Frequentemente, ao longo das nossas vidas, nos perguntamos "quem sou eu?" A maior parte das vezes, este tipo de interrogação corresponde a um anseio ou necessidade interna de irmos mais longe no conhecimento que temos de nós próprios ou de obtermos maior compreensão sobre a nossa natureza.
No meio da sociedade que criámos cheia de facilidades tecnológicas que nos roubam igualmente tempo, sossego e silêncio, raros são os momentos de paragem interna em que ouvindo esse suspiro interior, nos quedamos na necessidade de nos encontrarmos connosco próprios. Nesse poucos momentos, a mente tanto nos pode levar à origem do nosso nome, à terra onde nascemos, a vidas passadas ou a um breve e reconfortante encontro com a nossa alma. Podemos ir do mais óbvio ao menos evidente e as eternas questões "quem sou eu?", "de onde vim?", "porque cá estou?" podem ter lampejos de respostas mas podem também ficar na penumbra da espera.
O homem toda a vida se questionou e há-de questionar. Enquanto não se encontrar, não se reconciliar consigo mesmo, não se sentir inteiro em si e no universo que habita há-de aspirar sempre a desvendar o mistério da sua essência.
Todos os momentos são bons para esse encontro interior mas, assim como ao longo do dia a madrugada e o fim da tarde são os momentos mais propícios à meditação, ao longo do ano encontramos também (seja a nível de calendário, seja a nível energético) momentos mais propícios à interiorização. Aproxima-se um deles, o Natal. Correspondendo ao Inverno, ao frio, ao signo de Capricórnio, ao Elemento Água, à semente que germina na terra... para de novo renascer.
Assim, quando os anseios nos assaltam e nos encontramos no coração do desconhecido, acreditem que estamos num lugar muito humano e num espaço muito divino. "Quem sou eu?" torna-se num mantram intemporal que nos pode levar a casa, ao local de onde partimos, àquela parte da nossa mente onde, finalmente, se liberta a necessidade de perguntas e respostas e, em vez disso, encontramos a capacidade de apenas ser.
Em tempo natalício referir que sejamos solidários, compreensivos, seres de boa vontade, generosos, etc., é tão lugar comum como desejar que a guerra acabe e ela não acabar.
É tempo de Natal, sim, mas é tempo de olhar para dentro.
Urge que cada um saiba quem é e o que anda cá a fazer.
Esse é o único caminho espiritual e a chave que abre todas as portas.
O Universo apenas quer que cada um seja aquilo que é.
Desejo-vos a todos boas descobertas!
Sorrisos e Alegria para os vossos Corações!
Paula Soveral
(publicado no Boletim Vida Sã, da S.P.N. de Dez. 2009)
21 dezembro 2009
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2 comentários:
Este é o meu tempo e de todos os outros capricórnios do mundo.
Mas como sou simpática, divido o meu tempo com todos os outros elementos humanos e não humanos para que possamos viver em harmonia neste tempo, neste espaço, neste ser e estar que solidariamente se quer construído e perpetuamente renovado.
E que a luz não deixe de brilhar na nossa alma ou em nossos corações.
bjhs para todos
gau
Bjhs.
Luis
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