01 setembro 2009

O Porto

O Porto. Fazem-se os últimos preparativos para uma nova etapa. São necessárias algumas adequações para que as coisas mudem e, no fundo, para que tudo fique na mesma. As pessoas atarefam-se. Há que redistribuir novas responsabilidades. Tudo mexe em cadeia. Alguns pensamentos de elevada vibração produzem uma contração universal. Tudo se centra numa "mademoiselle", cabelos lisos, cor de café como leite (com pouco café), naturais, risco ao meio, tipicamente do Porto, com raízes francesas. Cruzada. Henriquina. É a partir dela que tudo se reorganiza. É ela que dá as boas vindas. O instante que se eleva cobre todo o tempo, porque não há tempo. Tudo há-de perdurar com cada um no seu lugar.

"A vida religiosa não tem férias nem pausas, como as não tem o coração. Não há períodos de descanso porque não é uma acção justaposta à vida, ao viver, que desgaste e necessite ser reposta, antes é a própria dinamicidade da existência. A adoração, ou seja, a consagração total e rendida à Divindade ou à Realidade, é considerada como evidente e como pressuposto implícito em qualquer acto."

- Raimon Panikkar, Espiritualidad hindú. Sanatana dharma, Barcelona, Kairos, 2005 (publicação de Paulo Borges no Blogue Nova Águia).

Sem comentários: