28 junho 2007

Folia! Mistério de Uma Noite de Pentecostes


Foto de Sérgio Santos

a Fundação CulturSintra
apresenta

Folia!
Mistério de Uma Noite de Pentecostes

Texto: Paulo Borges
Encenação: Rui Mário
Teatro TapaFuros


Um novo desafio para o Teatro TapaFuros: Após uma trilogia de clássicos ingleses, pretende-se, nesta 5ª produção de rua para os fantásticos jardins da Quinta da Regaleira, realizar um espectáculo de grande impacto estético e de forte intervenção com o público assistente. Este será, aliás, convocado para operar o discorrer e acção do próprio espectáculo, participando como personagem activo!
A Fundação Cultursintra, apresenta Folia! Mistério de Uma Noite de Pentecostes, pelo Teatro TapaFuros. Apresentar-se-à como um espectáculo transdisciplinar de carácter volante, em que teremos música ao vivo – sob a direcção musical de Pedro Hilário, contaremos coreografia de Mercedes Prieto, com design de figurinos de Pedro Marques, cenografia/adereços e vídeo de Rui Zilhão com um elenco de oito actores acompanhados por quatro músicos.


Quinta da Regaleira – Sintra
de 5 de Julho a 8 de Setembro
5ª a Sab.:22h Dom.: 20h


« A noite abre-se em luz. Nocturno cantado em voz de árvore, de atento mocho. Vozes muitas que anseiam paz. Vozes do mundo, no mundo... Folia nos ilumina, folia nos inflama! Flama de cor a romper solidão, a romper surdos gritos. Dos caminhos da Terra surgem homens e mulheres que sentiram uma voz que chama, em chama. Arde-lhes no peito. É o tempo? Os portões abrem-se, a mansão tem muitas portas, luz habita os salões e ri do serão... Esta a luz que vestirão. Homens e mulheres da Terra, convidados para a festa da Luz, convidados em mistério.
Janelas de par-em-par! Portas como lábios imensos! Eles gritam! Gritam até Roma! Londres! Kiev! Nova Iorque! Beijing! Bagdad... Pombas libertas na voz pousarão nos beirais, nas estátuas às vozes decepadas das cidades. E os seus olhos cruzar-se-ão com os dos homens e mulheres, às vezes com os olhos das crianças que já não brilham... É o grito! A Folia vai começar, a folia vai começar... Mundo tem cautela, que te viras pr’ó ar!
E o desejo de um mundo diferente ilumina o caminho de uma noite de Pentecostes. No partilhar da frágil luz, no som de mil paços, na mão dada para aquecer do vento, no pão e vinho a despertar os sentidos. Rompendo a noite que é noite verdadeira, que é sonho. Dilacerando o medíocre olhar, a vaidade pintada de fresco, o ego com muito ismo.
Folia quer encontro, quer humano, quer viagem: chamar-lhe-e-mos teatro? Nos gestos que faremos (performers e público) o ritual é surpresa nos sentidos que despertaremos, na respiração, nas imagens, a viagem se fará em mar desconhecido, anseando... Chamar-lhe teatro? Na noite o nome será encontrado... Para já gritamos... Folia!»
Rui Mário


espectáculo ao ar livre de caracter volante
aconselha-se agasalho e calçado confortável
espectáculo aconselhado para maiores de 12 anos

«Folia ! Mistério de uma Noite de Pentecostes constitui uma recriação dos momentos fundamentais da Festa do Espírito Santo, desde a sua origem medieval, refundada pela Rainha Santa Isabel, até à actualidade, tal como ainda se celebra no Penedo, nos Açores, no Brasil e nas comunidades de emigrantes americanos. Tendo conhecido, desde o século XIII ao XVI, uma invulgarmente rápida e vasta expansão, no continente, ilhas e colónias – sendo mesmo celebrada a bordo das naus da Índia - , a Festa foi considerada por Jaime Cortesão, António Quadros, Natália Correia, Lima de Freitas e Agostinho da Silva um dos fenómenos mais específicos e simbolicamente emblemáticos da cultura portuguesa e lusófona e da sua vocação ecuménica e universalista. Desde Jaime Cortesão que os Painéis atribuídos a Nuno Gonçalves, obra maior e paradigmática da arte portuguesa, estão associados ao Culto do Espírito Santo.
Folia ! propõe a recriação em termos contemporâneos da experiência da iniciação e da festa comunitária, associada a uma viagem pelo imaginário mítico, histórico e cultural português. Considerando que a Festa do Espírito Santo, herdeira de formas arcaicas e medievais do “sagrado de transgressão” (Roger Caillois), como as Saturnais, os ritos transmontanos do Solstício de Inverno e a Festa dos Loucos, bem como da experiência da superabundância cósmica e espiritual própria do Pentecostes hebraico e cristão, expressa o “mundo às avessas” e ritualiza uma transformação iniciática da consciência, visa-se renovar essa eficácia operativa nas condições da vida e da mentalidade contemporâneas.
Oferece-se assim um Teatro vivo e operático, que reassume as suas origens no rito iniciático, propondo-se uma profunda interacção entre actores e público em torno dos três acontecimentos fundamentais da Festa: a Libertação dos Presos, a Coroação do Imperador e o Bodo comunitário. Beneficiando das condições oportunas oferecidas pelas estruturas simbólicas da Quinta da Regaleira, a Libertação dos Presos vive-se num percurso em que somos convidados a libertarmo-nos de tudo o que encobre e oprime a nossa natureza profunda, descendo na terra e nas trevas e ascendendo para a luz (catábase e anábase), a Coroação do Imperador é uma experiência comunitária de reconhecimento da natureza sagrada de todos e de tudo e o Bodo é a comunhão e celebração disso, a Festa da Alegria e da Abundância, onde são vitais o pão e o vinho, a poesia, a música e a dança, culminada com a descida das Línguas de Fogo do Espírito.
Inspirada na leitura de Agostinho da Silva das relações entre a Festa do Espírito Santo, a Ilha dos Amores e o Quinto Império, o texto e a encenação convocam palavras e figuras das obras de Luís de Camões, Padre António Vieira e Fernando Pessoa, além do próprio Agostinho, do teatro vicentino e dos Painéis atribuídos a Nuno Gonçalves.
Folia ! – que se assume como corolário, mas não conclusão, das Comemorações do Centenário do Nascimento de Agostinho da Silva – propõe que as noites de verão na Quinta da Regaleira se tornem ainda mais feéricas e que possamos trazer esse espírito para as nossas vidas, celebrando-as como a quinta-essência deste Mistério de uma Noite de Pentecostes. »
Paulo Borges

Texto: Paulo Borges
Encenação/Direcção Artística: Rui Mário
Dramaturgia: Paulo Borges, Teatro TapaFuros
Direcção Musical/ Arranjos: Pedro Hilário
Direcção de Actores: Samuel Saraiva
Interpretação: Carla Dias, Filipe de Araújo, João Vicente, Mário Trigo, Rute Lizardo, Samuel Saraiva, Vera Fontes
Músicos: Alexandre Leitão, António Neves, Jorge Domingues, Miguel Costa
Coreografia: Mercedes Prieto
Desenho de Luz: José Miguel Antunes, Mário Trigo
Design / Web: Pedro Marques
Fotografia: Sérgio Santos
Figurinos: Elisabete Figueira, Pedro Marques
Costureiras: Ana Tobias, Doroteia Tobias
Luminotécnia: Fábio Ventura, João Rafael, Jorge Valente, Laura Scheidecker
Apoio à Montagem: Emanuel Ventura, Gonçalo Africano
Direcção de Cena: Marco Martin, Rui Mário, Sónia Tobias
Frente de Sala: Ana Rita Neves, Catarina Trindade, Inês Amaro, Joana Martins, Maria Silva, Tânia Tobias
Contabilidade: OperSpecial
Produção Executiva: Sónia Tobias
Direcção de Produção: Marco Martin

26 junho 2007

Movimento das Forças Interrogativas (MFI)

O MFI está a debate no Largo da Graça http://lagra.blospot.com/

Por empréstimo, o Largo dá-nos o privilégio de inaugurar um novo espaço de reflexão. Durante uns tempos, vamos "viver" e (con)viver nessa "casa" tão prestigiada, onde poderemos partilhar as nossas interrogações e inquetações. Enfim, será mais um local de encontro!

Ass: MFI

Arte Fotográfica


1. A Rua



2. Talvez o Quarto (biombo, tecto e candeeiro)




3. A Parede



4. Auto-retrato
Produção Casa de Estudos.

23 junho 2007

Há coincidências do caraças...


Força Maestro

Liga o som Clica na direcção em baixo e depois nas figuras, uma a uma, para as activar http://www.orapois.com/br/arquivos/06162005170419937g.swf

22 junho 2007

13 junho 2007

Solo Mio


OS PORTUGUESES MAIS (2)

do Brasil, Francisco G. de Amorim

No texto anterior até ficou esquecido um dos (muitos) grandes feitos do rei Dom Dinis: a fundação da Universidade, uma das mais antigas da Europa! Se a memória dos povos, o interesse, e o orgulho, porque não?, pela história é fraca, a instrução e educação deveriam “refrescá-la”!
Desse mal sofre congenitamente o Brasil, onde continua a considerar-se que de Portugal só vem coisa inferior, e o bom e o bonito tem que ir buscar-se, como era voz corrente há uns anos no Itamaraty, ao “circuito Elisabeth Arden” - Paris, Londres e Nova York.
Um dia, perseguido pela ditadura salazarista, chega ao Brasil um homem, professor, a quem de entrada olharam como “coisa” de 2ª. ou 3ª. categoria, mas que num instante se impôs, e marcou a sua estadia de um quarto de século neste país, por sua extraordinária visão de pedagogo, político, cientista, tendo como principal bandeira o ter incutido método e idéias que deixava os alunos e colegas desfraldarem as suas pesquisas e conhecimento de acordo com a capacidade e visão de cada um.
Nunca se impôs, detestava seguidores, que considerava gente sem personalidade própria, e envolvia os alunos com tanto saber e humildade que os trazia quase “levitando” de interesse nas suas palavras. Para ele a universidade tinha que ser parte integrante das populações, fazendo com que professores e alunos levassem os conhecimentos adquiridos para o povo, ao invés de se circunscreverem aos seus habitáculos fechados de professor-apostila-aluno, de interesse pouco mais que acadêmico.
Foi ele quem abriu as janelas para o mundo africano, indiano e oriental. O Brasil e mais concretamente a Bahia foram assim diretamente à procura de uma das suas raízes até então quase ignoradas, mantidas somente pela tradição oral dos descendentes de escravos.
Lecionou em mais de meia dúzia de universidades, país afora, entrou pelo sertão a levar algum conhecimento prático a camponeses que viviam em total esquecimento, e sempre manteve a sua linha de pensamento fora dos padrões obrigatórios da época, pró ou contra qualquer dos blocos da Guerra Fria - sovietes ou americanos.
Para ele no centro dessa guerra idiota estava o futuro, onde o Brasil, terá um papel primordial. Descendente de quase todos os povos da Europa, que se caldearam em Portugal - celtas, iberos, fenícios e cartagineses, romanos, godos, francos, e com estes, sangue tártaro, berberes e árabes e a partir do século XV até africanos que chegaram a representar, em Lisboa mais de 10% da população da capital - e de imensos povos oriundos de diversos cantos de África a norte e sul do equador, das costas do Atlântico e do Índico, e finalmente em cima das suas raízes ameríndias, o brasileiro, é o povo do futuro.
Miscigenado, apesar de haver correntes idiotas a querem apostar em transformá-lo em racista, o continuador do espírito universal português, o brasileiro, pode realizar o sonho dos seguidores do culto do Espírito Santo.
Passou a Era da Lei, veio depois a do Perdão, e caminhamos agora, lentamente para nós humanos que não temos noção de tempo cósmico, para a Era da Fraternidade.
Este, e muito mais era o pensamento dum Grande Mestre que deixou nas mãos de cada um a Liberdade, total, para escolher e trilhar o melhor caminho.
Nasceu no Porto em 1906 e foi-lhe dado o nome de George AGOSTINHO Baptista DA SILVA.

10 jun 07 - Dia da Raça, de Portugal, que se degenera se continuar a pensar que os melhores portugueses da sua história foram os que trabalharam com os pés, com as armas ou com a “santa” inquisição.

"Espreitando Através das Fissuras Dérmicas"


Espreito com as mãos
Mexo e remexo com os olhos
Provo e reprovo com o juízo
Ajuízo e reflicto com os pés

Sinto e pressinto com a imaginação
Vibro ao mais pequeno vislumbre
Acanho-me ao mais leve toque
Envergonho-me com qualquer embaraço

Viro-me para onde sopra o vento
Largo o objecto a qualquer tremor da paisagem
Saio de cena logo que o tempo aquece
Regresso ao cenário assim que cai o pano do entardecer

Vejo-me e revejo os reflexos das superfícies espelhadas
Agarro a ocasião assim que as circunstâncias o propiciam
Arrasto o corpo como se lagarto da horta seja
Enfio-me no buraco da fechadura de eventuais portais

Enrolo-me no interior de uma casca dura
Encolho-me dentro do ovo primordial
Uno-me nos mais profundos confins da alma central
Regresso à consciência de si e ao pensamento essencial original…

Ciente de que em momento algum dele me separei ou desliguei!...

Escrito para aqueles que estão cientes de que nós somos mais do que um simples corpo físico-material, em Luanda, Angola, aos 10 de Junho de 2007, por manuel de Sousa, no Dia de Camões e de Portugal…

10 junho 2007

Água com gás (para a azia...)


PARVO

Vem um PARVO, e diz ao Arrais do Inferno:
Hou... daquesta!
DIABO
Quem é?
PARVO
Eu sou.
É esta naviarra vossa?
DIABO
De quem?
PARVO
Dos tolos
DIABO
Vossa!
Entrai.
PARVO
De pulo ou de voo?...
Ó pesar do meu avô.
Soma, vim adoecer,
e fui má-hora morrer,
e nela pera mi só.
DIABO
De que morreste?
PARVO
De quê?...
Samica de caganeira.
DIABO
De quê?!...
PARVO
De caga merdeira!
Má ravugem que te dê!
DIABO
Entra: põe aqui o pé.
PARVO
Houlá, não tombe o zambuco!
DIABO
Entra tolazo enuco,
que se nos vai a maré.
PARVO
Aguardai, aguardai, houlá!
E onde havemos nós de ir ter?
DIABO
Ao porto de Lucifer.
PARVO
Como?!...
DIABO
Ò Inferno. Entra cá!
PARVO
Ò Inferno?!... Eramá!...
Hio, hio, barca do cornudo,
beiçudo, beiçudo,
rachador d'Alverca, huhá!
Sapateiro da Candosa,
antrecosto de carrapato,
sapato, sapato!...
Filho de grande aleivosa,
tua melher é tinhosa,
e há-de parir um sapo,
chentado no guardanapo!
Neto da cagarrinhosa,
(...)
Chegando à Barca da Glória, diz:
Hou da barca!...
ANJO
Tu que queres?
PARVO
Quereis-me passar além?...
ANJO
Quem és tu?
PARVO
Não sou ninguém.
ANJO
Tu passarás, se quiseres,
porque, em todos teus afazeres,
per malícia não erraste:
tua simpreza te abaste
pera gozar dos prazeres.
Espera entanto per i:
veremos se vem alguém,
merecedor de tal bem,
que deva de entrar aqui.
(...)

Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno. Lisboa: Livraria Popular de Francisco Franco.

08 junho 2007

Walk into light


Foto de Raul Costa

Legalização da Cannabis?

A melhor pedrada é a de ar puro, da serra, do campo, do mar e de outros tais lugares não poluídos. Porque fumarada para os pulmões já nos basta a dos escapes dos automóveis, das chaminés das fábricas e das bombas de "napalm".

-Ou será que a cannabis misturada com tabaco, ou não, diariamente inspirada, não nos rebenta com a saúde?
-Será que é fixe rebentar com a saúde?
-Deverá ser livre a opção de rebentar, ou não, com a saúde? Não custa a asistência à doença muito dinheiro ao erário público?

-Mas, por outro lado, será que fumar o Cachimo da Paz, à boa maneira dos índios americanos, não é um dos grandes prazeres da vida e que, como diz o povo, "perdoa o mal que faz para o bem que sabe"?

Viva o Movimento das Forças Interrogativas,
Carlos Alves

in, O Largo da Graça (Blog), Maio/2007

07 junho 2007

O Descobrimento do Japão pelos Portugueses

Visitando minha biblioteca, hoje partilho o livro O Descobrimento do Japão pelos portugueses, de Carlos Francisco Moura, 64 p.Edição do Real Gabinete Português de Leitura , Rio de Janeiro, 1993.

O autor dedica o livro ao Mestre Agostinho da Silva que, com o Centro Brasileiro de Estudos Portugueses, da Universidade de Brasília, deu início no Brasil aos estudos luso-nipônicos.

O livro dedica um capítulo à Imprensa da Missão Portuguesa nos séculos XVI e XVII . Muito interessante.

Margarida Castro

06 junho 2007

Gestos Simples...

Site da Campanha Europeia
Alterações Climáticas

Sitio da campanha europeia para os cidadãos combaterem as alterações
climáticas! Está cheio de dicas simples com as quais todos nós podemos
contribuir para ter um mundo melhor!

http://ec.europa.eu/environment/climat/campaign/index.htm

04 junho 2007

Até quando...


in, Time Magazine.

02 junho 2007

Você sabia que a Língua Portuguesa?...

A língua portuguesa, com mais de 210 milhões de falantes nativos, é a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. Idioma oficial único do Brasil, e idioma oficial, conjunto com outros idiomas, de Portugal (cuja segunda língua oficial é o mirandês), Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, é falada na antiga Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli) , além de ter também estatuto oficial na União Européia, no Mercosul e na União Africana.

A situação da Galiza e do galego em relação ao português é controversa. De um ponto de vista político e, portanto, oficial, o Galego é uma língua porque assim o determinam os organismos de estado Espanhol e da Região Autônoma da Galiza, com legitimidade democrática. De um ponto de vista científico, a idéia de que o galego é uma variante dialetal da língua portuguesa reúne hoje um vasto consenso, sendo estudado a par com as restantes variantes do português nas universidades e centros de investigação lingüística.

A língua portuguesa é uma língua românica (do grupo ibero-românico) , tal como o castelhano, catalão, italiano, francês, romeno e outros. Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (português brasileiro e português europeu). No momento atual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (note-se que línguas como o inglês têm diferenças de ortografia pontuais, mas não ortografias oficiais divergentes) , situação a que o Acordo Ortográfico de 1990 pretende pôr cobro.

Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa .

O português é conhecido como A língua de Camões (por causa de Luís de Camões, autor de Os Lusíadas), A última flor do Lácio, expressão usada no soneto Língua Portuguesa de Olavo Bilac, ou ainda A doce língua por Miguel de Cervantes.

Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde a costa Africana até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Namíbia, Suíça e África do Sul. Encontram-se, também, numerosas comunidades de emigrantes, em várias cidades em todo o mundo, onde se fala o português como Paris na França; Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.

dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br
Margarida Castro

Leia mais em: http://pt.wikipedia .org/wiki/ L%C3%ADngua_ portuguesa

Musidanças 2007

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