Paixões no Presente, Saudades do Futuro (Poemas), 1995
Agarro o pensamento e paro por um pequeno momento o tempo. Dobro e redobro o papelinho, guardo (a ideia) na carteira e espero que a inspiração dure a semana inteira.
Janeiro de 1995
4 comentários:
Anónimo
disse...
Bravo, Luis
Seus poemas são como pães na mesa (faminta) do mundo. Que sejam eternos.
Benny, obrigado pela sua atenção. Eu de nitroglicerina pura, expressão que me ficou da minha rápida passagem pelo seu blogue, percebo pouco, mas lá que a dimensão poética é de largo calibre, disso não me ficaram dúvidas. Mande mais.
Poemas existem que não são mais do que o espelho da alma. E eu não sei o que é, mas o que leio é muito bom.
Palavras que me fazem regressar à memória uma canção do Represas que ainda há pouco ouvi e que muito gostei: "O voo é largo, é longa a rota quando é amargo um beijo adoça e um abraço reconforta descemos sempre à nossa porta".
De uma canção muito bonita que dá como nome O voo da garça". Parecem-me versos que estão à altura dos seus e que, por isso, os ofereço.
Património Histórico e Museologia. Para aceder clique na imagem.
O Pássaro Azul
António Tapadinhas, óleo s/ tela
O Pintor
Numa doce manhã um suave regresso qualquer coisa que há no ar, um passarinho azul está pairando, esvoaçando a cantarolar, dá uma volta uma volta e meia e quando volteia pousa no seu olhar
No coração que meigo e terno bate está uma ideia feita uma aguarela, amarela que volteia na tela e do meio do branco vazio que era nada um passarinho azul que sai correndo através da manhã
Feito um pedacinho de lã vai voando, cantarolando da fantasia que foi um dia da suadade de partir, do regresso até que encontra uma outra tela um outro olhar uma ideia feita um arco íris qualquer coisa que está no ar.
Luis Santos
P.S.: Foi a partir deste poema que o António Tapadinhas pintou o Pássaro Azul.
LUZ
Procuram as palavras o sentido que não podem explicar. Como se pode entender, ao escrever, Branca Luz Puríssima?
Luz Azul
foto lcs
Passar o Azul
Céu de azul pinta o pássaro ao voar, Acrobacias do seu cantar entoa, Mais alto estende-se o areal em baixo, Que em jacto falcão faz deslumbrar quem olha.
Percorrida a sorte, ser ave é: Transpor ao homem o delírio voador, No nu cintilante do desvio humano.
Poça de água que brilha Em ritual de garça chama. E pouso do pássaro á luz resplandece, A quem lhe dá de beber.
Suor de quem voa Não suam criaturas do céu, Trespassando no horizonte Pessoas que em sonhos se elevam, E que em terra, transpiram Ao ver o pássaro que dentro delas preserva.
4 comentários:
Bravo, Luis
Seus poemas são como pães na mesa (faminta) do mundo. Que sejam eternos.
Prazer!
Abçs,
Benny Franklin
Belém - Brasil
Benny, obrigado pela sua atenção. Eu de nitroglicerina pura, expressão que me ficou da minha rápida passagem pelo seu blogue, percebo pouco, mas lá que a dimensão poética é de largo calibre, disso não me ficaram dúvidas. Mande mais.
Abraço,
Luis Santos
Alhos Vedros - Portugal.
Uma sensibilidade irradiante,
um olhar fixo no horizonte,
em viagem onirica permanente.
Abçs,
Vítor
Poemas existem que não são mais do que o espelho da alma. E eu não sei o que é, mas o que leio é muito bom.
Palavras que me fazem regressar à memória uma canção do Represas que ainda há pouco ouvi e que muito gostei:
"O voo é largo, é longa a rota
quando é amargo um beijo adoça
e um abraço reconforta
descemos sempre à nossa porta".
De uma canção muito bonita que dá como nome O voo da garça". Parecem-me versos que estão à altura dos seus e que, por isso, os ofereço.
Aquele Abraço.
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