25 novembro 2006

"A Minha Pátria é a Língua Portuguesa" - Uma opinião

1.
Quando Pessoa diz que a sua "Pátria é a Língua Portuguesa" está nitidamente a definir as fronteiras daquilo que para si é o 5º Império. E o Império existia.Mas se o Império Pátrio se esboroou, o "Império" da Língua é bem real e têm sido dados alguns passos bem concretos para a sua consolidação, na política, no desporto, na crescente participação cívica, etc.

Uma maior consciencialização do devir da Língua Portuguesa, decerto, trará novos equilíbrios ao mundo, tal como aconteceu com todo o movimento de expansão ultramarina que se iniciou no século XV. E que novos equilíbrios serão esses?
Só que agora já não é só de Portugal que se trata, mas antes da Língua Portuguesa. E aqui, embora com outro sentido, a máxima pessoana não podia ser mais actual. Mas qual será a importância da afirmação da Língua Portuguesa para Portugal e para o Mundo?
Quanto à relação que uma lìngua pode ter com a Alma, isso já é outra conversa, porventura, não menos importante. Pois como sabemos para Pessoa (e para nós) Língua e Alma caminham (ou deverão caminhar) de mãos dadas. Mas que relação é essa?

2.
Pessoa profere a sua famosa máxima na década de 20/30 do século passado. Na altura, a Pátria estendia-se pelo Ultramar. O Brasil já se tornara independente (1822), mas os territórios indianos, Timor, Macau, mais as colónias africanas, tudo fazia parte da Pátria do Pessoa.

Mas agora que a Nação está entregue a si própria, cabe-nos perguntar o que fazemos dessa herança enorme que advém do facto da Língua Portuguesa ser uma das mais representativas a nível mundial, com mais de 200 milhões de falantes.
Secundarizada nos grandes Fóruns Internacionais, como por exemplo na ONU e na UE, onde não tem estatuto de língua escolhida na comunicação interna e externa, também nas políticas nacionais, tal como na sociedade civil, pouco se tem feito por uma afirmação digna da Língua Portuguesa.
Um exemplo ridículo: Faz pouco tempo, nas rádios nacionais, apenas 3% da música que passava era Portuguesa.
É verdade que nos últimos anos a situação tem tido ligeiras alterações, com a criação da CPLP (que comemorou o seu 10º aniversário), mas sobretudo com as potencialidades trazidas pela internet que tem permitido uma maior consciencialização sobre a questão da Lusofonia.
Muito está por fazer. E, decerto, que a Mensagem sobre a importância que Fernando Pessoa dava à sua Língua não tem nos dias de hoje menos sentido, bem pelo contrário.

Luis Santos, Conversa Lusófona, O Largo da Graça (blog), Nov. 2006.

24 comentários:

Anónimo disse...

A propósito da sua opinião, e repetindo o que escrevi no dialogos_lusofonos, ouvi um escritor moçambicano (julgo que é o filho do Craveirinha) dizer , a respeito, que para ele essa pátria não existe, mas que a língua portuguesa é um espaço sem limites, onde se fazem amigos. Segundo outros não têm uma pátria mas várias pátrias da língua portuguesa.
Segundo Mia Couto "as línguas ou a língua têm/tem valor dependendo da forma como nos tornamos disponíveis, enquanto pessoas ou enquanto colectividades a viajar pela cultura dos outros".
Porque a mesma língua não significa a mesma cultura. Por isso que alguns consideram que existem várias "línguas" portuguesas!
Por outro lado Portugal não é dono da língua mas sim parceiro de todos que a falam em diferentes latitudes. A compreensão desta perpectiva é que engrandecerá Portugal.
Mas muito se vai fazendo pela lusofonia.Acredito. Embora alguns insistam em dizer que ainda não se sabe o que é a lusofonia. Temos dúvidas a respeito do que é lusofonia?

Margarida

Anónimo disse...

Voltemos à lusofonia ou melhor à hora da Lusofonia, como muito bem diz o reitor da Universidade Lusófona,Fernando dos Santos Neves,http://ciberduvidas.sapo.pt/php/portugues.php?id=121, Da Hora da Lusofonia à Crítica da Razão Lusófona.
Defende o reitor a necessidade de uma “permanente crítica da razão lusófona” em ordem ao advento efectivo e interessante da “Lusofonia e da sua Hora” . Um magnífico texto que justificaria um permanente debate. Concorda?
Margarida

Anónimo disse...

Margarida, eu subscrevo estas suas palavras, tanto nos anseios como nas expectativas. Quanto aos que ainda não sabem sobre o que é a Lusofonia vão ter de aprender. Lusofonia é um conceito com significado preciso. Talvez se possa discordar da possibilidade de existência de um "Projecto Lusófono". E, ora, aí está outra boa questão: Quais são os contornos a que deve respeitar o Projecto da Lusofonia?

Anónimo disse...

Margarida e demais parceiros,

Assim como dizem que há várias línguas portuguesas, disse, para
discordância da Margarida, que há distintas lusofonias na história.
A sensação do europeu lusófono ditinta da sensação do americano
lusófono, talvez...

Concordo que se deve defender essa lusofonia da qual falam, mas
também acredito que muitas feridas dos tempos coloniais, na África,
ainda não cicatrizaram. Estou aqui adicionando a variável "tempo".
Quero saber como se pensava a lusofonia nos tempos menos recentes.
Prefiro tentar compreender antes o Agostinho Neto, antes de condená-
lo de antemão, por ele ter uma vez (na verdade em várias ocasiões)
assombrado alguns com a notícia de que sua nova nação aboliria a
língua portuguesa. Deve ter havido motivos fortes para um homem não
tão imponderado fazer uma declaração dessas a um embaixador
brasileiro (em Lisboa). Também quero saber por que o moçambicano
Ungulani Ba Ka Khosa antipatizava com a língua, e apesar disso, se
exprimia através dela. Entre muitos outros...

Minha preocupação não é com as relações Brasil-Portugal (que vão
muito bem há muito tempo), mas com a história recente da África
lusófona. O conceito de lusofonia nasceu por causa dela, e para
refletir o de francofonia, como instrumento de uma alegada vocação
civilizadora. (Depois mudou, para adaptar-se aos novos tempos...) No
dicionário Aurélio, mais tradicional, lusofonia tem uma definição:
ainda está implícita a idéia (reveladora de alienação, concordando
com Georges Balandier e com o Alfredo Margarido) de "assimilação".
No Houaiss (grande pensador da lusofonia, com mentalidade semelhante
à da Margarida), mais recente, e dando maior importância aos demais
países lusófonos, o conceito já é diferente. Se para o primeiro a
lusofonia é PARA OS QUE NÂO A TEM COMO VERNÁCULA (ou seja, para os
povos colonizados externamente, pelo portugueses, e internamente,
pelos brasileiros), para Houaiss ela já passa a ser como que o
simples e justo diálogo entre os povos.

(Será que a Margarida agora compreende a minha questão com ênfase na
diacronia? Mas tudo bem, pois sincronicamente gosto mesmo é de "the
peace in the feud", ou de "the estrangement in the family"...)

Enfim, sabemos o que é a lusofonia (ao menos esta sobre a qual
falam). E simpatizamos com ela. No entanto, temos sim dúvidas a
respeito: do passado dos povos ditos lusófonos, e de um certo
ressentimento notado pela língua portuguesa. A Margarida vai
concoradr comigo: problematizar isso é também fazer algo pela
lusofonia...

Abraços,

Daniel

Anónimo disse...

Daniel, Dr. Chrys, Amigos da Galiza, em especial Ângelo,
Todos, Novos Associados,

Realmente os modos de entender a lusofonia, a Pátria ou as Pátrias de língua portuguesa, são vários. E julgo,até, que depende dos interesses mútuos.Por isso tem muitas lusofonias que vão bem muito obrigado, principalmente, as Cooperações Portugal-África Lusófona. Por muito que se diga que não! Tem ações bastante positivas. Assim como em relação a Timor. Falta é a definiçao de políticas conjuntas Portugal- Brasil voltadas para os outros países lusófonos que estão numa situação socio-econômica frágil. O que que vem acontecendo é que ambos os países atuam unilateralmente e não com projetos multilaterais. O que prejudica as sinergias! No entanto na área da Educação temos programas com sucesso onde Portugal atuam juntos. Na África e em Timor Leste.

Por outro lado, as decisões dos líderes africanos, no calor das independências, foram muito contraditórias nas declarações! O próprio Agostinho Neto, que disse o que Daniel comentou, a 11 de Novembro de 1975, declarou que a língua oficial de Angola, seria o português. E recentemente o pres. Eduardo Santos, disse que a língua portuguesa é a língua nacional angolana, pois é falada por uma maioria....

Mas existem outros fatores.E é bom discordarmos, porque é isso que nos ajuda a vencer os obstáculos e os maus ententidos.

Não sei se já leram o arquivo que vos mandei, hoje, com o texto Da “Hora da Lusofonia” à “Crítica da Razão Lusófona” * Fernando dos Santos Neves, reitor da Universidade Lusófona ?

Destaco alguns tópicos que me parecem mais relevantes, mas é conveniente ler tudo....

Diz o reitor da Universidade Lusófona ?
que
« a “Língua Portuguesa (que, evidentemente, é de grande importância até porque, de algum modo, é o “santo e a senha” e não só o “pretexto” mas, literalmente, o “texto” de tudo o mais...)»,
e pergunta « se os próprios lusófonos já deram conta do lugar de grande “língua universal” que é, cada vez mais, o lugar da Língua Portuguesa no Mundo? »

«Para quando, por exemplo, a criação de uma “Academia Inter-Lusófona da Língua Portuguesa”, para quando, por exemplo, a aprovação e a vigência efectiva de um “Acordo Ortográfico Lusófono”, para quando, por exemplo, a activação do “Instituto Internacional da Língua Portuguesa”, para quando, por exemplo, a ultrapassagem do provincianismo que impede de entender que o “investimento em Leitores e Professores de Português” no mundo inteiro, a começar obviamente nos Espaços Lusófonos ?»

E continua:
« é a hora de fazer a pertinente análise sócio-cultural, económico-política e geo-estratégica do Mundo Contemporâneo e nele descobrir, lúcida, activa e organizadamente, o lugar insubstituível do(s) Espaço(s) Lusófono(s), para bem de todos eles e para bem de todo o “Espaço Humano...” »

«é também a hora de chamar a atenção especial dos inconscientes ou distraídos Políticos Luso-Brasileiros para o facto de que, assim como Portugal só poderá ser interessantemente Lusófono enquanto plenamente Europeu, também só poderá ser interessantemente Europeu enquanto plenamente Lusófono e para o facto de que, assim como a Lusofonia sem o Brasil nunca será Lusofonia nenhuma, também o Brasil sem a Lusofonia nunca deixará de ser o eterno “país do futuro”»

«Relativamente à Galiza (de certo modo, com a Região Norte de Portugal, a mãe de todas as Lusofonias!) e reconhecendo embora todo o peso da história, darei o exemplo do provincianismo que designei de “questão espanhola” (a não confundir com a “questão do Castelhano”, que é toda uma outra questão) e que poderíamos traduzir na seguinte fórmula: a Galiza, por ser e para ser Lusófona, por ser e para ser um espaço integrante e activo do Espaço Lusófono e membro da CPLP, não precisa minimamente de pôr em causa a sua pertença ao Estado Espanhol, no quadro da grande Região Transfronteiriça Europeia do Noroeste Peninsular, de que a cidade do Porto é reconhecidamente a Capital incontestada (não se entendendo, aliás, porque não faça parte das “Cidades Capitais” componentes da “UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa”).
Muitos Galegos já começaram a percebê-lo, a maior parte dos Portugueses (sobretudo, Lisboetas e até alguns Nortenhos!) e dos outros Lusófonos ainda não.»

Margarida

Anónimo disse...

A afirmação da Lusofonia no contexto das relações sócio-politicas mundiais é de grande importância para todos, até para contrariar a grande hegemonia que tem vindo a ser criada pela informação e comunicação anglófona. Decerto, somos muito menos belicistas, mais virados para uma concepção lírica, onírica, do mundo. Não de uma forma antagónica face ao outro, mas complementar, de inter-ajuda.

A construção de políticas comuns de base linguística luso-castelhana são também desejáveis e indispensáveis. Portugal e o Brasil têm essa tremenda coisa em comum que é o de estarem rodeados por todos os lados (ou quase!) por falantes de castelhano, vulgarmente designado por espanhol. A graciosa Guiana Francesa não permite que nos esqueçamos do mundo francófono. E já agora, pergunto, qual é a Língua que se fala na Guiana e no Suriname, países do norte latino-americano?

E nem é preciso esquecer os ideais do mítico famoso Quinto Império, verbalizado pelo Padre António Vieira, ampliadamente recordado por Fernando Pessoa e incrivelmente reavivado pelo luso-brasileiro Agostinho da Silva, de facto, 3 grandes figuras da Lusofonia, pela forma como a souberam interpretar, e que no fundo tudo se pode sintetizar em duas simples palavrinhas: Amor e Serviço.

saudações lusófonas,

Anónimo disse...

Portugal e Brasil continuam a valorizar o acessório e a subestimar o essencial. O tão apregoado Acordo Ortográfico, ao contrário do que muitos defendem tem uma importância diminuta; até pelo próprio número de falantes o Português do Brasil será o mais importante. Devemos deixar que a língua siga o seu rumo natural e seja cada vez mais viva em vez de a amordaçarmos a Acordos Ortográficos. A língua não se decreta! Todos nos entendemos mesmo com grafias diferentes. A língua deve evoluir ao sabor de cada país com palavras distintas, grafias e vivências diferentes.



Os portugueses e brasileiros não têm uma verdadeira política da Língua, e não conjugam objectivos através duma CPLP adormecida enquanto franceses e ingleses estão bem activos. O actual impacto mundial da língua portuguesa existe sobretudo por acção dos outros. A R. P. da China prepara os seus melhores quadros para dominarem a língua portuguesa e desta forma conquistarem os mercados lusófonos. Irá depender sobretudo do esforço brasileiro em liderar que a Lusofonia poderá avançar, levando a reboque os países africanos ainda cheios de complexos do colonizador Portugal. A língua portuguesa é alimentada de forma diferente de acordo com as realidades sociais, económicas, culturais, etc., dos países onde está instituída que estão geograficamente distantes uns dos outros. A Língua Portuguesa pode ser o veículo de aproximação entre os países lusófonos e as comunidades lusofalantes.

Os meus compatriotas aborígenes australianos preservaram a sua cultura ao longo de sessenta mil anos, sem terem escrita própria, mas a sua cultura foi mantida até aos dias de hoje, pois assentava na transmissão via oral de lendas e tradições. Este é um dos exemplos mais notáveis de propagação das características culturais de um povo que nunca foi nação.



Uma das coisas mais importantes que a Austrália me ensinou foi a tolerância pelas diferenças étnicas e culturais, e o facto de ter aprendido a conviver e a viver com a diferença. Sem aceitarmos estas diferenças jamais poderemos progredir, pois que só da convivência com outras etnias e culturas poderemos aspirar a manter viva a nossa. Devemos aceitar a Lusofonia e todas as suas diversidades culturais sem exclusão, que com a nossa podem coabitar. Essa a mensagem dos 5 colóquios anuais da lusofonia e dos encontros açorianos da lusofonia.



CHRYS CHRYSTELLO, An Australian Translator in the Azores
Phone/Telefone fixo: (+351) 296 446940
Mobile/Telemóvel: (+351) 919287816
Fax: (00)1 630 563 1902
E-mail/Correio electrónico: drchryschrystello@gmail.com ; drchryschrystello@yahoo.com.au
Homepage/Página na rede: http://oz2.com.sapo.pt
Call drchryschrystello at Skype
International Press Card AU 03068(Australian Journalists' Association - MEEA, member 2977131)

Anónimo disse...

A língua americana soa-me muito mal quando comparada com a língua inglesa. Já a língua mexicana me parece muito mais agradável que a espanhola mas a língua venezuelana é horrível quando comparada com a língua argentina . . .
Henrique Salles da Fonseca - Lisboa

Anónimo disse...

Pois é meu Prezado Chrys mas é o pequeno Portugal que financia o "Instituto Camões" pois o "Instituto Machado de Assis" não sai da virtualidade e o "Instituto Internacional da Língua Portuguesa" faz-lhe companhia no nihilismo.
Pois é meu Prezado Chrys mas quando eu vou a uma ex-colónia sou recebido de braços abertos e os funcionários que nos hotéis servem à mesa disputam a vez para servirem os portugueses e somos nós que temos que definir a rotação. E o investimento português nesses novos países lidera o IDE na maior parte dos casos.
Pois é meu Prezado Chrys mas quando a bolha chinesa rebentar (não a indiana nem a de Taiwan) eu vou ver os africanos muito tristes por mais um bluff a escapar-lhes das mãos, esperando por receber o dinheiro das matérias prima que lhes foram fornecendo a crédito, a troco de uma cooperação mais virtual que real. A cooperação internacional tem muito disso: virtualidade. E olhe que na lusofonia temos claros e evidentes casos desses ... Na divulgação da língua e na cooperação internacional são claramente os maiores ... bluffs.
A solução não passa por hostilizar o pequeno Portugal mas sim por fazer alguma coisa para além de dizerem que são os maiores.
Henrique Salles da Fonseca - Lisboa

Anónimo disse...

Amigas e Amigos,

Sobre os que dizem que no Brasil a língua portuguesa tem "outro" nome, lembro que as palavras são traiçoeiras e não podem ser levadas, por vezes, com igual peso. Varia a interpretação. Refiro o questionamento sobre a busca no Google a partir da frase “5 países africanos que falem língua do Brasil”. No Brasil sabe-se que a língua se chama portuguesa e que é a língua do Brasil; o que acontece, devido ao elevado analfabetismo do povo, é que a maioria não sabe que esta língua se fala também noutros países: Portugal, Angola, Moçambique....E daí, que surja a surpresa de muitos brasileiros e a razão porque ao encontrar um angolano, a falar português, perguntam «está cá há tão pouco tempo e já aprendeu a nossa língua?» Mas a língua continua a ser a portuguesa, mesmo para os brasileiros.

Para resolver a falta de conhecimento (informação) do povo brasileiro, o que falta é ESCOLA e vontade política que comprometa os Orgãos de Comunicação Social com a prioridade para a língua portuguesa e informação sobre os povos lusófonos. Mas faltam muito mais outras coisas. Há que ter paciência, diálogo, solidariedade, amor e compreender que a lusofonia conta com esta dificuldade maior: o grave problema social dos povos lusófonos.
É por isto que penso, que a lusofonia começa pelo conhecimento mútuo e o respeito pela diversidade. Certas críticas ao ESTADO da LUSOFONIA já revelam o preconceito ou falta de conhecimento ! Não é assim que se constroi.

As dificuldades precisam de ser reconhecidas e vencidas, mas cuidado com as interpretações.E não se avança com a lusofonia culpando o "outro". Só a partir de um maior consenso entre Portugal e Brasil, sobre as políticas da lusofonia ou da língua portuguesa, é que damos passos concretos. Algo já se vai fazendo. Acreditem. Ainda ontem o bastonário da Ordem dos Advogados, Rogério Alves, foi eleito em Macau presidente da União dos Advogados de Língua Portuguesa, para mandato de um ano, tendo elegido a formação como uma das prioridades (http://www.oa.pt/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.aspx?idc=44373&related=1&ida=50245). Lusofonia pura. Não?

Mas o que significa para você Lusofonia? Qual a importância da língua portuguesa no mundo? Porque a lusofonia é importante para nós, povos lusófonos?

Como muito bem disse, ontem, Ângelo Cristóvão, da Galiza, a respeito do relacionamento dos galegos com a língua galego- portuguesa :
" É um esforço que os cidadãos portugueses ou brasileiros não precisam de
fazer, porque tudo lhes é explicado nas aulas, porque a aprendizagem
da língua inclui uns conhecimentos que, na Galiza, são matéria
da «questão da língua".

Mas na verdade, nos nossos países, ainda não é tudo explicado nas aulas!


E para tirar dúvidas aos que estão "incertos", quanto ao nome da língua no Brasil, leiam a


CONSTITUIÇAO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

======

Saudações,

Margarida Castro

Anónimo disse...

Caro Dr. Chrys e demais colegas,

Sou brasileiro e da primeira vez em que vi o filme
português "Capitães de Abril" fiquei um tanto chocado com o fato de
nele aparecerem legendas para o público brasileiro. O que se dizia eu
compreendia bem, mas perguntei às pessoas que assistiam o filme
comigo se estavam lendo ou endendendo diretamente as falas dos
atores. Disseram que o ouvido não estava acostumado ainda com o
sotaque português. Uma basileira que ali estava e que viveu muitos
anos no Chile ainda disse que encontrava dificuldades de compreender
as falas dos filmes castelhanos. Bom, acho que tudo é uma questão
de "acostumar o ouvido".

Considero ainda que o Brasil, ao lado de Portugal, deve defender a
lusofonia com uma política cultural mais intensiva, e já se indicam
no atual governo sinais de maior empenho na divulgação da cultura
brasileira no mundo. São pelo menos estas as conclusões apresentadas
pelos "experts" em política cultural no Brasil -- apesar de pouco
mencionarem a palavra "lusofonia", embora o conceito esteja sempre
nas entrelinhas do que assinalam. No lugar de "lusofonia", dão
preferência a "língua portuguesa". O nosso recém-inaugurado museu da
lusofonia, sempre cheio e muito elogiado pelo povo de São Paulo,
chama-se Museu da Língua Portuguesa. Importante também sempre repetir
que está sendo sinalizada pelo governo federal a criação do Instituto
Machado de Assis, um projeto já antigo saído de dentro do Instituto
Rio Branco.

"Lusofonia" ainda é um termo que não soa muito familiar ao
brasileiro. É pouco utilizado pelos mais letrados, exceto entre
aqueles, sobretudo alguns artistas (como o sambista Martinho da
Vila), acadêmicos e principalmente importantes grupos organizados
fora da Academia, tais como algumas ONGs) que estão mais engajados na
causa da confraternização entre os povos que falam português.

Nos dois principais dicionários brasileiros há registrada a
palavra "lusofonia", mas com significados distintos. Se no
tradicional Aurélio aparece como a "adoção da língua portuguesa como
língua de cultura ou língua franca por quem não a tem como vernácula;
tal ocorre, p. ex. , em vários países de colonização portuguesa", no
inovador Houaiss já é, "desde 1950" (lá assim está esta ressalva),
não lembro de cabeça, mas como que o mero uso da língua portuguesa
nos países língua portuguesa. Ou seja, há quem não queira entrar
nisso, não sei por quê, mas "lusofonia" é um termo que designa
conceitos diversos, o que revela algo interessaante sobre as rupturas
políticas ocorridas na história dos países lusófonos. Antes,
lusofonia era a adoção do português pelos indivíduos que não a tinham
como vernácula; agora já o é pelos que têm a mesma língua como
vernácula. Lusofonia é um termo que nasce com enorme peso político-
ideológico, mas que vai perdendo essa carga aos poucos. Hoje é um
termo que, seja muito ouvido no dia-a-dia nas pessoas comuns (como em
Portugal), seja pouco ouvido (como no Brasil), não precisa de
definições: é sentido como algo onipresente, porque é a própria
língua portuguesa falada e escrita.

Algumas pessoas da Academia, que têm o costume de fazer uma pausa
para a reflexão, gostam de buscar os significados possíveis dos
conceitos. Estou começando a me interessar pela história do termo
LUSOFONIA. Quando foi usado pela primeira vez? Não sei. Em que
contextos históricos, políticos e ideológicos? Não sei, mas gostaria
de saber. Será que foi buscado na idéia, provavelmente anterior, de
FRANCOFONIA? É provável. Por que foi definido certa vez como a adoção
do português pelos que não a tem como vernácula (as populações
autóctones da antiga África portuguesa, decerto)? Passado é passado.
Lusofonia, hoje, é isto que estamos fazendo. Mas para quem gosta de
história, levantar questões como essas -- mudam-se os tempos, mudam-
se as vontades, mudam-se os significados dos nomes! -- é um prato
cheio.

Abraços,

Daniel

Anónimo disse...

Caro Daniel (resposta longa)

Desconheço quando, como ou porquê se usou o termo pela primeira vez, mas quando cheguei da Austrália (a Portugal) fui desafiado a fazer os Colóquios da Lusofonia

http://lusofonia2007.com.sapo.pt - http://lusofonia2006.com.sapo.pt - http://lusofonia2005.com.sapo.pt - http://lusofonia2004.com.sapo.pt - http://lusofonia2003.com.sapo.pt - http://lusofonia2002.com.sapo.pt



Desde então, ao contrário do mundo ocidental que confunde multiculturalismo com islamismo e outros ismos, tenho definido a minha versão de Lusofonia como exprimi há dias aqui neste fórum. Mas aquilo que entendo como Lusofonia é aquilo que foi expresso ao longo destes últimos anos, em cada um dos Colóquios e que abaixo resumo. Esta minha visão é das mais abrangentes possíveis,e visa incluir todos na Lusofonia que não tem de ser Lusofilia nem Lusografia e muito menos a Lusofolia que por vezes parece emanar da CPLP, e outras entidades.

Se ao menos alguém aceitar esta minha versão muitas pontes se poderiam construir onde hoje só existe má vontade e falsos cognatos.

(...)

Anónimo disse...

Caro Dr. Crys,

Obrigado pela resposta. Vou ler com atenção, e dar uma olhada nos
sítios que indicou.

Anónimo disse...

Lusofonia ou portugofonia ? A palavra não me parece que seja o problema, mas apenas parte do problema. O que há é que aprender a cooperar mais no futuro e nos conhecer melhor. A predisposição para o diálogo! Somos iguais porém diferentes.

Margarida

O prof Jaime Ramalhete Neves, Portugal, escreveu sobre a origem da palavra luso e derivados:
Margarida,

Andamos sempre a malhar em ferro frio com pressupostos escaldantes...
Do pouco que sei de História convém recordar que os Lusitanos que, segundo um autor latino, não governavam nem deixavam ser governados, sediavam em local que hoje corresponde a território português, por um lado, e por outro, a território espanhol. Não sei que é feito dos outros que ficaram do lado de lá...
Dos que cá ficaram sei que aqueles que necessitavam davam às de vila Diogo (pé na tábua...) sempre que podiam e muitos até foram para o Brasil, antes e depois do século XIX.
Foi no século XVI que Luís de Camões, cuja obra Os Lusíadas não tem sido lida em todas as suas vertentes, divulgou o termo Lusos. Coitado, para além de cego de um olho, nunca imaginou que fossem feitas leituras abusivas da sua obra que motivassem, séculos depois, acaloradas discussões sobre terminologia. Num aparte tenho de confessar que na minha infância a primeira palavra que aprendi para designar um bicharoco dentudo e come-gente foi jacaré e não crocodilo e que sempre considerei a palavra como portuguesa ( nunca lusa) até porque nessa altura a lusofonia, embora existisse, não tinha esse nome.

Mas se, de facto, a designação provoca tantos engulhos nada melhor do que um referendo. Tendo em conta o número de pessoas que habita o Brasil é provável que a designação lusofonia fique na mó de baixo.

Devo no entanto acrescentar que, devido a recentes fenómenos migratórios, o termo Russofonia ou Russófonos já aparece na net.
Devo no entanto acrescentar que Bantofonia é termo usado em certos meios, embora universitários e outros, e bantu nem sequer significa africano ou negro, mas sim as pessoas.

Mas há uma coisa que eu gostei de verificar: não são só os utentes da Língua Portuguesa que gostam de discutir o sexo do anjos. Fiquei contente, não estamos sós...

Jaime Ramalhete Neves

Anónimo disse...

Tanto blábláblá pra não dizer nada, quer saber o que é lusofonia? Simples, lusofonia é uma tentativa patética e mediocre de alguns imbecis portugas de tentarem dominar através da língua 185 milhões de brasileiros e uns tantos outros gatos pingados espalhados pelo mundo que supostamente falariam a mesma língua que eles.

É claro que alguns idiotas estrangeiros lambe-botas de portugas, leia-se Margaridas e afins, que são por natureza preconceituosos com a fala de seu próprio povo também compartilham dessa idéia ridicula e tentam vende-la como se através da tal "lusofonia" todos viveriamos num lindo mundo cor-de-rosa de fantasia e amizade.

Que tal acordar pra realidade dona Margarida? Recentemente num grupo de internet de brasileiros residentes em Portugal, hospedado no Orkut, foi feita a seguinte pergunta: Você já foi vitima de preconceito lingüístico em Portugal? Em poucas horas mais de 50 pessoas contavam como tinha sido hostilizadas pelos "queridos" e "amáveis" portugueses por causa do sotaque brasileiro através de ofensas que iam do bom e velho conceito português do "eu sou o dono da língua e só em Portugal ela é falada corretamente" até termos chulos, xenófobos e racistas bem tipicos de um europeu do "primeiro mundo".

Mas todos devemos ser amiguinhos e viver no mundo da fantasia em que todos falamos a mesma língua e brincamos de roda de mãos dadas. Ora vá plantar batatas dona Margarida e Cia!

Tem um exemplo ótimo da amizade luso-brasileira:

Antes da Copa do Mundo de Futebol de 2006 um português resolveu fazer uma petição on-line para que a Fifa incluisse uma versão em português do seu site oficial para justificar tal feito o português citou os velhos e conhecidos números de falantes do tal "português", com a população do Brasil incluida é claro, e o fato do Brasil ser pentacampeão do mundo. Além disso, pediu a todos os "lusófonos" que divulgassem e assinassem a tal petição, coisa que muitos brasileiros fizeram e assim se conseguiu um bom número de assinaturas. Pois bem, resumo da história, a Fifa aceitou o pedido e fez uma versão em português da sua página só que em "português brasileiro". Pra quê! O mesmo português que fez a petição se disse escandalizado, vários portugueses que pediam aos "irmãos" brasileiros que assinassem a petição escreveram xingamentos, dizendo que era um absurdo que a página fosse escrita na língua do Brasil e não na "padrão" de Portugal. Enfim, por aí já se dá pra ver a tal amizade luso-brasileira.

É sempre bom lembrar que só a 31 anos (1975) que o Brasil adotou oficialmente a língua portuguesa como língua oficial na sua contituição e pode a qualquer hora facilmente, só depende de vontade politica, retira-la e voltar com a boa e velha designação de "língua pátria" ou "língua nacional".

Nós nunca precisamos de lusofonia pra nada no Brasil cara Margarida, porque lusofonia é sinônimo de dominação. Nós brasileiros não queremos dominar os africanos e muito menos sermos "irmãos", queremos no máximo ser amigos e parceiros econômicos para que possamos nos ajudar mutuamente a desenvolver nossos paises. Bem ao contrário dos seus amados e idolatrados portugueses que com sua vocação secular de parasitas sugaram e ainda sugam tudo o que podem das riquezas naturais de um país e depois de ter causado toda sorte de maleficios e desgraças ao povo o abandona na mais profunda miséria, partindo em seguido pro próximo alvo.

Da minha parte estou tranqüilo pois sei que o caminho da minha língua brasileira já está definido e nem todo o lobby do mundo vindo de portugueses e seus lambe-botas conseguirá mudá-lo. Estou do lado do povo que você descreve com desprezo como analfabeto dona Margarida, o meu lindo povo brasileiro que fala e escreve na linda LÍNGUA BRASILEIRA. É isso mesmo Margaridinha, acostume-se desde já com esse termo que faz a sua cabecinha colonizada e servil aos portugueses tremer: LÍNGUA BRASILEIRA! LÍNGUA BRASILEIRA! LÍNGUA BRASILEIRA! LÍNGUA BRASILEIRA! LÍNGUA BRASILEIRA! LÍNGUA BRASILEIRA! LÍNGUA BRASILEIRA!

Anónimo disse...

Nunca tinha lido tanto chorrilho de asneiras juntas.

Bem, ficámos a perceber que o caro alencar em vez da amizade prefere o desrespeito e a inimizade; em vez da diversidade linguística e cultural prefere a hegemonia da Língua Portuguesa falada no Brasil - por mais que lhe custe; em vez de se ligar a pessoas de bem prfere ficar ao lado de discriminações e de ladróes, ou seja, de todos aqueles que já foram roubados no Brasil, tal como aqueles que foram desrepeitados linguisticamente em Portugal, etc.

Ouça senhor Alencar Lusofonia só é sintoma de dominação na sua pobre cabecinha. Então acha que Portugal ainda quer dominar o Brasil? Que ideia tão pobre e limitada.

E para que saiba, tenho todo o respeito por qualquer pessoa que fale a Língua Brasileira (que por mais nacional será sempre uma variante do Portugês,tal como esta é do Galaico-Português e como todas elas são do Latim), mas não é um asno como você que me põe a tremer.

CIDE disse...

A minha Pátria é a minha Língua, porque a minha Pátria é a minha Cultura,da qual a língua é uma das partes mais significativas.
A língua não estabelece fronteiras e por isso a Pátria não se limita ao espaço geográfico, mas sim é constituida pelas pessoas que falam a mesma língua ou linguagen(s)
Ass: Luís Mourinha

CIDE disse...

... e quando dizia que a nosssa Pátria é a Língua "MÃE",queria dizer que ela faz a síntese de tudo o que nós somos. É a RAÍZ de onde bebemos a seiva da nossa identidade.
E o que somos realmente?
Para além da nossa pessoalidade(individualiade e/ ou diferença pessoal), somos o que fazemos, o modo como pensamos, o que vestimos, o que comemos, numa palavra, somos um pedaço da nossa CULTURA.
Isto não significa que não se deva viver e assimilar outras culturas. Pelo contrário! No contacto com a diversidade enriquecemos a nossa vida e "produzimos cultura". Mas nunca deixaremos de ser a o que somos, de raíz,mesmo que não nos apeteça. A Cultura não é um gelado que se pode escolher ou rejeitar. Ela é o que somos. Por isso somos gregos, romanos, africanos e brasileiros, porque, entre outras coisas, somos a língua (no sentido, lato e/ ou cultural) que partilamos com estes povos.

Por isso é somos tudo o que somos, independentemente do local (geográfico/ espacial) onde estamos. Seremos portugueses na lua, assim como o somos em Alhos Vedros.

E já agora,
por isso (e não só)é que quando rejeitamos outros povos estamos a rejeitar-nos também.



www.areaprojecto1.blogspot.com

Ass: Luís Mourinha

Anónimo disse...

Nunca vi uma definição tão correta dos portugueses, "parasitas", é exatamente o que são. Parasitas que viveram mais de 400 anos das riquezas das colônias e agora estão grudados nas costas da União Européia, vamos ver até quando... uma vez fora da União Européia voltarão em poucos meses a ser a velha Albânia de sempre. Eu não quero lusofonia, meu negócio é brasilifonia.

Estudo Geral disse...

Caro Rinnev, muitas felicidades e vá em paz.

Anónimo disse...

Para mim portuguesa de origem e emigrante, das definições que vi neste espaço, ( a do Luis Mourinha é) sem dúvida, a que melhor se enquadra na maneira de interpretar o que é a língua portuguesa!

M. Eduarda

Anónimo disse...

Não sei porquê, mas a propósito do despropósito de um comentador neste espaço, lembro as palavras de Bento Espinosa, autor de Ética:

“Quem vive dirigido pela Razão, se esforça, tanto quanto pode, por
compensar pelo Amor e pela Generosidade, o Ódio, o Desprezo que tem outrem por ele.”
(Bento de Espinosa (1632-1677), autor de Ética.
24 de Novembro de 1632 — Haia, 21 de Fevereiro de 1677, nascido em Amsterdã no seio de uma família judaica portuguesa, foi uma das várias figuras de destaque na comunidade judaica de origem portuguesa em Amsterdão )

Margarida

Anónimo disse...

Considero a frase feliz. Mas considero que determinados grupos galegos imiscuem-se em algo que não lhes diz respeito. O Galego não é Português e vice versa, portanto é óbvio que não fazem parte da Lusofonia nem farão parte de CPLP. O que nos une é a Língua Portuguesa. Não concordo com a tentativa de divisão dos portugueses, quer sejam nortenhos, sulistas, açorianos ou madeirenses. Creio que a irmandade (galega, espanhola) tão apregoada só serve para criar ruído.

sebmellovip disse...

Por isso custa-me ouvir, ler determinados artigos que falseiam a cultura portuguesa, a sua especificidade... Não se pode permitir que uns quantos agoniados pela pressão do Castelhano (galegos) venham tentar ensinar-nos aquilo que somos! É ultrajante. Não podemos permitir que quase um milénio de existência seja virtualmente posto em causa. Quando nos dizem que somos irmãos... Parece mais uma necessidade deles do que propriamente nossa. Porquê? Algum objetivo terão. Por mim, prosseguiremos o nosso própria trajeto, como sempre fizémos. A CPLP a par da União Europeia é para ser levado a sério, sem interferências, sem ruído que sirva apenas para confundir os mais incautos. Não precisamos de galegos nem do galego para tentar confundir o que a Língua Portuguesa é, para a sua difusão. É uma língua e basta-se.