30 setembro 2006
Cana-do-açúcar
Desde o tempo do Brasil Colônia, quando era especiaria rara, introduzida nas terras de Santa Cruz pelos portugueses( madeirenses), até hoje, ainda se mantém na lista dos açúcares mais consumidos no mundo todo. Produto que alavanca a balança comercial brasileira, na safra de 2005/2006 obteve a marca de 25,83 milhões de toneladas. Sendo que em 2005 exportou para mais de 100 países a cifra de 18,14 toneladas de açúcar ( dados da Secretaria do Comércio Exterior - SECEX).
A participação brasileira no mercado exportador de açúcar é de 40% do mercado livre de "commodity". Os maiores compradores do produto nacional em 2005 foram a Rússia. Índia, Nigéria, Emirados Árabes e Marrocos.
São Paulo responde por mais de 60%da produção nacional. Cabendo os restantes 40% principalmente a Minas Gerais, Paraná, Alagoas e Pernambuco.
As perspectivas são de aumento até 2015, pois o Brasil tem terras, sol e água disponíveis para a produção.
Os maiores concorrentes mundiais do Brasil , que têm capacidade de crescimento no setor, são a Austrália, África do Sul, Tailândia e Guatemala.
M. Eduarda
dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br
29 setembro 2006
26 setembro 2006
Resistência linguística na Galiza
A UNESCO informou a grave situação em que se encontra a língua galego-portuguesa no território da Galiza espanhola, que só nos últimos 25 anos, tem perdido mais utentes do que nos cinco séculos precedentes, e que corre mesmo perigo de desaparição em apenas duas gerações, se não se leva a cabo uma verdadeira e contundente política de recuperação e naturalização social.
As razões desta alarmante situação linguística e cultural, derivam directamente da situação colonial que a Galiza vem a sofrer, pois a minoria espanhola castelhano-falante, ostentadora do poder económico, político e sócio-simbólico, não tem nenhum interesse em que o galego-português recupere o seu estatuto como língua predominante na Galiza.
Factos como a negação sistemática por parte das autoridades espanholas a autorizar a recepção dos sinais de TV e Rádio portuguesas na Galiza, ou o caso do ensino obrigatório, onde apenas 20% dos liceus da Galiza cumprem a "raquítica" legislação vigente que obriga a ministrar um pequenino número de matérias em galego-português (ainda na norma oficial isolacionista e castelhanizada) são bons exemplos da gravidade do que realmente está a acontecer.
Neste panorama colonial, cresce e se faz forte a massa social de galegas e galegos que se tornam conscientes do verdadeiro valor da luta pela sua língua e cultura, estendida pelos cinco continentes mas que lhes é gravemente negada na sua terra. No lugar onde precisamente nasceu a língua que hoje se fala em Portugal e no Brasil. Por isso são múltiplas as organizações que na Galiza lutam pela recuperação social da sua língua e cultura como parte da lusofonia mundial. Apelamos também à solidariedade do resto de comunidades lusófonas no mundo nomeadamente em Portugal e no Brasil com o povo galego e a defesa da lusofonia ao norte do rio Minho.
Fonte: http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=39452&cidade=1&forcarcomentarios=S
texto enviado por Margarida Castro - dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br
As razões desta alarmante situação linguística e cultural, derivam directamente da situação colonial que a Galiza vem a sofrer, pois a minoria espanhola castelhano-falante, ostentadora do poder económico, político e sócio-simbólico, não tem nenhum interesse em que o galego-português recupere o seu estatuto como língua predominante na Galiza.
Factos como a negação sistemática por parte das autoridades espanholas a autorizar a recepção dos sinais de TV e Rádio portuguesas na Galiza, ou o caso do ensino obrigatório, onde apenas 20% dos liceus da Galiza cumprem a "raquítica" legislação vigente que obriga a ministrar um pequenino número de matérias em galego-português (ainda na norma oficial isolacionista e castelhanizada) são bons exemplos da gravidade do que realmente está a acontecer.
Neste panorama colonial, cresce e se faz forte a massa social de galegas e galegos que se tornam conscientes do verdadeiro valor da luta pela sua língua e cultura, estendida pelos cinco continentes mas que lhes é gravemente negada na sua terra. No lugar onde precisamente nasceu a língua que hoje se fala em Portugal e no Brasil. Por isso são múltiplas as organizações que na Galiza lutam pela recuperação social da sua língua e cultura como parte da lusofonia mundial. Apelamos também à solidariedade do resto de comunidades lusófonas no mundo nomeadamente em Portugal e no Brasil com o povo galego e a defesa da lusofonia ao norte do rio Minho.
Fonte: http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=39452&cidade=1&forcarcomentarios=S
texto enviado por Margarida Castro - dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br
24 setembro 2006
A ditadura pró-globalista e pró-totalitária imaginada urbi et orbis pela borregã escarlate, assenta nos seguintes alicerces...
UMA ÚNICA CULTURA: a do ter.
UMA ÚNICA MORAL: a da aparência.
UMA ÚNICA CIÊNCIA: a lixologia.
UMA ÚNICA POLÍTICA: a dejectocracia.
UMA SÓ LEI: a do mais forte.
UM SÓ JULGAMENTO: toda a bondade será castigada!
UMA SÓ AMEAÇA: Ai dos fracos!
UM SÓ OBJECTIVO: Comer a Terra inteira antes que ela nos coma a nós.
UMA SÓ INDÚSTRIA: a máxima produção de pobres para o menor número possível de ricos. UMA SÓ LÍNGUA: a viperina.
UM SÓ IDIOMA: Não, não é o esperanto, nem é o inglês. É muito simplesmente o economês. UM SÓ ENTENDIMENTO: Cristo e Madona equivalem-se: a verdade e a mentira são produtos descartáveis, totalmente arbitrários e intermutáveis.
UM ÚNICO WAY OF LIFE: consome e sê feliz; ou não consumas e desaparece, que estás a mais. UM SÓ OLHAR: só de olhar e não de ver: analógico hoje, digital amanhã; 100 hertzs, 6x9 Pal Plus;
UMA ÚNICA RELIGIÃO: Total e verdadeira, em que o dólar é Deus e o Tio Sam o seu profeta e quem não crê maldito seja.
UM SÓ PENSAMENTO: rasteiro, linear, acrítico; pós-moderno, amoral e inumano.
UMA SÓ BANDEIRA: Todo o êxito se justifica por si mesmo; o sucesso é o Bem, o insucesso é o mal.
UMA SÓ VONTADE: Vencer é preciso, viver não é preciso.
UMA SÓ PALAVRA DE ORDEM: Morte aos vencidos e a quem os apoiar!
UMA SÓ RAZÃO: a que vem do céu, que é o mercado.
UMA SÓ FÉ: a que vem da tripa.
UM SÓ JEITO: o do pé que esmaga.
UMA SÓ PRÁTICA: a da rasteira.
UMA SÓ ECONOMIA: o Princípio do Robin dos Bosques, mas ao contrário.
UM ÚNICO PODER: o da canhoneira, que é coisa antiga, mas sempre eficaz. E tudo isto impregnado de mau cheiro e debruado de mau gosto.
Abdul Cadre
UMA ÚNICA CULTURA: a do ter.
UMA ÚNICA MORAL: a da aparência.
UMA ÚNICA CIÊNCIA: a lixologia.
UMA ÚNICA POLÍTICA: a dejectocracia.
UMA SÓ LEI: a do mais forte.
UM SÓ JULGAMENTO: toda a bondade será castigada!
UMA SÓ AMEAÇA: Ai dos fracos!
UM SÓ OBJECTIVO: Comer a Terra inteira antes que ela nos coma a nós.
UMA SÓ INDÚSTRIA: a máxima produção de pobres para o menor número possível de ricos. UMA SÓ LÍNGUA: a viperina.
UM SÓ IDIOMA: Não, não é o esperanto, nem é o inglês. É muito simplesmente o economês. UM SÓ ENTENDIMENTO: Cristo e Madona equivalem-se: a verdade e a mentira são produtos descartáveis, totalmente arbitrários e intermutáveis.
UM ÚNICO WAY OF LIFE: consome e sê feliz; ou não consumas e desaparece, que estás a mais. UM SÓ OLHAR: só de olhar e não de ver: analógico hoje, digital amanhã; 100 hertzs, 6x9 Pal Plus;
UMA ÚNICA RELIGIÃO: Total e verdadeira, em que o dólar é Deus e o Tio Sam o seu profeta e quem não crê maldito seja.
UM SÓ PENSAMENTO: rasteiro, linear, acrítico; pós-moderno, amoral e inumano.
UMA SÓ BANDEIRA: Todo o êxito se justifica por si mesmo; o sucesso é o Bem, o insucesso é o mal.
UMA SÓ VONTADE: Vencer é preciso, viver não é preciso.
UMA SÓ PALAVRA DE ORDEM: Morte aos vencidos e a quem os apoiar!
UMA SÓ RAZÃO: a que vem do céu, que é o mercado.
UMA SÓ FÉ: a que vem da tripa.
UM SÓ JEITO: o do pé que esmaga.
UMA SÓ PRÁTICA: a da rasteira.
UMA SÓ ECONOMIA: o Princípio do Robin dos Bosques, mas ao contrário.
UM ÚNICO PODER: o da canhoneira, que é coisa antiga, mas sempre eficaz. E tudo isto impregnado de mau cheiro e debruado de mau gosto.
Abdul Cadre
22 setembro 2006
21 setembro 2006
O Estado da Arte 4
Pronto, está consumado o Verão. Ainda faltam dois dias, mas definitivamente o Dom Outono fez-se anunciar. E não foi de modas, para evitar que, distraídos, ignorássemos a sua presença mandou o "Gordon", um Furacão de grau 1 que fez questão de cruzar todo o território português. Passeou-se primeiro pelo Arquipélago dos Açores e, depois, derrapando à direita entrou pelo norte da Península Ibérica e foi descendo até ao sul do país, onde chegou já sem forças.
Vestido de ventos e chuvas fortes foi perdendo a intensidade pelo caminho. Nos Açores prometiam as rádios e televisões rajadas de vento na ordem dos 175 Km por hora, deixando as pessoas a fazer horas extrordinários, tentando por todos os meios precaver indesejáveis acidentes.
Na televisão viram-se choros, medos e ranger de dentes. Angústias, depressões e ataques cardíacos. Mas não, afinal, o vento não andou a mais de 115 Km/h, frustrando as expectativas dos "câmera men", dos chefes de redacção e os pivots dos programas noticiosos, pondo fim a um drama que não passou de um cenário por eles mesmo criado.
Enfim, foi mais um filme de acção em que foi metida a Nação, no já habitual chá das oito servido pelas antenas nacionais que prestam um rigoroso e profissional serviço informativo, e com tamanha formalidade que até eles acreditam que a realidade não é mais do que uma ficção.
Chego à porta de casa já sem chuva, mas com suficiente carrego para levar até ao 3º andar que peço à Maria da Luz, três anos de idade, para levar as chupetas e o casaquito de malha que já sobravam.
Ao chegarmos lá acima pergunta ela:
- Pai, pediste-me para trazer o casaco porque vinhas já muito carregado não foi?
- Exactamente, respondi-lhe.
- Deixa lá, escusas de agradecer.
É por estas e por outras que nós achamos que deveriam ser as crianças os imperadores do mundo. Ou, fazendo a vontade a um colega meu que, enquanto preparávamos uma aula conjunta, nós que somos professores, virou-se de repente e disse-me assim: Ouve lá, sabes que eu sonhei que eram as crianças que nos vinham dar aulas a nós? E logo nos pusémos a arranjar forma de concretizar o sonho.
Vestido de ventos e chuvas fortes foi perdendo a intensidade pelo caminho. Nos Açores prometiam as rádios e televisões rajadas de vento na ordem dos 175 Km por hora, deixando as pessoas a fazer horas extrordinários, tentando por todos os meios precaver indesejáveis acidentes.
Na televisão viram-se choros, medos e ranger de dentes. Angústias, depressões e ataques cardíacos. Mas não, afinal, o vento não andou a mais de 115 Km/h, frustrando as expectativas dos "câmera men", dos chefes de redacção e os pivots dos programas noticiosos, pondo fim a um drama que não passou de um cenário por eles mesmo criado.
Enfim, foi mais um filme de acção em que foi metida a Nação, no já habitual chá das oito servido pelas antenas nacionais que prestam um rigoroso e profissional serviço informativo, e com tamanha formalidade que até eles acreditam que a realidade não é mais do que uma ficção.
Chego à porta de casa já sem chuva, mas com suficiente carrego para levar até ao 3º andar que peço à Maria da Luz, três anos de idade, para levar as chupetas e o casaquito de malha que já sobravam.
Ao chegarmos lá acima pergunta ela:
- Pai, pediste-me para trazer o casaco porque vinhas já muito carregado não foi?
- Exactamente, respondi-lhe.
- Deixa lá, escusas de agradecer.
É por estas e por outras que nós achamos que deveriam ser as crianças os imperadores do mundo. Ou, fazendo a vontade a um colega meu que, enquanto preparávamos uma aula conjunta, nós que somos professores, virou-se de repente e disse-me assim: Ouve lá, sabes que eu sonhei que eram as crianças que nos vinham dar aulas a nós? E logo nos pusémos a arranjar forma de concretizar o sonho.
Musidanças 2006
Caros Amigos
Finalmente ás portas de mais um Festival Musidanças e com todo o prazer que vos convido a participar neste maravilhoso evento pequena montra do que de bom existe na cada vez mais evidente arte lusófona.
Como diria há um ano atrás Raul Indipwo "D. João II deixou-nos uma enorme estrada azul com vários portos onde nos abastecermos e podermos levar a nossa cultura aos nossos e aos outros povos do Mundo".
Bem hajam
Firmino Pascoal
Jogos da Lusofonia
1.os Jogos da Lusofonia, 7/10 a 15/10, ver notícia em:
http://www.macau2006.org/pt/news/noticias_20060919.php
19 setembro 2006
"Anjos do Símbolo"
De Anjos são minhas asas invisíveis
De minha boca sairá o Mundo Novo
De minha Alma a visão do amanhã será agora
De meu verbo sairá a profecia sagrada da Palavra
De meu julgamento se fará o Juízo Final
De minha Consciência advirá o perdão da resposta
De cada passo meu nascerá a Nova Aurora do princípio
Da imaginação da minha existência surgirá a primeira de eternas esperanças
Da minha Cruz brotará no centro a Rosa cardíaca
Da minha voz soará o som da pronúncia silente
Do paradoxo reflectido na minha sombra haverá a presença solar
Do colar de corais em meu pescoço cairão lágrimas alegres
Da tatuagem gravada na pele de minha vestimenta física reluzirá o advento
De meu mais profundo desejo de estar e ser irradiará a vontade do Infinito
Da raiz que me fez nascer da Razão Existêncial haverá lugar para muitos
De minha ânsia constante de rebuscar o Mistério restará a fé absoluta
Do motivo que me fez vir aqui existirá sempre uma estória velada por trás
Na minha persistente investigação nem Freud sabe quem sou
Na busca que busco Dante é apenas uma aparição aparente
Na senda de cada tremor meu há um aviso incógnito que espreita
Em cada aceno meu existe um adeus simbólico esquecido e meio oculto...
Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 16 de Setembro de 2006, em Homenagem àqueles que sabem conscientemente e sensatamente perdoar e ajudar, sem nada exigir em troca...
De minha boca sairá o Mundo Novo
De minha Alma a visão do amanhã será agora
De meu verbo sairá a profecia sagrada da Palavra
De meu julgamento se fará o Juízo Final
De minha Consciência advirá o perdão da resposta
De cada passo meu nascerá a Nova Aurora do princípio
Da imaginação da minha existência surgirá a primeira de eternas esperanças
Da minha Cruz brotará no centro a Rosa cardíaca
Da minha voz soará o som da pronúncia silente
Do paradoxo reflectido na minha sombra haverá a presença solar
Do colar de corais em meu pescoço cairão lágrimas alegres
Da tatuagem gravada na pele de minha vestimenta física reluzirá o advento
De meu mais profundo desejo de estar e ser irradiará a vontade do Infinito
Da raiz que me fez nascer da Razão Existêncial haverá lugar para muitos
De minha ânsia constante de rebuscar o Mistério restará a fé absoluta
Do motivo que me fez vir aqui existirá sempre uma estória velada por trás
Na minha persistente investigação nem Freud sabe quem sou
Na busca que busco Dante é apenas uma aparição aparente
Na senda de cada tremor meu há um aviso incógnito que espreita
Em cada aceno meu existe um adeus simbólico esquecido e meio oculto...
Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 16 de Setembro de 2006, em Homenagem àqueles que sabem conscientemente e sensatamente perdoar e ajudar, sem nada exigir em troca...
18 setembro 2006
O Estado da Arte 3
De manga comprida saio para a rua. O céu está limpo e o sol brilha, trazendo ao dia um ar alegre, aberto, onde tudo brilha com ele, mas uma brisa que vem descendo do norte faz sentir os seus efeitos. É uma massa de ar invísível que vem lá do lado do Ártico, nos envolve e nos abraça, e transforma a sensação de sufoco dos últimos dias, numa reconfortante fresquidão que nos anima e enrija os ossos. Aos poucos vai-se instalando, mas ninguém lhe dá grande importância que a mecanização da vida não deixa. Só a informação meteorológica. Todavia, há quem a apalpe, quem fale com ela, quem lhe peça notícias dos pinguis, dos ursos polares do casaco branco, da diminuição da água gelada, do cada vez maior desprendimento dos "icebergs", do sol da meia noite, ou da lua do meio dia.
Caminho pela rua e apanho o autocarro número 44, embora o lugar onde vivo não tenha autocarros. Sigo-o, cheio de mim, e viro na primeira esquina à direita, depois de ter exitado virar à esquerda, e fico com a sensação de que esta simples decisão pode mudar completamente o meu destino. Mas estou convicto que é este o caminho a seguir e que boas notícias, ou bons encontros, se aproximam.
Prescuto os desenhos que as nuvens fazem no céu, estou atento a todos os bateres de asa e dou a máxima atenção a quem me vai cruzando o caminho. Tudo sempre cheio de pleno significado e como se fosse a última vez. Tudo pleno de um eterno momento.
De repente um anjo. Ou, pelo menos, uma cara de anjo. Louro, rabo de cavalo, ar de quem anda sempre em viagem, trás uma criança agarrada às pernas que se enrola e se enrosca como se dissesse repetidamente que não queria ficar mais nenhuma vez sem ele. Mas o vian-dante não sabe traçar outro futuro que não o próximo lugar que o futuro lhe trás. Há gente assim. E parte outra vez.
Fica a sensação enorme de me ter cruzado com um anjo. A sensação de como num simples gesto se pode esmagar uma tempestade. Que bom, ainda há quem saiba voar. E não é preciso muito. Basta sentar, fechar os olhos, corpo estendido ao comprido, pernas unidas, braços abertos e contar até oito quando se inspira e contar até quatro quando se expira. E depois pronto, é só olhar para a paisagem, disse ele.
Caminho pela rua e apanho o autocarro número 44, embora o lugar onde vivo não tenha autocarros. Sigo-o, cheio de mim, e viro na primeira esquina à direita, depois de ter exitado virar à esquerda, e fico com a sensação de que esta simples decisão pode mudar completamente o meu destino. Mas estou convicto que é este o caminho a seguir e que boas notícias, ou bons encontros, se aproximam.
Prescuto os desenhos que as nuvens fazem no céu, estou atento a todos os bateres de asa e dou a máxima atenção a quem me vai cruzando o caminho. Tudo sempre cheio de pleno significado e como se fosse a última vez. Tudo pleno de um eterno momento.
De repente um anjo. Ou, pelo menos, uma cara de anjo. Louro, rabo de cavalo, ar de quem anda sempre em viagem, trás uma criança agarrada às pernas que se enrola e se enrosca como se dissesse repetidamente que não queria ficar mais nenhuma vez sem ele. Mas o vian-dante não sabe traçar outro futuro que não o próximo lugar que o futuro lhe trás. Há gente assim. E parte outra vez.
Fica a sensação enorme de me ter cruzado com um anjo. A sensação de como num simples gesto se pode esmagar uma tempestade. Que bom, ainda há quem saiba voar. E não é preciso muito. Basta sentar, fechar os olhos, corpo estendido ao comprido, pernas unidas, braços abertos e contar até oito quando se inspira e contar até quatro quando se expira. E depois pronto, é só olhar para a paisagem, disse ele.
17 setembro 2006
O Estado da Arte 2
A puta da idade? Porquê chamar de puta à idade? Vamos dar profundidade ao tempo. Vamos imaginar que nos repetimos através dos tempos em reencarnações múltiplas, até um dia. Desse dia falaremos depois. É uma hipótese tão legítima como qualquer outra. Acreditar nas ideias indús ou budistas sobre a persistência da vida. Pensar que o nascimento nos tira muito a memória.
Vamos imaginar que tu aí desse lado que me escutas, lendo, já foste um bravo marinheiro. Digamos, quatrocentos anos atrás. Um jovial fidalgo, na força da idade, figura de proa de uma caravela, onde ela se ergue e corta as furiosas ondas. Os salpicos salgados, o grito das gaivotas, os saltos dos golfinhos.
Depois de demorados meses no embalo das águas, imaginas-te a chegar ao Brasil, as infindas praias de areia branca, a barreira dos coqueirais e as gentes nativas que te esperam, curiosos mais uma vez, à espera de uma nova promessa para um novo dia, de um reparo, de um carinho, de uma afeição. Tiras o lenço que trazes ao pescoço, a encimar uma alva camisa branca, levemente amarelada pelo suor que foste largando pelo caminho, e entregas a uma indígena que imensamente feliz o acaricia demoradamente entre as mãos.
Ou então, que és uma índia. Pele amarelada, dourada pelo sol, cabelo escorrido preto, bem tratado, quem dera enfeitado com conchas do mar, ou talvez não, simplesmente, bem penteado brilhante, lustroso, de puras essências íntimas que te saem de dentro. Roliças carnes, arredondadas ancas, olhos escuros, doces, tímida, extemporaneamente de riso solto, meiga.
O lenço foi para ti. Através dele construi-se um amor prolongado. Idílico. Com brincadeiras infindas pelos matos, ao trinar profundo das cachoeiras. Beijos mil. Roçar de corpos de diferentes matizes, formatos e cheiros, de idênticas sensualidades.
Mas a vida de marinheiro faz-se de chegadas e de partidas. E o que é lânguido e doce, depressa se torna uma saudade. E os romances avolumam-se pelos portos de chegada. É verdade que aquele foi especial. Desenhado e traçado cuidadamente pelo destino. Fruto de novas crianças, de um novo ser, que haveriam de construir um país.
Vamos imaginar que tu aí desse lado que me escutas, lendo, já foste um bravo marinheiro. Digamos, quatrocentos anos atrás. Um jovial fidalgo, na força da idade, figura de proa de uma caravela, onde ela se ergue e corta as furiosas ondas. Os salpicos salgados, o grito das gaivotas, os saltos dos golfinhos.
Depois de demorados meses no embalo das águas, imaginas-te a chegar ao Brasil, as infindas praias de areia branca, a barreira dos coqueirais e as gentes nativas que te esperam, curiosos mais uma vez, à espera de uma nova promessa para um novo dia, de um reparo, de um carinho, de uma afeição. Tiras o lenço que trazes ao pescoço, a encimar uma alva camisa branca, levemente amarelada pelo suor que foste largando pelo caminho, e entregas a uma indígena que imensamente feliz o acaricia demoradamente entre as mãos.
Ou então, que és uma índia. Pele amarelada, dourada pelo sol, cabelo escorrido preto, bem tratado, quem dera enfeitado com conchas do mar, ou talvez não, simplesmente, bem penteado brilhante, lustroso, de puras essências íntimas que te saem de dentro. Roliças carnes, arredondadas ancas, olhos escuros, doces, tímida, extemporaneamente de riso solto, meiga.
O lenço foi para ti. Através dele construi-se um amor prolongado. Idílico. Com brincadeiras infindas pelos matos, ao trinar profundo das cachoeiras. Beijos mil. Roçar de corpos de diferentes matizes, formatos e cheiros, de idênticas sensualidades.
Mas a vida de marinheiro faz-se de chegadas e de partidas. E o que é lânguido e doce, depressa se torna uma saudade. E os romances avolumam-se pelos portos de chegada. É verdade que aquele foi especial. Desenhado e traçado cuidadamente pelo destino. Fruto de novas crianças, de um novo ser, que haveriam de construir um país.
16 setembro 2006
Brasil Engessado
Opinião
:: Por Gauss M. Cordeiro * :: 2006-09-14
O PIB (produto interno bruto) é o valor de toda a riqueza (bens e serviços) gerado num país. O valor do PIB brasileiro, em 2005, foi de R$ 1,937 trilião. Medindo o PIB pelo poder de compra de cada país, o Brasil fica colocado em décima posição mundial, à frente de países como Canadá, México e Espanha. O PIB per capita é uma medida do padrão de vida dos cidadãos. O PIB per capita brasileiro medido, também, pelo poder de compra, vale cerca de US$ 8050. Estamos na 70ª posição mundial e abaixo da média mundial de US$ 8724, perdendo na América Latina para o Uruguai, Argentina, Chile e México. Estes dados permitem concluir que o Brasil não é um país pobre, mas uma nação de muitos pobres.
(Ver o rsto da notícia em http://www.cienciahoje.pt/4180 )
* Gauss M. Cordeiro é PhD pela University of London, Professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco e investigador no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil.
:: Por Gauss M. Cordeiro * :: 2006-09-14
O PIB (produto interno bruto) é o valor de toda a riqueza (bens e serviços) gerado num país. O valor do PIB brasileiro, em 2005, foi de R$ 1,937 trilião. Medindo o PIB pelo poder de compra de cada país, o Brasil fica colocado em décima posição mundial, à frente de países como Canadá, México e Espanha. O PIB per capita é uma medida do padrão de vida dos cidadãos. O PIB per capita brasileiro medido, também, pelo poder de compra, vale cerca de US$ 8050. Estamos na 70ª posição mundial e abaixo da média mundial de US$ 8724, perdendo na América Latina para o Uruguai, Argentina, Chile e México. Estes dados permitem concluir que o Brasil não é um país pobre, mas uma nação de muitos pobres.
(Ver o rsto da notícia em http://www.cienciahoje.pt/4180 )
* Gauss M. Cordeiro é PhD pela University of London, Professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco e investigador no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil.
15 setembro 2006
O Estado da Arte
Em breve o Sol, pela segunda vez este ano cruzará o Equador, desta vez em direcção ao sul. Aparentemente, como sabemos.
O povo diz que o Sol anda mais baixo. Mas não. O sol não tem alto nem baixo e todo ele é um olho, e chega onde vê e aquece quanto lambe.
Deveria dizer também qualquer coisa sobre alguns planetas, mas sinceramente não percebo nem ando a par das astrologias, de maneira que fica para uma próxima vez. Alguns amigos meus percebem bastante. Depois conto-vos. Já a lua cheia não perdoa e põe tudo numa roda viva. Obviamente, deixa tudo mais iluminado quando o céu está limpo, mas algumas mentes reagem mal e estragam-se. Nos crimes, nas estradas, nas bebedeiras.
Por cá, nas zonas temperadas do norte, onde o clima nunca ganha uma verdadeira dimensão tropical, os corpos contraem-se. Mais juntos andam e menos loucos ficam. Pudera, em larga medida acabaram-se as férias e as cabeças baixam-se e olham mais que nunca a rudeza da vida.
À volta do mar mediterrâneo as andorinhas despedem-se e as uvas apanham-se.
Umas nuvens espalham-se por Portugal inteiro, entrando pela porta norte e algumas águas mandam-se delas abaixo como se precisássemos de ser regados. E não é que precisávamos mesmo. As terras estavam a secar e o gado precisa de pastar. Há por aí alguém que percebe muito disto. Com a chuva mandou também algum frio.
Dou por mim a vestir a primeira camisa de manga comprida desde há meses. Alguma coisa muda, mas não há novidade. O ritual repete-se. Até mesmo no caso em que o trabalho me chama e é necessário obedecer, entristecendo pela perca de liberdade, pela carga da responsabilidade, pelo aumento da puta da idade, logo a cabeça se raspa e vai criar literatura, porque sabe muito bem que aí é que está bem.
O povo diz que o Sol anda mais baixo. Mas não. O sol não tem alto nem baixo e todo ele é um olho, e chega onde vê e aquece quanto lambe.
Deveria dizer também qualquer coisa sobre alguns planetas, mas sinceramente não percebo nem ando a par das astrologias, de maneira que fica para uma próxima vez. Alguns amigos meus percebem bastante. Depois conto-vos. Já a lua cheia não perdoa e põe tudo numa roda viva. Obviamente, deixa tudo mais iluminado quando o céu está limpo, mas algumas mentes reagem mal e estragam-se. Nos crimes, nas estradas, nas bebedeiras.
Por cá, nas zonas temperadas do norte, onde o clima nunca ganha uma verdadeira dimensão tropical, os corpos contraem-se. Mais juntos andam e menos loucos ficam. Pudera, em larga medida acabaram-se as férias e as cabeças baixam-se e olham mais que nunca a rudeza da vida.
À volta do mar mediterrâneo as andorinhas despedem-se e as uvas apanham-se.
Umas nuvens espalham-se por Portugal inteiro, entrando pela porta norte e algumas águas mandam-se delas abaixo como se precisássemos de ser regados. E não é que precisávamos mesmo. As terras estavam a secar e o gado precisa de pastar. Há por aí alguém que percebe muito disto. Com a chuva mandou também algum frio.
Dou por mim a vestir a primeira camisa de manga comprida desde há meses. Alguma coisa muda, mas não há novidade. O ritual repete-se. Até mesmo no caso em que o trabalho me chama e é necessário obedecer, entristecendo pela perca de liberdade, pela carga da responsabilidade, pelo aumento da puta da idade, logo a cabeça se raspa e vai criar literatura, porque sabe muito bem que aí é que está bem.
14 setembro 2006
13 setembro 2006
Lingua Goesa ou Indiana?
Não aceito nem nunca aceitarei que a nossa lingua vernacular concanim seja considerada língua Indiana. Goa não é India como Timor não era Indonésia. Se Goa não estivesse aprisionada pela Madrasta União Indiana, certamente era anunciado que "Os Lusíadas" tinham sido traduzidos para língua Goesa mesmo não sendo língua oficial ou se Goa tivesse continuado como Estado Português ou Província Ultramarina.Sou Goês de alma e coração, camisa e gravata e sapatos, e não indiano de pudvem e vanno. Tenho o orgulho de ser Nacional Português por direito há cinco séculos!
Sarko goenkar ani concani uloupi munis.Sogleanc vazteleank mazo noman.
Nizacho Goenkar
12 setembro 2006
GRANDEZA, QUEDA E RENASCER DE UMA CIDADE DO IMPÉRIO
(Douglas Lara)
Envio-lhe um texto que acaba de ser editado em Portugal na revista LUSOGRAPHIAS, da Universidade Jean Piaget. É a história da mais antiga cidade que os portugueses construiram fora da Europa (antiga Ribeira Grande, que foi capital de Cabo Verde, agora Cidade Velha)- Conte sempre com a minha amizade
Nuno Rebocho
Fonte: acontece em sorocaba
Envio-lhe um texto que acaba de ser editado em Portugal na revista LUSOGRAPHIAS, da Universidade Jean Piaget. É a história da mais antiga cidade que os portugueses construiram fora da Europa (antiga Ribeira Grande, que foi capital de Cabo Verde, agora Cidade Velha)- Conte sempre com a minha amizade
Nuno Rebocho
Fonte: acontece em sorocaba
11 setembro 2006
Mussulo
10 setembro 2006
O Mundo na Era da Globalização
As tecnologias da informação estão a mudar o mundo - a conjunção da informática com as telecomunicações prenunciam uma nova época.
A fusão das tecnologias do telefone, computador, televisão por cabo e disco vídeo trarão novas formas de comunicação entre as pessoas.
A expansão da democracia é muito influenciada pelo progresso das comunicações a nível global.
O paradoxo da democracia actual é que enquanto se está a expandir por todas as partes do mundo, nas democracias mais maduras os níveis de confiança nos políticos tem vindo a diminuir.
Mas um certo desencanto nos políticos não desencantou os processos democráticos. Hoje, as pessoas que pertencem a organizações voluntárias, ou a grupos de ajuda mútua são vinte vezes superior às que estão filiadas em partidos políticos.
A revolução das comunicações produziu cidadanias mais activas, o que exige uma maior clareza e responsabilização dos líderes políticos.
É necessário democratizar a democracia.
A globalização neoliberal reproduz condições económicas e sociais que tende a aumentar as desigualdades entre ricos e pobres, quer em termos globais, quer nacionais.
O aumento das desigualdades acentua a exclusão social efectiva de grandes sectores da população mundial.
O aumento do trabalho precário nas grandes cidades e nas periferias provoca o aumento do número de pessoas que vive no limiar da miséria.
Em Bogotá isso verifica-se, por exemplo, no crescente número de pessoas que sobrevive rebuscando contentores e lixeiras à procura de materiais recicláveis para venda.
Os países ocidentais exigiram a liberalização mundial do comércio para os produtos que exportavam, mas ao mesmo tempo continuaram a proteger os sectores em que a concorrência dos países em desenvolvimento podia ameaçar as suas economias.
Os EUA e o FMI insistiram sempre em acelerar este tipo de liberalização do comércio, fazendo mesmo depender os seus apoios ao desenvolvimento da aceitação dessa perspectiva.
Nos próximos anos, novas e mais sofisticadas tecnologias na área da informática aproximarão cada vez mais as sociedades mundiais de um "mundo sem trabalhadores". Redefinir a falta de trabalho deverá ser a questão social mais premente deste século.
Enquanto para alguns um mundo sem trabalho se traduzirá, sobretudo, em liberdade e tempo livre, para outros evoca a ideia de um futuro sombrio com desemprego e pobreza generalizada.
Novas instituições estão a ser criadas pelas pessoas para suprir necessidades que não estão a ser atendidas pelo mercado, ou pelo sector público. E isto se verifica por todo o mundo.
"No Séc. XVIII, a máquina a vapor, provocando a revolução industrial, mudou a face do mundo (...). No entanto, essa máquina apenas substituia o músculo.Com a vocação de substituir o cérebro, o computador está a provocar, sob os nossos olhos, mutações ainda mais formidáveis e inéditas." (Ramonet, Ignacio, 2002, p.91)
Bibliografia
. LYON, David - A Sociedade da Informação. Oeiras: Celta Editora, 1992.
. GIDDENS, Anthony - O Mundo na Era da Globalização. Lisboa: Ed. Presença, 2000.
. RODRIGUEZ, César - O Caso das Cooperativas de Recicladores de Lixo na Colômbia,in, SANTOS, Boaventura Sousa - Produzir para Viver. Porto: Ed. Afrontamento, 2002.
. STIGLITZ, Joseph - Golobalização: A Grande Desilusão. Lisboa: Terramar, 2002.
. RIFKIN, Jeremy - O Fim dos Empregos. São Paulo: Ed. Milton Mira de Assumpção Filho, 1995.
. RAMONET, Ignacio - A Guerra dos Mundos. Porto: Campo das Letras, 2002.
Luis Rodrigues dos Santos
A fusão das tecnologias do telefone, computador, televisão por cabo e disco vídeo trarão novas formas de comunicação entre as pessoas.
A expansão da democracia é muito influenciada pelo progresso das comunicações a nível global.
O paradoxo da democracia actual é que enquanto se está a expandir por todas as partes do mundo, nas democracias mais maduras os níveis de confiança nos políticos tem vindo a diminuir.
Mas um certo desencanto nos políticos não desencantou os processos democráticos. Hoje, as pessoas que pertencem a organizações voluntárias, ou a grupos de ajuda mútua são vinte vezes superior às que estão filiadas em partidos políticos.
A revolução das comunicações produziu cidadanias mais activas, o que exige uma maior clareza e responsabilização dos líderes políticos.
É necessário democratizar a democracia.
A globalização neoliberal reproduz condições económicas e sociais que tende a aumentar as desigualdades entre ricos e pobres, quer em termos globais, quer nacionais.
O aumento das desigualdades acentua a exclusão social efectiva de grandes sectores da população mundial.
O aumento do trabalho precário nas grandes cidades e nas periferias provoca o aumento do número de pessoas que vive no limiar da miséria.
Em Bogotá isso verifica-se, por exemplo, no crescente número de pessoas que sobrevive rebuscando contentores e lixeiras à procura de materiais recicláveis para venda.
Os países ocidentais exigiram a liberalização mundial do comércio para os produtos que exportavam, mas ao mesmo tempo continuaram a proteger os sectores em que a concorrência dos países em desenvolvimento podia ameaçar as suas economias.
Os EUA e o FMI insistiram sempre em acelerar este tipo de liberalização do comércio, fazendo mesmo depender os seus apoios ao desenvolvimento da aceitação dessa perspectiva.
Nos próximos anos, novas e mais sofisticadas tecnologias na área da informática aproximarão cada vez mais as sociedades mundiais de um "mundo sem trabalhadores". Redefinir a falta de trabalho deverá ser a questão social mais premente deste século.
Enquanto para alguns um mundo sem trabalho se traduzirá, sobretudo, em liberdade e tempo livre, para outros evoca a ideia de um futuro sombrio com desemprego e pobreza generalizada.
Novas instituições estão a ser criadas pelas pessoas para suprir necessidades que não estão a ser atendidas pelo mercado, ou pelo sector público. E isto se verifica por todo o mundo.
"No Séc. XVIII, a máquina a vapor, provocando a revolução industrial, mudou a face do mundo (...). No entanto, essa máquina apenas substituia o músculo.Com a vocação de substituir o cérebro, o computador está a provocar, sob os nossos olhos, mutações ainda mais formidáveis e inéditas." (Ramonet, Ignacio, 2002, p.91)
Bibliografia
. LYON, David - A Sociedade da Informação. Oeiras: Celta Editora, 1992.
. GIDDENS, Anthony - O Mundo na Era da Globalização. Lisboa: Ed. Presença, 2000.
. RODRIGUEZ, César - O Caso das Cooperativas de Recicladores de Lixo na Colômbia,in, SANTOS, Boaventura Sousa - Produzir para Viver. Porto: Ed. Afrontamento, 2002.
. STIGLITZ, Joseph - Golobalização: A Grande Desilusão. Lisboa: Terramar, 2002.
. RIFKIN, Jeremy - O Fim dos Empregos. São Paulo: Ed. Milton Mira de Assumpção Filho, 1995.
. RAMONET, Ignacio - A Guerra dos Mundos. Porto: Campo das Letras, 2002.
Luis Rodrigues dos Santos
07 setembro 2006
Uma cena num mercado da cidade de Maputo , capital de Moçambique.
O Mercado de Xipamanine sempre foi muito típico de Lourenço Marques e continua a sê-lo na actual Maputo. Ali sempre se transaccionaram os géneros alimentares de consumo mais popular, ali se juntavam os "banqueiros do povo" (agiotas, em terminologia mais clara), os curandeiros e suas mésinhas, os adivinhos, os médiuns para com os xicuembos (espíritos de antepassados).
(...)
Ao fim de 30 anos, voltei lá há coisa de 3 anos e aquilo mantém-se tudo na mesma, ou seja, lindamente. Espero que não se metam lá com modernices e acabem com um dos polos mais importantes do comércio tradicional que faz a vida de milhares de pessoas. É que são estes mercados que mais fazem mexer as economias nacionais e não tanto os grandes investimentos que aparecem nas manchetes dos jornais.
Henrique Salles da Fonseca - Lisboa
(foto enviada por Margarida Castro)
A Romanização da Península Ibérica
A România compreendia o conjunto de províncias do Império Romano onde o latim veio a se tornar a língua de civilização: as Gálias (França e parte da Bélgica atuais), a Península Ibérica ou Hispânica, a Líbia, ou litoral mediterrânico da África e a Dácia, nos Bálcãs (Romênia ou Rumânia atuais).
A implantação do latim na Península Ibérica constitui fator decisivo para a formação da língua portuguesa, e ocorre no século II a.C., quando as legiões de Roma, depois de longas lutas, conquistam a Hispânia (mapa da Penísula Ibérica no século III a.C.) e impõem sua civilização. Com exceção dos bascos, todos os povos da Península adotaram o latim como língua e se cristianizaram. O território da Península Ibérica (mapa I.R. século I a.C.) foi dividido, inicialmente, em duas grandes províncias, Hispânia Citerior e Hispânia Ulterior. Esta última sofreu nova divisão em duas outras províncias, a Bética e a Lusitânia, onde se estendia uma antiga província romana, a Gallaecia.
A romanização da Península não se deu de maneira uniforme, mas pouco a pouco o latim foi se impondo, fazendo praticamente desaparecer as línguas nativas. Os povos que habitavam a Península eram numerosos e apresentavam língua e cultura bastante diversificadas. Havia duas camadas de população muito diferenciadas: a mais antiga - Ibérica - e outra mais recente - os Celtas, que tinham seu centro de expansão nas Gálias. Muito pouco se conservou das línguas pré-romanas. Há resquícios apenas na área do vocabulário.
Quando se deu a queda do Império Romano, a Península Ibérica estava totalmente latinizada (mapa do I.R. no século I d.C.). Nesse quadro de mistura étnica, o latim apresentava feições particulares, mesclado de elementos celtas e ibéricos, basicamente no vocabulário.
http://acd.ufrj.br/~pead/tema05/romanizacaopeninsula.html
A implantação do latim na Península Ibérica constitui fator decisivo para a formação da língua portuguesa, e ocorre no século II a.C., quando as legiões de Roma, depois de longas lutas, conquistam a Hispânia (mapa da Penísula Ibérica no século III a.C.) e impõem sua civilização. Com exceção dos bascos, todos os povos da Península adotaram o latim como língua e se cristianizaram. O território da Península Ibérica (mapa I.R. século I a.C.) foi dividido, inicialmente, em duas grandes províncias, Hispânia Citerior e Hispânia Ulterior. Esta última sofreu nova divisão em duas outras províncias, a Bética e a Lusitânia, onde se estendia uma antiga província romana, a Gallaecia.
A romanização da Península não se deu de maneira uniforme, mas pouco a pouco o latim foi se impondo, fazendo praticamente desaparecer as línguas nativas. Os povos que habitavam a Península eram numerosos e apresentavam língua e cultura bastante diversificadas. Havia duas camadas de população muito diferenciadas: a mais antiga - Ibérica - e outra mais recente - os Celtas, que tinham seu centro de expansão nas Gálias. Muito pouco se conservou das línguas pré-romanas. Há resquícios apenas na área do vocabulário.
Quando se deu a queda do Império Romano, a Península Ibérica estava totalmente latinizada (mapa do I.R. no século I d.C.). Nesse quadro de mistura étnica, o latim apresentava feições particulares, mesclado de elementos celtas e ibéricos, basicamente no vocabulário.
http://acd.ufrj.br/~pead/tema05/romanizacaopeninsula.html
04 setembro 2006
Brasileiros
A miscigenação ocorrida na terra dos brasis, provocada por todo o tipo de necessidade ( biológica, hegemônica, econômica, cultural) deu ao Brasil os tão propalados e variados tipos morfológico-raciais que fazem a dificuldade do estrangeiro identificar o brasileiro.
No tempo do Brasil Colônia os brasileiros eram
- os índios
- os portugueses que pra cá vieram e se estabeleceram
- os filhos destes que cá nasceram ( filhos de branco com branca)
- os mamelucos ( filhos de branco com índia), que tinham esse nome devido à cor acobreada semelhante à dos mamelucos egípcios
- os curibocas ( filhos de índios com mamelucas)
- os cafuzos ( filhos de negro e índia)
- os mulatos ( filhos de branco com negra)
-os pardos ( filhos de mulata com branco)
- os cabras ( filhos de negro com mulata)
Como curiosidade histórica, dizem que os pioneiros portugueses na miscigenação foram
João Ramalho, Antonio Rodrigues, Pero Dias( ex-jesuíta), Diogo Álvares ( Caramuru), que deram origem a troncos de famílias importantes do Brasil.
M. Eduarda
dialogos_lusofonos@yhaoogrupos.com.br
No tempo do Brasil Colônia os brasileiros eram
- os índios
- os portugueses que pra cá vieram e se estabeleceram
- os filhos destes que cá nasceram ( filhos de branco com branca)
- os mamelucos ( filhos de branco com índia), que tinham esse nome devido à cor acobreada semelhante à dos mamelucos egípcios
- os curibocas ( filhos de índios com mamelucas)
- os cafuzos ( filhos de negro e índia)
- os mulatos ( filhos de branco com negra)
-os pardos ( filhos de mulata com branco)
- os cabras ( filhos de negro com mulata)
Como curiosidade histórica, dizem que os pioneiros portugueses na miscigenação foram
João Ramalho, Antonio Rodrigues, Pero Dias( ex-jesuíta), Diogo Álvares ( Caramuru), que deram origem a troncos de famílias importantes do Brasil.
M. Eduarda
dialogos_lusofonos@yhaoogrupos.com.br
03 setembro 2006
A história do português brasileiro
Todos os brasileiros sabem que o português é a língua majoritária e oficial do Brasil, e muitos sabem que ele é derivado do latim. Mas a maioria desconhece a história do idioma no país e da sua relação com as diversas outras línguas que aqui se falavam antes da chegada de Pedro Álvares Cabral e com as que vieram durante e depois da colonização.
Segundo o lingüista Aryon Rodrigues, do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília, quando o Brasil foi descoberto pelos portugueses, havia mais de 1.000 línguas no país, faladas por índios de diversas etnias. As numerosas etnias da família Jê haviam migrado para o interior, e só conheceriam o contato com os colonizadores no final do século XVII. Outras, como a dos Aruak e dos Karib, permaneceriam isoladas por ainda mais tempo, especialmente as amazônicas.
A colonização portuguesa começou gradativamente pelo litoral, a partir de 1532, com a instituição das capitanias hereditárias. Nesse período, diversas comunidades da família Tupi e Guarani habitavam o litoral brasileiro entre a Bahia e o Rio de Janeiro. Havia entre elas uma grande proximidade cultural e linguística. Para estabelecer uma comunicação com os nativos, os portugueses foram aprendendo os dialetos e idiomas indígenas. A partir do tupinambá, falado pelos grupos mais abertos ao contato com os colonizadores, criou-se uma língua geral comum a índios e não-índios. Ela foi estudada e documentada pelos jesuítas para a catequização dos povos indígenas. Em 1595, o padre José de Anchieta a registrou em sua Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Essa língua geral derivada do tupinambá foi a primeira influência recebida pelo idioma dos portugueses no Brasil.
Outro contato que influenciou a língua portuguesa na América foi com as línguas dos negros africanos trazidos como escravos para o país. O tráfico de escravos começou com a introdução do cultivo da cana-de-açúcar na capitania de São Vicente (que corresponde a parte do atual estado de São Paulo), no Recôncavo Baiano e em Pernambuco, no começo da colonização. Ele se intensificou no século XVII, espalhando-se por todas as regiões ocupadas pelos portugueses. Os escravos acabaram aprendendo o português, para se comunicar com os seus senhores. O lingüista Mattoso Camara Jr., em História e Estrutura da Língua Portuguesa, afirma que, no Brasil, os escravos chegaram a desenvolver um português crioulo, tal como ocorreu nas colônias africanas.
Camara Jr. diz ainda que os africanos também se adaptaram à língua geral de origem indígena, que continuava a ser a mais falada entre os colonos. "Um texto do padre Antonio Vieira, de 1694, diz que a língua que as famílias portuguesas falavam em São Paulo era a dos índios", afirma o pesquisador Jaqueson da Silva, aluno de pós-graduação em Teoria Literária na Unicamp. "E os filhos dessas famílias aprendiam o português na escola", completa.
Após mais de dois séculos de condição minoritária do uso do português no Brasil em relação à língua dos nativos, sua predominância no país começa a se dar a partir da segunda metade do século XVIII. Com a exploração do interior pelos bandeirantes, iniciada no fim do século XVII, e a descoberta das minas de ouro e diamante, aumenta o número de imigrantes portugueses que chega ao Brasil para ocupar os novos centros econômicos. O crescente número de falantes do português começa a tornar o bilingüismo das famílias portuguesas no país cada vez menor. Em 17 de agosto de 1758, a língua portuguesa se torna idioma oficial do Brasil, através de um decreto do Marquês de Pombal, que também proíbe o uso da língua geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequisado os índios e produzido literatura em língua indígena, foram expulsos do país por Pombal. (...)
O Marquês de Pombal
instituiu o português
como a língua oficial do Brasil.
in, dialogos_lusofonos@yhaoogrupos.com.br
http://www.comciencia.br/
Segundo o lingüista Aryon Rodrigues, do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília, quando o Brasil foi descoberto pelos portugueses, havia mais de 1.000 línguas no país, faladas por índios de diversas etnias. As numerosas etnias da família Jê haviam migrado para o interior, e só conheceriam o contato com os colonizadores no final do século XVII. Outras, como a dos Aruak e dos Karib, permaneceriam isoladas por ainda mais tempo, especialmente as amazônicas.
A colonização portuguesa começou gradativamente pelo litoral, a partir de 1532, com a instituição das capitanias hereditárias. Nesse período, diversas comunidades da família Tupi e Guarani habitavam o litoral brasileiro entre a Bahia e o Rio de Janeiro. Havia entre elas uma grande proximidade cultural e linguística. Para estabelecer uma comunicação com os nativos, os portugueses foram aprendendo os dialetos e idiomas indígenas. A partir do tupinambá, falado pelos grupos mais abertos ao contato com os colonizadores, criou-se uma língua geral comum a índios e não-índios. Ela foi estudada e documentada pelos jesuítas para a catequização dos povos indígenas. Em 1595, o padre José de Anchieta a registrou em sua Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Essa língua geral derivada do tupinambá foi a primeira influência recebida pelo idioma dos portugueses no Brasil.
Outro contato que influenciou a língua portuguesa na América foi com as línguas dos negros africanos trazidos como escravos para o país. O tráfico de escravos começou com a introdução do cultivo da cana-de-açúcar na capitania de São Vicente (que corresponde a parte do atual estado de São Paulo), no Recôncavo Baiano e em Pernambuco, no começo da colonização. Ele se intensificou no século XVII, espalhando-se por todas as regiões ocupadas pelos portugueses. Os escravos acabaram aprendendo o português, para se comunicar com os seus senhores. O lingüista Mattoso Camara Jr., em História e Estrutura da Língua Portuguesa, afirma que, no Brasil, os escravos chegaram a desenvolver um português crioulo, tal como ocorreu nas colônias africanas.
Camara Jr. diz ainda que os africanos também se adaptaram à língua geral de origem indígena, que continuava a ser a mais falada entre os colonos. "Um texto do padre Antonio Vieira, de 1694, diz que a língua que as famílias portuguesas falavam em São Paulo era a dos índios", afirma o pesquisador Jaqueson da Silva, aluno de pós-graduação em Teoria Literária na Unicamp. "E os filhos dessas famílias aprendiam o português na escola", completa.
Após mais de dois séculos de condição minoritária do uso do português no Brasil em relação à língua dos nativos, sua predominância no país começa a se dar a partir da segunda metade do século XVIII. Com a exploração do interior pelos bandeirantes, iniciada no fim do século XVII, e a descoberta das minas de ouro e diamante, aumenta o número de imigrantes portugueses que chega ao Brasil para ocupar os novos centros econômicos. O crescente número de falantes do português começa a tornar o bilingüismo das famílias portuguesas no país cada vez menor. Em 17 de agosto de 1758, a língua portuguesa se torna idioma oficial do Brasil, através de um decreto do Marquês de Pombal, que também proíbe o uso da língua geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequisado os índios e produzido literatura em língua indígena, foram expulsos do país por Pombal. (...)
O Marquês de Pombal
instituiu o português
como a língua oficial do Brasil.
in, dialogos_lusofonos@yhaoogrupos.com.br
http://www.comciencia.br/
02 setembro 2006
Diálogos Lusófonos
Luís,
Estou muito satisfeita com a cidade. É pequena, aconchegante e tem uma paisagem lindíssima. Ando pensando seriamente em abrir um café que, além de uma pequena livraria, tenha também um espaço para eventos culturais, tais como lançamentos de livros, exposições de pintura e fotografia, palestras, etc. O movimento cultural na cidade é muito interessante. Vivem aqui muitos artistas plásticos, artesãos, pessoas ligadas à literatura. O melhor é que por aqui ainda não se sofre a violência que se vê nos noticiários.
Agora dê-me notícias suas e das crianças que já devem estar bem grandinhas.
No mais, o Rio de Janeiro continua lindo............ aquele abraço,
Nádia
------------------------------------------------------------------------------------------------
Nadia (todos),
Nós por cá estamos bem, obrigado.
Alhos Vedros, o lugar onde vivo, também tem uma dinâmica cultural interessante, destacando-se mesmo das regiões vizinhas. Quem sabe um dia ainda nos seja possível fazer algum intercâmbio cultural. Por aqui não seria coisa inédita, pois que um amigo meu artesão, especializado em azulejaria artística tem estado, durante o mês de Agosto, com uma exposição no Museu de Arte em Brasília. Esta é já a segunda vez que ele expõe no Brasil.
Por cá, já esteve um pintor de Ribeirão Preto, Derlei de seu nome, com vários quadros expostos. Foi ele quem avançou com a ideia deste intercâmbio que, embora em pequena escala, vai dando os seus frutos. Assim, se vão construindo e consolidando relações culturais, artísticas, de amizade, no espaço lusófono que a todos enriquece.
Também a Margarida Castro, a meu convite, já participou numa conferência que foi organizada pela Cooperativa de Animação Cultural de Alhos Vedros. Como ela estava perto e dada a sua gentileza foi fácil trazê-la até cá, porque nestas coisas o mais complicado são os dinheiros para transportes e alojamento. Vocês não acham?
Luis Santos
Estou muito satisfeita com a cidade. É pequena, aconchegante e tem uma paisagem lindíssima. Ando pensando seriamente em abrir um café que, além de uma pequena livraria, tenha também um espaço para eventos culturais, tais como lançamentos de livros, exposições de pintura e fotografia, palestras, etc. O movimento cultural na cidade é muito interessante. Vivem aqui muitos artistas plásticos, artesãos, pessoas ligadas à literatura. O melhor é que por aqui ainda não se sofre a violência que se vê nos noticiários.
Agora dê-me notícias suas e das crianças que já devem estar bem grandinhas.
No mais, o Rio de Janeiro continua lindo............ aquele abraço,
Nádia
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Nadia (todos),
Nós por cá estamos bem, obrigado.
Alhos Vedros, o lugar onde vivo, também tem uma dinâmica cultural interessante, destacando-se mesmo das regiões vizinhas. Quem sabe um dia ainda nos seja possível fazer algum intercâmbio cultural. Por aqui não seria coisa inédita, pois que um amigo meu artesão, especializado em azulejaria artística tem estado, durante o mês de Agosto, com uma exposição no Museu de Arte em Brasília. Esta é já a segunda vez que ele expõe no Brasil.
Por cá, já esteve um pintor de Ribeirão Preto, Derlei de seu nome, com vários quadros expostos. Foi ele quem avançou com a ideia deste intercâmbio que, embora em pequena escala, vai dando os seus frutos. Assim, se vão construindo e consolidando relações culturais, artísticas, de amizade, no espaço lusófono que a todos enriquece.
Também a Margarida Castro, a meu convite, já participou numa conferência que foi organizada pela Cooperativa de Animação Cultural de Alhos Vedros. Como ela estava perto e dada a sua gentileza foi fácil trazê-la até cá, porque nestas coisas o mais complicado são os dinheiros para transportes e alojamento. Vocês não acham?
Luis Santos
Oliveira milenar
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