05 setembro 2005

Metroplitano do Verbo Original

“Metropolitano Do Verbo Original”

Na estação central da Alma
Apanho o metro cósmico
Corro as Estrelas
Uma a uma
Reforçando a energia espiritual que me impulsiona
Como alguém atravessando um riacho
Pulando de pedra em pedra
Indo de margem em margem
De Galáxia em Galáxia
Até à estação do Sol
Que me alimenta a Vida
Emprestando-me o fato espacial circunstancial
Perfeito em essência e forma
Moldado nas lamas efervescentes e nas águas minerais
Cimentado pelos elementos da Natureza
Feito estrutura física
Designado “Homem”...
Emprestado pela Terra
Tendo o final do dia como meta para o seguinte
Na expectativa do regresso
Ao seio gerador do Verbo Original
Lá para o Centro Inteligente da Alma do Criador
No fim Divino...de um outro Princípio renascido
...E renascido...
Vezes sem conta...

Em Homenagem à Longa Viagem Eterna da Una Alma pela Matéria Psíquica e Física deste meio de transporte que é a Vida, que aqui comparamos a uma linha de Metropolitano Urbano, que se locomove e nos transporta, de estação em estação...entre princípios, fins e recomeços sem conta...

Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 4 de Setembro de 2005, em Homenagem à Imensa Tragédia Natural e Humana que se abateu sobre o Povo Norte Americano dos Estados do Sul dos Estados Unidos, mostrando que, perante o Poder do Criador Divino e a força dos Elementos Naturais de Sua Criação, a Vida e Poder Humanos, são deveras frágeis...seja lá nas Nações consideradas mais potentes e avançadas, como nas mais pobres e carentes...

As Forças da Natureza , tudo podem alterar de um dia para outro, não havendo nada, mas nada, que nós, os Homens e Mulheres da Humanidade, possamos fazer para evitar, restando-nos esperar e orar para que aquelas, se aplaquem e acalmem...

2 comentários:

Anónimo disse...

gostei muito, especialmente da analogia com o metropolitano. E do fato que se vai buscar ao Sol! Poema lindíssimo, Parabéns por tanta sensibilidade.

Estudo Geral disse...

O Manuel de Sousa é um poeta extraordinário. Cada poema seu é uma lição. E depois a sua produção é imensa, já que faz (quase) poemas como quem fala.