01 novembro 2007

"Luar"

Singela donzela,
tomai nestas rosas
o suave cálice
deste meu amor

Brotando do fundo
da raíz da alma,
como néctar híbrido
de paixão e dor

E que a cor e o aroma
que lhe dão alento,
não feneçam nunca
no tempo ou idade

Sejam sentimento,
perene momento
duma eternidade

Eduardo P.

7 comentários:

philos disse...

Temos poeta!
Feliz a contemplada. Caso se reveja, morrerá decerto, de pura emoção.

Estudo Geral disse...

Estimado amigo Eduardo,

que a lua e a amada donzela, ou será que é ela a donzela, sejam o início de muitas transcendências, bem acima deste azul que nos serve de chapéu e que teimamos em atravessar... mande sempre.

Abraço,
Luis Santos

Unknown disse...

"Good friends",

esta donzela foi o meu melhor sonho e vesti-a há muitos anos atrás com a minha pedra filosofal.
Mas o fado transcende, e as lágrimas outrora estrelas são agora espinhos duma rosa sem nome, cravados bem fundo no silêncio da alma.
Thanks

Eduardo P.

Anónimo disse...

Como a simplicidade das palavras pode trazer à paixão tranquilidade...Mas o tempo erode, e acredite estimado Eduardo na mensagem de tom esotérico que diz que "não há rosa sem espinhos; mas por cada espinho que tirarmos mais à mão nos fica a rosa..".
Continue com a sua poesia da vida !

EF

Anónimo disse...

Good friends. Que o arredar dos espinhos produza um silêncio de ouro.

Anónimo disse...

Deus. Como este poema é bonito!
Oh, como gostava de ter um namorado, que me escrevesse poemas, assim. Que sorte tem esta mulher! Que inveja!

Fabiana

Anónimo disse...

Existe nesta poesia uma crença da adolescência de que o par perfeito chegou um dia às nossas vidas e torna eterna a paixão.
Mero sonho estimado autor...É linda a limpidez e simplicidade do seu poema, mas compreendo-me no seu próprio desencanto atrás prenunciado.
Mas mesmo efémero e fugaz é bom sentirmo-nos felizes no espelho da própria ilusão.

João S.