Caros Amigos
Somos mais ou menos uns setenta os que decidimos, tendo contribuido com os tais quinhentos escudos para as despesas de porte, trazer-vos hoje a primeira da série de dez Folhinhas a que tendes direito, assim iniciando renovar aquele ideário do Povo Português cuja Festa no dia em que se celebrava o Espírito Santo, isto é da Plenitude de Deus ou da Revelação de como é Divino o mundo, incluia, em Universo já sacralizado, a coroação de uma criança como Imperador ou Modêlo Supremo, uma comida gratuita e a abertura, ou supressão da cadeia da terra.
Como os da Festa foram todos expulsos, para a Guiné ou para o Brasil, aí pelos séculos XV e XVI, pensámos que já era tempo de regresso e de contínuo afirmar que um dia será a vida gratuita, que teremos em tôda a criança um candidato a modêlo de vida e que não haverá mais ninguém metido nas prisões, externas ou internas.
Nada será de um dia para o outro, mas iremos à nossa tarefa com tôda a calma, experimentando, poucos como somos, tornarmo-nos um tanto contagiosos e reaver o tesouro que se perdeu, mas de que ainda há lembrança nos Açores e muita prática no Brasil, com o nome de Culto do Divino. Aceitaremos que nos tratem de loucos, mas lhes asseguraremos que será sempre com todo juizo que realizaremos a loucura. Doutras vezes vos diremos, com nossa reduzida força, como iniciar a supressão das cadeias, como poderemos guardar tôda a vida a poesia com que nascemos, e saber como venerar, como adorar, e como cumprir, o Divino do Universo.
Devemos ainda dizer-vos que levamos conosco todos os que já anteriomente nos ajudaram a que sempre fizéssemos as coisas de modo a que a experiência fôsse possivel para todos. Talvez de quando em quando vos exporemos outras idéas. Porque afinal tudo isto é só uma tentativa de alicerce de império: Império de Servir.
Crescente do 4. de 93
Quadrinha de quando em quando
Pois é Império pioneiro Euro afro Brasileiro
e, se houver tempo, talvez
Nipo Sino Tailandês
Notinha:
E Tailandês por amor
de Malaca e de Timor
29 janeiro 2006
Segredos da Lusofonia (resposta ao texto que está em baixo)
Obrigado Carlos Pereira pela partilha do texto. Eu gostei, entre outras razões por ter três pontos que é sempre um número muito interessante. E por falarmos em Lusofonia, aproveito para enviar um pequeno poema que encontrei num livrinho no fundo da gaveta, e que, talvez, possa acrescentar mais um pouquinho ao bem delineado texto.
O Verbo é o som
a vibração que produz o som
a respiração do Universo
que comanda a palavra e a música
e cuja fonte se pressente no profundo silêncio
aquele abraço,
luis santos.
O Verbo é o som
a vibração que produz o som
a respiração do Universo
que comanda a palavra e a música
e cuja fonte se pressente no profundo silêncio
aquele abraço,
luis santos.
Os Segredos da Lusofonia
Como tudo o que é um bem comum, a lusofonia é uma realidade complexa. Não pode ser gerida de modo linear nem instrumentalizada nas costas dos 220 milhões de lusófonos que a fazem viver.Políticos que instrumentalizam a cultura e a língua para lubrificar negócios públicos e privados; intelectuais serodiamente fixados em problemas do nacionalismo e que, para fazer ouvir o seu poder cultural, "enfoncent des portes ouvertes"; empresários à boleia de políticos para proteger interesses que deveriam saber defender mais liberalmente; eis três tipos de protagonistas cujas inabilidades não impedem que a lusofonia continue a crescer. Em liberdade, para além das manipulações...
Antes de mais, a lusofonia é uma comunidade de afectos. Nasceu da primeira globalização quando o povo português se lançou nos descobrimentos. A fundação e a expansão de Portugal foram a pré-condição da existência das comunidades lusófonas. Uma das consequências deste processo foi a emergência de um espaço plural e policêntrico de povos, culturas, Estados, Igrejas e comunidades, uma rede de comunidades lusófonas.
Esta comunidade de afectos repercute-se, hoje, no mundo cultural. O protagonismo brasileiro é projectado por telenovelas e cantores em todos os palcos e televisões do mundo; o protagonismo português cresce quando o realizador Wim Wenders filma "História de Lisboa", com músicas e letras dos Madredeus e Teresa Salgueiro como actriz; Antonio Tabucchi escreve "Afirma Pereira", e é levado ao cinema com Marcelo Mastroianni; em 1998 o Comité Nobel, como disse Óscar Lopes, "descobriu finalmente a literatura portuguesa, que já existe há sete séculos", ao atribuir o prémio da Literatura a José Saramago; as mornas da cantora Cesária Évora, ou os fados atípicos de Mísia, lusodescendente de pai português e mãe catalã falam lusofonia. A lista continua....Os lusófonos enviam os seus sinais ao mundo: estamos aqui. Talvez esse mundo comece a decifrar-lhes os sinais, a comover-se com as suas histórias e a reconhecer-se nas suas personagens.
Em segundo lugar, a lusofonia constituiu-se desde 1996 como comunidade de objectivos políticos. A CPLP tem estado sujeita a ciclos de decisão. Após um interregno moco, a reanimação desde Julho de 2000 resulta de uma nova convergência dos objectivos políticos dos Sete+Um. Ainda no seu tempo, Fernando Henrique Cardoso anuncia o perdão de 95% da dívida moçambicana ao Brasil. A política externa portuguesa tem de reforçar a pertença lusófona à medida que a europeização exclusiva chega ao seu término. A política externa dos PALOP necessita de toda a cooperação internacional que possa obter. Saliente-se ainda a presença de Timor como oitavo estado constituinte. Finalmente, é objectivo comum da CPLP contrariar a hegemonia anglófona na África Austral e afirmar uma globalização que não seja a anglo-americana.
Surpreendente, talvez, para comentadores ainda amarrados à Guerra Fria, é que José Saramago tivesse sido um dos porta-vozes destas disposições quando no Congresso do Rio de Janeiro atacou o que chamou "neocolonialismo americano". Logo, o "El País" e o "Corriere della Sera" dispararam contra a imposição da língua portuguesa no Brasil...
Das decisões de Maputo há 6 anos, foi interessante a assinatura do contrato projecto para a construção do Instituto Internacional de Língua Portuguesa em Cabo Verde. Mas são mais de dez anos de atraso, desde que José Aparecido de Oliveira falou no assunto. A cidadania lusófona é um segundo objectivo político evidente mas complicado. Como toda a decisão normativa, inspira-se em princípios que podem entrar em conflito entre si: o direito à segurança pode entrar em conflito com a liberdade de circulação; abrir as portas à imigração choca com o princípio do direito de asilo. Terá de existir muito discernimento na abordagem da cidadania lusófona antes de a regulamentar, por forma a definir princípios gerais e exigir uma igualdade efectiva entre os cidadãos.
Em terceiro lugar, a lusofonia é uma comunidade de interesses. Conseguirão os empresários lusófonos ultrapassar os interesses instalados? Gerir Cahora Bassa e reconstruir o caminho de ferro de Benguela? Entrar no mercado das comunicações e energia no Brasil? Nos projectos agrícolas do vale do Zambeze e no planalto do Huambo? Reconstruir o tecido industrial angolano? Participar na reconstrução timorense? Actuar no mundo dos agentes literários, editores escolares e culturais? Eis exemplos onde serão importantes as operações de parceria económica para grandes empresas e grupos pequenos e médios.
Comunidade de afectos, comunidade de objectivos políticos e comunidade de interesses são os três segredos da lusofonia. É um erro ideológico - oriundo quer da direita quer da esquerda a que chegámos - presumir que estas três comunidades podem coincidir. É um erro cultural presumir que devem coincidir segundo um imperativo de homogeneidade, uma nova face de colonialismo. E é um erro político desejar que coincidissem. A gestão destas comunidades lusófonas só ganhará quando se liquidarem envelhecidos equívocos culturais.
Mais importante é compreender que a construção da lusofonia não está nas mãos de um projecto integrador, nem de uma cartilha, nem de uma vanguarda política, nem dos seus profetas culturais.
As comunidades lusófonas formam uma rede entrosada de afectos, de objectivos políticos e de interesses e que se alimenta das liberdades das nações, das pessoas e das instituições.
Quem disse que a língua portuguesa foi "a melhor coisa que os portugueses nos deixaram" foi Amílcar Cabral, bem como outros dirigentes dos movimentos de independência, aliás ensinados em escolas cristãs baptistas anglófonas.
Quem está contra a lusofonia não percebeu o mundo político da globalização; quem está a favor, está sempre a tempo de fazer qualquer coisa.
http://jpmartins.blogspot.com/2006/01/os-segredos-da-lusofonia.html
(enviado por Carlos Pereira, www.dialogoslusofonos.com )
Antes de mais, a lusofonia é uma comunidade de afectos. Nasceu da primeira globalização quando o povo português se lançou nos descobrimentos. A fundação e a expansão de Portugal foram a pré-condição da existência das comunidades lusófonas. Uma das consequências deste processo foi a emergência de um espaço plural e policêntrico de povos, culturas, Estados, Igrejas e comunidades, uma rede de comunidades lusófonas.
Esta comunidade de afectos repercute-se, hoje, no mundo cultural. O protagonismo brasileiro é projectado por telenovelas e cantores em todos os palcos e televisões do mundo; o protagonismo português cresce quando o realizador Wim Wenders filma "História de Lisboa", com músicas e letras dos Madredeus e Teresa Salgueiro como actriz; Antonio Tabucchi escreve "Afirma Pereira", e é levado ao cinema com Marcelo Mastroianni; em 1998 o Comité Nobel, como disse Óscar Lopes, "descobriu finalmente a literatura portuguesa, que já existe há sete séculos", ao atribuir o prémio da Literatura a José Saramago; as mornas da cantora Cesária Évora, ou os fados atípicos de Mísia, lusodescendente de pai português e mãe catalã falam lusofonia. A lista continua....Os lusófonos enviam os seus sinais ao mundo: estamos aqui. Talvez esse mundo comece a decifrar-lhes os sinais, a comover-se com as suas histórias e a reconhecer-se nas suas personagens.
Em segundo lugar, a lusofonia constituiu-se desde 1996 como comunidade de objectivos políticos. A CPLP tem estado sujeita a ciclos de decisão. Após um interregno moco, a reanimação desde Julho de 2000 resulta de uma nova convergência dos objectivos políticos dos Sete+Um. Ainda no seu tempo, Fernando Henrique Cardoso anuncia o perdão de 95% da dívida moçambicana ao Brasil. A política externa portuguesa tem de reforçar a pertença lusófona à medida que a europeização exclusiva chega ao seu término. A política externa dos PALOP necessita de toda a cooperação internacional que possa obter. Saliente-se ainda a presença de Timor como oitavo estado constituinte. Finalmente, é objectivo comum da CPLP contrariar a hegemonia anglófona na África Austral e afirmar uma globalização que não seja a anglo-americana.
Surpreendente, talvez, para comentadores ainda amarrados à Guerra Fria, é que José Saramago tivesse sido um dos porta-vozes destas disposições quando no Congresso do Rio de Janeiro atacou o que chamou "neocolonialismo americano". Logo, o "El País" e o "Corriere della Sera" dispararam contra a imposição da língua portuguesa no Brasil...
Das decisões de Maputo há 6 anos, foi interessante a assinatura do contrato projecto para a construção do Instituto Internacional de Língua Portuguesa em Cabo Verde. Mas são mais de dez anos de atraso, desde que José Aparecido de Oliveira falou no assunto. A cidadania lusófona é um segundo objectivo político evidente mas complicado. Como toda a decisão normativa, inspira-se em princípios que podem entrar em conflito entre si: o direito à segurança pode entrar em conflito com a liberdade de circulação; abrir as portas à imigração choca com o princípio do direito de asilo. Terá de existir muito discernimento na abordagem da cidadania lusófona antes de a regulamentar, por forma a definir princípios gerais e exigir uma igualdade efectiva entre os cidadãos.
Em terceiro lugar, a lusofonia é uma comunidade de interesses. Conseguirão os empresários lusófonos ultrapassar os interesses instalados? Gerir Cahora Bassa e reconstruir o caminho de ferro de Benguela? Entrar no mercado das comunicações e energia no Brasil? Nos projectos agrícolas do vale do Zambeze e no planalto do Huambo? Reconstruir o tecido industrial angolano? Participar na reconstrução timorense? Actuar no mundo dos agentes literários, editores escolares e culturais? Eis exemplos onde serão importantes as operações de parceria económica para grandes empresas e grupos pequenos e médios.
Comunidade de afectos, comunidade de objectivos políticos e comunidade de interesses são os três segredos da lusofonia. É um erro ideológico - oriundo quer da direita quer da esquerda a que chegámos - presumir que estas três comunidades podem coincidir. É um erro cultural presumir que devem coincidir segundo um imperativo de homogeneidade, uma nova face de colonialismo. E é um erro político desejar que coincidissem. A gestão destas comunidades lusófonas só ganhará quando se liquidarem envelhecidos equívocos culturais.
Mais importante é compreender que a construção da lusofonia não está nas mãos de um projecto integrador, nem de uma cartilha, nem de uma vanguarda política, nem dos seus profetas culturais.
As comunidades lusófonas formam uma rede entrosada de afectos, de objectivos políticos e de interesses e que se alimenta das liberdades das nações, das pessoas e das instituições.
Quem disse que a língua portuguesa foi "a melhor coisa que os portugueses nos deixaram" foi Amílcar Cabral, bem como outros dirigentes dos movimentos de independência, aliás ensinados em escolas cristãs baptistas anglófonas.
Quem está contra a lusofonia não percebeu o mundo político da globalização; quem está a favor, está sempre a tempo de fazer qualquer coisa.
http://jpmartins.blogspot.com/2006/01/os-segredos-da-lusofonia.html
(enviado por Carlos Pereira, www.dialogoslusofonos.com )
21 janeiro 2006
19 janeiro 2006
Paz é...
A Paz é como um pôr-do-sol!
Silvia
A Paz é um estado de harmonia interior que é possível ser sentido ao nosso redor quando é autêntico!
Gaby
A Paz deveria ser o caminho para o futuro.
Irina
Para existir paz exterior tem que existir paz interior.
Filipa
Tolerância e afecto.
Vera
Não se faz mal à paz.
Luis (inspirado pela dica da Rita)
(todos alunos do curso de formação de Professores do 1º ciclo do Ensino Básico da ESE de Setúbal, à excepção do Luis).
Silvia
A Paz é um estado de harmonia interior que é possível ser sentido ao nosso redor quando é autêntico!
Gaby
A Paz deveria ser o caminho para o futuro.
Irina
Para existir paz exterior tem que existir paz interior.
Filipa
Tolerância e afecto.
Vera
Não se faz mal à paz.
Luis (inspirado pela dica da Rita)
(todos alunos do curso de formação de Professores do 1º ciclo do Ensino Básico da ESE de Setúbal, à excepção do Luis).
14 janeiro 2006
Centenário do Nascimento de Agostinho da Silva
No próximo dia 13 de Fevereiro, pelas 21,30h, de forma a assinalar a data do Centenário do Nascimento de Agostinho da Silva, será exibido o filme "Agostinho da Silva, um pensamento vivo", em cem localidades diferentes do nosso país.
Alhos Vedros será uma dessas localidades. A organização do evento cabe à Cooperativa de Animação Cultural de Alhos Vedros.
Segundo nos disse o amigo Joaquim Raminhos, Presidente da Cooperativa, o filme será exibido na Biblioteca de Alhos Vedros e será procedido de debate, no qual participará uma figura da direcção da Associação Agostinho da Silva.
Alhos Vedros será uma dessas localidades. A organização do evento cabe à Cooperativa de Animação Cultural de Alhos Vedros.
Segundo nos disse o amigo Joaquim Raminhos, Presidente da Cooperativa, o filme será exibido na Biblioteca de Alhos Vedros e será procedido de debate, no qual participará uma figura da direcção da Associação Agostinho da Silva.
“[...] não me importa nada que me critiquem. Exactamente como não me importa nada quando me elogiam. Tanto me faz que uma pessoa me elogie como me censure – eu considero aquilo como uma opinião pessoal e não comparo com coisa nenhuma porque eu próprio não tenho opinião pessoal a meu respeito. Não me sinto nem herói, nem criminoso, sinto que vivo, sinto que sou”
Vida Conversável, 1999
O Prémio D. Dinis
A respeito do Prêmio D Dinis foi criado com o produto da pensão atribuída a Agostinho da Silva(grande figura como humanista ligado ao Brasil, Portugal e Senegal) . Este fundo é, desde 1992, gerido pelo Montepio Geral (http://www.montepiogeral.pt/).
Perguntei ao Luís Santos o que sabia a respeito. D. Dinis é uma figura lusófona, assim como o Agostinho Silva, que devemos conhecer.
Margarida Castro
========
Olá Margarida, bem haja!
Conheço alguma coisa.
Como sabe o Professor Agostinho da Silva inspirava-se muito no ideal português doo séc. XIII, com D. Dinis e a Rainha Santa Isabel à frente, e no culto popular do Espírito Santo que foi trazido de Aragão para Portugal pela Rainha Santa e por Francesco di Flório, se não erro no nome, um frade italiano que a acompanhou nesta sua vinda para Portugal.
D. Dinis, nas palavras de Fernando Pessoa, foi "o plantador de naus a haver", o tal que protegeu e transformou os Templários na Ordem de Cristo, no seio da qual terá nascido o projecto dos Descobrimentos que traçou, na época, as tais inéditas auto-estradas pelo mar, levando a Língua Portuguesa e expandindo mais a mensagem de Cristo ao mundo, entre muitas outras coisas boas (e também algumas más...).
D. Dinis, creio eu, era uma das principais referências do Projecto Global Lusófono que Agostinho da Silva vinha professando. Também Luis de Camões, Padre António Vieira e Fernando Pessoa, eram outras das grandes figuras do devir da Língua Portuguesa que Agostinho referia com maior centralidade, entre outros.
Uma vez que o visitei na sua casa, o livro que tinha mais visibilidade eram as Crónicas de D. Dinis, escritas por Rui de Pina. Ali estava o livro, bem à vista, em cima de um banco, bem ao nosso lado, e sempre nos fez companhia ao longo da conversa, ou talvez deva dizer do monólogo, porque quando ia a sua casa era para o ouvir falar, porque ele tinha muitas histórias para contar. Todas elas deliciosas.
Bem, quando o Governo Português, em 1992, lhe quis dar uma pensão vitalícia, penso que pelos anos que trabalhou em Portugal como professor do Liceu até ao início da década de 40 ( depois foi perseguido, preso e expulso do país pelo Governo Autoritário que, então, tinha o país), ele não aceitou recebê-la para seu uso e logo a transformou no Prémio D.Dinis.
O anúncio do concurso para atribuição do Prémio foi feito, mais uma vez, há poucos dias nos jornais.
Deverá estar a sair o Programa das Comemorações do Centenário do Nascimento do Professor que terá o dia 13 de Fevereiro como data fulcral. Estejamos atentos.
grande abraço,
Luis Carlos dos Santos.
Perguntei ao Luís Santos o que sabia a respeito. D. Dinis é uma figura lusófona, assim como o Agostinho Silva, que devemos conhecer.
Margarida Castro
========
Olá Margarida, bem haja!
Conheço alguma coisa.
Como sabe o Professor Agostinho da Silva inspirava-se muito no ideal português doo séc. XIII, com D. Dinis e a Rainha Santa Isabel à frente, e no culto popular do Espírito Santo que foi trazido de Aragão para Portugal pela Rainha Santa e por Francesco di Flório, se não erro no nome, um frade italiano que a acompanhou nesta sua vinda para Portugal.
D. Dinis, nas palavras de Fernando Pessoa, foi "o plantador de naus a haver", o tal que protegeu e transformou os Templários na Ordem de Cristo, no seio da qual terá nascido o projecto dos Descobrimentos que traçou, na época, as tais inéditas auto-estradas pelo mar, levando a Língua Portuguesa e expandindo mais a mensagem de Cristo ao mundo, entre muitas outras coisas boas (e também algumas más...).
D. Dinis, creio eu, era uma das principais referências do Projecto Global Lusófono que Agostinho da Silva vinha professando. Também Luis de Camões, Padre António Vieira e Fernando Pessoa, eram outras das grandes figuras do devir da Língua Portuguesa que Agostinho referia com maior centralidade, entre outros.
Uma vez que o visitei na sua casa, o livro que tinha mais visibilidade eram as Crónicas de D. Dinis, escritas por Rui de Pina. Ali estava o livro, bem à vista, em cima de um banco, bem ao nosso lado, e sempre nos fez companhia ao longo da conversa, ou talvez deva dizer do monólogo, porque quando ia a sua casa era para o ouvir falar, porque ele tinha muitas histórias para contar. Todas elas deliciosas.
Bem, quando o Governo Português, em 1992, lhe quis dar uma pensão vitalícia, penso que pelos anos que trabalhou em Portugal como professor do Liceu até ao início da década de 40 ( depois foi perseguido, preso e expulso do país pelo Governo Autoritário que, então, tinha o país), ele não aceitou recebê-la para seu uso e logo a transformou no Prémio D.Dinis.
O anúncio do concurso para atribuição do Prémio foi feito, mais uma vez, há poucos dias nos jornais.
Deverá estar a sair o Programa das Comemorações do Centenário do Nascimento do Professor que terá o dia 13 de Fevereiro como data fulcral. Estejamos atentos.
grande abraço,
Luis Carlos dos Santos.
Redacção
A professora de Português havia pedido aos seus alunos do 6º ano uma redacção sobre a Família, com abordagem bastante livre. Uma das prosas entregues foi esta:
Redacção:"O mano"
Quando eu tiver um mano, vai-se chamar Herrare, porque Herrare é o mano.
Eu vou gostar muito do meu mano.
Fim.
Redacção:"O mano"
Quando eu tiver um mano, vai-se chamar Herrare, porque Herrare é o mano.
Eu vou gostar muito do meu mano.
Fim.
03 janeiro 2006
CHEGARAM!!!
A Todos os Amigos e Familiares
Finalmente Eles chegaram ao porto de Moçamedes, Namibe, hoje ás 04h00m, horário do Rio de Janeiro. Foi uma festa, daqui de casa falamos com o Pai, Eu a Mãe e o meu irmão João, pelo celular de uma Senhora amiga do Sr. José Felipe Caldas, colegas de escola. Estavam todos muito animados e felizes, quando da chegada de madrugada. Estavam na praia, aguardando por Eles muitos carros com os faróis ligados, à espera do Mussulo para poder indicar o caminho para o Porto. Assim que desembarcaram estavam a espera Deles, os repórteres de jornal e televisão local, o Chefe de Policia, amigos que também têem acompanhado esta Expedição. Estavam todos muito animados, parecia que estavam numa festa de arromba. No telefone o Pai parecia uma criança em dia de festa. Vão ficar hoje por lá e só amanhã é que vão para Luanda, sendo que devem demorar três dias para lá chegarem. Á noite vão dormir num Hotel da cidade.
O Pai disse que têm muita coisa para reparar quando chegarem a Luanda. Três velas rasgadas, o GPS com defeito, a dita peça do leme e mais umas outras peças com defeito, tudo isso por causa daquela tempestade que segundo o Pai foi BRAVA.
Pois é a metade já foi concluida. Vai haver mais emoção na volta ao Brasil.
Beijos e Abraços a todos
Luis Amorim
Finalmente Eles chegaram ao porto de Moçamedes, Namibe, hoje ás 04h00m, horário do Rio de Janeiro. Foi uma festa, daqui de casa falamos com o Pai, Eu a Mãe e o meu irmão João, pelo celular de uma Senhora amiga do Sr. José Felipe Caldas, colegas de escola. Estavam todos muito animados e felizes, quando da chegada de madrugada. Estavam na praia, aguardando por Eles muitos carros com os faróis ligados, à espera do Mussulo para poder indicar o caminho para o Porto. Assim que desembarcaram estavam a espera Deles, os repórteres de jornal e televisão local, o Chefe de Policia, amigos que também têem acompanhado esta Expedição. Estavam todos muito animados, parecia que estavam numa festa de arromba. No telefone o Pai parecia uma criança em dia de festa. Vão ficar hoje por lá e só amanhã é que vão para Luanda, sendo que devem demorar três dias para lá chegarem. Á noite vão dormir num Hotel da cidade.
O Pai disse que têm muita coisa para reparar quando chegarem a Luanda. Três velas rasgadas, o GPS com defeito, a dita peça do leme e mais umas outras peças com defeito, tudo isso por causa daquela tempestade que segundo o Pai foi BRAVA.
Pois é a metade já foi concluida. Vai haver mais emoção na volta ao Brasil.
Beijos e Abraços a todos
Luis Amorim
02 janeiro 2006
"Abraço à Vela"
AOS AMIGOS
FALTA MUITO POUCO.
QUE MARAVILHA SERÁ PISAR EM TERRA FIRME.
QUE DEUS CONTINUE ACOMPANHANDO O MUSSULO
BEIJOS A TODOS
LUIS AMORIM
"Genesis of a Theorem",
Foto de Raul Costa
in, http://www.pbase.com/raulcosta
FALTA MUITO POUCO.
QUE MARAVILHA SERÁ PISAR EM TERRA FIRME.
QUE DEUS CONTINUE ACOMPANHANDO O MUSSULO
BEIJOS A TODOS
LUIS AMORIM
"Genesis of a Theorem",
Foto de Raul Costa
in, http://www.pbase.com/raulcosta
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