21 agosto 2009

A Serpente

Metaforicamente trata-se de um jogo. Um jogo de bilhar. O adversário é o mal e o jogo é a vida. Quando se falha, quando a jogada não é boa, e como frequentemente se falha, essa treva - a serpente - caça-te e ferra-te o dente. Abocanha-te e vai mais fundo do que a carne. Bem entendido, os adversários se conjungam numa única pessoa. Bem e mal coexistem. Bem e mal és tu próprio. Até ao fim, o jogo será assim. E claro que ninguém gosta de sentir mais do que a carne (a alma?), a ferir-se, a rasgar-se. Mas talvez que, por boa aventurança, sempre a ferida se cure.

Afinal, o caminho não é até ao cimo do monte, é bem até ao fundo do vale. E é tão longo o percurso, o tempo que se demora. Amiúde, há sempre alguém que pergunta se não nos enganámos no caminho. E chegamos a duvidar, mas logo mais à frente a dúvida se desvanece. O pior, é que mal lá se chega, de novo outra estrada nos surge e sempre se renova a pergunta. O melhor, é que é sempre a descer. O lugar da partida é em Alhos Vedros, no largo do Mercado, no canto esquerdo dos quintais, traseiras das casas da Rua Vasco da Gama. O lugar de chegada é de localização incomunicável.

O Amigo Eduardo Espírito Santo enviou um link de vídeo muito bom:
http://www.youtube.com/watch?v=yScg02DM-jY&feature=related

2 comentários:

luis disse...

Não pervam o vídeo. Extraordinário o grupo, maravilhosa a música, lindas as pessoas. Uma boa lição para se aprender a viver em grupo...

Anónimo disse...

Maravilhoso!!!