28 setembro 2005

A menina que tem luz

Quis o destino que um dia
Eu lhe pudesse tocar
E melhor compreendesse
Aquela luz do seu olhar

Foi então que pude ver
Que escondida na beleza
Era igual a quantidade
E o tamanho da tristeza

Chegou-me também a graça
Pelo corpo iluminado
E nem sequer me importei
Por não se ter demorado

Continuo então intrigado
Por, no sonho que eu supus,
Ter descoberto o segredo
Da menina que tem luz

Três luas se volveram
Só desencontros ocorreram
Neste aflito coração
Sem rumo, sem paz, solidão

Na verdade vos digo
Conheço bem essa menina
E todos os dias ela passa
Com um ar cheio de graça
Naquela rua tão divina

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