Não acredito em nada...
Mas sou supersticioso nato
Sou um permanente crente no aparente
Não passo de um mero viciado em complexas crendices
Não penso claramente em nada...
Mas imagino tudo como efémero
Sou um visionário fluente do idealismo puro
Não passo de um fantoche das evidentes circunstâncias
Não sou ninguém nem nada...
Mas vôo por cima de telhados de fragilidade vítrea
Sou um fantasma da própria concepção geral existêncial
Não passo para além desta ou de outras realidades virtualizadas
Não falo absolutamente de nada...
Mas emito sons guturais de quem grita e nada diz
Sou uma linha feita de sombreados contrastes da própria luz
Não passo de algo que nem o horizonte é capaz de afectar
Não vejo nada de nada daquilo a que designam como nada...
Mas verifico que é simplesmente um conceito como outro qualquer
Sou dos que comprova sem certezas concretas o que observa
abstractamente
Não passo de reflexo simplificado de coincidente aparência com a
Divina Consciência...
Escrito em Luanda, Angola, a 3 de Dezembro de 2007, por manuel de sousa, em Dedicação ao Povo Angolano, sobretudo às camadas mais desprotegidas e sofredoras da População, grande parte ainda a vivenciar as consequências da carência causada pela guerra, a qual ainda é reflectida grandemente nas mentes de muitos de nós, de uma ou de outra forma comportamental, moral e/ou sentimental...
03 dezembro 2007
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