Um pequeno grupo de três amantes do mar, do Brasil e de Angola, estão a projetar uma viagem a Angola, num veleiro, entre o Rio de Janeiro e as cidades de Namibe e Luanda, a capital angolana.
Data prevista para levantar ferro e soltar velas: 03 de Dezembro próximo.
Esta travessia do Atlântico tem como finalidade, não só o desporto em si mesmo, como rever a terra em que o “capitão” da embarcação viveu em criança, hoje distinto Professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da USP, Dr. José Guilherme Pereira Caldas, e ainda, pelo seu lado, aproveitar para prestar homenagem a seu pai, um dos fundadores da Faculdade de Medicina de Luanda.
O segundo tripulante, também médico neuroradiologista, Dr. Mateus Miranda Barbosa, paulista e o mais jovem da tripulação, é um desportista muito conhecido no Brasil pelas suas muitas conquistas internacionais de jiu-jitsu, entre as quais se destaca ter sido campeão mundial de peso e absoluto em 1998.
O terceiro, Francisco Gomes de Amorim, radicado no Brasil há trinta anos, viveu em Angola mais de vinte, onde velejou bastante, e leva a “missão”, além da logística de suprimentos e navegação, de ser portador de um abraço que cariocas e paulistas pretendem mandar aos habitantes das duas citadas cidades, configurado na presença dos três velejadores e ainda num pequeno “presente” que o Prefeito do Rio de Janeiro quis aproveitar para mandar aos seus colegas de Angola.
Será a ligação entre o Brasil e a terra que maior número de indivíduos para aqui mandou nos tempos antigos, e que constituem talvez a maior base da nossa população.
A viagem não tem qualquer fim lucrativo, muito menos político. Não tem patrocínio, mas necessitará de alguns apoios, basicamente no que se refere aos contatos via rádio para recebimento de informações sobre meteorologia, navegação, previsões, dados pretéritos, climatologia, e talvez algum material que a experiência e conhecimentos que a Marinha do Brasil e diversos radioamadores nos vão prestar.
O barco está equipado com GPS, rádio HF/VHF/UHF, leme automático, e demais instrumentos básicos, incluindo radar, de pouca utilidade, e a fundamental balsa automática de salvamento, que pedimos à Senhora dos Navegantes que nunca seja utilizada!
Tudo quanto nos possa ser disponibilizado para o bom sucesso da viagem, que se estima em cerca de sessenta dias, ida e volta, incluindo a rápida estadia em terras angolanas e uma parada pouco mais que técnica, no regresso, em Santa Helena, será altamente apreciado e agradecido.
Vamos levar um abraço entre gentes iguais, que um largo “rio” chamado Atlântico separa, que o passado afastou e que, cada vez mais têm que se unir.
O nome a dar a esta viagem, de que pensamos dar suficiente divulgação, será
“Um abraço à Vela”!
Que bons mares e ventos nos levem e tragam de volta, e que bons e fortes abraços possam ser trocados, e ainda que tenhamos a sorte de encontrar naquela grande terra de Angola, alguns amigos que o destino nos obrigou a lá deixar há muitos anos.
Francisco Gomes de Amorim
Rio de Janeiro – Brasil
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