25 setembro 2007

Uma Língua de Fogo


4.

Um Poema Meio Vegetariano


Mas que grande burro este
já não sei o que fazer
bebe leite de vaca
logo pelo amanhecer

de novo fresco sai à rua
vai ver o dia a nascer
e consegue sentir a graça
daquele pessoal a correr

chega a hora do almoço
e como lhe dá que pensar
o encher da barriga
com o amigo peixe do mar

de caminho pela tardinha
com o sol no seu alvor
fecha os olhos e só contempla
as estradas do interior

fica pronto para o jantar
e a baralhar os costumes
deixa a carne de lado
e mistura-se aos legumes

à noite vai ver os amigos
bebe, fuma e fala à lua
vai para casa e sempre sente
o mistério da sua rua

e assim passam os dias
numa direcção bem definida
sentindo-se neste vogar
a doce embriaguez da vida.

2 comentários:

philos disse...

Mais uma vez parabéns, embora humildemente lhe diga, que prefiro o estilo de escrita inicial. Perdôe a sinceridade.

Teresa.

Estudo Geral disse...

Não tem de quê.