Não penses, mesmo que a jeito
tenhas da Alma o pendão,
nem julgues, mesmo que o peito
tenha por coroa a razão.
Sê pensado como quem
é simples onda impelida
da maré toda que tem
do pensamento a medida.
Deixa que a mente flutue
entre o Céu e o Inferno
té que de asa se habitue
a ser voo no Eterno.
Que a mente assim feita ave
é pomba que em ti faz ninho,
lava-te em fogo suave,
veste-te a alma de arminho.
Deixa que a alma lavada
seja a frente, e não as costas,
a quem a sombra calada
segue apenas, de mãos postas.
Abdul Cadre
http://www.usinadeletras.com.br
17 julho 2006
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