17 julho 2009

Leonardo Coimbra (1883-1936) - O Criacionismo

Fundador e Professor da 1ª Faculdade de Letras do Porto. Formado em Matemática e Filosofia. Grande sensibilidade literária e poética. Deputado. Duas vezes Ministro da Educação.

Faz uma hermenêutica oobre todos os pensadores contemporâneos (Antero, Bruno, Pascoaes, Junqueiro), mas afasta-se de todos eles.

Até 1923, tenta unir o pensamento libertário com o Criacionismo. Depois, aproxima-se cada vez mais do Cristianismo, até aderir ao catolicismo pouco tempo antes de morrer em acidente de viação. Passagem de livre pensador a cristão ortodoxo.

Nele, o Homem é fundamentalmente um ser saudoso: uma saudade imanente e transcendente. Uma nostalgia da realidade, onde o Amor é a nota de Unidade com Deus. Quanto mais Amor mais consciência. A matéria não é senão o soro do espírito. Há vários níveis de amor e de consciência.

O homem vive com saudade do Paraíso (o Mito do Génesis). É saudoso de um estado em que a sua consciência ainda não se tinha precipitado para a exterioridade e materialidade. Uma saudade metafísica.

O Criacionismo:
A realidade é sempre pensamento. A realidade está sempre a ser determinada. A actividade mental vai determinando a realidade. O espírito determina-se a si próprio na medida em que vai determinando a realidade.

(aulas de Filosofia em Portugal I, Prof. Paulo Borges)

3 comentários:

Anónimo disse...

é uma forma de ver as coisas...
penso que a cosmovisão está intimamente ligada à cultura dos povos/indivíduo...
mas sim, concordo que o ser humano, é imanentemente saudoso e que existe nele uma necessidade de trancendência, uma procura constante da espiritualidade, de aproximação do sagrado.

Anónimo disse...

Pois, pensa e concorda muito bem...

Anónimo disse...

Se o prof concorda, então é porque está certo.
bjhs