Sou um ocasional filho legítimo do Espírito Santo
Vergo a mola que nem uma mula de carga bruta
Carrego pesos de consciência ao longo dos dias
Despejo-os nalgum aterro sanitário mental desses por aí...
Sou um híbrido ser feito de retalhos de mantas e de mantras
Rezo rezas e orações aos magotes quase todos os santos dias
Banho na água da torneira que estou convencido ser benta
Benzo-me com pensamentos lançados pelo ar de forma aleatória...
Sou um máscara partida em pedaços e colada com cola-tudo e algo mais
Cimento minha relação com relacionamentos antigos e outros à toa
Rolo pelo Caminho a mais de cem à hora e sem conseguir olhar de lado
Enrolo-me no emaranhado do traçado e perco-me por entre curvas...
Sou um autêntico crente em crendices de azambuar qualquer um
Creio no infinito total e na infinidade sequencial que nos guia sem fim
Vou atrás dos que já lá vão há muito e sigo-lhes as pegadas petrificadas
Encolho-me a meio da viagem que nem um ovo filosofal de casca mole
Sou um maria-vai-com-os-outros e empalideço na Senda que me leva
Arregaço as mangas rasgadas pela brisa forte e remo até ao mar de sargaços
Recolho-me no fundo que nem um monge desses sem eira nem paradeiro fixo
Autoprego-me numa cruz perdida num monte simulado e transfiguro-me em rosa...
...No âmbito desta e de outras Eternidades que só existem no Universo da Consciência...
Escrito em Luanda, Angola, a 30 de Janeiro de 2008, por manuel de sousa, em Homenagem à Eterna Transmutação da Vida, que além de ser Eterna, é tão imortal e infinita como a Alma/Espírito Santo...
P.S.: Com muitos Parabéns ao Manuel pelo lindo poema, ao que se junta o brilhante feito da Selecção Angolana de futebol que foi apurada pela primeira vez na sua jovem história para os Quartos de Final do CAN.
31 janeiro 2008
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