18 outubro 2007

Uma Língua de Fogo


8.

Um em Três

Deixem-me agora que lhes diga
que quase tudo o que escrevo
não sou eu, nem sei se devo
é o destino que me obriga

De facto,
tudo, ou quase tudo, o que faço
não sou eu, é o que passo

Sou até levado a pensar
que naquilo em que me vês
não é de uma pessoa só
é de, pelo menos, mais Três

E nas voltas do sem fim
se julgo o que a vida me deu
vejo afinal que tudo é deles, não meu
são só serviços que vão de mim
(como nos contou e com muito carinho
o bom amigo Agostinho).

2 comentários:

philos disse...

Tenho pena de não poder dizer que gosto.

teresa.

Estudo Geral disse...

Está mais ou menos como eu.