06 fevereiro 2009

O Pensador


Rodin

5 comentários:

Anónimo disse...

A identidade dos contrários
(Edouard Roditi)


Sonho que sou louco, e na minha loucura
Sou mais sensato que num sonho
Ou acordado, com medo que me tenham por louco
Meus companheiros de sonho.

Meu bom senso é diária loucura,
Para um mundo em vigília que atribui
Mais vigília e atenção mais funda
À razão do que a razão possui.

Sonho é minha vida diária, cada dia
Simula e dissimula até loucura
E razão serem ambas semelhantes,
E eu ajo enquanto sonho.

No sonho, o bom senso e a loucura,
Na loucura, o sonho e o dia a dia
Ligados, entre si todos semelhantes:
Sonhando ou acordado, sou louco e sou sensato.
(versão de H. Helder)

Anónimo disse...

Só louco amou como eu amei. Still crazy after all this years.

Quando nos faltam as palavras pedimos emprestadas. de preferência que sejam belas, como todas as cartas de amor, ridículas, n'est pas?

Então, força!

Anónimo disse...

Ridículas aos olhos dos outros, que as leem, sem o sentimento ou a carga afectiva que lhes emprestamos, no momento em que as escrevemos. Ridículas, talvez, quando as relemos, já muito longeee do momento sentido. Isto fáz sentido?!?
Mas não queria entrar por aí...
Gostei do blog, das palavras, dos sons, das fotos. Azul, é a minha cor preferida. E os pássaros, gosto de os ver livres, a voar por aí

Anónimo disse...

Faz todo o sentido. Percebo muito bem esse tipo de sentimento que te anima. É a mesma lógica que me constrói. Eu também gosto de violetas e da expressão "Violetas para o meu amor".

Anónimo disse...

Não conheço essa expressão. Mas soa bem!!