13 dezembro 2009

Das fragâncias do Lago Ao Reino de LYS...

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Inicia-se agora o ciclo de Lis-Lourdes, a pétala dobrada do lado direito. Esta pétala representa a segunda iniciação e a travessia do deserto existencial que nos levará à consagração final.

Lis-Lourdes é a nudez de Francisco despido diante de seu pai terreno, é a simplicidade de uma acção humilde e transparente que nos impulsiona para o verdadeiro contacto com a essência. É o falar com os pássaros sem os querer instruir, é o acolher a Vida em toda a sua plenitude sem a querer direccionar ou julgar. É a entrega plena nas mãos do Pai, certos que nada faltará que seja essencial para a manifestação do propósito.   

O novo ciclo pede-nos, por isso mesmo, que larguemos toda a nossa bagagem espiritual. Que deixemos pelo caminho tudo aquilo que julgamos saber sobre os mundos internos e as realidades superiores, para que o Novo possa ser tecido na carne que nos acolheu e através desta possamos alcançar a consagração final.   

Não são tempos para procurar mais conhecimentos, para ler ou escrever sobre novas realidades internas, mas o tempo certo e exacto de expressar o SER no silêncio da radiação plena. Essa é a proposta de Lourdes, agora que termina o ciclo de Fátima.   

Se no ciclo anterior todo um manancial de novas sementes chegou até nós, no novo ciclo é necessário começar a plantar essas sementes, tanto nos indivíduos que somos enquanto seres encarnados, como nos novos grupos a serem criados. Se continuássemos a receber sementes sem as plantar, todas acabariam por apodrecer. É, por isso mesmo, o tempo certo de fazer descer o conhecimento estabilizado no plano mental, para o plano físico, limpando o mental desse mesmo conhecimento, e com isso permitindo abrir os condutos de ligação da Alma com a personalidade para a diluição suave da acção do ego sobre nós.  

Mas Lis-Lourdes traz também a formação de novos grupos. Não mais os grupos do ciclo anterior, onde as pessoas se juntavam, muitas vezes, por questões emocionais, movidas pela carência, e outras vezes por questões mentais, movidas pela curiosidade, mas a criação dos verdadeiros grupos que nascem da sintonia do contacto entre Almas. São grupos reservados, não publicitados nos meios espirituais, onde o verdadeiro trabalho de plantar e germinar as sementes do ciclo anterior poderá acontecer silenciosamente de forma despojada e despretensiosa. Serão estes grupos que servirão de base, no terceiro ciclo, para a manifestação de LYS no plano físico.
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(in, http://www.horiah.org/)     

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