O idealizador e um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), José Aparecido de Oliveira, morreu sexta feira aos 78 anos em Belo Horizonte, devido a uma insuficiência respiratória.
Ex-embaixador do Brasil em Portugal, ex-ministro da Cultura e ex-governador do Distrito Federal, o político mineiro estava internado desde há 18 dias com um dos pulmões afectado por um cancro.
O corpo de José Aparecido está a ser velado no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, e será enterrado hoje na sua cidade natal, Conceição do Mato Dentro, a cerca de 160 quilómetros de Belo Horizonte.
No estado de Minas Gerais e no Distrito Federal foi decretado luto oficial por três dias.
José Aparecido de Oliveira começou a sua carreira política como secretário particular do ex-presidente Jânio Quadros, em 1962.
Nesse mesmo ano, foi eleito deputado federal pela União Democrática Nacional (UDN).
Em 1964, teve o mandato suspenso após o golpe militar, voltando à Câmara dos Deputados apenas em 1982.
No início da década de 1980, foi um dos principais parceiros do influente político Tancredo Neves, que mais tarde viria a ser Presidente, embora tenha morrido antes de tomar posse.
Essa proximidade com Tancredo fez com que José Aparecido fosse nomeado governador do Distrito Federal, entre 1985 e 1988.
Foi depois ministro da Cultura no governo do então Presidente José Sarney, de Setembro de 1988 a Março de 1990.
No governo do ex-Presidente Itamar Franco (1992-1994), Aparecido de Oliveira foi embaixador do Brasil em Portugal, ocasião em que impulsionou a criação da CPLP.
O seu último cargo político foi como assessor especial de Relações Internacionais na administração de Itamar Franco no governo de Minas Gerais (1999-2003).
Em nota divulgada à imprensa, o governo brasileiro lamentou profundamente a morte do embaixador José Aparecido de Oliveira.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, está a representar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no velório em Belo Horizonte.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
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1 comentário:
Carlos Pinto Coelho, clacanu@, que por muitos anos foi Diretor de Programas da RTP, ao receber a notícia da perda desta grande figura da lusofonia escreveu :
A MINHA HOMENAGEM A UM ILUMINADO VISIONÁRIO !
Com ele trabalhei alguns dos mais profícuos momentos da Lusofonia, enquanto Director de Programas da RTP, quer aqui em Portugal, quer no Brasil.
Este é o momento de nos curvarmos em respeitoso minuto. E de logo a seguir nos erguermos a continuar a sua Utopia.
Carlos Pinto Coelho
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