A România compreendia o conjunto de províncias do Império Romano onde o latim veio a se tornar a língua de civilização: as Gálias (França e parte da Bélgica atuais), a Península Ibérica ou Hispânica, a Líbia, ou litoral mediterrânico da África e a Dácia, nos Bálcãs (Romênia ou Rumânia atuais).
A implantação do latim na Península Ibérica constitui fator decisivo para a formação da língua portuguesa, e ocorre no século II a.C., quando as legiões de Roma, depois de longas lutas, conquistam a Hispânia (mapa da Penísula Ibérica no século III a.C.) e impõem sua civilização. Com exceção dos bascos, todos os povos da Península adotaram o latim como língua e se cristianizaram. O território da Península Ibérica (mapa I.R. século I a.C.) foi dividido, inicialmente, em duas grandes províncias, Hispânia Citerior e Hispânia Ulterior. Esta última sofreu nova divisão em duas outras províncias, a Bética e a Lusitânia, onde se estendia uma antiga província romana, a Gallaecia.
A romanização da Península não se deu de maneira uniforme, mas pouco a pouco o latim foi se impondo, fazendo praticamente desaparecer as línguas nativas. Os povos que habitavam a Península eram numerosos e apresentavam língua e cultura bastante diversificadas. Havia duas camadas de população muito diferenciadas: a mais antiga - Ibérica - e outra mais recente - os Celtas, que tinham seu centro de expansão nas Gálias. Muito pouco se conservou das línguas pré-romanas. Há resquícios apenas na área do vocabulário.
Quando se deu a queda do Império Romano, a Península Ibérica estava totalmente latinizada (mapa do I.R. no século I d.C.). Nesse quadro de mistura étnica, o latim apresentava feições particulares, mesclado de elementos celtas e ibéricos, basicamente no vocabulário.
http://acd.ufrj.br/~pead/tema05/romanizacaopeninsula.html
07 setembro 2006
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