28 dezembro 2008
27 dezembro 2008
O Largo da Graça
Quando Pessoa afirmou que a sua "Pátria é a Língua Portuguesa" estava nitidamente a definir as fronteiras daquilo que para si era o "Quinto Império". E o Império existia.
Mas se o Império Pátrio se esboroou, o "Império" da Língua é bem real e têm sido dados alguns passos bem concretos para a sua consolidação, na política, no desporto, na crescente participação cívica.
Uma maior consciencialização do devir da Língua Portuguesa, decerto, trará novos equilíbrios ao mundo, tal como aconteceu com todo o movimento de expansão ultramarina que se iniciou em Portugal no século XV. Só que agora já não é unicamente de Portugal que se trata, mas antes da Língua Portuguesa. E aqui, embora com outro sentido, a máxima pessoana não podia ser mais actual.
Pessoa profere a sua famosa máxima na década de 20/30 do século passado. Na altura, a Pátria estendia-se pelo Ultramar. O Brasil já se tornara independente (1822), mas os territórios indianos, Timor, Macau, mais as colónias africanas, tudo fazia parte da Pátria do Pessoa.
Agora que a Nação está entregue a si própria, cabe-nos perguntar o que fazemos dessa herança enorme que advém do facto da Língua Portuguesa ser uma das mais representativas a nível mundial, com mais de 200 milhões de falantes.
Secundarizada nos grandes Fóruns Internacionais, como por exemplo na ONU e na UE, onde não tem estatuto de língua escolhida na comunicação interna e externa, também nas políticas nacionais pouco se tem feito por uma afirmação digna da Língua Portuguesa.
Um exemplo ridículo: Faz pouco tempo, nas rádios nacionais, apenas 3% da música que passava era Portuguesa.
É verdade que nos últimos anos a situação tem tido ligeiras alterações, com a criação da CPLP, mas sobretudo com as potencialidades trazidas pela globalização das sociedades que tem permitido uma maior consciencialização sobre a questão da Lusofonia.
Muito está por fazer. E, decerto, que a Mensagem sobre a importância que Fernando Pessoa dava à sua Língua não tem nos dias de hoje menos sentido, bem pelo contrário.
Luis Santos
26 dezembro 2008
O Largo da Graça
Olhei para a cintura das calças daquela menina e, ao reparar nos seus púbicos pelos que ousadamente espreitavam, concluí pelo que têm descido as cinturas.
Queria ir mais fundo, é verdade. Era inegável a atracção que aquele pequeno acessório me causava.
Muito mais do que um simples golpe de moda, senti que aquele desplante tocava intrinsecamente na natureza feminina, mas também na masculina.
Pensei, então, que algumas das conquistas da emancipação feminina as levou ao serviço nas forças policiais e militares. E pensei como é romântico vê-las assim com a arma no coldre.
Pode ser até que as mulheres nos livrem definitivamente da tropa (e aí seria interessante ver que tipos de guerras viriam). Será que se trocará a violência dos murros pelos puxões de cabelos e que se substituirão as espingardas pelas colheres de pau?
Devo dizer que sou plenamente a favor da luta das mulheres por melhores condições de vida e da libertação da opressão machista.
Uma coisa lhes digo, não rasguem definitivamente os soteãs. É verdade que dá gosto ver uns seios livres e soltos por debaixo de uma simples camisolinha, ou até, simplesmente, o rego em estilo meia mama à mostra como agora muito se usa.
25 dezembro 2008
24 dezembro 2008
23 dezembro 2008
21 dezembro 2008
O Largo da Graça
Profetizar que Portugal vai construir na Terra o V Império, porque já tinham havido Quatro, depois dele numa boa parte já estar construído, não tem, digamos, nada de muito especial, não fora o facto de ter sido declarado ao arrepio da Santa Inquisição.
Por outro lado, ser amigo de índios e escravos, e protegê-los contra o poder instituído dos colonos, naquele tempo, parece-nos sem dúvida coisa de um homem de coragem e de coerência de princípios, capaz de arriscar a própria vida na defesa dos direitos dos mais desfavorecidos.
Sabemos como é difícil, hoje, aos homens cultos, dizerem aos nossos governantes que é uma vergonha nacional, a maioria dos imigrantes a trabalhar em Portugal serem sonegados de parte significativa dos seus direitos laborais, nas horas de trabalho, no vencimento, na segurança social, relembrando tempos passados.
E se é difícil hoje, em tempos de democracia e liberdade, quão mais difícil seria naqueles outros tempos.
Luis Santos
19 dezembro 2008
18 dezembro 2008
16 dezembro 2008
O Largo da Graça
As tecnologias da informação estão a mudar o mundo - a conjunção da informática com as telecomunicações prenunciam uma nova época.
A fusão das tecnologias do telefone, computador, televisão por cabo e disco vídeo trarão novas formas de comunicação entre as pessoas.
A expansão da democracia é muito influenciada pelo progresso das comunicações a nível global.
O paradoxo da democracia actual é que enquanto se está a expandir por todas as partes do mundo, nas democracias mais maduras os níveis de confiança nos políticos tem vindo a diminuir.
Mas um certo desencanto nos políticos não desencantou os processos democráticos. Hoje, as pessoas que pertencem a organizações voluntárias, ou a grupos de ajuda mútua são vinte vezes superior às que estão filiadas em partidos políticos.
A revolução das comunicações produziu cidadanias mais activas, o que exige uma maior clareza e responsabilização dos líderes políticos.
É necessário democratizar a democracia.
A globalização neoliberal reproduz condições económicas e sociais que tende a aumentar as desigualdades entre ricos e pobres, quer em termos globais, quer nacionais.
O aumento das desigualdades acentua a exclusão social efectiva de grandes sectores da população mundial.
O aumento do trabalho precário nas grandes cidades e nas periferias provoca o aumento do número de pessoas que vive no limiar da miséria.
Em Bogotá isso verifica-se, por exemplo, no crescente número de pessoas que sobrevive rebuscando contentores e lixeiras à procura de materiais recicláveis para venda.
Os países ocidentais exigiram a liberalização mundial do comércio para os produtos que exportavam, mas ao mesmo tempo continuaram a proteger os sectores em que a concorrência dos países em desenvolvimento podia ameaçar as suas economias.
Os EUA e o FMI insistiram sempre em acelerar este tipo de liberalização do comércio, fazendo mesmo depender os seus apoios ao desenvolvimento da aceitação dessa perspectiva.
Nos próximos anos, novas e mais sofisticadas tecnologias na área da informática aproximarão cada vez mais as sociedades mundiais de um "mundo sem trabalhadores". Redefinir a falta de trabalho deverá ser a questão social mais premente deste século.
Enquanto para alguns um mundo sem trabalho se traduzirá, sobretudo, em liberdade e tempo livre, para outros evoca a ideia de um futuro sombrio com desemprego e pobreza generalizada.
Novas instituições estão a ser criadas pelas pessoas para suprir necessidades que não estão a ser atendidas pelo mercado, ou pelo sector público. E isto se verifica por todo o mundo.
"No Séc. XVIII, a máquina a vapor, provocando a revolução industrial, mudou a face do mundo (...). No entanto, essa máquina apenas substituia o músculo.Com a vocação de substituir o cérebro, o computador está a provocar, sob os nossos olhos, mutações ainda mais formidáveis e inéditas." (Ramonet, Ignacio, 2002, p.91)
Luis Santos
Bibliografia.
. LYON, David - A Sociedade da Informação. Oeiras: Celta Editora, 1992.
. GIDDENS, Anthony - O Mundo na Era da Globalização. Lisboa: Ed. Presença, 2000.
. RODRIGUEZ, César - O Caso das Cooperativas de Recicladores de Lixo na Colômbia,in, SANTOS, Boaventura Sousa - Produzir para Viver. Porto: Ed. Afrontamento, 2002.
. STIGLITZ, Joseph - Golobalização: A Grande Desilusão. Lisboa: Terramar, 2002.
. RIFKIN, Jeremy - O Fim dos Empregos. São Paulo: Ed. Milton Mira de Assumpção Filho, 1995.
. RAMONET, Ignacio - A Guerra dos Mundos. Porto: Campo das Letras, 2002.
O voo da garça
o Voo é largo
é longa a rota
quando é amargo um beijo adoça
e um abraço reconforta
descemos sempre à nossa porta.
Luis Represas
Olhos nos Olhos
15 dezembro 2008
14 dezembro 2008
Madre Teresa levantou por momentos os olhos do doente que estava a tratar, olhou para o jornalista e respondeu: "Olhe que eu também não".
in, VENTURA, Frei Fernando - Roteiro de leitura da Bíblia. Lisboa: Ed. Presença.
12 dezembro 2008
11 dezembro 2008
Carta Aberta a José Sócrates
Senhor Primeiro Ministro:
Venho protestar veementemente através de Vª Exª pelo nome dado ao computador que os vossos serviços resolveram distribuir aos meninos deste país (os que sobrarem do seu negócio com o Hugo Chavez na troca do petróleo, bem entendido).
Eu, Pedro Carvalho de Magalhães, nunca mais poderei usar a minha assinatura sem ser indecentemente gozado pelos meus colegas de trabalho.
Sempre assinei PC Magalhães e, desde que Vªs Exªs baptizaram o tal computador, tive que alterar todos os meus documentos.
Uma coisa tão simples como perguntar as horas e a resposta que recebo é:
- Atão Magalhães... vai ao Google...
Se vou à máquina de preservativos, há sempre uma boca dum colega:
- Para quê, Magalhães? Não te chega o anti-virus?
Se vou ao dentista, a recepção é sempre a mesma:
- Então o senhor Magalhães vem limpar o teclado...
A minha mulher, Paula Carvalho Magalhães, também sofre pressões indescritíveis no emprego: Ontem uma colega veio da casa de banho com um tampão na mão e gritou:
- Paula.... esqueceste-te da tua pen!
Também o ginecologista não resistiu ao nome e, após a consulta, disse-lhe que tudo estava bem com as entradas USB!
Nem o meu filho, Pedro Carvalho Magalhães, escapa ao gozo que o nome veio provocar.
A Rita, a mocinha com quem andava há mais de 6 meses, acabou tudo com este argumento:
- Magalhães.... vou à Staples procurar outro que a tua pega é muito pequena!
Quando, devido a tudo isto, apanhei uma tremenda depressão que me impediu de trabalhar, fui ao psiquiatra. Ele olhou para o meu nome e disse:
- Pois é, senhor PC Magalhães. Aconselho-o a passar pelo suporte técnico ... podem ser problemas de memória RAM!
Neste momento a minha mulher quer desinstalar-se e procurar alguém que tenha um nome 'decente'.
Senhor Primeiro Ministro... porque diabo não puseram Sócrates a esse maldito computador? Queria que o senhor visse o que custa!
Atenciosamente, assina
Paulo Carvalho M. (e não me perguntem o que é o M)
--
Cumprimentos
Joaquim Luís
08 dezembro 2008
O Largo da Graça
Deixo aqui alguns tópicos que poderão ser úteis para uma reflexão sobre o conceito:
- Quando pensamos etimologicamente em religião como re-ligação, entre o baixo e o alto, entre os homens e Deus, tudo se indicia como se tivesse existido um tempo de separação, ficando como legado a saudade (do re-encontro).
-Não se deve confundir Igreja com Religião. Igrejas há muitas e Religiões também.
-Não se deve confundir Catolicismo com Cristianismo. Cristianismos há muitos - católicos, ortodoxos, protestantes, anglicanos…
-Não se devem, portanto, confundir algumas incongruências católicas ao longo dos tempos (inquisição, venda de indulgências, intolerância religiosa, alianças conservadoras... ), com os ensinamentos primordiais de Cristo.
-Falar de Cristianismo é uma coisa diferente de falar de outros sistemas religiosos, como o Judaísmo, Islamismo, Induísmo, Taoísmo, Animismo, Budismo. (Será que se pode dizer que o Budismo é uma religião?)
-Todas as religiões são concordantes num ponto, embora se lhe refiram de maneira diferenciada: através do cumprimento de determinados princípios e de determinadas práticas é possível, digamos assim, a conquista de níveis de existência mais evoluídos, ou como se costuma dizer entre os cristãos, a salvação da alma.
Para terminar o textinho deixo umas palavras de S. João que me entraram casa dentro, enquanto ia rascunhando estas palavras;
”Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair; e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia. Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim. Não é que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que tem a sua origem em Deus: esse é que viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram. Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá. Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.»
Evangelho segundo S. João 6,44-51.
Luis Santos
Revista Foral 2014
O Vitor Cabral e o Vitor Pereira Mendes prepararam o nº 4 da Revista, com saída prevista para dia 14/Dez e onde se poderão ler os artigos:
- A organização político-administrativa do concelho de Alhos Vedros no Antigo Regime, por António Gonçalves Ventura,
- Alhos Vedros há 80 anos, terra industrial, agrícola e ferroviária, por José Manuel Vargas,
- Conhecer a História Local para Compreender a História Nacional, Uma Aprendizagem Participada, por Elsa Martins,
- É preciso salvar o palacete da Quinta da Fonte da Prata, por Luís Carlos Santos,
- A pia de água benta de Alcochete pelo Pe. Casimiro Henriques,
- A República em Aldeia Galega, por Rosa Bela Azevedo,
- O Padre Marcos e a Oração de Alhos Vedros, por Francisco Carromeu
- Arqueólogos do Sabor, em busca de variedades (quase) perdidas, por Paula Silva
02 dezembro 2008
30 novembro 2008
29 novembro 2008
28 novembro 2008
O Largo da Graça
O Zeca Afonso não é da minha geração, nem faz parte da minha cultura musical.
Todavia, encontro nas minhas liberdades fundamentais uma dívida para os que como ele deram a vida pela liberdade, pelo fim da guerra colonial, contra a pobreza e a injustiça social.
É boa a criação do símbolo que nos permite recordar que alguém teimou em ter-nos amarrados, mão-de-obra para uso privado e não nos queria a voar. Eram mais ou menos assim, os fascistas do Estado Novo. Mas há muitos mais…
Creio igualmente que muitos há, que levantam o punho com o José Afonso, mas embora nem suspeitem são parecidos com os outros.
Como conheço mais o ícone José Afonso do que a pessoa não vou duvidar da sua generosidade na partilha. Sei que naquele tempo, se confundiam facilmente intenções totalitárias com liberdade. De maneira alguma me atrevo a dizer que tenha sido o caso. Mas não é que ainda hoje acontece com muito boa gente...
Luis Santos
26 novembro 2008
O Palacete da Quinta da Fonte da Prata
O palacete da Quinta da Fonte da Prata deve ser uma das peças públicas mais bonitas do nosso património arquitectónico. Ao passar por lá fiquei absolutamente desmoralizado com o estado de abandono a que o edifício está votado. Dentro em breve, a vandalização será absoluta. A forma como se cuida do património neste Concelho é, por demais, confrangedora. É urgente fazer qualquer coisa.
Luís Santos
25 novembro 2008
24 novembro 2008
21 novembro 2008
O Largo da Graça
O Poder Autárquico, uma das conquistas populares do 25 de Abril, tal como está instituído, tem-se revelado nestes 34 anos mais uma fonte de despesas inúteis, de impostos sacados do nosso bolso que começam a ultrapassar a razoabilidade, do fortalecimento do caciquismo local, de compadrios partidários pouco democráticos, corrupção desmedida, especulação imobiliária, ordenamento urbano vergonhoso, entre um conjunto também imenso de coisas boas, porque como dizia ontem um amigo meu não existem só coisas más.
Não se contesta o direito que as populações têm à auto-organização, cultural, social, política, no que isso se traduz em descentralização do poder e capacidade de decisão nas formas de desenvolvimento local. Agora este "regabofe" a que temos vindo a assistir, é que não dá.
É necessário pensarmos numa re-organização mais eficaz e menos dispendiosa da Lei do Poder Autárquico. Mas será que ainda existe por aqui alguém que consiga pensar sem complicar e sem burocratizar?
De facto, os partidos políticos, muito particularmente a nível autárquico, vão servindo, sobretudo, as suas clientelas, em vez de servirem a população em geral, e tudo fazem para evitar que os grupos ideologicamente adversos conquistem prestígio. Temos ainda que contar muitas vezes na administração política local, com a má formação e incompetência dos líderes políticos e de muitos que os rodeiam.
É também assim que se vai definindo o espírito democrático, embora saibamos que a Democracia é um saco muito grande onde cabe muita coisa distinta, onde se misturam ideais de tendência mais liberal ou mais democrática, mais ou menos capitalista, mais na esfera do público ou do privado.
Todo este conjunto de promiscuidades e incompetências provocam o cansaço e a desilusão face à partidocracia. Mas não nos resta alternativa que não seja ir participando no jogo democrático, ainda que reflectindo em instâncias que o complementem, tentando a máxima contribuição possível para a melhor organização colectiva.
Luis Santos
18 novembro 2008
16 novembro 2008
Agora é que é!...
Nunca gostei; detesto fotografia.
Gosto é de Estórias vividas, por mim e pelos outros!
A fotografia foi um pretexto para conseguir uma grande colecção de Estórias que aconteceram em todos os lugares onde vivi, ou por onde passei para fotografar, expor, ublcar em jornais, revistas, editar os meus livros, etc, etc.
Em todos esses lugares aconteceram Estórias, algumas hilariantes, e...
Agora chegou o momento de as contar, porque eu não sou fotógrafo, mas sim, um contador de Estórias.
Guilherme Silva
"fotógrafo"
Planeta Terra, Primavera de 2008
(Em Março fiz 60 anos)
TEXTO DE DESPEDIDA
Achei quase tudo desinteressante e, se não tivesse interesse por documentar fotograficamente uma parte do planeta onde nasci, nunca teria "mergulhado" na maioria desses lugares que acho nojentos.
Passei os últimos 40 anos a observar a luz, o movimento dos corpos, a decidir a composição e o momento decisivo em que pressionava o obturador da câmara; e raras vezes participava nos acontecimentos que fotografei.
Desde muito jovem que me fui "afastando" das realidades que considerava desinteressantes.
No dia 11 de Março de 2008 fiz 60 anos, dos quais 40 dediquei à fotografia; e, neste momento acho que 99% da realidade não me interessa para nada. Reata-me um por cento de tudo o que acontece em Portugal e no resto do Mundo.
Mas acho mais do que suficiente para me entreter até morrer.
Em todos os lugares onde vivi, ou por onde passei para fotografar, expor, publicar em jornais, revistas, editar os meus livros, etc., etc, percebi que esses "mundos" eram (são) maioritariamente controlados por uns patetas que não entendiam nada do que estava a acontecer... sem nenhum, ou muito pouco, sentido estético, e sem falar (também) muito da parte económica - Esses abutres pensavam que os artistas (os ricos incluídos) não precisavam de comer e que os materiais usados nas artes em geral, caíam das nuvens.
Não vou alongar-me muito mais, porque decidi contar a história da minha vida ao meu amigo Guilherme Silva. Ele vai ser o meu biógrafo e também impressor da minha obra fotográfica.
E para finalizar, desejo esclarecer-vos que também nunca fiz parte de nenhum desses rebanhos que andam por todo o lado ao serviço dos poderes religiosos, políticos, económicos, etc., etc., porque sou...
Livre como o vento!
Planeta Terra, Primavera de 2008
Guilherme Silva
(fotógrafo)
13 novembro 2008
O Largo da Graça
Dizer que Salazar foi bom Governante só pode ser admissível por comparação com as sofríveis políticas destes 30 anos de Democracia. Sobretudo, no que isso significa de mau funcionamento da justiça, da educação, da segurança, do ordenamento catastrófico do território urbano, etc., porque das renovadas crises económicas em que andamos submergidos faz muitos anos, isso já se lhes vai dando de barato.
Dizer que foi o melhor português de sempre, sabendo nós tratar-se de um velho, cinzento, decrépito, tirano, fascista, líder de um regime autoritário, opressor, sem permitir a liberdade de expressão, de reunião, onde imperava o lápis azul da censura, rodeado por uma polícia política feroz capaz das técnicas de tortura mais inadmissíveis, responsável por uma guerra colonial sem sustentação histórica que ia destruindo vidas atrás de vidas, no corpo e na alma, com muitos ed-cétera, porque agora não há tempo para mais.
Enfim, dizer que Salazar foi o melhor Português de sempre só é possível num povo inculto, pouco esclarecido, com enorme défice de compreensão da nossa História, que troca o acessório pelo fundamental, num concurso promovido por uma televisão mentecapta que vai servindo telenovelas e futebol no horário de maior audiência.
E depois queriam o quê?
Luis Santos
10 novembro 2008
Reciclagem de Óleos Alimentares Usados
Porquê?
Porque, quando lançados nas redes de drenagem de águas residuais, os óleos poluem e obstruem os filtros existentes nas ETAR’s, tornando-se assim um grande obstáculo ao seu bom funcionamento.
Simples gestos fazem a diferença
Ao aderir ao projecto de Recolha de Óleos Alimentares Usados não só evita a poluição da água como está a transformar o óleo em Biodiesel, uma fonte renovável de energia que diminui as emissões de CO2. Além disso, cada litro de óleo será transformado num donativo para ajudar a AMI na luta contra a exclusão social em Portugal.
Os restaurantes ou entidades que pretendam participar deverão utilizar o número de telefone 800 299 300 (chamada gratuita).
09 novembro 2008
O Largo da Graça
As ruas, os Edifícios, os Jardins, pertencem a quem? Porque não estão melhor cuidados? Que podemos fazer para que esses espaços sejam tratados como a nossa própria casa?
Temos um país muito bonito, de grande diversidade e beleza paisagística. Cores de tonalidades Mil como no arco-íris. Mas no que toca ao planeamento da generalidade das nossas vilas e cidades, é uma desinspiração e das grandes. Falta de zonas verdes e espaços naturais, os edifícios na generalidade são feios, os equipamentos de desporto e lazer são escassos, e poderíamos continuar por aí fora que a descrição do mau gosto duraria.
Será da pouca formação dos nossos líderes políticos, em particular, ao nível do poder autárquico? Será da incapacidade dos nossos engenheiros e arquitectos? Será devido ao clientelismo partidário? Será porque na construção civil se coloca o lucro individual muito à frente do bem comum? Enfim, será fruto da nossa fraca consciência colectiva? Porque será?
Dá-me ideia que planear uma vila, uma cidade, um país, de certa forma é como fazer uma pintura. O resultado final depende da capacidade e do bom gosto do artista ou, se a obra for colectiva, dos artistas. E o que pensamos para o nosso país, de maneira idêntica o fazemos para todo o espaço lusófono e para o mundo.
Naturalmente que a emancipação social passa por um cada vez maior incremento da democracia participativa em detrimento da democracia representativa. Por uma opinião pública que se quer o mais esclarecida possível, capaz de ajudar a esclarecer as opiniões dos gestores políticos, em direcção a uma cada vez maior e efectiva qualidade de vida.
Mas o que é ser esclarecido? E o que é uma efectiva qualidade de vida? Quais são os princípios que a devem nortear? Aqui é que está o busílis da questão, não é verdade?
E depois, “quantas vezes falar pouco é fazer muito”, ouvi eu dizer numa altura em que o Dalai Lama se ia passeando pelas ruas de Lisboa.
Nunca a participação social foi tão ampla. Desde a Revolução Francesa, com a implantação do liberalismo, que a democratização das sociedades se vem consolidando cada vez mais.
Hoje são conhecidos todo um conjunto de movimentos sociais, transversais a toda a sociedade, de raça, sexo, género, ambientais, pacifistas, sindicais, religiosos, e sei lá que mais. Portanto, a participação social não está de todo mal de saúde, mas claro que mais se recomenda.
Será ainda demasiadamente representativa a nossa democracia? Decerto.
E deverá ser menos? Creio que sim, mas tenho algumas dúvidas. A mim já me bastava que os gestores políticos fossem Bons e não têm sido tanto. Temos de exigir maior responsabilidade ética aos nossos representantes políticos.
Será necessário reformar o sistema político? Claro.
E apostaremos mais em democracias plurais e radicais, em socialismos de mercado, ou em anarquismos pacifistas?… Que dê para todos, e bem, é o que se deseja.
Mas como? Teremos artistas que dê para tanto? Sem dúvida. Mas é preciso calma, entreajuda e esperança na Vida. Precisamos aprender a conversar, em vez de discutir.
Apressemo-nos devagar.
Luis Santos
05 novembro 2008
03 novembro 2008
30 outubro 2008
O Largo da Graça
Por ouvir falar em Teocracia, tenho para mim que Deus é Liberdade. Naturalmente, uma liberdade com regras, dada a necessiade de vivermos num Estado de Direito, onde a igualdade de todos perante a lei é (ou deveria ser) princípio basilar. Uma liberdade onde o processo de iniciação dos noviços seja feito de forma adequada para não deixar que ninguém se perca.
Desde a Revolução Francesa que temos vindo a aperfeiçoar um sistema político de democracia liberal, economia de mercado, capitalista, com maior ou menor intervenção por parte do Estado, sistema que saiu triunfante da "guerra fria", dada a súbita queda dos socialismos a leste, mas não de todos.
Os Socialismos hão-de voltar e veremos, lá mais para a frente, no que vai dar a aventura Chinesa deste Socialismo de Mercado. Esperemos que nos possa trazer um aperfeiçoamento que os liberalismos tardam em conseguir. Dizemos os liberalismos porque eles não são todos iguais se comparamos, por exemplo, o norte com o sul da Europa.
De facto, esta nossa democracia liberal tem tantas limitações que se torna exasperante. Faltam-lhe mecanismos que lhe garantam um melhor funcionamento e que lhe reduzam os incríveis demagogismos, os clientelismos partidários, o situacionismo de partidos (quer dizer, da realidade não ser inteira, íntegra), onde não seja necessário os políticos falarem aos gritos, numa indelicada poluição sonora, quais enganosos vendedores de banha da cobra.
Sente-se a falta de Algo, ou de Alguém, que esteja acima do Presidente, do Governo, dos Tribunais, mais lúcido, mais clarividente, que os possam orientar na sua limitada capacidade de gestão do tecido social. Esta inépcia política torna-se ainda muito mais gritante na administração autárquica.
Talvez no lugar de um Conselho de Estado devêssemos ter um Conselho de Sábios que muito úteis podiam ser nos desvarios mentais dos nossos líderes políticos. Talvez assim a Justiça legitimasse o Estado de Direito, a Educação formasse pessoas de eficaz participação social, os doentes tratassem da Saúde e o sustento desse muito mais para todos com muito menos trabalho.
Mas já agora, o que é um Sábio?
E não será que, com estas ideias, numa determinada perspectiva, nos estamos a aproximar de um sistema político teocrático? Ou será que é mais oligárquico? Bem, talvez seja mais de um anarquismo pacifista. E daí?
É claro que necessariamente as Agendas Políticas se adequariam definitivamente aos Direitos Humanos.
Luis Santos
25 outubro 2008
24 outubro 2008
O Largo da Graça
10. Dalai Lama e Tibete
Tenho andado com o livro " O Ensinamento do Dalai Lama", escrito por Ele mesmo. Nele se diz que o Budismo é uma doutrina que visa a eliminação do sofrimento - de si próprio e de todos os seres. Como se poderá lá chegar? Através da meditação, da contemplação, da reflexão, respeitando todo um conjunto de princípios e de práticas que não vou enunciar para não tornar muito longo o comentário.
Talvez se possa dizer que a principal orientação dada nesses ensinamentos é de que se deve amar mais os outros do que a si próprio. Servir os outros constitui-se no Budismo como a principal regra de vida.
Logo aqui, a clara relação que se pode estabelecer com uma dos mandamentos da mensagem cristã, "Ama o próximo como a ti mesmo", permite perceber que a mensagem budista tem infinitos pontos de contacto com a mensagem de Cristo.
Faz pouco tempo, ouvimos na televisão o nosso Presidente da República, o senhor Aníbal Cavaco Silva, dizer que não recebeu Sua Santidade, porque não lhe chegou nenhum pedido nesse sentido. Também não disse que se o pedido chegasse o receberia. Mas lá que ele perdeu uma boa oportunidade de conhecer uma pessoa especial com quem poderia aprender mais alguma coisa como, por exemplo, abrir mais levemente o sorriso, e de mostrar ao país que os Portugueses sabem bem receber os ilustres visitantes que se dignam cá vir, disso parece não haver dúvidas.
As estrelas da companhia para o protagonismo neo-liberal são os ronaldos e companhia, sem ofensa para com o jovem futebolista. Mas quando se ignora um Homem que preza acima de tudo a compaixão, o amor e o serviço em prole da elevação comum, e se sobrevaloriza o pontapé na bola, então está tudo dito.
Quanto à causa do povo tibetano, devo confessar que não conheço muito bem a sua história, mas reconheço-lhe alguns pontos semelhantes aos da causa que guiou o povo Maubere à sua independência. Quer dizer, o direito de um povo poder decidir sobre o seu destino, num território que lhe foi usurpado pela força, parece-me uma causa de direito inalienável.
Ou será que estamos enganados?
Luis Santos
23 outubro 2008
CURSO DE INTRODUÇÂO À CULTURA BUDISTA 2008-2009
Atendendo ao crescente interesse e às solicitações do público em geral, e pensando também em criar as bases de formação para uma possível docência do Budismo nas escolas, conforme previsto na legislação em vigor, a União Budista Portuguesa, de forma semelhante a anos anteriores, vai realizar um Curso de Introdução à Filosofia e à Cultura Budista, aberto a todos os interessados. O curso, que se inicia neste Sábado, dia 25, decorrerá num total de 12 sessões, de 4 h, durante o ano lectivo de 2008-2009.
O objectivo é apresentar os temas fundamentais desta tradição multissecular, nos seus aspectos religiosos, éticos e filosóficos. Cada sessão terá uma componente teórica e prática, podendo incluir, além das exposições dos orientadores, questões, debate, períodos facultativos de vivência meditativa, a leitura conjunta de textos e/ou a apreciação de material áudio - visual. Em cada sessão serão fornecidas indicações bibliográficas específicas.
Os participantes podem optar pela inscrição na totalidade do curso ou, caso existam vagas, nas sessões individuais que desejarem, que terão uma unidade própria. A União Budista Portuguesa emitirá no final certificados comprovativos de frequência a quem haja assistido a um mínimo de 8 sessões.Os orientadores - Tsering Paldrön , Paulo Borges e António Teixeira – são praticantes há mais de duas ou três décadas, integram a actual Direcção da União Budista Portuguesa, têm sido instrutores de yoga e/ou de meditação e responsáveis por múltiplas actividades de divulgação do Dharma do Buda (conferências, seminários, traduções, livros). Tsering Paldrön tomou votos religiosos, em 1999, com Kyabje Trulshik Rinpoche.
Programa2008
I - Os Fundamentos da Via de Buda
25 de OUTUBRO – O Buda histórico e a Natureza de Buda. A vida e a Iluminação do Príncipe Siddhartha Gautama. O Sermão de Benares e as Quatro Nobres Verdades: o sofrimento, sua origem, sua extinção e a via que aí conduz ( o Óctuplo Caminho). Ética, meditação e sabedoria. Os Três Cestos: Vinaya , Sutra e Abhidharma. O sentido terapêutico, experimental e não dogmático da Via e do Ensinamento do Buda.
8 de NOVEMBRO – A natureza primordial da mente, a ignorância e o ego. As duas verdades: absoluta e relativa. Ilusão e Libertação. Samsara e Nirvana. Os quatro selos.
22 de NOVEMBRO – Os três ciclos de Ensinamento e os três níveis da Via: Hinayana, Mahayana e Vajrayana. Arahats, Bodhisattvas, Mahasiddhas e Budas. As principais escolas filosóficas budistas. O budismo perante as diferentes tradições religiosas e filosóficas indianas. A história oriental do Budismo e a sua actual expansão no Ocidente.
13 de DEZEMBRO – Vacuidade e interdependência: os doze factores da coprodução condicionada. Impermanência e insubstancialidade do eu. A Via do Meio entre eternalismo e niilismo –
10 de JANEIRO - Vacuidade e interdependência: os doze factores da coprodução condicionada. Impermanência e insubstancialidade do eu e dos fenómenos. A Via do Meio entre eternalismo e niilismo – II.Os Sutras da Prajnaparamita. O Sutra do Coração.
II - A Essência e a Prática da Via de Buda
24 de JANEIRO - O sentido do yoga e das técnicas de meditação. Calma mental (samatha) e visão penetrante (vipashyana).
7 de FEVEREIRO – As quatro meditações fundamentais: 1 - o valor da preciosa existência humana, rara e difícil de obter; 2 - a impermanência e a morte; 3 - a acção (karma) e a lei da causalidade; 4 - os sofrimentos dos seis mundos do ciclo da existência (samsara).
28 de FEVEREIRO – O Refúgio nas Três Jóias, Buda, Dharma e Sangha, e seus benefícios presentes e futuros. O Bodhicitta, ou espírito de Iluminação, relativo – em aspiração e em acção – e absoluto. As quatro meditações ilimitadas: amor, compaixão, alegria e equanimidade. A “troca” e outros exercícios de meditação.
14 de MARÇO – As seis paramitas, virtudes ou perfeições transcendentes: generosidade, ética, paciência, diligência, concentração e sabedoria.
28 de MARÇO – Os Sutras da Prajnaparamita: o Sutra de Diamante.
18 de ABRIL – Os Tantras Budistas: exposição da Visão, dos Métodos e do Resultado da Via de Diamante (Vajrayana).A necessidade de adequada preparação do mestre e do aluno. Tantras externos e internos. A Grande Perfeição.
9 de MAIO - Vida, morte, estado intermediário e renascimento. Como viver melhor a aproximação e o momento da morte e a experiência pós-morte.
O curso terá uma comparticipação total de 220 €uros, a pagar no acto da inscrição.Cada sessão terá uma comparticipação individual de 25 €uros. Metade do curso (50%) terá uma comparticipação de 135 €uros.
Horário: Sábados, 15-19 horas
O presente programa pode estar sujeito a alterações e há limite de inscrições.
UNIÃO BUDISTA PORTUGUESA
Calçada da Ajuda, 246, 1º Dtº, Lisboa
telefone: 21 363 43 63 (a partir das 15h)
www.uniaobudista.pt
18 outubro 2008
17 outubro 2008
O Largo da Graça
Se amesquinharmos a vida, amesquinhamos o eterno, diz Agostinho da Silva.
Vivemos tempos de neo-liberalismos triunfantes, mas lá virão socialismos de mercado. Iremos continuar a democratizar as democracias.
Generalizadas ideias de competição e de concorrência entre as nações são palavras limitadas que hoje os economistas muito utilizam, mas não todos, porque lhes facilitam as contas...
Enfim, o que é, é. Estamos como estamos.
A torneira roda e lava-se o rosto, o esquentador liga-se e aquece a água, o frigorífico é omni-presentemente frio, a hélice gira e partimos a voar. Milagres da capacidade de pensar. Só a utilização que se dá à indústria militar era dispensável, mas lá chegarão os primos dos rabudos lémures, na justa medida que descobrirem os caminhos do espírito.
Assim, melhoraremos as nossas capacidades de participação social, cooperando em vez de competir, equilibrando mecanismos de troca em vez de concorrer.
De barriguinha bem cheia, aprenderemos melhor a aprender, organizaremos melhor o trabalho (toda a gente sabe que o trabalho dá trabalho de mais, mas pouco se fala nisso, porque ainda não chegou lá a consciência dominante), descobriremos novos e mais interessantes caminhos de cura, abrir-se-ão os caminhos dos anjos.
Na organização política temos de arranjar maneira de instituir o Conselho dos Sábios em vez do Conselho de Estado. Mas o que é um sábio? Será que existem homens sábios capazes de nos ajudar a traçar o caminho?
Se amesquinharmos a vida, amesquinharemos o eterno.
Sonhos
Sonho de Mãe Negra
Mãe negra
Embala o seu filho
E esquece
Que o milho já a terra secou
Que o amendoim ontem acabou.
Ela sonha mundos maravilhosos
Onde o seu filho irá à escola
À escola onde estudam os homens
Mãe negra
Embala o seu filho
E esquece
Os seus irmãos construindo vilas e cidades
Cimentando-as com o seu sangue
Ela sonha mundos maravilhosos
Onde o seu filho correria na estrada
Na estrada onde passam os homens
Mãe negra
Embala o seu filho
E escutando
A voz que vem do longe
Trazida pelos ventos
Ela sonha mundos maravilhosos
Mundos maravilhosos
Onde o seu filho poderá viver.
15 outubro 2008
E se a cerveja entrasse para a Roda dos Alimentos?
:: 2008-10-13 Por Marta F. Reis, in Ciência Hoje
Imperiais, finos, louras, pretas, ruivas – em Portugal cada habitante bebe em média 65 litros de cerveja por ano mas pouco se sabe sobre os efeitos da bebida na saúde. Os especialistas ajudam: não é consensual mas há fortes evidências de não haver uma associação directa entre o etanol, e a cerveja em particular, e a adiposidade abdominal, sobrepeso ou obesidade. Este fim-de-semana, em Lisboa, no auditório da Faculdade de Medicina que recebeu o Simpósio Cerveja e Peso Corporal promovido pelo Centro de Informação Sobre Cerveja desfizeram-se os mitos e ficou a recomendação: o consumo moderado, que é como quem diz uma cerveja por dia, ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares ou osteoporose e não engorda. (Ver Mais)
O que é a alma?
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Algua cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
(Luís de Camões, Soneto 48 - Segundo o manuscrito da VIII Década de Couto, foi ele inspirado pela rapariga oriental que naufragou com o Poeta na foz do Mécon, ali morrendo afogada.Fonte: www.instituto-camoes.pt/escritores/camoes/soneto15.htm Acesso em 10.01.04)
13 outubro 2008
VIAGENS VIRTUAIS POR PAÍSES LUSÓFONOS
Viagem Virtual é uma designação de um instrumento didáctico interactivo na Web que visa, de uma forma simples e atraente, reunir uma série de informações sobre uma região, cidade, país, etc. Por entre as várias viagens virtuais que já produzimos, realçamos as seguintes:
Cabo Verde da autoria de Francine Charron, estudante do Mineur en Langue portugaise et cultures lusophones e Vitália Rodrigues, assistente das aulas de Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas na Universidade de Montreal. http://www.teiaportuguesa.com/caboverde/viagemcaboverde.htm
Guiné-Bissau da autoria de Normand Raymond, estudante do Mineur en Langue portugaise et cultures lusophones da Universidade de Montreal e Vitália Rodrigues.
http://www.teiaportuguesa.com/guineebissau/viagemguinebissau.htm
Viagem Virtual a Moçambique da autoria de Silvya Martins, estudante do Mineur en Langue portugaise et cultures lusophones da Universidade de Montreal e Vitália Rodrigues:
http://www.teiaportuguesa.com/mocambique/viagemmocambique.htm
Viagem Virtual a Timor Lorosae da autoria de Kathy Santos, estudante do Mineur en Langue portugaise et cultures lusophones da Universidade de Montreal e Vitália Rodrigues:
http://www.teiaportuguesa.com/TIMOR/indextimor.htm
A supervisão é de Luís Aguilar, professor convidado dos Estudos Lusófonos do Departamento de Línguas e Literaturas Modernas da Universidade de Montreal e docente do Instituto Camões:
Na expectativa de poder contar com as vossas críticas, correcções, sugestões, mudanças, etc., apresento saudações lusófonas.
Luís Aguilar
Professeur invité et Docente do Instituto Camões
Mineur en Langue portugaise et cultures lusophones
Département de Littératures et de langues modernes
Direction de l'enseignement des langues et de cultures étrangèresFaculté des Arts et des sciences
Université de Montréal
Pavillon Lionel-Groulx C-8069
3150 Jean Brillant
C.P.6128, succursale Centre-ville
Montréal (Québec) H3C 3J7
www.teiaportuguesa.com
Tél: (514) 343 6599
Fax: (514) 343 2255
12 outubro 2008
10 outubro 2008
O Largo da Graça
Tenho um amiga que se submeteu a um transplante de um órgão vital. Restavam-lhe poucos dias de vida, conforme lhe anunciara o médico. A cirurgia correu muito bem e ela ganhou a vida.
O meu amigo Jorge diz que:
Entenda a Crise do Subprime
É assim:
O Ti Joaquim tem uma tasca, na Vila Carrapato, e decide que vai vender copos"fiados"aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose do tintol e da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços pagam pelo crédito).
O gerente do banco do Ti Joaquim, um ousado administrador formado em curso muito reconhecido, decide que o livrinho das dívidas da tasca constitui, afinal, um activo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o "fiado" dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrónimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer. Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastroinicial todo mundo desconhece (os tais livrinhos das dívidas do Ti Joaquim).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e a tasca do Ti Joaquim vai à falência. E toda a cadeia sifu...deu.
Viu... é muito simples...!!!
(texto enviado por Jorge Angelino)
09 outubro 2008
DOZE CONSELHOS PARA TER UM INFARTO FELIZ:
2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos;
3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde;
4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem;
5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.;
6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, coma o mais rápido possível pra não perder tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.
7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro;
8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro;
9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo;
10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estomago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo;
11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.
12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida . Isto é para crédulos e tolos sensíveis.
Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.
(Nota: peço desculpa por não referir o nome do autor deste textinho, mas acontece que o perdi.)
08 outubro 2008
05 outubro 2008
5 de Outubro
o tratado pelo qual D. Afonso VII de Leão reconheceu a independência do então ainda Condado Portucalense. O título de Rei, para D. Afonso Henriques, só viria a ser reconhecido mais tarde, em 1179, com Bula Manifestis Probatus, sob o Pontificado de Alexandre III. O monarca português comprometeu-se a considerar-se vassalo da Santa Sé e a pagar-lhe um censo anual.
5 de outubro de 1910, data da implantação da República portuguesa.
Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e PRP (Partido Republicano Português).Na tarde do dia 5 foi proclamada a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa, por José Relvas.
Apesar de alguma resistência e de alguns confrontos militares, o exército fiel à monarquia não conseguiu organizar-se de modo a derrotar os revolucionários. A Revolução saiu vitoriosa, comandada por Machado dos Santos.O último Rei, D. Manuel II, partiu com a Família Real para a Inglaterra, onde ficou a viver no exílio.
5 de outubro de 1968: data a partir da qual o Brasil comemora o Dia da Ave.
(in, dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br )
03 outubro 2008
O Largo da Graça
As nossas escolas reflectem o espírito da organização económica competitiva e concorrencial, neo-liberal, em que vivemos.
Somos aquilo que conseguimos Ser. O resultado das sucessivas reformas educativas que cada "ministro" transporta na lapela... essa tão árdua e difícil tarefa. Será?
Mudámos alguma coisa nas últimas décadas? Creio que sim.
Podemos mudar algumas coisas nos próximos anos? Creio que sim.
No horizonte vejo uma Escola que ajuda pessoas a relacionarem-se com pessoas. Que partilha, que para lá do si percebe da importância dos outros e do mundo, que aprende a estar em Paz, que ama o Amor...
E assim direi que (auxiliando-me de Sua Santidade, o Dalai Lama e do Professor Agostinho da Silva), Uma vez dotados de um precioso corpo humano, nave tão difícil de obter, não devemos amesquinhar a vida, porque senão amesquinhamos o eterno.
Mas o que é isso de ser e-terno?
Luis Santos
Nota: um título que dá poesia... clique em cima do título para ver mais.
01 outubro 2008
30 setembro 2008
28 setembro 2008
27 setembro 2008
O Espírito dos Pássaros
Edição do autor
1ª edição/Agosto de 2007
Editora
Casa de Estudos de Alhos Vedros
INTRODUÇÃO
Na sua eterna liberdade, o Pássaro Azul, ser que dá título ao primeiro conto deste livrinho, voando, veio até Alhos Vedros. Decerto por sentir alguma familiaridade com o lugar. A mim que me foi dada a honra e o prazer de ser seu anfitrião na sua passagem pela terra, disso deverei dar testemunho.
Alhos Vedros é terra de pássaros, também de pombos, e eu não podendo fugir ao sítio em que nasci e cresci, por razões que não vêm agora ao caso, sempre tive fortes ligações a uns e a outros.
Por etimologia, em parte por mim inventada, Alhos Vedros significa Homens Velhos com Asas. Uns dizem que a etimologia, polémica, da palavra remonta ao latim, outros que nem tanto, mas para mim encontro-lhe razão nessa singela definição. É verdade que não sou por ela o único responsável, mas livro à frente perceberão porquê.
Como, de vez em quando, vou gastando o meu tempo desta vida rascunhando algumas palavras, de repente percebi que tinha nas mãos um pequeno livro sobre os ditos pássaros. Todos reais, embora uns mais facilmente perceptíveis do que os outros. Nada foi fruto de arquitectada imaginação, bem pelo contrário, o livrinho é todo ele bem real.
Um livro sobre pássaros, dizia, esses misteriosos entes, mais que não seja pela facilidade com que desafiam a gravidade, em relações que atravessam muitas vezes a existência humana, num mundo mágico, desconhecido, incompreensível, bem diferente daquele que nos é dado pelo dia a dia da vida moderna, urbana, ocidental, globalizada.
No fundo, creio, que este Espírito dos Pássaros trata, sobretudo, de uma lição sobre a conquista da Liberdade, aspecto da vida que tanta importância tem para nós, onde os pássaros se constituem como uma boa fonte de inspiração. Espero que a contribuição seja efectiva e que possamos ser bem sucedidos.
Pedras D’El Rei, Tavira.
O Largo da Graça
Ao cruzar-me com o "Prós e Contras" da rtp1 tive a possibilidade de ouvir um conjunto de bons comentários sobre a pobreza, um problema gravíssimo do País que envergonha o Presidente da República!!!
Pude concluir que há unanimidade quanto à necessiade de combater e resolver o problema. Mas como?
É aqui que surgem algumas diferenças políticas entre os agentes sociais... Todos de acordo que a solução é multi-factorial: necessiade de compromisso do Estado, políticas sócio-económicas (e macroeconómicas) adequadas, maior consciência cívica de todos - e logo também de políticos, patrões e sindicatos (necessidade de investimento na educação).
Constatar que 19% da população é pobre e 2/3 dos pobres são desempregados e empregados de baixos salários (o que é espantoso). Dizer que não fazem parte destas estatísticas os endividados pelo crédito bancário, o que no dizer da DECO são muitos.
Reconhecer que se faz um bom esforço no país em termos de solidariedade social, mas que não existe alternativa a ter de se fazer um esforço maior. Temos de resolver o problema desses 2/3 o mais rápido possível para logo atacar os outros. É, em grande parte, um problema de agenda política.
Saber que no mundo o problema assume contornos muito maiores entre os países menos desenvolvidos e que devemos participar activamente na definição de políticas macro-económicas (como ajudar a concretizar os objectivos das Nações Unidas que pretendia em 2000 a redução, a curto prazo, da pobreza para metade...).
Nós por cá, estamos como estamos, e não há milagres. Temos muitas limitações e muito por crescer. Mas lá chegaremos, creio. Temos é que nos pôr a caminho... mas como? E para onde? Onde queremos chegar?E já agora, enquanto vamos pensando nos pobres do mundo e do país, digam-me lá algumas coisas que possamos fazer para ajudar os pobres que temos aqui ao pé da porta. Por onde devemos começar? Qual é o caminho mais curto?
Luis Santos
Notinha: Como sempre o título tem música... vale a pena. A pena?
25 setembro 2008
Nós e o Rio (e-book)
Este livrinho é, na sua maior parte, o resultado de um conjunto de textos que foram publicados no jornal “O Rio”, sob a direcção de Mestre Brito Apolónia, e no qual eu próprio integrei o Conselho Redactorial, embora apenas durante uns escassos seis meses. O tempo suficiente, porém, para ficar com um cheirinho do que é fazer um jornal, tendo-se traduzido numa experiência bastante enriquecedora. Até pelo prazer de ter estado juntos nessa aventura com o amigo António Tapadinhas.
Todos os textos aqui apresentados, à excepção de um ou outro, foram produzidos entre Outubro de 2003 e Setembro de 2005. São o caso, por exemplo, dos dois poemas que iniciam as duas partes do livro, cuja escolha se deve, sobretudo, a razões de ordem estética. Existem muitos textos escritos antes desse mês de 2003 que também teria interesse apresentá-los aqui, mas que para já, por razões de indisponibilidade pessoal, não integrarão o livrinho. Ficará, suponho, para uma próxima oportunidade.
O livro tem duas partes distintas. A primeira, Estórias daqui contadas por lá, constitui-se por textos que foram escritos a pensar no lugar em que vivo, Alhos Vedros, e nalguns casos na região circundante, com particular destaque para o Concelho da Moita. São textos que constituem reflexões sobre algumas reconhecidas carências locais, ao nível de certas infra-estruturas, e que, neste sentido, não passam de um mero dever de participação cívica, ou se quisermos, nalgumas simbólicas ideias que podem ajudar o poder autárquico a cumprir o seu dever.
A segunda parte, Estórias de lá contadas aqui, é constituída por textos de âmbito mais alargado, concretamente por reflexões feitas sobre o tema da Lusofonia e, portanto, sobretudo dirigido ao mundo que fala a Língua Portuguesa, ou seja, aos países, aos governos e às comunidades espalhados pelo mundo que quis o destino herdassem estes verbos próprios para comunicarem.
Aqui o local e o mundo se entrelaçam, globalizando-se o local e onde o global se localiza, e dão expressão a uma forma de pensamento que não é mais do que a necessidade de alimentação da nossa alma conjunta, sempre com a Língua Portuguesa no epicentro desta espiral em forma de livro. Estando conscientes, porém, que nós não existimos sem os outros, e a quem todo o respeito é devido, mas sentindo necessidade de afirmar o que somos e o que é nosso, ponto de partida para uma conversa que se quer duradoira e fraterna, onde seja possível todos viverem em paz, com satisfação de corpo e de espírito, e numa transcendental dimensão de vida que conjuntamente teremos de conquistar.
24 setembro 2008
Ciências Naturais - Dicionário Escolar
Seja bem-vindo ao Mundo das Ciências Naturais ou Ciências da Natureza, tal como são entendidas nos curricula do Ensino Básico.
Uma das grandes dificuldades de acesso a esse mundo passa pela complexidade de certos termos e conceitos, cujo significado nem sempre é facilmente apreendido pelos alunos.
Que melhor forma de os ajudar a entender e, assim, ajudar o professor a transmitir as suas ideias, que através de um Dicionário temático?
Professores e alunos disporão, assim, de uma fonte de informação de rápido e simples acesso, que poderá constituir-se num útil companheiro de pesquisa para trabalhos individuais e em grupo. Os pais encontrarão neste Dicionário um valioso instrumento auxiliar para o sucesso educativo dos filhos.
Procurámos incluir todos os termos indispensáveis à correcta assimilação de conhecimentos pelos alunos do Ensino Básico, desde os mais tradicionais aos mais actualizados e plurissignificativos, relacionando-os entre si e com o Mundo Natural.
Esperamos assim contribuir positivamente para essa tão difícil relação como é a do aprender/ensinar.
Uma última palavra, de agradecimento, a todos os profissionais da Texto Editora que participaram na elaboração deste Dicionário.
A Construção da Pessoa
Esta tese de mestrado tem como principal objecto de investigação dois grandes modelos pedagógicos inovadores, o Movimento da Educação Nova e o Movimento da Escola Moderna, e a sua importância na construção da “pessoa”.
Sendo uma tese construída na área de Educação para a Cidadania, num contexto de Educação e Desenvolvimento, faremos, em primeiro lugar, uma contextualização nas problemáticas do desenvolvimento, da cidadania e da educação. Conjuntamente com estas três temáticas abordaremos o conceito de liberdade, tal como ele se vem desenvolvendo desde o início da Modernidade, passando pela Revolução Francesa, analisando o seu desenvolvimento à luz das democracias liberais e, por fim, como ele se tem vindo a relacionar com os sistemas educativos.
Em seguida, num contexto de Educação para a Cidadania definiremos a noção de “pessoa”. Para tal, veremos como o exercício da cidadania se caracteriza por uma variabilidade no tempo e no espaço, e analisaremos o caminho percorrido pelo pensamento científico para chegar a esta noção de “pessoa”.
Depois, investigaremos como se desenvolveram o Movimento da Educação Nova e o Movimento da Escola Moderna, quais as relações entre si e quais as principais diferenças para com o sistema tradicional de ensino.
Por fim, cruzaremos os resultados a que chegámos com a noção de “pessoa” e tiraremos as respectivas conclusões.
23 setembro 2008
O Estandarte da Paz
O Estandarte da Paz é um conjunto de quatro ensaios que foram crescendo sem nenhuma outra preocupação que não o gosto da escrita e o pensar livremente sobre a vida e o mundo. Neste sentido constitui-se simplesmente como um expressar de opiniões não fechadas em si e absolutamente abertas à mudança e ao outro. Tanto assim que dois deles já conheceram publicação num outro livro, Do Convento, editado pela mesma editora, mas que sofreram alterações e acrescentos face a esta nova edição
Quatro ensaios que não têm uma ligação directa entre si, mas que tão pouco são autónomos, pois que há uma unidade perfeitamente identificável no seu conjunto. Talvez se possa dizer, em síntese, que o seu epicentro se situa entre o inevitável debate político e um sentido orientador de existência que ganha sentido numa abertura ao fenómeno religioso.
A Revolução de Abril de 1974 em Portugal, o gosto pelo debate das ideias, o amor pela beleza da vida e por viver, Alhos Vedros, os amigos, a religião,. Caetano Veloso, a Antropologia e as Ciências Sociais, as grandes transformações científicas e técnicas da segunda metade do último século, a queda do muro de Berlim, a falência dos regimes socialistas a leste, Agostinho da Silva e Portugal, são algumas das particularidades que foram conduzindo o autor.
E, pronto, que seja útil.
Desenho da Capa: Maria Eduarda da Rosa
Meus caros amigos
Como um amigo me disse que essa coisa dos partidos políticos o chateava um bocado, e como não pude deixar de concordar, penso que
É a hora
de começarmos a pensar, sem pressas, numa nova Ordem em Portugal, para exemplo do mundo. Uma nova Ordem que se preocupe, por exemplo, em trocar essas patetices das guerras e das violentas agressões à natureza, por uma maior qualidade de vida.
Como sabemos que as grandes mudanças não acontecem de um momento para o outro, temos de fazer um pouco como o rei João I quando se veio resguardar de uma peste para Alhos Vedros. Ou seja, pôr as coisas em marcha e esperar calmamente pelos resultados. Para ele foi a conquista de Ceuta, primeiríssima etapa dos Descobrimentos que haveria de virar o mundo ao avesso. Parece que tudo começou ali no Largo da Graça, no Palácio da Graça, onde nasceu e cresceu o Márinho da Graça, irmão do Manuel Tavares.
Ora, não sendo nós reis, nem pessoas de grandes ambições, bem pelo contrário, poderemos perguntar-nos por onde iremos começar, se isto é tudo tão grande e nós somos tão pequeninos.
Eu, por mim, e logo que fosse possível, propunha umas ligeiríssimas alterações ao hino nacional. Assim, nos dois versos em que se diz "ás armas, ás armas" deverá passar a dizer-se "aos sonhos, aos sonhos"; e no último verso onde se diz "contra os canhões marchar, marchar", deverá pôr-se "contra os canhões vamos votar".
O que é que vocês acham?
15/5/94
in, SANTOS, Luis Carlos dos (2006) Do Convento. Setúbal: Livraria Uni Verso Editora, 54 pgs.
Semana Vegetariana
da Sociedade Portuguesa de Naturalogia
2ª f, 29 Set.
19h00 Conferência “Compatibilidades Alimentares”, pelo Dr. António Cardoso, Vice-Presidente da Direcção da SPN, licenciado em Físico-Química.
Há misturas de alimentos totalmente incompatíveis e outras muito benéficas. Saiba quais!
20h30 Visionamento de filme / documentário sobre Vegetarianismo, seguido de debate (Iniciativa da AVP - Associação Vegetariana Portuguesa).
3ª f, 30 Set.
19h00 Conferência “As Vitaminas”, pelo Dr. António Cardoso, Vice-Presidente da Direcção da SPN, licenciado em Físico-Química.
Como se obtêm e preservam as vitaminas.
20h30 Conferência “Ómega-3 e Ómega-6: precisamos mesmo de peixe na nossa alimentação?”, por João Santos, co-fundador da Associação Vegetariana Portuguesa.
Os ácidos gordos ómega-3 e ómega-6 são nutrientes essenciais para o corpo e existem nos alimentos de origem vegetal, saiba quais deve consumir e em que quantidades.
4ª f, 1 Out. - Dia Mundial do Vegetarianismo
19h00 Início do Curso de Relaxamento e Meditação, por Paula Soveral, Terapeuta e Professora de Meditação, Vice-Presidente da Direcção Técnica da SPN.
Aula gratuita, seguida de lanche vegano gratuito para os participantes.
Inscrições obrigatórias até 2 dias antes para 213463335.
Com a prática da Meditação o sistema nervoso modifica-se, a mente torna-se mais clara, o coração abre-se, obtemos maior tranquilidade, paz mental, tónus muscular, flexibilidade, equilíbrio interior e exterior, bem estar físico, emocional e mental. Todas elas são práticas simples e eficazes que podemos aplicar no quotidiano, transformando o stress em bem estar, contribuindo assim para uma melhor saúde e ficarmos mais centrados. Atreva-se a experimentar e sentir a diferença da "lufa-lufa" do dia a dia!
20h30 Conferência "Produtos Alimentares Tradicionais e Fermentados, sua Produção e Uso", pelo Prof. Dr. Joaquim Reis, licenciado e Mestre em Engenharia Mecânica pelo IST e doutorado na área de Informática pelo ISCTE, actualmente professor universitário de Informática no ISCTE e um dos formadores do curso de Macrobiótica do Instituto Macrobiótico de Portugal.
O que é a fermentação de um alimento natural? Saiba mais sobre a vitalidade dos alimentos fermentados e sua importância na manutenção de uma boa saúde.
5ª f, 2 Out.
19h00 Conferência "A História dos Vegetarianismos, de um século ao outro", pelo Prof. Carlos Ventura, Naturólogo e Presidente da Direcção Técnica da SPN.
A história dos vários vegetarianismos ao longo de um século até aos dias de hoje.
20h30 Conferência "A Saúde ao Sabor da Música", pelo Prof. Luis Garcez, Acupunctor e professor de Música.
Ao sabor da música, uma tertúlia descontraída sobre vários aspectos da saúde e da alimentação natural. A importância da música e do ambiente enquanto comemos.
6ª f, 3 Out.
19h00 Conferência “Alimentação Viva”, por Ireneu Vicente.
Ao serem demasiado cozinhados, os alimentos perdem a maior parte dos nutrientes, sobretudo vitaminas. Cada vez mais se impõe incluir alimentos crus de boa qualidade na nossa alimentação.
20h00 Jantar Vegetariano - contribuição: 10 € / pessoa
Inscrição e pagamento obrigatórios até 2 dias antes, para 213463335, das 12h às 19h.
Sáb, 4 Out. - Dia do Animal
10h00 Aula de culinária natural "Sabores da Índia e do Japão" por Paula Soveral, Terapeuta e Vice-Presidente da Direcção Técnica da SPN.
contribuição: 20 € / participante, com almoço incluído.
Inscrição e pagamento obrigatórios até dia 1 de Outubro.
15h00 Marcha pelo Dia do Animal, com concentração às 15h00, frente à Praça de Touros do Campo Pequeno, Lisboa, em direcção à Assembleia da República.
Por um Código de Protecção dos Animais mais moderno, eficaz, progressista e justo. (iniciativa da ANIMAL, à qual a SPN se associa).
Dom, 5 Out.
10h00 às 12h00 Oficina de Pastelaria Vegetariana para Crianças (sem ovos nem produtos lácteos), por Eunice Silva.
Contribuição: 20 €. Inscrição e pagamento obrigatórios até 2 dias antes.
Destinatários: crianças entre os 6 e os 12 anos
Traga os seus filhos para aprenderem a confeccionar pão e pastelaria da melhor qualidade sem ovos nem lactícinios! Eles adoram!
15h00 Visionamento de filme/documentário sobre vegetarianismo (Iniciativa da AVP - Associação Vegetariana Portuguesa).
16h30 Festa com Música, Dança e Alegria, pela tarde fora...Apareça e traga os seus amigos! Vamos conviver conversando, dançando e petiscando os lanchinhos veganos!
Em todos os dias da Semana Vegetariana, na SPN:
► Venda de livros sobre Vegetarianismo, a Saúde e o Bem Estar.
►Folhetos informativos sobre Vegetarianismo, sobre a SPN e as suas actividades, folhetos com sugestões de filmes e livros sobre vegetarianismo e sobre defesa dos direitos dos animais.
► Lanche vegetariano, com o valor simbólico de 3,00 €.
NB: Realçamos a necessidade das inscrições antecipadas não só por motivos de logística e organização, como por motivos ecológicos para não desperdiçar comida!
Este programa pode estar sujeito a alterações sem aviso prévio