13 março 2007

Candomblé

O Candomblé, é uma religião e não uma seita como se quer fazer crer. As suas práticas remotam à África Yórubà (Níger e Nigéria), Fon (Benin) e Bantu (Congo e Angola). A essência desta religião é um panteísmo personificado (deuses da natureza) em heróis históricos que se demarcaram dos demais pela sua capacidade na execução de alguma tarefa, como Ògún, o senhor da guerra, conquistador inigualável.

Estes heróis recebem o nome de Òrìsàs (Orixás) no território Yórubà, Voduns no território Fon e Mukixes-Inkices em território Bantu. O culto em África era indivualizado, isto é, cada divindade era guardiã de uma cidade ou território como Ògún em Ìré, Òsùn em Ìjèsà, etc.

Com a leva de escravos para o Brasil o culto sofreu alterações, formando-se um panteão de deuses nas noites de Senzala e Quilombo. Os deuses passaram a ser louvados num só sìré (louvor), agora que os negros, das diversas nações onde cada divindade era cultuada, estavam agrupados. O objectivo do branco escravagista, ao colocar negros de diversas origens juntos, era evitar as revoltas, mas a verdade é que tal elevou o culto à forma como o conhecemos hoje.

Ao longo dos tempos foram sendo construídos templos (ìylé àsè) como o Ìylé Àsè Àirà Ìntilè, na Bahia, nos primeiros anos da ocupação portuguesa do território.

Fonte: http://apcab.wordpress.com/
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