Das amarras da vida ou dum porto de abrigo... Do rio da vida que flui nas águas do tempo... Da natureza dos elementos e do marulhar do espírito... Da serenidade !
Do infinito vai vem e do murmúrio águas Das renovadas vidas de todas as cores No entrelaçado das cordas que sustentam as velas Do rosto espelhado do céu.
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O Pássaro Azul
António Tapadinhas, óleo s/ tela
O Pintor
Numa doce manhã um suave regresso qualquer coisa que há no ar, um passarinho azul está pairando, esvoaçando a cantarolar, dá uma volta uma volta e meia e quando volteia pousa no seu olhar
No coração que meigo e terno bate está uma ideia feita uma aguarela, amarela que volteia na tela e do meio do branco vazio que era nada um passarinho azul que sai correndo através da manhã
Feito um pedacinho de lã vai voando, cantarolando da fantasia que foi um dia da suadade de partir, do regresso até que encontra uma outra tela um outro olhar uma ideia feita um arco íris qualquer coisa que está no ar.
Luis Santos
P.S.: Foi a partir deste poema que o António Tapadinhas pintou o Pássaro Azul.
LUZ
Procuram as palavras o sentido que não podem explicar. Como se pode entender, ao escrever, Branca Luz Puríssima?
Luz Azul
foto lcs
Passar o Azul
Céu de azul pinta o pássaro ao voar, Acrobacias do seu cantar entoa, Mais alto estende-se o areal em baixo, Que em jacto falcão faz deslumbrar quem olha.
Percorrida a sorte, ser ave é: Transpor ao homem o delírio voador, No nu cintilante do desvio humano.
Poça de água que brilha Em ritual de garça chama. E pouso do pássaro á luz resplandece, A quem lhe dá de beber.
Suor de quem voa Não suam criaturas do céu, Trespassando no horizonte Pessoas que em sonhos se elevam, E que em terra, transpiram Ao ver o pássaro que dentro delas preserva.
4 comentários:
Excelente foto !
Das amarras da vida ou dum porto de abrigo...
Do rio da vida que flui nas águas do tempo...
Da natureza dos elementos e do marulhar do espírito...
Da serenidade !
Flávio Meireles
Do infinito vai vem e do murmúrio águas
Das renovadas vidas de todas as cores
No entrelaçado das cordas que sustentam as velas
Do rosto espelhado do céu.
Paz, tranquilidade, certezas, sossego ...
....no rio de Heraclito a beleza do mundo, porque a serenidade da alma sustenta-se na compreensão daquilo que flui !
Flávio Meireles
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