12 fevereiro 2006

Três por Quatro


Alma esculpes e não pedra
a cada gesto de amor
a ti próprio te fazendo
como todo o criador

Crente é pouco
sê-te Deus
e para o nada que é tudo
inventa caminhos teus

Não digas bom o prazer
nem chames ruim à dor
toma calmo teu assento
de tranquilo espectador

Agostinho da Silva,
in, Borda D'Água 2006

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