16 agosto 2010

Oração? Meditação?...

"(...), se analisarmos os ensinamentos das principais confissões religiosas do mundo, descobriremos duas dimensões principais na religião. A primeira é a dimensão metafísica ou filosófica, que explica porque somos como somos e porque são preconizadas certas práticas. A segunda diz respeito à pratica da moral e da disciplina.(...) Embora as religiões mundiais tenham grandes diferenças metafísicas e filosóficas, existe uma grande convergência nas conclusões a que chegam, ou seja, nos seus ensinamentos éticos. Num certo sentido, podemos dizer que, independentemente das explicações matafísicas que dão, todas as religiões chegam às mesmas conclusões. De uma forma ou de outra, todas as religiões do mundo dão importância ao amor, à compaixão, à tolerância, ao perdão e à autodisciplina."

in, Dalai Lama, O coração da Sabedoria, pg's 17 e 18.

Deepak Chopra

LA MUERTE NO ES MÁS QUE UN SALTO CUÁNTICO DE LA CREATIVIDAD DEL SER (clique na frase para ler a entrevista)

06 julho 2010

Como controlar os níveis de colesterol

Para evitar o aumento das poderosas taxas de colesterol, reduza o consumo de alimentos como: carnes, frutos do mar, miúdos, gema de ovo, leite e derivados, lingüiça, salsicha, salame e presunto. Estes alimentos possuem gorduras saturadas, que devem ser substituídas pelas gorduras poliinsaturadas.

Recomendações para quem tem colesterol elevado:

* Muita atenção com alimentos originários do reino animal. São eles que contém colesterol. Os alimentos do reino vegetal não contém colesterol.

* Evite leite integral e seus derivados (queijos, principalmente amarelos, manteiga, creme de leite), biscoitos amanteigados, croissants, folhados, sorvetes cremosos, embutidos em geral (lingüiça salsicha e frios), carnes vermelhas gordurosas, carne de porco (bacon, torresmos), vísceras (fígado, miolo, miúdos); pele de animais terrestres, animais marinhos (camarão, lagosta, sardinha e outros frutos do mar).

* Especial atenção deve-se dar à redução da ingestão de gema de ovo (225mg/unidade), não se esquecendo que ela participa também do preparo de diversos alimentos (bolos, tortas, panquecas, macarrão, etc).


Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

11 junho 2010

Sumo de Romã

Estudantes do departamento de Zoologia da Universidade de Baroda, na Índia analisaram os efeitos do sumo de romã e chegaram à conclusão que esta bebida reduz as doenças cardiovasculares e a hipertensão.

O estudo, publicado na edição de Junho da revista Cardiovascular Toxicology, foi desenvolvido por Jadeja Ravirajsinh, professor associado do departamento de Zoologia.


O estudo realizado em ratos enfatiza a propriedade medicinal do sumo de romã em vez da semente. Até agora o efeito benéfico desta fruta estava apenas estudado nas sementes, mas esta investigação provou que o sumo é uma fonte rica em antioxidantes com efeito protector cardiovascular.

O estudo demonstrou que o consumo diário do sumo de romã tem um efeito significativo sobre o stress oxidativo cardíaco, pois os antioxidantes do sumo travam os radicais livres, reduzindo o risco de doenças coronárias.

Capacidade antioxidante

Ravirajsinh explica que “o sumo de romã contém a mais alta capacidade antioxidante, quase três vezes mais que o vinho tinto e o chá verde”.

Segundo o estudo, o consumo regular do sumo registou entre 40 a 50 por cento de redução dos níveis de plasma dos marcadores de risco cardíaco.

A romã é composta por 80 por cento de água e 17 por cento de açúcares, destacando-se a sua elevada composição em substâncias polifenóis, que além de protegerem a planta e dar-lhe cor a aroma, são convertidas pela flora intestinal em outras mais simples, como as punicalaginas (com actividade anti-bacteriana e que previnem o stress oxidativo) e as antocianinas (que fortalecem e conservam o colagénio e melhoram a micro circulação).

in, Ciência Hoje 11/6/10

28 maio 2010

Sousa Martins


Farmacêutico, Médico (Santo?): 1843 – 1897
http://www.vidaslusofonas.pt/sousamartins.htm

27 maio 2010

22 maio 2010

As almas são aves sempre em busca
de um ninho mais acolhedor...


Dr. Sousa Martins

16 maio 2010

12 maio 2010

Latim e Português

Idiomas derivados do latim

Nós falamos atualmente um idioma derivado do Latim, língua hoje não utilizada como idioma corrente, mas que já foi muito importante. Hoje em dia ele é utilizado em expressões, como no Direito, disciplina que emprega várias palavras deste idioma.
Somente o Vaticano continua utilizando o latim como idioma oficial, e os documentos oficiais do Vaticano são escritos neste idioma ainda hoje.
Dos idiomas existentes, no mínimo oito se originaram do latim, entre eles nosso idioma, português. Os outros são italiano, espanhol, francês, catalão, provençal, galego e romeno.
Existiram outros idiomas originados no latim, mas que já foram extintos. Um exemplo é o dalmático, que era falado antigamente na região costeira da Dalmácia, localizado na Croácia.

Como surgiu o português

O português foi moldado a partir de novos sotaques ao se falar o latim, nas regiões conquistadas pelo Império Romano.
A Península Ibérica, que foi dominada e se tornou uma província romana desde o fim do século 3 a.C, foi palco destas transformações.
O latim começou a ser modificado e ganhar as características que derivaram o português durante o século 5 (período das invasões bárbaras) e o século 8 (período das invasões árabes).
No entanto, foi necessário esperar até o século 12 para que o dialeto conhecido como galego-português surgisse, com as características iniciais deste idioma.
Mais alterações foram introduzidas e o próprio idioma foi mudando durante os quatro séculos seguintes. No final deste período, o galego e o português já eram idiomas distintos.
No entanto, a língua de um povo é algo vivo, em constante mutação.
Tanto, que o português falado em Portugal contém vários termos e regras que não possuímos, assim como os outros países de língua portuguesa.
E nós, depois de sermos colonizados pelos portugueses, modificamos bastante o idioma, introduzindo palavras de origem indígena, negra e de todos os outros povos que contribuíram com a formação de nossa identidade cultural, como holandeses.

(texto do Brasil, autor desconhecido)

11 maio 2010

Meu Primeiro Amor

Meu primeiro amor
Tão cedo acabou, só dor deixou
Nesse peito meu
Meu primeiro amor
Foi como uma flor que desabrochou
Logo morreu
Nessa solidão sem ter alegria
O que me alivia são meus tristes ais
São prantos de dor que dos olhos caem
É por que bem sei quem eu tanto amei
Não verei jamais

Saudade palavra triste quando se perde um grande amor
Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor
Igual uma borboleta vagando triste por sob a flor
Teu nome sempre em meus lábios irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra de ouvir a voz desse sofredor
Que implora por teu carinho, só um pouquinho de seu amor.

Maria Bethânia e Caetano, juntos e ao vivo.
Composição: Herminio Gimenez

10 maio 2010

08 maio 2010

Exploração de mão-de-obra infantil na Costa do Marfim


80% das quintas de cacao na Costa do Marfim usam mão de obra escrava, para poderem manter os seus preços competitivos no mercado. Na sua grande maioria crianças, vindas de outros países, que são aliciadas com promessas de dinheiro.

07 maio 2010

Lusofonia em Construção

Mia Couto diz que "há línguas moçambicanas que correm o risco de desaparecer"
O escritor moçambicano considera que a "valorização da língua portuguesa não pode ser construída às expensas do rico patrimônio linguístico de Moçambique".


Maputo - O escritor moçambicano Mia Couto defendeu a equiparação das línguas moçambicanas com o português, por eventual risco de os idiomas de Moçambique desaparecerem devido à suposta redução de adeptos.

"Há línguas moçambicanas que correm o risco de desaparecer. Há escolas que continuam a proibir os estudantes de se exprimirem nas suas próprias línguas dentro do recinto escolar", disse Mia Couto, durante um encontro, em Maputo, sobre o Dia da Língua e Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), transcorrido ontem.

Mia Couto, o escritor moçambicano que mais vende e com mais livros traduzidos no mundo, lançou "Recados para dentro de Moçambique: nacionalizar todas as línguas nacionais", um "desafio" que, disse, visa "criar diversidade, sem hegemonia", entre o português e as 28 línguas moçambicanas.

O escritor moçambicano considera que a "valorização da língua portuguesa não pode ser construída às expensas do rico património linguístico de Moçambique", daí que "o desafio é criar diversidade, sem hegemonia". "Mas não creio que nos aproximemos dessa meta", frisou.

Contrariado com a introdução do novo acordo ortográfico do português, Mia Couto considera que a ideia da mudança da grafia resulta de "soluções folclóricas" e exortou a "uma certa vigilância".

"O que trago como sugestão, nesta matéria, é um apelo para uma certa vigilância. Tenhamos cautela com as soluções folclóricas, que parecerem inovadoras, mas que são apenas cópia do que fazem os vizinhos", disse Mia Couto.

A propósito do novo acordo ortográfico, o professor Lourenço do Rosário, reitor da Universidade Politécnica de Moçambique, destacou o "olhar desconfiado dos africanos" em relação às alterações da grafia portuguesa.

"Tendo sido o acordo ortográfico ou o processo de elaboração deste uma das primeiras iniciativas de reflexão comum sobre a língua, fica patente o olhar desconfiado dos africanos, sobretudo de Angola e Moçambique, quer do ponto de vista científico, quer do ponto de vista político, cujas sequelas persistem até hoje, embora com menor intensidade", considerou.

Moçambique ainda não ratificou o novo acordo ortográfico.

(in, http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=9948500&canal=403)

23 abril 2010

20 abril 2010

Como um rio

Ouçam um fadista cantar musica composta por um libanês:

http://www.youtube.com/watch?v=Ox0xAmpX0KY&feature=related

Ouçam musica cantada por um fadista e composta por Rabih Abou-Khalil ,libanês, compositor, tocador de Alaude e diretor de um grupo musical. Alguém que já fez gravações e digressões artísticas por todo o mundo com Jazz e músicos árabes tradicionais, com quartetos de cordas clássicos ou com músicos de Arménia, que teve encargos de composições para o orquestra de BBC Londres e o Elenco conjunto moderno de Diusburg (Alemanha)! Em Portugal, põe música em poemas portugueses e grava essas canções com o jovem fadista de Lisboa, Ricardo Ribeiro.

Tango no Varão

16 abril 2010

Carlos Fino, lembra?

Não sei se se lembra do jornalista português Carlos Fino, que foi o primeiro jornalista do mundo a transmitir em directo o início da triste Guerra do Iraque. Pois ele é desde essa altura o Conselheiro de Imprensa na nossa Embaixada em Brasília. Parece que tem estado a fazer um bom trabalho aí no Brasil. Pelo menos são as notícias que cá chegam. Acontece que ele e o jornalista brasilerio Paulo Markum (se eu bem fixei o nome) da TV CULTURA - Brasil, realizaram agora uma série de 13 programas, numa co-produção da RTP 2 e a TV Cultura do Brasil e que dá pelo nome de LÁ E CÁ, com estreia marcada nos dois países para o próximo dia 25 de Abril, para simbolicamente celebrar a nossa Revolução dos Cravos.

Segundo o próprio Carlos Fino, este programa procura dar a conhecer melhor a realidade histórica e dos dias de hoje dos nossos dois países, para que melhor nos conheçamos mutuamente. A apresentação do programa foi aliciante e está a provocar grande curiosidade, pois parece que será um excelente programa durante as próximas 13 semanas. Aguardemos para ver.

Dou-lhe esta notícia pois talvez ainda não siaba e penso que terá interesse em ver e divulgar pelos seus amigos.

Um abraço

António Samouco
in, diálogos_lusófonos@yahoogrupos.com.br

Descoberto berço de estrelas



Uma imagem recente captada pelo Herschel revela uma nebulosa nunca antes vista, onde se formam estrelas com dez vezes a massa do nosso Sol. A Nebulosa de Roseta encontra-se a cinco mil anos-luz da Terra e contém pó e gás em quantidade suficiente para criar o equivalente a 10 mil estrelas semelhantes ao Sol.

A imagem agora divulgada pela ESA (Agência Espacial Europeia) mostra metade da nebulosa. Cada cor na imagem representa uma temperatura diferente do pó. De -263 graus centígrados na zona vermelha até -233 graus centígrados na zona azul.

As manchas brilhantes são casulos que escondem proto-estrelas maciças. Estes irão eventualmente tornar-se estrelas. As manchas pequenas perto do centro e nas regiões mais vermelhas da imagem são proto-estrelas de massa menor, semelhante à do Sol.

O Herschel recolhe os infra-vermelhos proporcionados pelo pó. Esta imagem é a combinação de três comprimentos de onda de infravermelhos codificados através das cores azul, verde e vermelha, pois os comprimentos de onda são invisíveis aos nossos olhos.

in, Ciência Hoje 16/04/2010

13 abril 2010

Super Homem

Um dia
vivi a ilusão de que ser homem bastaria
que o mundo masculino tudo me daria
do que eu quisesse ser

Que nada
minha porção mulher que até então se resguardara
é a melhor porção que trago em mim agora
a que me faz viver

Quem dera
pudesse todo o homem compreender, ó mão quem dera
pudesse o Verão ser o apogeu da Primavera
e só por ela ser

Quem sabe
o super-homem venha nos restituir a glória
mudando como um Deus o rumo da História
por causa da mulher.

Gilberto Gil

08 abril 2010

Lisboa eleita "Melhor Destino Europeu 2010"

A capital de Portugal foi eleita o 'Melhor Destino Europeu 2010 – A Escolha dos Consumidores', numa votação que incluía ainda outras nove cidades europeias (Barcelona, Londres, Copenhaga, Bilbau, Lyon, Amesterdão, Berlim, Praga e Helsínquia).

A vitória de Lisboa permitirá a promoção da 'cidade das sete colinas' na página da Internet da Associação Portuguesa do Consumidor, publicidade nos media europeus e a utilização do logótipo 'Escolha do Consumidor' durante um ano na comunicação do Turismo da cidade.

Em declarações às SIC Notícias a organização afirmou que o resultado da votação reflecte "uma cidade que soube preservar toda a sua alma e oferecer uma porta de entrada ao turismo, sem esquecer as suas riquezas sociais e culturais".

Qualidade de vida e das infra-estruturas, oferta cultural e turística da cidade foram os critérios de selecção que deram a vitória a Lisboa.

http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=05FD6120-AE10-45C0-932C-6F87B9714A08

Novos Cursos na Associação Agostinho da Silva

XLII
INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO DE AGOSTINHO DA SILVA

ABRIL
12
Agostinho da Silva e o diálogo inter-cultural e inter-religioso
Paulo Borges
19
Textos de Juventude/ Textos sobre Cultura Clássica
Rui Lopo e Ricardo Ventura
26
Biografias
Renato Epifânio

MAIO
03
Cadernos de Informação Cultural
Rui Lopo e Duarte Braga
10
Antologia - introdução aos grandes autores
Rui Lopo e Duarte Braga
17
Obra ficcional/ Obra poética
Duarte Braga
Ricardo Ventura
24
Últimos Escritos
Rui Lopo e Ricardo Ventura
31
Visões de Agostinho da Silva: de Portugal e do Brasil; da Galiza, da Ibéria e
da Europa
Renato Epifânio

JUNHO
07
Perspectivas sobre Agostinho da Silva na Imprensa Portuguesa
Renato Epifânio
14
Agostinho da Silva e a Cultura Portuguesa
Miguel Real

10 sessões, a partir de 12 de Abril (até 14 de Junho), sempre às
segundas-feiras (18h30-20h00)


XLIII
UMA VISÃO ARMILAR DO MUNDO.
A VOCAÇÃO UNIVERSAL DE PORTUGAL EM LUÍS DE CAMÕES, PADRE ANTÓNIO VIEIRA,
TEIXEIRA DE PASCOAES, FERNANDO PESSOA E AGOSTINHO DA SILVA.


O curso introduz à visão da vocação universal de Portugal nalguns dos seus maiores poetas e pensadores. Num sentido, trata-se da predisposição para uma convivência planetária, iniciadora de um novo ciclo civilizacional, sob o signo de outro paradigma ético-espiritual. Noutro sentido, Portugal é símbolo do próprio homem em busca de se realizar plenamente.
Uma Visão Armilar do Mundo, conforme o símbolo que tremula na nossa bandeira: a perfeição, plenitude e totalidade da esfera e, nas suas armilas, a interconexão de todos os seres e coisas, tradições e culturas, artes e saberes. Muito antes de ser o emblema de D. Manuel I, eis a maior fecundidade simbólica da Spera Mundi, Esfera e/ou Esperança do Mundo: ao invés do nacionalismo ou patriotismo comuns, a cultura portuguesa e lusófona poderia converter muros em pontes, fronteiras em mediações, limites em limiares, numa abertura ao planeta e ao universo, a todos os povos, nações e seres, a todas as línguas, culturas, religiões e irreligiões. Uma experiência integral do mundo, sem cisões, exclusões ou parcialidades.
Numa era celebrada como multicultural, mas ainda tão cega para o entre-ser universal, invoca-se a Esfera Armilar como paradigma da reinvenção de Portugal como nação de todo o mundo, que vise o melhor para todos, uma cultura da paz,compreensão e fraternidade à escala planetária, que não separe o bem da espécie humana da preservação da natureza e do bem-estar de todas as formas de vida senciente. Um Outro Portugal, que urge.

O curso baseia-se no livro com o mesmo título, acabado de sair (Verbo, 2010), de
Paulo Borges - 5 sessões, a partir de 14 Abril (até 12 de Maio), sempre às quartas-feiras(18h30-20h00)

Inscrições (até à primeira sessão de cada curso): Curso XLII, 50 euros; Curso
XLIII, 30 euros (direito a Certificado de Participação)
Associação Agostinho da Silva, Rua do Jasmim, 11, 2º andar – 1200-228 Lisboa;
E-Mail: AgostinhodaSilva@mail.pt; Tel.: 21 3422783 / 96 7044286; http:
www.agostinhodasilva.pt
Doenças mentais podem desenvolver criatividade (Ver Aqui)

in, Ciência Hoje, 8/4/10

01 abril 2010

16 março 2010

O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

Mário de Andrade
poesia

O tango das estrelas

ESTRELAS GIRAM SOBRE SI PRÓPRIAS... (clique aqui para ver mais)

in, Ciência Hoje

15 março 2010

Auto Estima


Não interessa o quanto a vida te tem maltratado...
Anda sempre de cabeça erguida!!!

14 março 2010

Poema


meu olhar

verso navegante

pelo teu corpo nu

- folha de papel
Dia 14 de março
Dia do poeta e da poesia
Parabéns a todos que talham a vida em versos
e a todos que se contemplam nos entalhes, com os entalhes.
Abilio Pacheco

13 março 2010

Os custos da Assembleia da República

Atentem BEM no valor que o Bolso dos Portugueses (ou seja, TODOS NÓS!) terá de suportar para GARANTIR a existência e funcionamento (???) daquilo a que se chama ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.
Seguem-se ALGUMAS das rubricas Existentes no Orçamento que acaba de ser publicado em Diário da República.
Caso queiram consultar essa peça MARAVILHOSA e de SONHO só terão de ir ao site WWW.dre.pt e acederem ao Diário da República nº 28 - I série- datado de 10 de Fevereiro de 2010 - RESOLUÇÃO da Assembleia da República nº 11/2010.

Então DELICIEM-SE :

1 - Vencimento de Deputados ...................................12 milhões e 349 mil Euros
2- Ajudas de Custo de Deputados.............................. 2 milhões e 724 mil Euros
3 - Transportes de Deputados ................................... 3 milhões 869 mil Euros
4 - Deslocações e Estadas ..................................... 2 milhões e 363 mil Euros
5 - Assistência Técnica (?????) ............................... 2 milhões e 948 mil Euros
6 - Outros Trabalhos Especializados (???????) ......... 3 milhões e 593 mil Euros
7 - SERVIÇO RESTAURANTE,REFEITÓRIO,CAFETARIA............. 961 mil Euros
8 - Subvenções aos Grupos Parlamentares................ 970 mil Euros
9 - Equipamento de Informática ............................... 2 milhões e 110 mil Euros
10 - Outros Investimentos (??????) ......................... 2 milhões e 420 mil Euros
11 - Edifícios ......................................................... 2 milhões e 686 mil Euros
12 - Transfer's (???????) Diversos (????).................. 13 milhões e 506 mil Euros
13 - SUBVENÇÃO aos PARTIDOS representados na Assembleia da República.......... 16 milhões e 977 mil Euros
14 - SUBVENÇÕES ESTATAIS PARA CAMPANHAS ELEITORAIS........... 73 milhões e 798 mil Euros

Isto são, então, ALGUMAS das rubricas do orçamento da ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA!
Em resumo e NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para "aquela casinha", relativamente ao ANO de 2 010, é: 191 405 356, 61 Cêntimos (191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos) - Ver Folha 372 do acima identificado Diário da República nº 28 - 1ª Série -, de 10 de Fevereiro de 2010.
Nos termos do disposto no Artigo 148º. da Constituição da República Portuguesa: "(...) A Assembleia da República tem o MINIMO de cento e oitenta deputados e o MÁXIMO de duzentos e trinta deputados, nos termos da Lei Eleitoral (...) ".

Façam uma "contita" e tirem CONCLUSÕES quanto ao valor que suportamos, POR CADA DEPUTADO. E agora pensem nos custos da administração local...

12 março 2010

Uma Visão Armilar do Mundo - Convite

Car@a Amig@s

Convido-vos para o lançamento do meu último livro, Uma Visão Armilar do Mundo. A vocação universal de Portugal em Luís de Camões, Padre António Vieira, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva (Lisboa, Verbo, 2010), que será apresentado pelo escritor e ensaísta Miguel Real.
Além de ensaios sobre o tema e os autores referidos no título, o livro inclui alguns dos textos mais interventivos que tenho ultimamente produzido, nomeadamente o Manifesto "Refundar Portugal", que deu origem ao Movimento Outro Portugal, um movimento informal de reflexão e acção cívica e cultural que visa reinventar um Portugal melhor para todos e mais conforme aos grandes desafios do século XXI: o pleno desenvolvimento humano, um novo e melhor paradigma educativo, social, económico e político, o diálogo intercultural e inter-religioso, a harmonia ecológica e o bem de todos os seres sencientes. Desde Novembro de 2009 o MOP conta com quase 1300 adesões.
Segue uma breve apresentação da obra.

Conto com a vossa presença e a extensão deste convite a todos: amigos, indiferentes e inimigos! A Vida é Festa para a qual todos são convidados.

Saudações cordiais

Paulo Borges
Este livro é uma reflexão acerca da vocação universal de Portugal, em diálogo com alguns dos seus maiores poetas, profetas e pensadores: Luís de Camões, Padre António Vieira, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.
Este Portugal e esta vocação designam, num sentido, a predisposição para uma convivência planetária, mediadora de um novo ciclo cultural e civilizacional, sob o signo de uma globalização ético-espiritual, contrastante com a económico-tecnológica. Noutro sentido, esta visão de Portugal assume-o como símbolo do próprio homem em busca de se realizar plenamente.

A isto se chama Uma Visão Armilar do Mundo, conforme o símbolo que tremula na nossa bandeira: a perfeição, plenitude e totalidade da esfera e, nas suas armilas, a interconexão de todos os seres e coisas, tradições e culturas, artes e saberes. Muito antes de ser o emblema de D. Manuel I, é essa a maior fecundidade simbólica da Spera Mundi, Esfera e/ou Esperança do Mundo: ao invés do nacionalismo ou patriotismo comuns, a cultura portuguesa e lusófona tenderia a converter muros em pontes, fronteiras em mediações, limites em limiares, numa abertura ao planeta e ao universo, a todos os povos, nações e seres, a todas as línguas, culturas, religiões e irreligiões. Uma visão armilar do mundo é uma visão-experiência integral e holística do mundo, sem cisões, exclusões ou parcialidades.

Numa era celebrada como multicultural, mas ainda tão cega para o entre-ser universal, aqui se invoca a Esfera Armilar como actual paradigma da reinvenção de Portugal como nação de todo o mundo, que vise o melhor para todos, uma cultura da paz, da compreensão e da fraternidade à escala planetária, que não separe o bem da espécie humana da preservação da natureza e do bem-estar de todas as formas de vida senciente.

Paulo Borges

umoutroportugal.blogspot.com
jornaloutro.blogspot.com

06 março 2010

02 março 2010

Amigo é assim!

Com fé em Deus,
eu não vou morrer tão cedo.

Caetano Veloso
(do fundo do inconsciente)

28 fevereiro 2010

Amor e Dor

Eu vou-lhe dar a decisão
botei na balança e você não pesou
botei na peneira e você não passou

Mora, na Filosofia
Porquê rimar
amor e dor

Se o seu corpo ficasse marcado
por lábios ou mãos carinhosas
eu saberia,
ora vai mulher,
a quantos você pertencia

Não vou me preocupar em ver
Seu caso não é de ver p'ra crer
está na cara.

Caetano Veloso
(algures num cantinho do cérebro)

26 fevereiro 2010

Lixeira flutuante ignorada no Atlântio Norte

No Atlântico Norte existe uma lixeira flutuante de detritos de plástico de densidade comparável à Ilha de Lixo do Pacífico Norte, que tem sido "extremamente ignorada", revelaram investigadores.

Segundo um estudo de duas décadas apresentado no Encontro de Ciências do Oceano, que decorre desde o início da semana até sexta-feira, em Portland, nos Estados Unidos, os detritos flutuantes são constituídos por pedaços de plástico utilizado em inúmeros produtos de consumo, incluindo sacos.

in, Ciência Hoje. Ver o resto da notícia clicando AQUI

24 fevereiro 2010

Golfinhos estão de regresso ao Tejo


A despoluição está a trazer de volta uma espécie de mamífero marinho há muito desaparecido do Tejo. Viva.

23 fevereiro 2010

"A Oposição ao Estado Novo no Exílio Brasileiro 1956-1974


O livro «A Oposição ao Estado Novo no Exílio Brasileiro 1956 -1974», editado pelo Instituto de Ciências de Lisboa, do antropólogo brasileiro Douglas Mansur da Silva, lançado , em São Paulo, em comemoração da Revolução de 25 de Abril de 1974, num acto promovido pelo Conselho da Comunidade Luso-Brasileira.

19 fevereiro 2010

A maior palavra da Língua Portuguesa

A maior palavra do português é,
"Pneumoultramicroscopicossilic­ovulcanoconiótico",
com 46 letras, que denota o estado de quem é vítima de uma enfermidade causada pela aspiração de cinzas vulcânicas.

18 fevereiro 2010

17 fevereiro 2010

Minicurso de Fauna, Observação de Aves em Alcochete

FAPAS - Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens
Núcleo de Lisboa http://fapas-lisboa.blogspot.com/


CIRCULAR - 16 de Fevereiro 2010

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Se quiser receber informação sobre as actividades do FAPAS-Lisboa e não está inscrito na nossa lista de divulgação, envie uma mensagem para fapaslisboa@kanguru.pt

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As actividades do FAPAS estão abertas a sócios e não-sócios.
Veja no blogue http://fapas-lisboa.blogspot.com alguma informação sobre esta e outras actividades do Núcleo de Lisboa.

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Próximas actividades (gratuitas):

20 de FEVEREIRO, SÁBADO, 15h-16h:
MINICURSO (Gratuito) - INICIAÇÃO À FAUNA das ZONAS HÚMIDAS de PORTUGAL

21 de FEVEREIRO, DOMINGO, 10h-13h:
OBSERVAÇÃO de AVES AQUÁTICAS no ESTUÁRIO do TEJO (Alcochete)

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1 - MINICURSO (Gratuito) - INICIAÇÃO À FAUNA das ZONAS HÚMIDAS de PORTUGAL
20 de FEVEREIRO, SÁBADO, 15h-16h:


Neste curso o FAPAS vai abordar aspectos da Ecologia, Identificação e Conservação das Aves Aquáticas (exceto aves marinhas) e dos Anfíbios, com uma breve referência às zonas húmidas mais importantes da região de Lisboa. A sessão teórica com apresentação de slides é uma forma fácil de aprender a identificar estas espécies, valorizando as suas saídas de campo.

Sessão teórica, com projecção de slides: SÁBADO, 20 de Fevereiro, 15h00-16h00
Local: supermercado biológico MIOSÓTIS, na Rua Marquês Sá da Bandeira, 16-A, em Lisboa.

Formação prática: serão efectuadas duas ou três saídas de campo (facultativas) na região de Lisboa para observação de anfíbios e aves aquáticas. A participação nas saídas de campo é gratuita e a deslocação far-se-à preferencialmente em Transportes Públicos.

1a. Saída de Campo, para observação de Aves aquáticas: DOMINGO, 21 de Fevereiro, 10h-13h
Local: Praia das Hortas (Alcochete - Estuário do Tejo) - ver embaixo.

2a. Saída de Campo, para observação de Anfíbios: Sábado, 6 de Março, 15h-22h
Local: Lagoas de Fernão Ferro (Seixal / Sesimbra)
Mais informação (horários, pontos de encontro) dentro de alguns dias.

Este curso está aberto a sócios e não-sócios.

Para se inscrever na sessão teórica:
envie uma mensagem para fapaslisboa@kanguru.pt, deixando o seu nome e contacto (telemóvel), ou ligue para o telemóvel 93 8491355.


2- OBSERVAÇÃO de AVES AQUÁTICAS no ESTUÁRIO do TEJO (Alcochete)
21 de FEVEREIRO, DOMINGO, 10h-13h

ver informações sobre esta actividade em:
http://fapas-lisboa.blogspot.com/2010/02/minicurso-gratuito-iniciacao-fauna-das.html

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Colabore connosco na Conservação da Natureza: Ajude o FAPAS a divulgar estas iniciativas.

O FAPAS é uma Associação fundada em 1990, com uma vasta actividade na defesa e estudo da Natureza e Vida Selvagem em Portugal.
Sede: Rua Alexandre Herculano, 371-4º Dtº, 4000-055 PORTO (telef.22 200 2472).
Publicações: o FAPAS edita trimestralmente a revista Tribuna da Natureza, e publicou, entre outros, uma série de Guias de Campo de fauna e flora: Aves de Portugal e Europa, Mamíferos de Portugal e Europa, Árvores de Portugal e Europa, Anfíbios e Répteis de Portugal, Fauna e Flora do Litoral.
Para ser sócio do FAPAS: consulte www.fapas.pt , ou contacte-nos por email ou telefone
Quotas anuais - adultos: 19,00 Euros (inclui a assinatura de 4 números da revista Tribuna da Natureza); ou 10,00 Euros (sem a assinatura);
juvenis (até 15 anos de idade): 5,00 Euros (sem assinatura).
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Saudações Ecologistas

FAPAS - Lisboa
fapaslisboa@kanguru.pt
tm: 93 8491355

11 fevereiro 2010

Almoços Temáticos


21 de Fevereiro, domingo, 13h, Almoço Temático no Espaço Salitre

A Vida Depois da Morte

O medo da morte física tem sido um dos piores flagelos que a cultura ocidental tem carregado no inconsciente colectivo, fazendo de cada pessoa, por muito esclarecida que seja, uma autêntica vítima perante o que sabe ser impossível de evitar - a morte. Contudo, de acordo com os ensinamentos que nos chegam através dos Mestres da espiritualidade, a vida parece prolongar-se para além da existência terrena, onde cada ser humano continua o seu percurso de evolução, bem mais vivo do que nunca, com a única diferença de não possuir corpo físico.

10 fevereiro 2010

Assim se constroi a lusofonia... as palavras do escritor Miguel Torga (quando da fundação da CPLP,1996)

"Impossibilitado de participar pessoalmente nessa feliz iniciativa de fundação da Comunidades dos Países de Língua Portuguesa, venho, desta maneira saudar calorosamente os seus ilustres e activos obreiros, e afirmar mais uma vez o que sempre pensei e disse em letra redonda, que é na língua comum que temos todos, filhos de Europa, da África e da América, o maior patrimônio histórico e cultural, e garantia eterna da nossa identidade.

Língua nascida numa Pátria exígua territorialmente, mas que ela alargou aos cinco continentes, graças ao seu dom expressivo e proteico, que lusitanizou, brasilizou e africanizou terras e almas. Grácil e subtil logo no berço, em breves cantigas de amor ou de maldizer, ao cabo de oitocentos anos, não só conserva o viço inicial, como floresce dia a dia em sambas, modinhas, mornas e obras literárias de largo fôlego. Não há ritmo de verso de que não seja capaz, arroubo épico para que não tenha alento, andamento narrativo a que não saiba dar balanço.

Fizeram e fazem esse milagre povo anônimo reinol, os marinheiros aventureiros, os bandeirantes, os tropeiros sertanejos, os escravos das senzalas, e gênios e talentos que vão de Camões e Gil Vicente a Machado de Assis e Euclides da Cunha, José Craveirinha e Luandino Vieira.

Exaltar e promover esse patrimônio sagrado é mais um dever imperativo de povos que o destino quis que fossem de irmãos miscigenados e é como membro orgulhoso da nossa família multirracial, e é como garimpeiro nos aluviões do idioma materno, que faço votos para que todos sejamos seus firmes defensores e dignos merecedores da glória de o servir".

Miguel Torga, 14 de dezembro de 1996

06 fevereiro 2010

31 janeiro 2010

Agradecimento do Dia!


A cada dia temos algo pelo que agradecer.
Hoje, podemos agradecer porque o fotógrafo não estava de frente.

(autor desconhecido)

29 janeiro 2010

Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.

Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga. E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.» Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.» Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender. Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.

Da Bíblia Sagrada
in, Evangelho Quotidiano, 29/1/10

24 janeiro 2010

Brothers in Arms






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Companheiros de Batalha

Estas montanhas cobertas de névoa
são um lar para mim agora
Mas meu lar são as planícies
E sempre serão
Algum dia vocês voltarão para
seus vales e suas fazendas
e não mais arder o desejo
de ser um companheiro de batalha

Por estes campos de destruição
Batismos de fogo
Assisti a todo o seu sofrimento
enquanto a batalha se acirrava
e apesar de terem me ferido gravemente
em meio ao medo e ao pânico
vocês não me desertaram
meus companheiros de batalha

Há tantos mundos diferentes
Tantos sóis diferentes
e nós temos apenas um
mas vivemos em mundos distintos

Agora o sol foi para o inferno
e a lua está alta
deixe-me dizer adeus
todo homem tem de morrer
mas está escrito nas estrelas
e em todas as linhas de sua mão
somos tolos de guerrear
contra nossos companheiros de batalha

Dire Straits
Composição: Mark Knopfler

para o amigo Diogo Correia

20 janeiro 2010

Extra-ordinária

autor desconhecido

17 janeiro 2010

Um texto sem a letra "a"

É possível sim...

Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível.

Pode dizer-se tudo, com sentido completo, como se isso fosse mero ovo de Colombo, desde que se tente. Sem se inibir, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.

Trechos difíceis resolvem-se com sinónimos.

Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo.

Brinque-se mesmo com tudo.

É um belíssimo desporto do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher. Podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir.

Porém, mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos.

Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem hoje o nosso português, culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Porquê?

Cultivemos o nosso polifónico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.

Honremos o que é nosso, oh moços estudiosos, escritores e professores!

Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, púgil, de heróis e de nobres descobridores de mundos novos!

Autor: Desconhecido.

13 janeiro 2010

Tormenta Adulta

Em aliança com a natureza;
O menino brinca criando,
Em seu quarto fica sonhando,
É feliz não acorda tristeza.

Mãe de que o criaste?
Seus sonhos são efeitos celestes,
A paixão da essência que lhe deste,
Criança guerreira de um futuro agreste.

Ao mundo, ingénuo desabrochou;
Uma realidade em criação natural,
Vê-de menino, nos teus olhos o céu chorou.

Que fantasia transcendental!!!
Espelho presente, a minha face mudou,
Espera criança pelo teu vendaval.

do Amigo Diogo Correia

11 janeiro 2010

Trio da Fraternidade Natalina

O Caranguejo há muito era amigo da Lagosta, ambos vivendo numa Ilha deserta do Atlântico, que mais parecia um isolado Atol de areias brancas, coqueiros e límpidas águas azul-turquesa.
O primeiro lembrou à segunda de que já era hora da Tartaruga vir do mar para a habitual sazonal desova. A Tartaruga era tambem uma velha amiga de ambos os crustáceos, e trazia sempre notícias, algumas novas outras antigas, de tudo o que testemunhava no mar, ao longo do ano em que ficava ausente da Ilha, onde aliás, tambem havia nascido.
Combinaram nessa noite, ficar de alerta perto da praia, uma vez que esperavam ambos a Lua cheia e a chegada a qualquer momento, da Tartaruga, que decerto seria mais fácil de detectar à luz daquele astro.
Dito e feito. A Tartaruga acabava de nadar vagarosamente para terra e subia agora areal acima, até lugar mais afastado e alto, a salvo das ondas do mar.
Correram ambos para ela e abraçaram-na com entusiasmo e felicidade, sobretudo pela saudade que sua ausência havia causado aos dois Amigos.
Estavam novamente reunidos e juntos na Ilha que vira nascer a todos eles, e que, deles fizera Amigos de vida e circunstância.
Deixaram que a Tartaruga cavasse o buraco para a postura de seus ovos e lá os pusesse dentro e em segurança, e os tapasse com uma boa quantidade de areia, assim ocultando-os dos olhares e cobiça de outros animais predadores.
De todas as histórias que a Tartaruga contou, desta vez, houve uma que a todos atraiu mais, incluindo à propria Tartaruga que a contou, sobre uma forte Luz que observou em certa parte do fundo do mar, quando em sua passagem de regresso à Ilha. Esta chamou-lhe fortemente a atenção, pois, a tal fenómeno nunca assistira antes. E tambem, por ter observado que dela saiam estranhas formas, que nao conseguiu identifcar ou explicar, nem mesmo a si mesma. A curiosidade que ficara desde então era tão grande que, só ansiava lá voltar novamente, mas pelo medo que sentira, somente se acompanhada de alguem que com ela quisésse ir!
Não demorou muito que os dois Crustáceos se oferecessem para tal efeito. Assim, usando a carapaça da Tartaruga como boleia, partiram os três mar adentro, rumo à tal Luz misteriosa, no meio do oceano. Atravessaram mares agitados e depois de meses a enfrentar ondas encrespadas, veio a bonança de águas mais calmas, onde haviam enormes e frondosas florestas marinhas de sargaços e outras algas gigantescas.
Quase foram comidos por ameaçadores tubarões e outros monstros predadores dos mares, e aos vários perigos, o destino ajudou a escapar por um triz e a chegar ao objectivo de sua épica aventura.
Depois de um profundo e longo mergulho, a Luz que os motivara a tantas atribulações, via-se agora nítidamente no fundo do oceano. Rápidamente se aproximaram dela, e logo sentiram uma força inevitável, que os atraia e impelia irremediavelmente em sua direcção. O medo e a ânsia faziam-lhes os corações batucarem descompassados nos peitos, fazendo a água vibrar à volta.
Em um instante, viram um ser humano imponente no seio da Luz, portando um garfo luminoso, feito aparentemente de fogo, que ardia apesar do ambiente aquoso. Em vez de pés, aparentava ter algo parecido com um rabo de peixe na extremidade inferior do corpo, como é comum às sereias, que contudo, poderia muito bem ser uma espécie de dispositivo natatório.
Uma voz apareceu na cabeça dos três. A voz dizia, que muitos o conheciam como o Rei dos Mares, o lendário Neptuno, um Deus das Tradições Teológicas Romanas, mas que, na verdade, não passava de um ser humano adaptado às profundezas dos mares e que ali, de onde vinha a Luz, a qual era simplesmente uma entrada, um Portal para um mundo subterrâneo subaquático, haviam muitos outros semelhantes, a si. Na verdade, continuou a voz, ele era sómente um guardião de uma das entradas principais para a mítica Atlantida, que havia afundado após um brutal cataclisma vulcânico.
A voz do estranho homem marinho, a que as lendas do mar apontavam como Neptuno e que afinal, nada mais era que um homem comum, contudo, adaptado ao meio submarino, disse-lhes que poderiam penetrar a Luz. Contudo, que não poderiam adentrá-la por completo, até ao desconhecido mundo subterrâneo subaquático, por não ser permitido a outros seres, devido a prováveis maravilhas ali existentes. De seguida, orientou-os a entrar numa câmara seca, onde o ar era um ar respirável para todos eles, pois, tinha chegado o momento que toda a Civilizacao Atlante aguardava há muito. Sendo a visita dos três, sinónimo de uma profecia e de ocasião especiais há muito previstas. Os três animais amigos entreolharam-se em tom de admiração, por afinal, não passando de simples animais marinhos, como tantos milhões que vieram antes, que existiam no presente e como os que haveriam de vir depois deles, estarem a ser alvo de tal misteriosa e particular recepção.
De repente, a câmara transformou-se em uma profusão de tons de luz muito intensos, mais ainda mais brilhante e intensa do que aquela que haviam penetrado à entrada, começando a transformar-se em um turbilhao de côres e brilhos, com tudo à volt,a a embrenhar-se numa espécie de bruma densa e opaca. Para num momento seguinte, naquilo que havia parecido uma eternidade, seus corpos marinhos não mais existirem, pelo menos, nas formas com se que haviam conhecido a si mesmos como seres vivos...
Estavam em lugar completamente diferente, no espaço, no tempo e na concepção física, naquilo que parecia ser uma manjedoura. Até suas mentes, estavam ora mais claras e tudo à volta, mais parecia um sonho surreal. Cada um deles era, na ora mágica ocasião, um ser humano distinto. A Lagosta, era agora uma linda Senhora, de olhar doce, vestida com panos de algodão e uma manto sedoso e violeta a cobrir-lhe os longos e luzídios cabelos entrançados. A Tartaruga, essa, passou a ver-se como um Homem humilde, mas de movimentos firmes e tom nobre. No centro dos dois e um pouco mais atordoado e consfuso com toda aquela transmutação ocorrida, o Caranguejo, era agora um bébé Menino, de pele leitosa e perfumada, de rostinho sereno, envolto em alguns panos de lã judaica, que o protegiam do fresco da noite que tinha como pano de fundo, a Via Láctea.
Apresentavam-se os três com outra forma, muito diferente e distinta da dos seus corpos anteriores. Nada fazia supôr que, cada um deles, continuava sendo o mesmo ser. Até o pensamento de cada um havia evoluído em complexidade e continha agora na memória. Cenas de passados nunca antes vividos, continham muitas caras de outros seres humanos e até de paisagens, que pareciam ter com cada qual deles, uma relação próxima e íntrinseca, especial...
Podiam sentir um calor de magia por todo o lado a envolvê-los, havendo outros animais que nunca antes haviam visto, à volta. À frente, encontravam-se três homens ricamente vestidos com cetins e sêdas finas, trazendo cada um nas mãos, algo que parecia serem ofertas...
No céu, uma cintilante estrela candente, brilhava com intensidade anormal, como que a assinalar algum evento histórico excepcional ...
...Acordando, olharam para um lado e para o outro e de uns para os outros, e, sómente viram a habitual areia da praia, sentiram a calmaria da leve brisa do vento e o ribombar suave das ondas do mar, que lhes batia devagarzinho nos corpos marinhos de Tartaruga, de Lagosta e de Caranguejo, que sempre haviam sido...

Estória/Conto de Natal feito em Luanda, aos 22 de Dezembro de 2009, por manuel de sousa, que como actual Presidente e em nome do Rotary Club de Luanda, em tom de desejo de Festas Felizes, o dedica a todos os Amigos, Irmãos, Companheiros e à Humanidade em geral, em Paz, Fraternidade e Harmonia com a Natureza Mãe...e com os Animais, Florestas, os Oceanos, as Terras e os Semelhantes Humanos...e com todos os Seres Existênciais do Universo...seja Mental, Espiritual e/ou Físico...

Nota do Editor: Escrito em resposta a conto enviado pelo escritor Paulo Coelho.

06 janeiro 2010

05 janeiro 2010

Paulo Coelho

Conto de Natal

Conta uma antiga e conhecida lenda, que há cinco mil anos três cedros nasceram nas lindas florestas do Líbano. Como todos nós sabemos, os cedros levam muito tempo para crescer, e estas árvores passaram séculos inteiros pensando sobre a vida, a morte, a natureza, os homens.
Presenciaram a chegada de uma expedição de Israel, enviada por Salomão, e mais tarde viram a terra coberta de sangue durante as batalhas com os assírios. Conheceram Jezabel e o profeta Elias, inimigos mortais.
Assistiram a invenção do alfabeto, e deslumbraram-se com as caravanas que passavam, cheias de tecidos coloridos.
Um belo dia resolveram conversar sobre o futuro.
- Depois de tudo o que tenho visto - disse a primeira árvore - quero ser transformada no trono do rei mais poderoso da terra.
- Eu gostaria de ser parte de algo que transformasse para sempre o Mal em Bem - comentou a segunda.
- Por meu lado, queria que toda vez que olhassem para mim pensassem em Deus - foi a resposta da terceira.
Mais algum tempo se passou, e lenhadores apareceram. Os cedros foram derrubados, e um navio os carregou para longe.
Cada uma daquelas árvores tinha um desejo, mas a realidade nunca pergunta o que fazer com os sonhos; a primeira serviu para construir um abrigo de animais, e as sobras foram usadas para apoiar o feno. A segunda árvore virou uma mesa muito simples, que logo foi vendida para um comerciante de móveis. Como a madeira da terceira árvore não encontrou compradores, foi cortada e colocada no armazém de uma cidade grande.
Infelizes, elas se lamentavam: “ Nossa madeira era boa, e ninguém encontrou algo de belo para usá-la”.
Algum tempo se passou e, numa noite cheia de estrelas, um casal que não conseguia encontrar refúgio resolveu passar a noite no estábulo que tinha sido construído com a madeira da primeira árvore. A mulher gritava, com dores do parto, e terminou dando a luz ali mesmo, colocando seu filho entre o feno e a madeira que o apoiava.
Naquele momento, a primeira árvore entendeu que seu sonho tinha sido cumprido: ali estava o maior de todos os reis da Terra.
Anos depois, numa casa modesta, vários homens sentaram-se em torno da mesa que tinha sido feita com a madeira da segunda árvore. Um deles, antes que todos começassem a comer, disse algumas palavras sobre o pão e o vinho que tinham diante de si.E a segunda árvore entendeu que, naquele momento, ela sustentava não apenas um cálice e um pedaço de pão, mas a aliança entre o homem e a Divindade.
No dia seguinte, retiraram dois pedaços do terceiro cedro, e o colocaram em forma de cruz.
Deixaram-no jogado em um canto, e horas depois trouxeram um homem barbaramente ferido, que cravaram em seu lenho. Horrorizado, o cedro lamentou a herança bárbara que a vida lhe deixara.
Antes que três dias decorressem, porém, a terceira árvore entendeu seu destino: o homem que ali estivera pregado era agora a Luz que tudo iluminava. A cruz feita com sua madeira tinha deixado de ser um símbolo de tortura, para transformar-se em sinal de vitória.
Como sempre acontece com os sonhos, os três cedros do Líbano tinham cumprido o destino que desejavam - mas não da maneira que imaginavam.




Prenda de Natal do Escritor Paulo Coelho, partilhada pelo amigo Manuel de Sousa.
Há tantos burros mandando
em homens de inteligência,
que ás vezes fico pensando,
se a burrice não será uma ciência.

António Aleixo

01 janeiro 2010

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade
(in, dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br )