29 junho 2006

Qual é a nossa dimensão?






(fotos enviadas por Rui Augusto)

26 junho 2006

do Brasil, Francisco G. de Amorim

PORTUGAL x HOLANDA
ATRIBULAÇÕES... NO BRASIL

Os jornais de hoje, no Brasil, noticiam a vitória de Portugal sobre a Holanda, como a vitória do Felipão!
Abaixo, letra miudinha tipo contrato de seguradora, lá vem que foi Portugal que venceu a Holanda, numa verdadeira batalha campal, por 1 x 0. Vitória sofrida, mas que mostrou o valor da turma portuguesa. Quando quer!

Ainda hoje boa parte dos pernambucanos choram não serem descendentes de holandeses! Acham até que tudo de bom que existe naquelas paragens é fruto da sua passagem por terras brasilis. Os restantes de Pernambuco e “arredores”, i. é, o Brasil quase todo, continua a sofrer do complexo do português. E assim o time que ontem venceu a Holanda não foi o de Portugal, mas de um brasileiro!

Ao mesmo tempo, para alguns, ainda está atravessada na garganta a invasão, bruta, desses flamengos ao nordeste brasileiro em 1624 e a Angola em 1641.
Para elevar a “magnificência” dessa gente, rica, há no Brasil quem proclame e escreva que os holandeses eram muito amigos dos escravos. Pudera não! Era daí que lhes vinha o dinheiro, e foi com essa “carinhosa” intenção que monopolizaram o tráfico entre Angola e as Américas, entre 1641 e 1648!

Mas os portugueses (ou os brasileiros?) não ficaram quietos. Depois de apanharem na cabeça começaram a organizar-se. No primeiro ataque, em 1624 a Salvador, na Bahia, já os holandeses saíram de rabo entre as pernas, e mais tarde, 1645, só depois que Portugal sacudiu a coroa de Castela, levaram nova e boa surra numa pequena batalha no Monte Tabocas.
Entretanto instalados em Angola desde 1641, em 1648, gentilmente, Salvador Correa de Sá mandou-os todos de volta para a terrinha deles, não tendo deixado por terras angolanas mais do que alguns descendentes, como os Van Dunem, gente aliás muito boa.

Finalmente em 1654, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Felipe Camarão, uma brilhante mistura de gente que ainda hoje é o retrato da composição do povo brasileiro, reunidos uns 2.500 homens, armados de qualquer coisa - a maioria de paus e forcados de madeira - correram definitivamente com os invasores, cujo exército local era de 4.500 homens, soldados.
E o Brasil voltou a ser uma unidade só. Os holandeses, os tais muito amigos dos escravos, só saíram do que lhes sobrou na América do Sul, o Suriname, em 1975, deixando o país dividido, devastado, pobre.

Este, de ontem, foi o jogo de futebol mais sofrido a que assisti no último meio século! Enfrentar a Holanda. Os holandeses começaram pela brutalidade, mas como em Guararapes, 9 contra 10 foram suficientes para acabar com a sua presença na Copa. Não foi o número nem a técnica, mas a garra.
Portugal correu com eles de Angola, do Brasil e agora da Alemanha. Boa, Portugal. Mesmo com a ajuda do Felipão, do mesmo modo que em 1654 teve na equipa brancos, mestiços e índios.

26 jun. 06
http://www.crystalinks.com

"Visão De Uma Eterna Visão"

Em minha visão há a visão do Mundo
Através de minha vista vê o Olho-Que-Tudo-Vê
Eu sou simplesmente um instrumento do que pretende ver
Não passando de uma mera sonda de exploração do exterior

Em minha existência há uma existência maior
Através da minha vive uma que é infinitamente multiplicada
Eu sou simplesmente um dos muitos veículos pelo qual se articula
Não passando de um mero robô remotamente controlado pela Alma

Em minha essência há algo que fluí para além de mim
Através dela fluí uma poderosa energia que me guia os passos
Eu sou simplesmente uma ínfima parte desse mecanismo da Consciência
Não passando de uma simbiótica pilha amontoada de materiais emprestados

Em minha efémera aventura pelo Universo Cósmico
Através da qual experimento a intensidade do vai-e-vem espiritual
Eu sou simplesmente uma da muitas palavras que compõe a frase do Livro
Não passando de um rabisco escrito algures na passagem pelo Eterno Tempo

Em minha alegria de estar aqui vivênciando a aparente Realidade
Através da qual julgo ter o suficiente poder para dispôr de livre-arbítrio
Eu sou simplesmente um muitos factores que alimentam a esperança da Vida
Não passando de um sonho de algo maravilhoso que Deus reserva para o Futuro...

Não passando de um mero pensamento especulativo em Seus planos por ora!...

Em Homenagem às Maravilhas da Criação Divina e a tudo a que nos leva, como Seres À Sua Imagem e Semelhança, portanto como reflexos Seus, actuando aqui na Vida Materializada por impulso de Seu próprio Comando e Pensamento, seja ele bom ou mau, em termos de nossa Evolução como Alma Colectiva, embora aparentemente, se nos apresentemos mutuamente como Seres-Almas ficticiamente individualizadas..., uma vez que assim convém ao ciclo-reciclo e ao movimento perpétuo do vai-e-vem da Vida...

Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 25 de Junho de 2006, com uma especial Homenagem ao Povo Português, por ter tido sua Brava Selecção das “Quinas” de Futebol, a passar hoje à fase seguinte, após um jogo emocionante, suado e muito sofrido...

Parabéns ao Seleccionador “Filipão” Scollari...
Parabéns a todos os Jogadores “Tugas”...
Parabéns a Portugal...

24 junho 2006


Pedro Feijão
www.pmcfeijao.tk

O Óbvio

do Brasil, Francisco G. de Amorim

O ÓBVIO

Fui há dias presenteado com um DVD. Parece coisa já não tão normal nos tempos em que o império MP3 e do iPod se vai impondo, à espera que outro equipamento ainda menor e de multiplicada capacidade os ultrapasse. Mas este DVD é especial. Não tem sexo, sugere algumas cenas de triste memória e violência, mas o que nos dá é uma forte lição de vida: “Agostinho da Silva - Um pensamento vivo”.


O DVD conta um pouco do que foi a trajetória de vida de um Homem espantosamente culto, espantosamente simples, de pensamento sempre elevado e sempre voltado para o bem do próximo.

Mostra-nos ainda alguns trechos de entrevistas que, já no fim da vida, concedeu a diversos programas de televisão, e muitas opiniões e manifestações de carinho por inúmeros daqueles que tiveram a ventura de o conhecer.

Toda a sua vida foi uma constante quase utópica, não fossem os resultados profundos que alcançou, sobretudo no Brasil, na criação de universidades e do famoso Centro de Estudos Afro Orientais na Bahia.

Quem se podia ter alcandorado a uma vida cheia de honrarias e dignidades acadêmicas, viveu sempre com uma modéstia franciscana, desprezando o dinheiro pelo dinheiro e procurando levar o seu apoio, o ensino, a cultura, até aos mais humildes.

São sensacionais algumas das suas respostas a perguntas que por vezes lhe fizeram durante as entrevistas. Pela simplicidade e clareza com que abordava alguns aspetos, sobretudos místicos, que os entrevistadores insistiam em fazer-lhe, fica bem claro o quanto é grande um pensamento simples. E nisso Agostinho da Silva foi um Grande Mestre.

Ensinou desafiando os alunos a raciocinarem, quase maltratou, se disso fosse capaz, aqueles que queriam seguir o Mestre, mostrando-lhes que cada um deve seguir somente a si próprio, ultrapassou todas as barreiras burocráticas que se lhe deparavam, e com a clareza duma criança resolvia os problemas mais difíceis que se iam surgindo.

Quando lhe perguntam o que pensa sobre a morte, responde de forma quase cômica, não fosse a evidência do raciocínio: “como podia falar da morte se ainda não tinha morrido! Depois de morrer poderia então, se houvesse um meio, mandar a sua opinião”!

Este pequeno texto não pretende ser nem biográfico nem crítico ao presente que recebi. Mas depois de ter lido já uns quantos livros do Professor, este DVD, que o mostra com toda a naturalidade, levou-me a confirmar o modo como se pode “ver” o seu pensamento e se pode definir com uma só e simples palavra.

Agostinho da Silva, sempre desprendido de preconceitos e longe de submissões, foi o ÓBVIO !

20 jun. 06

23 junho 2006

Amizade é...

Não ter desconfianças parvas.

18 junho 2006

arbitrando

Experiência...
Discordar é natural,
Concordar é o ideal.

17 junho 2006

*O mundo é um hospital; é preciso transformá-lo numa Escola. E da fome se passará à Paz.*

Healing Hands

"It is particularly through the hands that the will expresses itself, and ifyou want to develop your will, it is important to begin to know your hands,to take care of them and to educate them. Each finger is like an antennawhich receives and transmits waves of different kinds circulating in space.First, you must remember to wash your hands often so they are able tofunction as perfect antennae. Physical water on physical hands is notsufficient to truly wash them, however, so as often as you can, imagineturning on a tap of spiritual water, a stream of light with the purest ofcolours, and hold your hands under it for as long as possible. Becauseinitiates know how to receive currents of the greatest purity, they canperform miracles with their hands: they are able to calm, to heal and tocommand the forces of nature."

Omraam Mikhael Aivanhov
(enviado por Paula Soveral)

15 junho 2006

Olha a Língua

O presidente Lula assina nos próximos dias a lei que institui o Dia Nacional da Língua Portuguesa. A data já será comemorada este ano, no dia 5 de Novembro.

14 junho 2006

A expectativa é, pois, a de um lugar de liberdade, fraternidade e solidariedade, onde a maior conquista é ser o futuro já aqui e agora.
E o que é o futuro? E o que se faz ao presente?...

10 junho 2006

Portugal vs. Angola

(...) embora comemorássemos a passagem de Angola ao Mundial de Futebol da Alemanha 2006, ora iniciado, também comemorava a perspectiva de nós os Lusófonos, termos a imensa honra de termos 3 Países de Língua Portuguesa ao mesmo tempo, na fase final de um Mundial de Futebol.

Assim, apesar do jogo de amanhã entre Angola e Portugal, representar uma coincidência deveras curiosa, pois, põe ex-Colónia e antiga Potência Colonial em confronto directo, só que desta vez, de forma mais salutar, desportiva e interessante, num encontro que esperamos seja memorável, para estas duas Nações ora Irmãs e que ambas jogam ainda um importante papel no contexto Mundial e da África e Europa, respectivamente...

Como dizia ontem uma camisola/camiseta (t-shirt), usada por uma senhora, que se dizia a si mesma filha das duas Nações, apesar de ela ter nascido em Angola, por seu Pai ter sido Português e sua Mãe, Angolana, onde estavam de um lado pintadas em estilo estilizado, a bandeira de Portugal, e do outro, a bandeira de Angola, estando no centro, a seguinte frase: Jogo Portugal x Angola - "Estamos Juntos" - No Mundial de Futebol 2006.

Essa camiseta-camisola, foi a melhor que vimos até aqui, pois, ela culitva o espírito da união, da paz e da amizade entre todos nós, os Lusófonos, mostrando que é na mistura e no respeito de nós mesmos e de nossas culturas, que nós somos um só bloco de Nações que fala a mesma Língua e o mesmo Espírito de Povos Irmãos...

Paz e Harmonia e que vença o Futebol e saia reforçada a nossa Amizade de Povos Irmãos...


manuel de sousa
Luanda - Angola

08 junho 2006

Saiba que...

Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.

Aquarela

Demora cerca de 1 minuto a carregar mas acho que vale a pena.

http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/aquarela.htm

(enviado por Isabel Raminhos)

04 junho 2006

Agostinho da Silva - Carta XII (e última)

Queridos Amigos

Parece que tôda a gente está de acôrdo em que o mundo inteiro se encontra em crise. Como isto me parece demasiado vasto para eu poder ser util, decidi que sou eu quem está em crise e talvez consiga sair dela com três princípios: O de me ver livre do supérfluo, o de não confundir o verbo amar com o verbo ter, o de prestar voto de obediência ao que for servir, não mandar. Nestes termos comunico a todos os Amigos que não imporei a ninguém a leitura de textos meus, a começar pelas Folhinhas , e que só responderei a quem me escreva, pedindo (para aumentar o supérfluo...) que cada carta venha com selinho de resposta, mas um apenas, para me não obrigar a escriturações administrativas. Para tudo o que fordes e fizeres rogarei perfeito empenho e boa sorte, bom vento de navegar.

Setembro de Lua Cheia e de 93

Agostinho



POETAS DE FORA EM LINGUAGEM DE DENTRO


Catulo, latino, séc. I a.C.

Amigos, êste barco que ora vedes
nos diz ter sido o mais veloz de todos;
nenhum jamais o pôde ultrapassar,
quer a remos viesse, quer à vela;
não dirão o contrário êste Adriático,
a nobre Rodes ou as ilhas Cíclades,
a hórrida Propôntida ou o Pôntio,
lá onde outrora foi só fronde em bosque.
Muitas vezes, no cume do Sitoro
os seus ramos ao vento sibilaram,
como tu sabes bem, Amastris Pôntica,
e tu Citoro de abundante bucho.
Esteve no teu cimo, em tuas águas
os remos mergulhou e trouxe o dono
por violentas vagas, quer o vento
o levasse de esquerda ou de direita,
quer o sôpro de Júpiter teimasse
sôbre uma ou outra escota, sem que nunca
prece elevasse aos deuses litorais,
desde que ele chegou de mar remoto
às tão límpidas águas deste lago.
Tudo isto foi, passou; repousa agora
e velho vai ficando. Num refúgio,
o mais calmo de todos, se consagra
a Castor gémeo do seu próprio gémeo.

01 junho 2006

"Eternamente Criança



Ontem fui uma criança
Hoje sou uma criança
Serei uma criança sempre

Amanhã serei uma criança
Amanhã serei mais uma criança
Amanhã serei uma entre tantas crianças

Depois de amanhã continuarei sendo criança
Depois de amanhã continuarei a brincar como criança
Depois de amanhã continuarei a rir como uma criança

No passado era criança
No presente ainda sou criança
No futuro serei uma criança adulta

Um dia talvez deixe de ser criança
Um dia talvez volte a ser criança
Um dia serei com certeza uma criança eterna...

Nesse dia lembrar-me-ei de todas as crianças
Recordar-me-ei de quando era criança
Nunca esquecerei quão bom é ser-se criança...

Sendo Eternamente Criança...

Escrito por manuel de sousa, Luanda, Angola, a 31 de Maio de 2006, véspera do Dia Internacional da Criança, em Dedicatória e em Defesa aos/dos Direitos Fundamentais da Crianças, esteja lá ela onde estiver, nas Matas da África, nas Pampas, nas Montanhas ou nas Selvas da América do Sul e Central, nas Ruas das Grandes Cidades de todo o Mundo, nas Guerras como meninos-soldados, nos Campos, Usinas e Fábricas Artesanais da Ásia, em trabalho infantil e mal remunerado, no Mundo da Droga e da Pedofilia e da Prostuição Infantil, etc, etc...


Há que dar à criança, o que nós adultos sempre sonhamos em ter de melhor para nós, pois, elas hão-de em breve ser os adultos do futuro..., e que, por sua vez, tomarão conta de outras novas crianças..., e por aí em diante, num ciclo imparável e pressupostamente evolutivo...

“Viva a Criança de Hoje, Vida o Adulto de Amanhã”...