19 setembro 2006

"Anjos do Símbolo"

De Anjos são minhas asas invisíveis
De minha boca sairá o Mundo Novo
De minha Alma a visão do amanhã será agora
De meu verbo sairá a profecia sagrada da Palavra
De meu julgamento se fará o Juízo Final
De minha Consciência advirá o perdão da resposta
De cada passo meu nascerá a Nova Aurora do princípio
Da imaginação da minha existência surgirá a primeira de eternas esperanças
Da minha Cruz brotará no centro a Rosa cardíaca
Da minha voz soará o som da pronúncia silente
Do paradoxo reflectido na minha sombra haverá a presença solar
Do colar de corais em meu pescoço cairão lágrimas alegres
Da tatuagem gravada na pele de minha vestimenta física reluzirá o advento
De meu mais profundo desejo de estar e ser irradiará a vontade do Infinito
Da raiz que me fez nascer da Razão Existêncial haverá lugar para muitos
De minha ânsia constante de rebuscar o Mistério restará a fé absoluta
Do motivo que me fez vir aqui existirá sempre uma estória velada por trás
Na minha persistente investigação nem Freud sabe quem sou
Na busca que busco Dante é apenas uma aparição aparente
Na senda de cada tremor meu há um aviso incógnito que espreita
Em cada aceno meu existe um adeus simbólico esquecido e meio oculto...

Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 16 de Setembro de 2006, em Homenagem àqueles que sabem conscientemente e sensatamente perdoar e ajudar, sem nada exigir em troca...

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