O Parlamento Europeu aprovou hoje, numa mini-sessão plenária em Bruxelas, a adopção de um "indicador europeu de competência linguística" que não contempla a língua portuguesa, o que suscitou a oposição dos eurodeputados portugueses.
O relatório sobre a promoção do multilinguismo e a aprendizagem de línguas na União Europeia (UE) apoia a proposta da Comissão Europeia de introduzirum indicador de conhecimentos linguísticos, comum a todos os Estados membros, com vista a "medir o conjunto dos conhecimentos de línguas estrangeiras".
A ideia remonta ao Conselho Europeu de Barcelona de Março de 2002, no qual os chefes de Estado e de Governo solicitaram a melhoria da aprendizagem das habilitações básicas através do ensino de, pelo menos, duas línguas estrangeiras, numa lógica de facilitar a comunicação e mobilidade no seio da UE, e a adopção de um indicador de conhecimentos linguísticos.
A proposta da Comissão prevê que a avaliação dos conhecimentos linguísticos se faça, numa primeira fase, nas cinco línguas mais ensinadas na UE (inglês,francês, alemão, espanhol e italiano) e, eventualmente, mais tarde, num maior leque de línguas.
A introdução deste instrumento mereceu o apoio da maioria da assembleia, ainda que o Parlamento Europeu defenda o alargamento o mais rapidamente possível da avaliação a outras línguas oficiais.
A exclusão do português deste indicador de competência suscitou a oposição da generalidade das forças políticas portuguesas, que sublinharam o facto dea língua portuguesa ser falada por 200 milhões de pessoas, o que a torna na terceira língua da UE mais utilizada no Mundo.
Os deputados portugueses manifestam-se favoráveis à promoção do multilinguismo, mas contestam o critério de selecção utilizada e o que classificam como "discriminação" do português.
O relatório foi aprovado, na generalidade, com 435 votos a favor, 22 contra e 23 abstenções.
<http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1255406&idCanal=74>
04 maio 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário