do seu jeito descomposto de menino traquinas; gosto do que diz e gosto do que escreve e neste meu gostar nada pesa o facto de ele ter recebido o Prémio Nobel da Paz, porque se alguma influência daí viesse seria de diminuição no apreço. Menahem Begin, que um dia teve um mandado de prisão internacional por terrorismo, emitido pelas autoridades britânicas, ele que foi um criminoso da pior espécie, um genocida, recebeu em 1978 o famoso galardão, único Nobel gerido pela Noruega, enquanto todos os outros são da responsabilidade da Academia Sueca. O Prémio Nobel da Paz é aquele que se mostra mais permeável ao lobismo e aos ditames do Departamento de Estado dos USA.

Aceito que o Dalai Lama seja hoje mais do que nunca um homem de paz e um homem que contribui para o Bem. Mas como “nunca” me iludo, que é o meu modo corrente de me isentar às desilusões, além de procurar andar tão bem informado quanto possível, não tenho dúvidas de que por trás da atribuição do Nobel da Paz ao Dalai Lama esteve o dedinho americano, coisa que na altura muitos comentadores referiram, inclusive em jornais de topo dos states. É que a coisa, para além de ter sido uma forma de pressão sobre a próxima potência administradora deste condomínio fechado chamado Terra – a China – , a decisão facilitava as relações internacionais ao não-reconhecido Governo do Tibete no Exílio (GTE), que tem sede em Daharamsala (Índia) e é chefiado por Sandhong Rinpoché.

Em 2001, o Dalai Lama transferiu para o GTE os seus poderes políticos e administrativos. Acho que fez muito bem e também acho que o deveria ter feito há muito mais tempo, mas ao que parece não andaria até aí nem bem inspirado nem bem aconselhado, já que dava o flanco às acusações de teocracia tibetana. Todavia, onde ele terá andado pior – pragmatismo político? – foi no apoio público e fervoroso ao mandarim Deng Xiaoping (ou Teng Hsiao-ping), acrescido do ruidoso silêncio da não-denúncia do massacre de Tiananmen (Praça da Paz Celestial), em 4 de Junho de 1989. Este silêncio incompreensível causou enorme perplexidade entre os admiradores do Dalai Lama mais esclarecidos e menos comprometidos com as problemáticas da diplomacia. Talvez tudo isto tenha sido uma questão da tal Real Politik que tantos comentadores invocam condenatoriamente no respeitante aos governos que não recebem o Dalai Lama como chefe de estado, v.g. o governo português.

Real Politik será também a defesa que faz o Dalai Lama, desde 1988, renegando o seu próprio Plano de Paz em Cinco Pontos, apresentado ao Congresso dos USA em 1987, de que o Tibete deve manter-se associado à China, não como um estado independente, como querem alguns exilados (e sobretudo os comentadores encartados do ocidente), mas como uma região autónoma.

Independentemente de serem ou não realistas e justas estas posições revistas e actualizadas, tudo isto criou divisões insanáveis entre os exilados tibetanos, cujas consequências não têm sido previstas nem comentadas pelos produtores de ruído do costume.

Abdul Cadre
6.10.07

Primeiro carro eléctrico Português em 2009


A produção industrial do primeiro automóvel eléctrico português, o Eco Vinci, deverá arrancar em Janeiro de 2009 na Maia e resultará de um investimento de cerca de 2,5 milhões de euros, adiantou hoje o director-geral da Retroconcept. Segundo Miguel Rodrigues, ainda é prematuro avançar um preço de venda ao público deste novo automóvel "amigo do ambiente", mas lembrou tratar-se de um veículo utilitário e que terá por isso de ter um preço competitivo. Alimentado por energia eléctrica, o Eco Vinci é um veículo sem emissões de CO2.

Ler mais em:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=23852

05 outubro 2007

Vigília de Solidariedade com o Povo Birmanês

Segunda feira, 8 de Outubro 2007, estaremos reunidos na Praça Marquês de Pombal em Lisboa, entre as 19 e as 21 horas, para uma vigília de solidariedade com a heróica luta não-violenta do povo birmanês.

Agradecemos que tragam uma vela e cartazes que manifestem o sentido desta acção, respeitando o princípio da não agressão.

Agradecemos toda a divulgação desta iniciativa. Não sejamos cúmplices com a nossa indiferença. Venham ajudar-nos a sermos muitos !

União Budista Portuguesa / Amnistia Internacional

Uma Língua de Fogo

6.

Eternamente Brincar

Eternamente brincar
simplificar a ideia
torná-la jogo infantil
sem mais demora

brincar com as palavras,
descomplexificar,
virar o texto
de pernas para o ar

tocar a reunir
lutar, lutar, lutar
para divertir o mundo

Generalizemos a brincadeira
e até iremos às descobertas
outra vez
desta vez
sem sairmos daqui
de dentro do peito
onde construiremos o nosso castelo de areia.

04 outubro 2007

Ana Moura

Os Búzios
(à distância de um clique)

02 outubro 2007


Tróia Resort...

Vejam a nossa TROIA à venda na Net.
O "nosso" amigo Belmiro não brinca em serviço... Como tal a sua publicidade ao mega investimento em Tróia já corre o Mundo...

Vejam o filme, vão até ao site:
http://www.arqui300.com/movies/flash/flvsonae.swf