21 setembro 2007

Uma Língua de Fogo

3.

Saudades do Futuro

Pretende-se
nesta mensagem Portuguesa
dizer
que ninguém é mau por natureza

O Homem procura o fel
a vida esconde o mel
bem por dentro do futuro
que eu bem vejo daqui agora,
como Pessoa sinto chegar-se a hora
dos desígnios dos Lusíadas
com chegadas sem partidas
em nonos cantos descritos
e dos sonhos do Dinis
que terão um final feliz

Seremos Pessoas de brandos actos
no lugar dos habituais maus tratos
num dom que se alargará ao mundo
se seguirmos o Vieira
ou ao contrário, como se queira

E aí, surpreendentemente, seremos imortais
apóstolos, santos e outros demais
em vez dos tristes guerreiros,
negociantes ou banqueiros
que eu bem vejo daqui agora
que se está chegando a hora

E não se preocupem com o tempo
nem com o momento presente
tudo mudará num repente
(ou pelo menos é o meu desejo,
a partir daquilo que vejo)
e com surpresa verão
numa outra dimensão
que afinal não é tempo, é gente.


lcs

3 comentários:

Anónimo disse...

Já li, reli e gostei muito. Uma pergunta: pode um amigo meu mandar uma estória? É que não é de Alhos Vedros, mas acho-a muito interessante.

Teresa.

Estudo Geral disse...

Venha a estória!

Luis

Estudo Geral disse...

Esquecia-me... Ainda bem que gostou. Fico contente.