O Pintor e o Pássaro Azul
Numa doce manhã
um suave regresso
qualquer coisa que há no ar,
um passarinho azul
está pairando, esvoaçando
a cantarolar, dá uma volta
uma volta e meia
e quando volteia pousa no seu olhar
No coração que meigo e terno bate
está uma ideia
feita uma aguarela, amarela
que volteia na tela
e do meio do branco vazio
que era nada
um passarinho azul que sai
correndo através da manhã
Feito um pedacinho de lã
vai voando, cantarolando
da fantasia que foi um dia
da saudade de partir, do regresso
até que de novo encontra um papel
um outro olhar
uma ideia feita um arco íris
qualquer coisa que está no ar
P.S.: Este Pássaro azul, bem real, usufrui de uma constante capacidade de mutação. Primeiro pássaro verdadeiro, depois poema e música, um outro poema a seguir que o tranforma na tela, e de novo bem real vem comer milhos à mão. Está inscrito num livro de contos, de seu nome "O Espírito dos Pássaros", que tem uns meses de acabado e, talvez, acabe publicado um destes dias, provavelmente, pela Editorial CÊAV. Aguardemos. Para já está disponível em word e será gentilmente cedido a quem por ele se interessar.
A pintura é do António Tapadinhas e o poema é do Luis carlos dos Santos.
13 comentários:
Os meus parabéns pela iniciativa. Realmente este Blog já fazia falta no panorama virtual de A. Vedros. Continuem
Vitor Cabral
Caro Vítor
Muito obrigado pelo estímulo.
Luis Santos.
Uma excelente iniciativa. Com um belo contributo do A.M.Tapadinhas.
Um abraço
Anibal de Sousa
Caro Aníbal
Pelo nome não o consigo identificar. Importa-se de dar elementos. Também pode ser para lcsantos@netcabo.pt .
O quadro do António é, de facto, muito bonito.
Lá me escapou o ponto de interrogação. Mas dá para perceber.
Ta balente sim senhor.
Tem de publicar mais coisas para a malta observar e ler e dar a conhecer o que se passa aqui neste tasco de Alhos Vedros.
Continuem ca malta gosta.
Esta bom, mas deviam ter mais autores.
Que é feito desta escrita tão bonita, tão suave?
Um poema simples da vida, ou a anacronia de como a felicidade se eterniza na instanciação do efémero...
Da partida e do regresso....da beleza pueril (frágil e única)das coisas simples da existência ....
Bem haja(m) !
Volto a fazer a interrogação?
Onde está a pessoa que escreveu este tipo de poemas, tão bonitos, tão suaves? E onde estão todos os poemas?
Minha querida quando os poemas saiem bonitos e suaves são todos do Espírito Santo, a mim só me cabe assinar. Mas não tenho maneira de lhe colocar a pergunta.
Perdoe-me "philos", mas também entendo o autor. A inspiração ou "matéria da alma" não é somente inata. Flui da interacção do coração com o mundo. Talvez declamemos nos poemas a nossa fracção dum espírito mais universal.
O que neles fascina é a espontaneidade, o indizível do mundo, mesmo que brotem da intimidade ....
Flávio Meireles
Tem razão CEAV !
A poesia é também uma linguagem de silêncios que nenhum tribunal humano saberá devidamente julgar.
Cmps
José F.
Enviar um comentário