06 março 2006
O Território de Olivença continua a ser Português?
Soberania ameaçada: O Território de Olivença continua a ser português?
1709 - Na sequência da Guerra de Sucessão de Espanha, a Ponte de Olivença, ou de Nossa Senhora da Ajuda, é destruída por forças espanholas, assim permanecendo até hoje.
(enviado por Margarida Castro)
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8 comentários:
A questão é claramente pertinente mas entretanto foi construida uma nova ponte. Creio que foi Portugal que a construiu em vez de serem os espanhóis a corrigirem o vandalismo político de 1709.
Temo que o processo político não avance porque os espanhóis não querem admitir que aquele Concelho é português. Já fizeram política de colonização de modo a que a população castelhana supere a portuguesa pelo que qualquer sufrágio que agora lá se faça dará vantagem aos espanhóis.
A solução não é, portanto, política mas sim económica. Porque é que as empresas portuguesas que querem entrar no mercado da Extremadura espanhola não começam por se instalar em Olivença? Será a única forma de ultrapassar a actual colonização castelhana daquela vila.
Henrique Salles da Fonseca - Lisboa
dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br
Não sei se continua a ser português, mas continua a pertencer ao mundo... logo, pertence-nos! E a eles também! :-) Poderíamos experimentar partilhar...
Um abraço!
A nós todos e ao mundo certamente risocordetejo. Partilhemos.
Interessante o comentário de Ângelo Brea, que pôs em paralelo a situação da Galiza e de Olivença. Na altura do II Congresso Internacional da Literatura Lusófona, realizado em Santiago de Compostela, ele comentou que :
«A Galiza é uma imensa Olivença perdida para o castelhano, quando quer ser lusófona.»
A castelhanização por imposição explica tudo. Acredito que o movimento das associações culturais da Galiza tem expressão e tem exercido pressão sobre o Governo de Madri e da Galiza. Algo conseguiram mas falta ainda muito.Porque não se consegue ouvir ou ver na Galiza os Canais Televisão e rádios portuguesas?
Eu tenho aprendido muito com a Galiza e Olivença a história de Portugal e sobre a lusofonia. Por isso que mantenho as ligações com eles.E, ao mesmo tempo, assim, não ignoramos os motivos da luta deles.
Margarida
VICENTE VIEIRA VALÉRIO ( 1770?-1818? ), UM DEFENSOR DA LÍNGUA
PORTUGUESA
Há nomes e atitudes que a História, injustamente, vai esquecendo. Os
tempos mudam, bem como as motivações. É a roda da História, inexorável,
a fazer evoluir a Humanidade... nem sempre de forma inquestionável.
Não é fácil julgar com exatidão uma atitude do longínquo ano de
1805. Mas esquecê-la, e a quem a protagonizou, é o pior procedimento
possível.
Estava-se no dia 14 de Agosto de 1805. Luís Dias presidia a uma
sessão, muito especial esta, da Câmara Municipal de Olivença. Após serem
tratados vários assuntos, o "Presidente" comunica que, a partir de então,
as actas seriam redigidas em castelhano, coforme ordens superiores. O
secretário, de nome Vicente Vieira Valério, protesta. A tradição diz que
terá afirmado: "Esta é a última acta que escrevo. As outras, em língua
estrangeira, não as faço. A minha mão nega-se a escrevê-las, e eu não
as farei. Só sei escrevê-las na minha língua."
Ninguém o conseguiu demover. E escreveu: "Salla das sessões em
Olivença, aos 14 Dyas do mez dagosto de 1805".
Era o fim. Vicente Vieira Valério deixava o seu cargo.
A tradição conta que naquele dia, por ironia suprema aniversário da
Batalha de Aljubarrota, chovia, e que Vicente Vieira Valério, depois de
ir a casa, terá percorrido a pé os dez quilómetros a que distava a
destroçada Ponte da Ajuda. Ao voltar, amigos, parentes, e vários populares
ter-lhe-ão oferecido os seus préstimos, no sentido de o ajudar.
Orgulhoso, tudo rejeitou: "Obrigado, mas não quero viver de esmolas!"
Transformado em pária, Vicente Vieira Valério terá acabado por
morrer à míngua de recursos... afinal, pelo simples facto de se negar a
trair a sua cultura. Mesmo que haja algum exagero quanto a alguns factos,
parece assente que morreu em situação de pobreza.
Pode-se discutir o que é o patriotismo, e que valor tem.
Mas...principalmente hoje, em que tanto se fala da importância da Língua Portuguesa no Mundo e na necessidade de a defender, não se pode esquecer gente com esta determinação. Seria uma "distracção" indesculpável.
Estremoz, texto revisto em 03 de Março de 2006
Carlos Eduardo da Cruz Luna
Obrigado Carlos Luna. O seu texto acaba de galgar oceanos...
luis santos
Espanha, enquanto perde presença na Catalunha e País Basco, apropria-se da
História de Portugal!
Vejam neste endereço:
http://aspirinab.weblog.com.pt/2006/03/e_eu_nao_queria_acreditar_1.html
E eu não queria acreditar
Que eles quisessem o Saramago, já me tinha conformado. Mas que nos fossem roubar também o Viriato,
Eis o que me parecia inconcebível. Quando mo contaram, pensei: «Agora é exagero».
Não era exagero, como, não era.
Viriato Historia de Hespaña ?
[ Mais informação aqui: www.empresas.mundo-r.com/PORTEO/sello2000.html ]
Postado por Fernando Venâncio em março 23, 2006 01:47 PM | Permalink
Bem vindo, Fernando Venâncio
Tem a ver com a grandeza de Portugal. Gostamos de partilhar. E se é com quem vive ao nosso lado, tanto melhor. Queremos ter boas relações de vizinhança. É verdade que nos roubaram Olivença e deverão livrar-se do erro. Quanto ao resto, podemos partilhar o Viriato, o Saramago se quiser é livre de ficar por lá todo o tempo do mundo e metam-nos na história ao lado do D. Quixote, mas não se esqueçam de partilhar o Sancho Pança.
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