A UNESCO informou a grave situação em que se encontra a língua galego-portuguesa no território da Galiza espanhola, que só nos últimos 25 anos, tem perdido mais utentes do que nos cinco séculos precedentes, e que corre mesmo perigo de desaparição em apenas duas gerações, se não se leva a cabo uma verdadeira e contundente política de recuperação e naturalização social.
As razões desta alarmante situação linguística e cultural, derivam directamente da situação colonial que a Galiza vem a sofrer, pois a minoria espanhola castelhano-falante, ostentadora do poder económico, político e sócio-simbólico, não tem nenhum interesse em que o galego-português recupere o seu estatuto como língua predominante na Galiza.
Factos como a negação sistemática por parte das autoridades espanholas a autorizar a recepção dos sinais de TV e Rádio portuguesas na Galiza, ou o caso do ensino obrigatório, onde apenas 20% dos liceus da Galiza cumprem a "raquítica" legislação vigente que obriga a ministrar um pequenino número de matérias em galego-português (ainda na norma oficial isolacionista e castelhanizada) são bons exemplos da gravidade do que realmente está a acontecer.
Neste panorama colonial, cresce e se faz forte a massa social de galegas e galegos que se tornam conscientes do verdadeiro valor da luta pela sua língua e cultura, estendida pelos cinco continentes mas que lhes é gravemente negada na sua terra. No lugar onde precisamente nasceu a língua que hoje se fala em Portugal e no Brasil. Por isso são múltiplas as organizações que na Galiza lutam pela recuperação social da sua língua e cultura como parte da lusofonia mundial. Apelamos também à solidariedade do resto de comunidades lusófonas no mundo nomeadamente em Portugal e no Brasil com o povo galego e a defesa da lusofonia ao norte do rio Minho.
Fonte: http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=39452&cidade=1&forcarcomentarios=S
texto enviado por Margarida Castro - dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br
26 setembro 2006
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