Amor é:
Cantar-lhe "Eu sei que vou te amar", de Vinicius de Moraes (pode ser na versão do Caetano Veloso).
foto: Nuno Cortez
http://www.nuresico.deviantart.com
30 dezembro 2005
Eu sei que vou te amar
EU SEI QUE VOU TE AMAR
(Vinicius de Morais)
Eu sei que vou te amar
Por toda minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu vou te amar
E cada verso meu será pra te dizer
Que eu sei que vou te amar por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
(enviado pela amiga Margarida Castro)
(Vinicius de Morais)
Eu sei que vou te amar
Por toda minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu vou te amar
E cada verso meu será pra te dizer
Que eu sei que vou te amar por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
(enviado pela amiga Margarida Castro)
29 dezembro 2005
"Abraço à Vela"
Bom dia Amigos Queridos
O Mussulo, vai de vento em poupa, até parece um avião a jato. Estou torcendo para que continuem assim com os ventos bons, e cheguem antes do final do Ano, a Angola. Obrigado a Todos VOÇÊS que estão partecipando desta Expedição.
Beijos e Abraços do
Luis Amorim
O Mussulo, vai de vento em poupa, até parece um avião a jato. Estou torcendo para que continuem assim com os ventos bons, e cheguem antes do final do Ano, a Angola. Obrigado a Todos VOÇÊS que estão partecipando desta Expedição.
Beijos e Abraços do
Luis Amorim
registos etnográficos
Afinal, como tinha ouvido dizer da boca do meu amigo Jaime, a vida não é só como os interruptores... há também as planícies.
(a partir de um comentário entre dois alentejanodescendentes).
(a partir de um comentário entre dois alentejanodescendentes).
28 dezembro 2005
Com Agostinho da Silva em Brasilia
(...)
"Durante o dia andava pela Universidade. À noite dormia sobre uma esteira, entre as quatro paredes de um paralelipípedo pouco maior que o tamanho do seu corpo, feito de velha madeira, no meio do cerrado. (...)
Fui testemunha também desta extrordinária façanha da alma, e digo da alma a pensar naquela etimologia que a dá como a energia que se alimenta.Durante todo o dia, comia apenas pela manhã um pedaço de bolo inglês ou pão com queijo.
Se na hora de vir da Trapa para a Universidade ou de ir da Universidade para a Trapa, distantes uma da outra uns três ou quatro quilómetros, acontecia desabar o céu em águas por entre trovões e relâmpagos, nós, debaixo das telhas víamo-lo caminhar num passo certo, o mesmo que teria se o sol brilhasse benigno.
O seu rosto lembrava um daqueles reis que tanto gostávamos, em crianças, de olhar no pequeno compêndio de História de Portugal para a instrução primária. Havia quel lhe chamasse D. Sancho, o Povoador. A mim, ao vê-lo ocorria-me a imagem de D. João II, pela indomável vontade pintada na forma do seu queixo. O seu sonho era pôr um Português ou Brasileiro, que para ele era o mesmo, em todas as partes do mundo. (...)
Extracto do testemunho sobre Agostinho da Silva por António Telmo
"Durante o dia andava pela Universidade. À noite dormia sobre uma esteira, entre as quatro paredes de um paralelipípedo pouco maior que o tamanho do seu corpo, feito de velha madeira, no meio do cerrado. (...)
Fui testemunha também desta extrordinária façanha da alma, e digo da alma a pensar naquela etimologia que a dá como a energia que se alimenta.Durante todo o dia, comia apenas pela manhã um pedaço de bolo inglês ou pão com queijo.
Se na hora de vir da Trapa para a Universidade ou de ir da Universidade para a Trapa, distantes uma da outra uns três ou quatro quilómetros, acontecia desabar o céu em águas por entre trovões e relâmpagos, nós, debaixo das telhas víamo-lo caminhar num passo certo, o mesmo que teria se o sol brilhasse benigno.
O seu rosto lembrava um daqueles reis que tanto gostávamos, em crianças, de olhar no pequeno compêndio de História de Portugal para a instrução primária. Havia quel lhe chamasse D. Sancho, o Povoador. A mim, ao vê-lo ocorria-me a imagem de D. João II, pela indomável vontade pintada na forma do seu queixo. O seu sonho era pôr um Português ou Brasileiro, que para ele era o mesmo, em todas as partes do mundo. (...)
Extracto do testemunho sobre Agostinho da Silva por António Telmo
26 dezembro 2005
"Ditos Antigos"
O meu amigo Jaime, na sua enorme capacidade de frequentemente me surpreender com os seus luminosos pensamentos, desta vez chegando até mim, "disparou sem pré-aviso":
"- A minha companheira disse-me que cuecas devem oferecer-se para o ano novo. Fazer a passagem do ano com umas cuecas azuis trás sorte à vida".
Será?
"- A minha companheira disse-me que cuecas devem oferecer-se para o ano novo. Fazer a passagem do ano com umas cuecas azuis trás sorte à vida".
Será?
"Abraço à Vela"
Queridos Amigos
Ontem o Meu irmão João Falou com o Pai, via Aldir. Todos estão bem com o astral em alta. Reclamando pra variar do Leme, pois tem que estar sempre um Marinheiro segurando o Leme. O Pai disse que iria escrever um livro, pois é, se não acontecesse nada e fosse a Expedição numa boa sem problemas, seria um livro só com a capa.
O dia de Natal, estava calmo mas com os ventos bons, o barco estava andando muito bem. O Papai Noel não tinha passado ainda por Eles. Continuam as prespectivas de chegada dia 03/01/06 á cidade do Namibe. Estou torcendo para ter uns ventos mais fortes para o barco andar mais depressa. Que Deus os acompanhe, ao seu destino.
Beijos e abraços a todos
Luis Amorim
26/12/05
24 dezembro 2005
“Do Nada Ao Ser Divino”
Vim dos Tempos em que só o “Nada” absoluto existia
Vim de uma Época em que nem sequer havia o “Tempo”
As “Trevas” e o “Vazio” esmagavam a Alma
Distorcendo-a que nem uma rodilha velha e entrapada
Vim da Explosão de uma grandiosa “Vontade Suprema”
Vim do “Caos da Memória” nascente que se fez “Eterna”
À procura de me pôr em ordem e ao ritmo da “Matéria”
Em consonância com o vibrar das energias reitoras
Vim da primeira “Palavra” feita “Verbo Sonoro”
Vim de um sopro que me transformou em forma
Exploro os cantos e as curvas do desconhecido
Busco por mim mesmo nas sombras e nas ausências
Vim atrás da compreensão da “Razão da Criação”
Vim do seio da “Consciência Cósmica do Criador”
Para exercitar actos e atitudes dignas da “Inteligência”
Confiando estar no “Caminho” do “Conhecimento Perfeito”
Vim ao som da “Música das Esferas” e da pauta do Maestro
Vim para cumprir a minha parte da “Missão Mística”
Remexendo a agulha magnética no palheiro dos Mistérios
Revolvendo os fluídos da transmutação permanente
Vim para me ver reflectido nas águas de um copo de cristal
Vim apresentar-me perante o poder da sagrada “Luz Maior”
Afim de servir como mais um dos visualizadores Humanos
Viajando pelo agreste “Universo do Pensamento” astral
Vim para me unir ao “Ser Divino” que tudo coordena
Vim servir de instrumento ao “Seu Plano Arquitecto”
Experimentando ver e sentir toda a a “Realidade” de “Sua Essência”
Vivendo a “Vida” no sentido da “Evolução” comum...
Vim para reforçar a “União Plena” com Ele e com “Sua Majestosa Obra”...
Vim como mais um de Seus carregados raios de fluxo “Espiritual”...
Estou cá para a “Simbiótica Comunhão” da Existência com o Ser
Por vias do “Casamento Alquímico”...em Paz e Harmonioso Amor total...
Em Homenagem ao Supremo Arquitecto Criador e à Sua Perfeita Criação...
“À Sua Imagem E Semelhança...Somos o Seu Sopro Divino”.
Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 24 de Dezembro de 2005, celebrando a Festa de Natal, em tom “Ecuménico” e “Esotérico”, tendo na “Memória”, os Supremos Grandes Mestres Iluminados Akhenaton, Faraó do Egipto, Moisés dos Judeus, Jesus Cristo dos Essénios e dos Cristãos, e outros Grandes como Khrishna , dos Indús, Confúcio dos Confúcionistas, Sidharta Gautama “Buda” dos Budistas, Maomé dos Muçulmanos e tantos e tantos outros Avatares Iluminados da Humanidade, em pleno espírito de apelo à Paz, à Fraternidade e à Compreensão entre todos os Seres Humanos...
Vim dos Tempos em que só o “Nada” absoluto existia
Vim de uma Época em que nem sequer havia o “Tempo”
As “Trevas” e o “Vazio” esmagavam a Alma
Distorcendo-a que nem uma rodilha velha e entrapada
Vim da Explosão de uma grandiosa “Vontade Suprema”
Vim do “Caos da Memória” nascente que se fez “Eterna”
À procura de me pôr em ordem e ao ritmo da “Matéria”
Em consonância com o vibrar das energias reitoras
Vim da primeira “Palavra” feita “Verbo Sonoro”
Vim de um sopro que me transformou em forma
Exploro os cantos e as curvas do desconhecido
Busco por mim mesmo nas sombras e nas ausências
Vim atrás da compreensão da “Razão da Criação”
Vim do seio da “Consciência Cósmica do Criador”
Para exercitar actos e atitudes dignas da “Inteligência”
Confiando estar no “Caminho” do “Conhecimento Perfeito”
Vim ao som da “Música das Esferas” e da pauta do Maestro
Vim para cumprir a minha parte da “Missão Mística”
Remexendo a agulha magnética no palheiro dos Mistérios
Revolvendo os fluídos da transmutação permanente
Vim para me ver reflectido nas águas de um copo de cristal
Vim apresentar-me perante o poder da sagrada “Luz Maior”
Afim de servir como mais um dos visualizadores Humanos
Viajando pelo agreste “Universo do Pensamento” astral
Vim para me unir ao “Ser Divino” que tudo coordena
Vim servir de instrumento ao “Seu Plano Arquitecto”
Experimentando ver e sentir toda a a “Realidade” de “Sua Essência”
Vivendo a “Vida” no sentido da “Evolução” comum...
Vim para reforçar a “União Plena” com Ele e com “Sua Majestosa Obra”...
Vim como mais um de Seus carregados raios de fluxo “Espiritual”...
Estou cá para a “Simbiótica Comunhão” da Existência com o Ser
Por vias do “Casamento Alquímico”...em Paz e Harmonioso Amor total...
Em Homenagem ao Supremo Arquitecto Criador e à Sua Perfeita Criação...
“À Sua Imagem E Semelhança...Somos o Seu Sopro Divino”.
Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 24 de Dezembro de 2005, celebrando a Festa de Natal, em tom “Ecuménico” e “Esotérico”, tendo na “Memória”, os Supremos Grandes Mestres Iluminados Akhenaton, Faraó do Egipto, Moisés dos Judeus, Jesus Cristo dos Essénios e dos Cristãos, e outros Grandes como Khrishna , dos Indús, Confúcio dos Confúcionistas, Sidharta Gautama “Buda” dos Budistas, Maomé dos Muçulmanos e tantos e tantos outros Avatares Iluminados da Humanidade, em pleno espírito de apelo à Paz, à Fraternidade e à Compreensão entre todos os Seres Humanos...
Mézinhas Caseiras, à moda da Maria da Luz
- "Esta inflamação da garganta e constipação se continuarem ainda vão dar em ida ao médico", dizia eu.
- O quê? Não me diga que não conhece nada para a garganta? Perguntava-me, em tom de afirmação, a Maria da Luz do alto dos seus 88 anos.
- Não, não conheço. Qual é a recomendação?
- Umas rodelas de limão aquecidas numa grelha. Juntar uma colher pequena de açúcar. Depois coma. Tem de ser quente. Por exemplo, à noite toma e não sai de casa. Repetir no dia seguinte 2/3 vezes.
Faça também um chá com uma folha de limoreiro e/ou uma folha de larangeira, em 1/4 de litro de água.
- O quê? Não me diga que não conhece nada para a garganta? Perguntava-me, em tom de afirmação, a Maria da Luz do alto dos seus 88 anos.
- Não, não conheço. Qual é a recomendação?
- Umas rodelas de limão aquecidas numa grelha. Juntar uma colher pequena de açúcar. Depois coma. Tem de ser quente. Por exemplo, à noite toma e não sai de casa. Repetir no dia seguinte 2/3 vezes.
Faça também um chá com uma folha de limoreiro e/ou uma folha de larangeira, em 1/4 de litro de água.
23 dezembro 2005
22 dezembro 2005
Preciosidades...
Dizia-me o meu amigo Jaime que hoje teve direito a um presente de todo invulgar. Ofereceram-lhe um seguro de vida.E que tinha sido um presente meio estranho, mas que adorou recebê-lo, porque sentiu ser-lhe oferecido com muita amizade. Assim, no próximo ano, caso morra ou fique com invalidez absoluta (longe vá o agoiro), terá direito a receber 5.000 euros. Por isso, pode dizer-se que
Amor é:
Oferecer-lhe um seguro de vida pelo Natal.
Amor é:
Oferecer-lhe um seguro de vida pelo Natal.
20 dezembro 2005
Preciosidades...
Hoje, na mercearia do Toninho, no espaço das habituais compras diárias, as conversas estavam interessantes. A Ti Estrudes, setenta e tal anos, contava que quando era moça sempre um pedinte passava pela sua casa ás sextas-feiras. Ao saber que a sua irmã tinha muita falta de vista, deixou um conselho: assar fígado de carneiro num fogareiro e debruçar-se sobre o fumo. Repetir o tratamento várias vezes. Hoje, diz a Ti Estrudes, já em idade avançada, a irmã ainda faz renda e malha sem precisar sequer de óculos.Ao lado da Ti Estrudes alguém comentou:
Então não é que o Estreia Barbeiro, homem para quase oitenta anos, mais corado que o vinho tinto, agora diz que, de repente, ficou com uma vista melhor do que quando era novo. Ele que usava óculos e tinha uma acentuada falta de vista. Vai daí, decidi passar pelo Barbeiro e atirei-lhe a pergunta, enquanto ele ia cortando o cabelo a um cliente: "-Então Mestre Estreia agora está com melhor vista do que nunca?"-" Olha os óculos estão ali", disse-me ele apontando para uma prateleira de vidro. "Eu, sei lá, sinto-me honroso, vaidoso...""-Então mas tem andado a rezar? Tem ido à Igreja? Foi algum milagre?"Como o Barbeiro é Comunista lançou uma série de impropérios contra a Igreja, mas lá continuou de seguida: "-Eu, sei lá, sinto-me vaidoso, honroso...", tentando dar imenso destaque à importância do caso.
Bem, e como dizem que os olhos são o espelho da alma, nós achamos que não é caso para menos.
Então não é que o Estreia Barbeiro, homem para quase oitenta anos, mais corado que o vinho tinto, agora diz que, de repente, ficou com uma vista melhor do que quando era novo. Ele que usava óculos e tinha uma acentuada falta de vista. Vai daí, decidi passar pelo Barbeiro e atirei-lhe a pergunta, enquanto ele ia cortando o cabelo a um cliente: "-Então Mestre Estreia agora está com melhor vista do que nunca?"-" Olha os óculos estão ali", disse-me ele apontando para uma prateleira de vidro. "Eu, sei lá, sinto-me honroso, vaidoso...""-Então mas tem andado a rezar? Tem ido à Igreja? Foi algum milagre?"Como o Barbeiro é Comunista lançou uma série de impropérios contra a Igreja, mas lá continuou de seguida: "-Eu, sei lá, sinto-me vaidoso, honroso...", tentando dar imenso destaque à importância do caso.
Bem, e como dizem que os olhos são o espelho da alma, nós achamos que não é caso para menos.
"Abraço à Vela"
OLÁ Amigos
Hoje de manhã por volta das 10h00m Rio de Janeiro o Pai falou com a Mãe e está tudo bem, os ventos continuam fracos e o Pai disse que se os ventos continuarem assim só chegam a Luanda por volta do dia 08 de Janeiro de 2006. Amanhã é aniversario do Pai e vou via Embratel tentar falar com Ele na frequencia 1613, por volta das 8h45m e 9h00m daqui do rio. Vou ligar para a embratel daqui do Rio 08007012141 e dou a frequencia 1613 e a Embratel completa a chamada, via radio deles para o radio do Pai. Amigos a chamada custa R$ 6,50 p/minuto, e normalmente Eles têm o radio ligado as 00h00m de GMT. (caso alguem queira falar com Eles).
Já pedi a São Pedro, para ligar o ventilador no maximo para que os bons ventos soprem e façam o Mussulo andar um pouco mais rapido.
Beijos e Abraços para todos
Luis Amorim
Hoje de manhã por volta das 10h00m Rio de Janeiro o Pai falou com a Mãe e está tudo bem, os ventos continuam fracos e o Pai disse que se os ventos continuarem assim só chegam a Luanda por volta do dia 08 de Janeiro de 2006. Amanhã é aniversario do Pai e vou via Embratel tentar falar com Ele na frequencia 1613, por volta das 8h45m e 9h00m daqui do rio. Vou ligar para a embratel daqui do Rio 08007012141 e dou a frequencia 1613 e a Embratel completa a chamada, via radio deles para o radio do Pai. Amigos a chamada custa R$ 6,50 p/minuto, e normalmente Eles têm o radio ligado as 00h00m de GMT. (caso alguem queira falar com Eles).
Já pedi a São Pedro, para ligar o ventilador no maximo para que os bons ventos soprem e façam o Mussulo andar um pouco mais rapido.
Beijos e Abraços para todos
Luis Amorim
Agostinho da Silva (1906-2006)
"Eu não quero ter poder, mas apenas liberdade de falar aos do poder do que entenda ser verdade."
"São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de não se conformarem."
Agostinho da Silva
(in, Colecção de Postais, Ciências da Educação, Edições ASA).
"São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de não se conformarem."
Agostinho da Silva
(in, Colecção de Postais, Ciências da Educação, Edições ASA).
15 dezembro 2005
Ontem as noticias dos VELEJADORES via radio amador para com nosso amigo Aldir, era de que tudo está a correr bem, com ventos fracos, e Eles ainda andam ás voltas com o conserto do Leme, que não é nada grave deve ter laçeado o cabo de aço e agora terão que ajustá-lo, ou seja, terão que parar o barco para fazer o ajuste, é chato, mas no final tudo vai dar certo.A próxima viagem deve ser para Lisboa no final do Ano que vem, ou quem sabe para outro lugar do nosso querido Planeta.
A razão primordial de tudo é o Amor, na sua presença, na sua ausência, na ilusão da sua presença, na ilusão da sua ausência.
O universo, as estrelas, os planetas, a ciência, os deuses, a matéria, o etéreo, a vida, a ausência da vida, a história, os sentidos, os objectivos, expectativas, medos, as derrotas, as vitórias, a paz, a guerra, tudo dança em torno do Amor.
Ele é o núcleo central de todos os fenômenos, de todos os comportamentos, todas as reacções.
É a força primordial que origina atracção e movimento. Dele nasce a matéria e o tempo, Mãe e Pai de toda vida.
Auschwitz, 5 de Dezembro...
(texto enviado pela amiga Paula Soveral)
O universo, as estrelas, os planetas, a ciência, os deuses, a matéria, o etéreo, a vida, a ausência da vida, a história, os sentidos, os objectivos, expectativas, medos, as derrotas, as vitórias, a paz, a guerra, tudo dança em torno do Amor.
Ele é o núcleo central de todos os fenômenos, de todos os comportamentos, todas as reacções.
É a força primordial que origina atracção e movimento. Dele nasce a matéria e o tempo, Mãe e Pai de toda vida.
Auschwitz, 5 de Dezembro...
(texto enviado pela amiga Paula Soveral)
Português pode ser língua oficial na ONU 14/12/2005 Já conta com 16 mil assinaturas a petição para tornar a língua portuguesa idioma oficial na Organização das Nações Unidas (ONU). O texto, de autoria do Elos Clube Internacional da Comunidade Lusíada, fundamenta a solicitação apresentando dados que ressaltam a importância, para o mundo, do idioma português, falado por mais de 250 milhões de pessoas. Trata-se da 5ª língua mais falada no mundo em números absolutos e da 3ª entre as consideradas línguas universais de cultura. O português é ainda um dos 4 idiomas falados nos seis continentes que compõem o globo. (...)
in, http://www.brasilportugal.org.br
13 dezembro 2005
"Um Abraço À Vela" - Do Rio de Janeiro, Brasil, a Luanda, Angola...
Um pequeno grupo de três amantes do mar, do Brasil e de Angola, estão a projetar uma viagem a Angola, num veleiro, entre o Rio de Janeiro e as cidades de Namibe e Luanda, a capital angolana.
Data prevista para levantar ferro e soltar velas: 03 de Dezembro próximo.
Esta travessia do Atlântico tem como finalidade, não só o desporto em si mesmo, como rever a terra em que o “capitão” da embarcação viveu em criança, hoje distinto Professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da USP, Dr. José Guilherme Pereira Caldas, e ainda, pelo seu lado, aproveitar para prestar homenagem a seu pai, um dos fundadores da Faculdade de Medicina de Luanda.
O segundo tripulante, também médico neuroradiologista, Dr. Mateus Miranda Barbosa, paulista e o mais jovem da tripulação, é um desportista muito conhecido no Brasil pelas suas muitas conquistas internacionais de jiu-jitsu, entre as quais se destaca ter sido campeão mundial de peso e absoluto em 1998.
O terceiro, Francisco Gomes de Amorim, radicado no Brasil há trinta anos, viveu em Angola mais de vinte, onde velejou bastante, e leva a “missão”, além da logística de suprimentos e navegação, de ser portador de um abraço que cariocas e paulistas pretendem mandar aos habitantes das duas citadas cidades, configurado na presença dos três velejadores e ainda num pequeno “presente” que o Prefeito do Rio de Janeiro quis aproveitar para mandar aos seus colegas de Angola.
Será a ligação entre o Brasil e a terra que maior número de indivíduos para aqui mandou nos tempos antigos, e que constituem talvez a maior base da nossa população.
A viagem não tem qualquer fim lucrativo, muito menos político. Não tem patrocínio, mas necessitará de alguns apoios, basicamente no que se refere aos contatos via rádio para recebimento de informações sobre meteorologia, navegação, previsões, dados pretéritos, climatologia, e talvez algum material que a experiência e conhecimentos que a Marinha do Brasil e diversos radioamadores nos vão prestar.
O barco está equipado com GPS, rádio HF/VHF/UHF, leme automático, e demais instrumentos básicos, incluindo radar, de pouca utilidade, e a fundamental balsa automática de salvamento, que pedimos à Senhora dos Navegantes que nunca seja utilizada!
Tudo quanto nos possa ser disponibilizado para o bom sucesso da viagem, que se estima em cerca de sessenta dias, ida e volta, incluindo a rápida estadia em terras angolanas e uma parada pouco mais que técnica, no regresso, em Santa Helena, será altamente apreciado e agradecido.
Vamos levar um abraço entre gentes iguais, que um largo “rio” chamado Atlântico separa, que o passado afastou e que, cada vez mais têm que se unir.
O nome a dar a esta viagem, de que pensamos dar suficiente divulgação, será
“Um abraço à Vela”!
Que bons mares e ventos nos levem e tragam de volta, e que bons e fortes abraços possam ser trocados, e ainda que tenhamos a sorte de encontrar naquela grande terra de Angola, alguns amigos que o destino nos obrigou a lá deixar há muitos anos.
Francisco Gomes de Amorim
Rio de Janeiro – Brasil
Data prevista para levantar ferro e soltar velas: 03 de Dezembro próximo.
Esta travessia do Atlântico tem como finalidade, não só o desporto em si mesmo, como rever a terra em que o “capitão” da embarcação viveu em criança, hoje distinto Professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da USP, Dr. José Guilherme Pereira Caldas, e ainda, pelo seu lado, aproveitar para prestar homenagem a seu pai, um dos fundadores da Faculdade de Medicina de Luanda.
O segundo tripulante, também médico neuroradiologista, Dr. Mateus Miranda Barbosa, paulista e o mais jovem da tripulação, é um desportista muito conhecido no Brasil pelas suas muitas conquistas internacionais de jiu-jitsu, entre as quais se destaca ter sido campeão mundial de peso e absoluto em 1998.
O terceiro, Francisco Gomes de Amorim, radicado no Brasil há trinta anos, viveu em Angola mais de vinte, onde velejou bastante, e leva a “missão”, além da logística de suprimentos e navegação, de ser portador de um abraço que cariocas e paulistas pretendem mandar aos habitantes das duas citadas cidades, configurado na presença dos três velejadores e ainda num pequeno “presente” que o Prefeito do Rio de Janeiro quis aproveitar para mandar aos seus colegas de Angola.
Será a ligação entre o Brasil e a terra que maior número de indivíduos para aqui mandou nos tempos antigos, e que constituem talvez a maior base da nossa população.
A viagem não tem qualquer fim lucrativo, muito menos político. Não tem patrocínio, mas necessitará de alguns apoios, basicamente no que se refere aos contatos via rádio para recebimento de informações sobre meteorologia, navegação, previsões, dados pretéritos, climatologia, e talvez algum material que a experiência e conhecimentos que a Marinha do Brasil e diversos radioamadores nos vão prestar.
O barco está equipado com GPS, rádio HF/VHF/UHF, leme automático, e demais instrumentos básicos, incluindo radar, de pouca utilidade, e a fundamental balsa automática de salvamento, que pedimos à Senhora dos Navegantes que nunca seja utilizada!
Tudo quanto nos possa ser disponibilizado para o bom sucesso da viagem, que se estima em cerca de sessenta dias, ida e volta, incluindo a rápida estadia em terras angolanas e uma parada pouco mais que técnica, no regresso, em Santa Helena, será altamente apreciado e agradecido.
Vamos levar um abraço entre gentes iguais, que um largo “rio” chamado Atlântico separa, que o passado afastou e que, cada vez mais têm que se unir.
O nome a dar a esta viagem, de que pensamos dar suficiente divulgação, será
“Um abraço à Vela”!
Que bons mares e ventos nos levem e tragam de volta, e que bons e fortes abraços possam ser trocados, e ainda que tenhamos a sorte de encontrar naquela grande terra de Angola, alguns amigos que o destino nos obrigou a lá deixar há muitos anos.
Francisco Gomes de Amorim
Rio de Janeiro – Brasil
10 dezembro 2005
Petição para Língua Portuguesa Oficial na ONU
Lusófonos !
No seguimento da petição dirigida à FIFA para que remodelasse o site sobre o Alemanha_2006, de modo a incluir a Língua Portuguesa como uma das opções de escolha de idioma, entretanto aceite e já em funcionamento, foi criada outra petição no site Petition OnLine, desta vez chamando a atenção das Nações Unidas para o mesmo efeito.
A Língua de Camões é Língua Oficial nos países constituintes da CPLP - Comunidade De Países De Língua Portuguesa, falada por perto de 200 milhões de pessoas; só este facto incontornável seria o bastante para que todos os organismos de carácter universalista se dignassem a respeità-la, e dar-lhe as condições e a visibilidade a que tem direito; é um direito inalienável, que toda a Comunidade Lusófona deve defender e fazer respeitar.
Para além disso, como se não bastasse, é preciso ter em conta, e afirmar permanentemente, que ela também é falada em muitos outros países não Lusófonos, onde existem grandes comunidades de falantes da língua, quer eles sejam portugueses, brasileiros, guineenses, cabo-verdianos, são-tomenses, angolanos, moçambicanos, timorenses, galegos, macaenses ou goeses; e estes, estando ou não deslocados, continuam a pertencer a esta grande Comunidade De Língua Portuguesa. Como exemplo, refiro os países seguintes :
África Do Sul, 300.000
Alemanha, 170.000
Argentina, 32.000
Austrália, 12.000
Bélgica, 70.000
Canadá, 415.000
Espanha, 70.000
E. Unidos, 2.280.000
França, 808.000
Grécia, 2.500
Holanda, 11.000
Israel, 13.000
Itália, 16.800
Japão, 170.000
Luxemburgo, 150.000
Paraguai, 325.000
Reino Unido, 100.000
Suécia, 7.000
Suiça, 157.000
Uruguai, 15.000
Venezuela, 400.000
Zimbabwe, 2.000
(números aproximados - meramente indicativos)
Com esta listagem não esgotamos a presença da Língua Portuguesa no mundo; mas é uma demonstração clara e inequívoca de que a Língua Portuguesa é uma língua universal de facto, e também o deve ser de direito. Por tudo isto, ela deve passar a ser uma das línguas oficiais nas Nações Unidas.Não se acanhe, dê mais força à razão ! Não desdenhe, e assine a petição ! Endereço da petição : Português Nas Nações Unidas
""""
A petição já vai com (quase) 15.000 assinaturas; segundo parece são precisas 20.000 assinaturas para apresentar a petição na ONU, portanto só faltam perto de 5.000 assinaturas para este efeito.
Estima-se que sejam 250 milhões os falantes da língua espalhados pelo mundo; mesmo considerando que muitos não têm, infelizmente, acesso à Internet, as assinaturas que faltam representam umas poucas gotas neste mar imenso...
Estou convicto que a Lusofonia vai dar a si própria uma boa prenda de Natal...
"Não se acanhe, dê mais força à razão !
Não desdenhe, e assine a petição !"
- - - - - - - - - - -
Um abraço
Carlos Pereira
(retirado de dialogos_lusofonos@yhaoogrupos.com.br )
No seguimento da petição dirigida à FIFA para que remodelasse o site sobre o Alemanha_2006, de modo a incluir a Língua Portuguesa como uma das opções de escolha de idioma, entretanto aceite e já em funcionamento, foi criada outra petição no site Petition OnLine, desta vez chamando a atenção das Nações Unidas para o mesmo efeito.
A Língua de Camões é Língua Oficial nos países constituintes da CPLP - Comunidade De Países De Língua Portuguesa, falada por perto de 200 milhões de pessoas; só este facto incontornável seria o bastante para que todos os organismos de carácter universalista se dignassem a respeità-la, e dar-lhe as condições e a visibilidade a que tem direito; é um direito inalienável, que toda a Comunidade Lusófona deve defender e fazer respeitar.
Para além disso, como se não bastasse, é preciso ter em conta, e afirmar permanentemente, que ela também é falada em muitos outros países não Lusófonos, onde existem grandes comunidades de falantes da língua, quer eles sejam portugueses, brasileiros, guineenses, cabo-verdianos, são-tomenses, angolanos, moçambicanos, timorenses, galegos, macaenses ou goeses; e estes, estando ou não deslocados, continuam a pertencer a esta grande Comunidade De Língua Portuguesa. Como exemplo, refiro os países seguintes :
África Do Sul, 300.000
Alemanha, 170.000
Argentina, 32.000
Austrália, 12.000
Bélgica, 70.000
Canadá, 415.000
Espanha, 70.000
E. Unidos, 2.280.000
França, 808.000
Grécia, 2.500
Holanda, 11.000
Israel, 13.000
Itália, 16.800
Japão, 170.000
Luxemburgo, 150.000
Paraguai, 325.000
Reino Unido, 100.000
Suécia, 7.000
Suiça, 157.000
Uruguai, 15.000
Venezuela, 400.000
Zimbabwe, 2.000
(números aproximados - meramente indicativos)
Com esta listagem não esgotamos a presença da Língua Portuguesa no mundo; mas é uma demonstração clara e inequívoca de que a Língua Portuguesa é uma língua universal de facto, e também o deve ser de direito. Por tudo isto, ela deve passar a ser uma das línguas oficiais nas Nações Unidas.Não se acanhe, dê mais força à razão ! Não desdenhe, e assine a petição ! Endereço da petição : Português Nas Nações Unidas
""""
A petição já vai com (quase) 15.000 assinaturas; segundo parece são precisas 20.000 assinaturas para apresentar a petição na ONU, portanto só faltam perto de 5.000 assinaturas para este efeito.
Estima-se que sejam 250 milhões os falantes da língua espalhados pelo mundo; mesmo considerando que muitos não têm, infelizmente, acesso à Internet, as assinaturas que faltam representam umas poucas gotas neste mar imenso...
Estou convicto que a Lusofonia vai dar a si própria uma boa prenda de Natal...
"Não se acanhe, dê mais força à razão !
Não desdenhe, e assine a petição !"
- - - - - - - - - - -
Um abraço
Carlos Pereira
(retirado de dialogos_lusofonos@yhaoogrupos.com.br )
Mais uma carta do Agostinho
Meus Amigos
Devo dizer-vos, com toda a franqueza possíveis, que, ao contrário do que às vezes se julga, nunca pensei nada de completo, de coerente e de algum futuro, senão depois de ter reencontrado, por Jaime Cortesão e António Quadros, o chamado Culto Popular do Espírito Santo ou Culto do Divino. O que, para mim, não exclui, e por isso empreguei o reencontrar, que tenha eu próprio andado no tal século XIII, e marítimo de Algarve, pastor do Alentejo, ou já aburguesado no Pôrto, envôlto com os outros na Festa do dia de Pentecostes em que sonhava o povo português sentir-se já num Paraiso a vir, e até num Paraiso mais seguro, porquanto sem tentações. Ou então a celebrar o Culto noutros tempos mais próximos, e noutros lugares, porque houve Brasil, com os que fugiam de Portugal, e houve América do Norte, com os emigrantes, o que me leva agora a desejar que tenha o Presidente Itamar, o tão de Minas Gerais, algum pensamento de lembrança, e, por muito diferente que seja a linguagem, sejam fieis ao mesmo anseio, os de uma Presidência Casada, Bill Clinton e Dona Hilária. Ou que mais longe, pelo menos em espaço, quem sabe se na China de Deng Xaoping, se esteja avançando para a junção de duas faces, ambas visiveis e tocaveis, de um corpo perpetuamente misterioso, existente e inexistente, uma face de economia e uma face de teologia, místicas e talvez matematizaveis as duas, mas sempre com nítidos e gerais efeitos práticos. Pôsto isto assim, e acreditando num Universo sacralizavel ou de que se descobriria o Sagrado, na possibilidade de uma vida gratuita, numa defesa e desenvolvimento contínuos do Poeta que nasce em cada Criança e numa desejavel inteira liberdade de cada ser, o melhor é não o andarmos pregando, mas o pormos em prática. Como felizmente o posso fazer não ficarei com direitos de autor das Folhinhas, como não tenho ficado com os de outras publicações. São de todos os Amigos, as reproduzirão como queiram. Os tais quinhentos escudos serão só para o material e portes de quem as queira receber em casa. Sempre com muita pena de a correspondência ainda não ser gratuita. Mas, um dia, lá chegarão os CTT.
Lua Cheia de 8.3.93
P Á G I N A D A S O D E S B R E V E S
Ode breve a Mestre Sócrates
filósofo das esquinas
enquanto os grandes senhores
preferiam salas finas
era de família humilde
e decerto obediente
mais encarreirada à lógica
que treinada em dar ao dente
guerreiro foi e gostando
de muita espécie de luta
e para subir ao céu
fez escada da cicuta
o que viu como verdade
sempre a todos ensinou
mas por fim com suas manhas
a política o matou
lá está lá estará
sempre só mas não sozinho
e livre de ordenar verso
ao servidor Agostinho
Devo dizer-vos, com toda a franqueza possíveis, que, ao contrário do que às vezes se julga, nunca pensei nada de completo, de coerente e de algum futuro, senão depois de ter reencontrado, por Jaime Cortesão e António Quadros, o chamado Culto Popular do Espírito Santo ou Culto do Divino. O que, para mim, não exclui, e por isso empreguei o reencontrar, que tenha eu próprio andado no tal século XIII, e marítimo de Algarve, pastor do Alentejo, ou já aburguesado no Pôrto, envôlto com os outros na Festa do dia de Pentecostes em que sonhava o povo português sentir-se já num Paraiso a vir, e até num Paraiso mais seguro, porquanto sem tentações. Ou então a celebrar o Culto noutros tempos mais próximos, e noutros lugares, porque houve Brasil, com os que fugiam de Portugal, e houve América do Norte, com os emigrantes, o que me leva agora a desejar que tenha o Presidente Itamar, o tão de Minas Gerais, algum pensamento de lembrança, e, por muito diferente que seja a linguagem, sejam fieis ao mesmo anseio, os de uma Presidência Casada, Bill Clinton e Dona Hilária. Ou que mais longe, pelo menos em espaço, quem sabe se na China de Deng Xaoping, se esteja avançando para a junção de duas faces, ambas visiveis e tocaveis, de um corpo perpetuamente misterioso, existente e inexistente, uma face de economia e uma face de teologia, místicas e talvez matematizaveis as duas, mas sempre com nítidos e gerais efeitos práticos. Pôsto isto assim, e acreditando num Universo sacralizavel ou de que se descobriria o Sagrado, na possibilidade de uma vida gratuita, numa defesa e desenvolvimento contínuos do Poeta que nasce em cada Criança e numa desejavel inteira liberdade de cada ser, o melhor é não o andarmos pregando, mas o pormos em prática. Como felizmente o posso fazer não ficarei com direitos de autor das Folhinhas, como não tenho ficado com os de outras publicações. São de todos os Amigos, as reproduzirão como queiram. Os tais quinhentos escudos serão só para o material e portes de quem as queira receber em casa. Sempre com muita pena de a correspondência ainda não ser gratuita. Mas, um dia, lá chegarão os CTT.
Lua Cheia de 8.3.93
P Á G I N A D A S O D E S B R E V E S
Ode breve a Mestre Sócrates
filósofo das esquinas
enquanto os grandes senhores
preferiam salas finas
era de família humilde
e decerto obediente
mais encarreirada à lógica
que treinada em dar ao dente
guerreiro foi e gostando
de muita espécie de luta
e para subir ao céu
fez escada da cicuta
o que viu como verdade
sempre a todos ensinou
mas por fim com suas manhas
a política o matou
lá está lá estará
sempre só mas não sozinho
e livre de ordenar verso
ao servidor Agostinho
05 dezembro 2005
Candomblé
O Candomblé é uma religião trazida pelos escravos africanos para o Brasil. Recria muitas das crença de africanos oriundos de Angola, Nigéria, Congo, Benim, Mali e Daomé. A origem nâgo-iorubá da maioria dos escravos fez surgir as nações que se espalham pelo Brasil. As mais conhecidas são: Kêtu, Jêje, Ijexá, Mina, Xambá, entre outras.
Praticado no Brasil desde o século XVIII, o Candomblé tem origem na lenda que apresenta Oduduwa como Nimrod primo de Abraão e, portanto, neto de Caim, como redentor dos Caimitas que viviam na África. Fundamenta-se na crença dos orixás, pura força e energia.
O panteão do Candomblé vai de Exu, guardião dos caminhos e mensageiro dos orixás, até Oxalá, grande criador do mundo.Cada orixá tem uma forma de representação e está ligado a um elemento da natureza. A ele correspondem também símbolos, cores, saudações em lorubá, ervas, dia de culto, animais sacrificiais, indumentária, oferendas e quizilas.
Os rituais próprios de cada orixá são observados rigidamente nos terreiros de candomblé. As principais figuras de um terreiro de candomblé são o Balalorixá e a Lalorixá (pai e mãe de santo respectivamente), que são treinados por sete anos para receberem o axé de fala e trabalharem com o jogo de búzios, processo divinatório conhecido como oráculo de Ifá. Já o filho de santo recolhe-se a um quarto no período de sete a vinte e um dias para fazer a cabeça, ao fim dos quais sai vestido luxuosamente dançando em homenagem ao seu orixá. É a saida do quarto, na feitura do santo.
O terreiro de Candomblé funciona em local onde se plantam as árvores sagradas e se enterram os axés: é o assentamento, centro de força divinamente alimentado com obrigações para manter a energia. Cada divindade tem a sua casa ou quarto e ali os filhos cuidam dele e o alimentam. São os Ilêorixás. Alguns têm sua casa do lado de fora e são os primeiros a serem saudados, como Exu. Alguns terreiros de Candomblé constroem na mata uma casa branca pequena dedicada aos mortos, ancestrais do terreiro. As mulheres não podem entrar nessa casa. A única excepção é o orixá lansã, cujo culto está associado à morte e aos ancestrais.
No Candomblé, os orixás não falam, apenas dançam. Existe um sistema de troca de energia por comida: são as oferendas ao Orixá que curia ou come através do cheiro que se espalha. A casa de Candomblé tem actividades durante toda a semana. Cada dia é dedicado a um orixá. Observam-se as seguintes datas: 2 de Fevereiro (festa de Iemanjá, rainha do mar); 23 de Abril (festa de Oxóssi, orixá caçador), 13 de Junho (festa de Ogum, senhor dos metais), 29 de Junho (festa de Xangô, orixá da justiça); 4 de Dezembro (festa de Iansã, orixá dos ventos e das tempestades); 8 de Dezembro (festa de Oxum, orixá das águas doces); 16 de Agosto (festa de Omolu, senhor do invisível).
Muito há ainda por aprender sobre o Candomblé, cuja regra de ouro é o segredo. Segundo o provérbio africano: "se a fala constrói a cidade, o silêncio edifica o mundo".
Fonte : Entrada "Candomblé"
Dicionário Temático Da LusofoniaTexto Editores
( www.textoeditores.com )
retirado do grupo "Diálogos Lusófonos"
e-mail: dialogos lusofonos@yahoogrupos.com.br
Praticado no Brasil desde o século XVIII, o Candomblé tem origem na lenda que apresenta Oduduwa como Nimrod primo de Abraão e, portanto, neto de Caim, como redentor dos Caimitas que viviam na África. Fundamenta-se na crença dos orixás, pura força e energia.
O panteão do Candomblé vai de Exu, guardião dos caminhos e mensageiro dos orixás, até Oxalá, grande criador do mundo.Cada orixá tem uma forma de representação e está ligado a um elemento da natureza. A ele correspondem também símbolos, cores, saudações em lorubá, ervas, dia de culto, animais sacrificiais, indumentária, oferendas e quizilas.
Os rituais próprios de cada orixá são observados rigidamente nos terreiros de candomblé. As principais figuras de um terreiro de candomblé são o Balalorixá e a Lalorixá (pai e mãe de santo respectivamente), que são treinados por sete anos para receberem o axé de fala e trabalharem com o jogo de búzios, processo divinatório conhecido como oráculo de Ifá. Já o filho de santo recolhe-se a um quarto no período de sete a vinte e um dias para fazer a cabeça, ao fim dos quais sai vestido luxuosamente dançando em homenagem ao seu orixá. É a saida do quarto, na feitura do santo.
O terreiro de Candomblé funciona em local onde se plantam as árvores sagradas e se enterram os axés: é o assentamento, centro de força divinamente alimentado com obrigações para manter a energia. Cada divindade tem a sua casa ou quarto e ali os filhos cuidam dele e o alimentam. São os Ilêorixás. Alguns têm sua casa do lado de fora e são os primeiros a serem saudados, como Exu. Alguns terreiros de Candomblé constroem na mata uma casa branca pequena dedicada aos mortos, ancestrais do terreiro. As mulheres não podem entrar nessa casa. A única excepção é o orixá lansã, cujo culto está associado à morte e aos ancestrais.
No Candomblé, os orixás não falam, apenas dançam. Existe um sistema de troca de energia por comida: são as oferendas ao Orixá que curia ou come através do cheiro que se espalha. A casa de Candomblé tem actividades durante toda a semana. Cada dia é dedicado a um orixá. Observam-se as seguintes datas: 2 de Fevereiro (festa de Iemanjá, rainha do mar); 23 de Abril (festa de Oxóssi, orixá caçador), 13 de Junho (festa de Ogum, senhor dos metais), 29 de Junho (festa de Xangô, orixá da justiça); 4 de Dezembro (festa de Iansã, orixá dos ventos e das tempestades); 8 de Dezembro (festa de Oxum, orixá das águas doces); 16 de Agosto (festa de Omolu, senhor do invisível).
Muito há ainda por aprender sobre o Candomblé, cuja regra de ouro é o segredo. Segundo o provérbio africano: "se a fala constrói a cidade, o silêncio edifica o mundo".
Fonte : Entrada "Candomblé"
Dicionário Temático Da LusofoniaTexto Editores
( www.textoeditores.com )
retirado do grupo "Diálogos Lusófonos"
e-mail: dialogos lusofonos@yahoogrupos.com.br
04 dezembro 2005
Aumento do nível dos oceanos duplicou
A concentração de gases com efeito de estufa actualmente é a mais elevada dos últimos 650 mil anos revelam estudos publicados pela revista Science, que publica ainda que a subida do nível dos oceanos duplicou nos últimos 150 anos.
De acordo com investigadores europeus, uma análise de bolhas de ar preservadas no gelo antárctico a três mil metros de profundidade permitiu recuar 350 mil anos na história das emissões de gases com efeito de estufa.
Thomas Stocker, do Instituto de Física de Berna e autor de um dos estudos sublinhou que “as análises mostram que a concentração de gás carbónico (CO2) é hoje 27 por cento mais elevada que o nível mais alto registado nos últimos 650 mil anos”.
Um segundo estudo de investigadores da Universidade Rudgers, em Nova Jersey, o aumento da duplicação do ritmo de subida do nível dos oceanos desde 1850 é outra confirmação do impacto que a actividade humana tem tido na aceleração do aquecimento climático. Esta conclusão partiu de uma análise de perfurações feitas ao largo do litoral do estado de New Jersey, na costa atlântica dos Estados Unidos.
cienciapt.net
De acordo com investigadores europeus, uma análise de bolhas de ar preservadas no gelo antárctico a três mil metros de profundidade permitiu recuar 350 mil anos na história das emissões de gases com efeito de estufa.
Thomas Stocker, do Instituto de Física de Berna e autor de um dos estudos sublinhou que “as análises mostram que a concentração de gás carbónico (CO2) é hoje 27 por cento mais elevada que o nível mais alto registado nos últimos 650 mil anos”.
Um segundo estudo de investigadores da Universidade Rudgers, em Nova Jersey, o aumento da duplicação do ritmo de subida do nível dos oceanos desde 1850 é outra confirmação do impacto que a actividade humana tem tido na aceleração do aquecimento climático. Esta conclusão partiu de uma análise de perfurações feitas ao largo do litoral do estado de New Jersey, na costa atlântica dos Estados Unidos.
cienciapt.net
30 novembro 2005
Mensagem (3 poemas). Em memória dos 70 anos da morte de Fernando Pessoa
D. FERNANDO
Infante de Portugal
Deu-me Deus o seu gládio porque eu faça
A sua santa guerra
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Às horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.
Infante de Portugal
Deu-me Deus o seu gládio porque eu faça
A sua santa guerra
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Às horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso nada é inteiro.
Ó Portugal hoje és nevoeiro...
É a hora!
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso nada é inteiro.
Ó Portugal hoje és nevoeiro...
É a hora!
25 novembro 2005
23 novembro 2005
Estado do Céu
Limpo e totalmente negro não fora as luzes de Lisboa. Uma massa de ar frio em viagem que passou pelo Ártico, invisível, vai-se calmamente instalando.
Felicidade Nacional Bruta" - Pequenos, mas inteligentes!
ECONOMISTAS JAPONESES DEFENDEM ÍNDICE DE "FELICIDADE NACIONAL BRUTA"
Um grupo de economistas japoneses defendeu recentemente que o seu país deveria preocupar-se menos com o crescimento do Produto Interno Bruto(PIB) e inspirar-se no exemplo do Butão, um pequeno reino dos Himalaias, quemede o seu progresso com base num outro tipo de indicador: a Felicidade Nacional Bruta (FNB).
"O Japão tem muito que aprender com o Butão nesta matéria", afirmouTakayoshi Kusago, ex-economista do Banco Mundial e professor daUniversidade de Osaka, durante o simpósio subordinado a este tema, organizado em Tóquio no início de Outubro.Apesar de o PIB do Butão ser de apenas 500 milhões de dólares, quase nove mil vezes inferior ao do Japão (4,4 mil milhões de dólares), desde 1970que o pequeno reino budista se preocupa sobretudo com o crescimento do índice que mede a felicidade individual dos cidadãos.
A "FNB" leva em conta factores como o desenvolvimento socio-económico duradouro e equitativo, a preservação do meio ambiente, a conservação e promoção da cultura e a boa governação.
"Em busca de um modelo de desenvolvimento, o Butão não encontrou qualquer índice que estivesse de acordo com os valores e aspirações do país, constatando que o mundo estava dividido entre nações ricas e em nações pobres", explicou o economista butanês Karma Galay.Os economistas japoneses admitem que no respeitante ao índice de FNB, os progressos do Butão são muito superiores aos do Japão, onde a taxa desuicídio é uma das mais elevadas do mundo e não raramente ocorrem mortes por excesso de trabalho.
Os economistas destacaram ainda o facto de as crianças do Butão serem praticamente especialistas em questões de meio ambiente, matéria que, naopinião de Shunichi Murata, professor da Universidade Kansei Gakuin, é "muito melhor do que se ensina geralmente aos meninos japoneses".Fazemos votos que o presidente do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, selembre de ler esta notícia e dela retire algumas conclusões.
AFP - In "A Página da Educação", Nov. 2005, pg. 27
Um grupo de economistas japoneses defendeu recentemente que o seu país deveria preocupar-se menos com o crescimento do Produto Interno Bruto(PIB) e inspirar-se no exemplo do Butão, um pequeno reino dos Himalaias, quemede o seu progresso com base num outro tipo de indicador: a Felicidade Nacional Bruta (FNB).
"O Japão tem muito que aprender com o Butão nesta matéria", afirmouTakayoshi Kusago, ex-economista do Banco Mundial e professor daUniversidade de Osaka, durante o simpósio subordinado a este tema, organizado em Tóquio no início de Outubro.Apesar de o PIB do Butão ser de apenas 500 milhões de dólares, quase nove mil vezes inferior ao do Japão (4,4 mil milhões de dólares), desde 1970que o pequeno reino budista se preocupa sobretudo com o crescimento do índice que mede a felicidade individual dos cidadãos.
A "FNB" leva em conta factores como o desenvolvimento socio-económico duradouro e equitativo, a preservação do meio ambiente, a conservação e promoção da cultura e a boa governação.
"Em busca de um modelo de desenvolvimento, o Butão não encontrou qualquer índice que estivesse de acordo com os valores e aspirações do país, constatando que o mundo estava dividido entre nações ricas e em nações pobres", explicou o economista butanês Karma Galay.Os economistas japoneses admitem que no respeitante ao índice de FNB, os progressos do Butão são muito superiores aos do Japão, onde a taxa desuicídio é uma das mais elevadas do mundo e não raramente ocorrem mortes por excesso de trabalho.
Os economistas destacaram ainda o facto de as crianças do Butão serem praticamente especialistas em questões de meio ambiente, matéria que, naopinião de Shunichi Murata, professor da Universidade Kansei Gakuin, é "muito melhor do que se ensina geralmente aos meninos japoneses".Fazemos votos que o presidente do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, selembre de ler esta notícia e dela retire algumas conclusões.
AFP - In "A Página da Educação", Nov. 2005, pg. 27
19 novembro 2005
As Últimas Cartas do Agostinho - 1
Resumo da ideologia do Povo Português nos séculos XIII e XIV, transmitida ao Brasil por seus adeptos que ali se foram acolher; passada ao futuro e, por ele, à criativa Eternidade para os que emigrem para o mais íntimo de si próprios e aí se firmem para sempre.
Missão de Portugal: Sacralizar o Universo, tornando Divina a Vida e Deus real.
Meios: Desenvolvimento dos Povos pela inteira aplicação da Ciência e da Técnica, inclusive nos sectores da Economia, da Política, da Administração Pública e da Filosofia. Conversão da pessoa à adoração da Vida.
Características do que houver no Sagrado: Criança como a melhor manifestação da poesia pura e como inspiradora e suporte, e incitadora a ser criança de todos os que existam. O gratuito da vida. A plena liberdade de todo o ser.
Dezembro de 92. Com toda a vontade de lhe ser fiel - Agostinho
Ode breve à Concepção
o dia é oito o mês doze
a vitória brilhará
àquele que tímido ouse
a vida não principia
ninguém sabe donde veio
talvez seio dê o leite
talvez leite crie o seio
vida e morte nunca estão
vão somente perpassar
naquilo que nunca passa
nem sabemos nomear
é-nos Deus o Cristo vivo
Cristo nos revela Deus
teu triunfo e meu sofrer
tanto são meus como teus
tudo o que tem de sair
sai sem vontade ou espinho
como isto que foi ditado
ao servidor Agostinho
Missão de Portugal: Sacralizar o Universo, tornando Divina a Vida e Deus real.
Meios: Desenvolvimento dos Povos pela inteira aplicação da Ciência e da Técnica, inclusive nos sectores da Economia, da Política, da Administração Pública e da Filosofia. Conversão da pessoa à adoração da Vida.
Características do que houver no Sagrado: Criança como a melhor manifestação da poesia pura e como inspiradora e suporte, e incitadora a ser criança de todos os que existam. O gratuito da vida. A plena liberdade de todo o ser.
Dezembro de 92. Com toda a vontade de lhe ser fiel - Agostinho
Ode breve à Concepção
o dia é oito o mês doze
a vitória brilhará
àquele que tímido ouse
a vida não principia
ninguém sabe donde veio
talvez seio dê o leite
talvez leite crie o seio
vida e morte nunca estão
vão somente perpassar
naquilo que nunca passa
nem sabemos nomear
é-nos Deus o Cristo vivo
Cristo nos revela Deus
teu triunfo e meu sofrer
tanto são meus como teus
tudo o que tem de sair
sai sem vontade ou espinho
como isto que foi ditado
ao servidor Agostinho
Dossier Galiza vs. Lusofonia - 3
Breve História da Galiza - Povos que passaram pela Galiza
(por Moncho de Fidalgo monchodefidalgo@terra.es)
A- Os galaicos: tem-se notícias deles, aproximadamente a partir do ano 39 A.C.. Acredita-se que são descendentes dos celtas.
B- Os romanos: sua presença data desde quando o general “Brutus” chega à Galiza com suas tropas, no 139-136 A.C.
C- Suevos: povo germânico procedente da região que hoje entendemos por Alemanha. No ano 409, o rei suevo Hemerico assina um pacto com o Imperador de Roma Horácio, em virtude do qual esta província se converte, de facto, num reino independente. O Reino Galego (Galliciense Regnum), que foi o primeiro reino constituído na Europa, o primeiro Estado medieval, que abrange os territórios da Galiza atual, o norte de Portugal até o rio Douro e as atuais Astúrias e Leão.
Requila, o sucessor de Hemerico, 438-448, aproveitando o desaparecimento da autoridade romana, em grande parte da Península, estendeu sua jurisdição pela província de Lusitânia, completando um espaço político desde a Cantábria (região do cantábrico após Astúrias, em direção ao Oriente, o País Vasco) até Lisboa, permanecendo inalterável até o século VII.
No ano de 449, o rei Requiario decidiu promover a conversão de todos os suevos ao catolicismo, religião praticada pelos galaicos que se mantinham em paralelo com os suevos, Após esta época já só se fala de galegos…
Entretanto, Remismundo, rei, assinou uma paz duradoura com os visigodos, mas com a contrapartida de aceitarem a sua religião “ariana”. Não se encontram notícias escritas do reino, até o ano 550, era em que Martinho (de Dumio), personagem procedente de Constantinopla, da corte do imperador Justiniano, veio com a intenção de negociar uma aliança bizantino-franco-galega. Foi naquela época que se voltou ao catolicismo e se separaram, de novo, dos “visigodos”, (curioso que nas Canárias chamam aos espanhóis “godos”), que reinou Carriarico Teodomiro (559-570).
No ano 585, desaparece o Reino Suevo da Galiza, e a Galiza passa a ser uma “província” do reino visigodo. É quando a história oficial espanhola afirma a grande união visigoda, chegando a identificar a origem da actual Espanha com aquele reino.
Mais adiante, no Século XI:
1065- Fernando Magno presenteia os seus filhos com os reinos da Galiza ( abrange também o condado de Portucale, origem do actual Portugal) a Garcia, o de Castela a Sancho e o de Leão a Afonso VI.
Após várias lutas, Sancho, rei de Castela, acabou por vencer e destruir Afonso e Garcia, mas foi morto, em 7 de Outubro de 1072, quando cercava Zamora, onde se achava sua irmã Urraca que tomara o partido de Afonso. Então, este, que se refugiara na corte do rei de Toledo,Almamune, regressou e refez a unidade dos estados cristãos do ocidente. Como Fernando Magno, AfonsoVI teve sob o seu comando os reinos de Castela e Leão, incluindo Astúrias, Galiza e Portugal.
No ano de 1128, Afonso Henriques, que reinava no condado de Portucale, venceu sua mãe Teresa que preferia os aristocratas galegos que aceitavam a vassalagem a Leão e a submissão da Galiza inteira, incluindo Portucale. Afonso Henriques queria uma Galiza independente, mas só lograria a independência duma parte da Galiza: Portucale que passou a denominar-se Portugal. e a Galiza ficou debaixo do férreo domínio do poder central de Leão e depois de Castela, o que é o mesmo que dizer espanhóis.
O primeiro rei português sabia que só poderia garantir a independência de forma duradoura, se expandisse o reino muito para além do território que recebeu de seu pai. O esforço de reconquista para Sul (Santarém, Lisboa, Évora, etc.), deixando em herança o dobro do território que tinha recebido, explica-se como forma de construir e perpetuar um país diferente da Galiza.
D- Visigodos: chegam no ano 456…
E - Árabes: chegam no ano 711, e são expulsos 866-910…
Nota:
Galiza e Astúrias fazem parte dum mesmo reino, ora galego, ora asturiano, ora castelhano, ora leonés.
Aragão é o nome que a Espanha dá ao reino onde os catalãs dominavam e onde surgiu a língua catalã.
Os Vascos formaram parte de Navarra.
O Norte de Portugal e a Galiza têm o mesmo clima, a mesma paisagem, a mesma língua e a mesma origem étnica (celtas).
Bibliografia : COMO NASCEU PORTUGAL, Damião Peres; O REINO DE GALIZA, Anselmo Lopez Carreira (A Nossa Terra).
(por Moncho de Fidalgo monchodefidalgo@terra.es)
A- Os galaicos: tem-se notícias deles, aproximadamente a partir do ano 39 A.C.. Acredita-se que são descendentes dos celtas.
B- Os romanos: sua presença data desde quando o general “Brutus” chega à Galiza com suas tropas, no 139-136 A.C.
C- Suevos: povo germânico procedente da região que hoje entendemos por Alemanha. No ano 409, o rei suevo Hemerico assina um pacto com o Imperador de Roma Horácio, em virtude do qual esta província se converte, de facto, num reino independente. O Reino Galego (Galliciense Regnum), que foi o primeiro reino constituído na Europa, o primeiro Estado medieval, que abrange os territórios da Galiza atual, o norte de Portugal até o rio Douro e as atuais Astúrias e Leão.
Requila, o sucessor de Hemerico, 438-448, aproveitando o desaparecimento da autoridade romana, em grande parte da Península, estendeu sua jurisdição pela província de Lusitânia, completando um espaço político desde a Cantábria (região do cantábrico após Astúrias, em direção ao Oriente, o País Vasco) até Lisboa, permanecendo inalterável até o século VII.
No ano de 449, o rei Requiario decidiu promover a conversão de todos os suevos ao catolicismo, religião praticada pelos galaicos que se mantinham em paralelo com os suevos, Após esta época já só se fala de galegos…
Entretanto, Remismundo, rei, assinou uma paz duradoura com os visigodos, mas com a contrapartida de aceitarem a sua religião “ariana”. Não se encontram notícias escritas do reino, até o ano 550, era em que Martinho (de Dumio), personagem procedente de Constantinopla, da corte do imperador Justiniano, veio com a intenção de negociar uma aliança bizantino-franco-galega. Foi naquela época que se voltou ao catolicismo e se separaram, de novo, dos “visigodos”, (curioso que nas Canárias chamam aos espanhóis “godos”), que reinou Carriarico Teodomiro (559-570).
No ano 585, desaparece o Reino Suevo da Galiza, e a Galiza passa a ser uma “província” do reino visigodo. É quando a história oficial espanhola afirma a grande união visigoda, chegando a identificar a origem da actual Espanha com aquele reino.
Mais adiante, no Século XI:
1065- Fernando Magno presenteia os seus filhos com os reinos da Galiza ( abrange também o condado de Portucale, origem do actual Portugal) a Garcia, o de Castela a Sancho e o de Leão a Afonso VI.
Após várias lutas, Sancho, rei de Castela, acabou por vencer e destruir Afonso e Garcia, mas foi morto, em 7 de Outubro de 1072, quando cercava Zamora, onde se achava sua irmã Urraca que tomara o partido de Afonso. Então, este, que se refugiara na corte do rei de Toledo,Almamune, regressou e refez a unidade dos estados cristãos do ocidente. Como Fernando Magno, AfonsoVI teve sob o seu comando os reinos de Castela e Leão, incluindo Astúrias, Galiza e Portugal.
No ano de 1128, Afonso Henriques, que reinava no condado de Portucale, venceu sua mãe Teresa que preferia os aristocratas galegos que aceitavam a vassalagem a Leão e a submissão da Galiza inteira, incluindo Portucale. Afonso Henriques queria uma Galiza independente, mas só lograria a independência duma parte da Galiza: Portucale que passou a denominar-se Portugal. e a Galiza ficou debaixo do férreo domínio do poder central de Leão e depois de Castela, o que é o mesmo que dizer espanhóis.
O primeiro rei português sabia que só poderia garantir a independência de forma duradoura, se expandisse o reino muito para além do território que recebeu de seu pai. O esforço de reconquista para Sul (Santarém, Lisboa, Évora, etc.), deixando em herança o dobro do território que tinha recebido, explica-se como forma de construir e perpetuar um país diferente da Galiza.
D- Visigodos: chegam no ano 456…
E - Árabes: chegam no ano 711, e são expulsos 866-910…
Nota:
Galiza e Astúrias fazem parte dum mesmo reino, ora galego, ora asturiano, ora castelhano, ora leonés.
Aragão é o nome que a Espanha dá ao reino onde os catalãs dominavam e onde surgiu a língua catalã.
Os Vascos formaram parte de Navarra.
O Norte de Portugal e a Galiza têm o mesmo clima, a mesma paisagem, a mesma língua e a mesma origem étnica (celtas).
Bibliografia : COMO NASCEU PORTUGAL, Damião Peres; O REINO DE GALIZA, Anselmo Lopez Carreira (A Nossa Terra).
Dossier Galiza vs. Lusofonis - 2
IRMANDADES DA FALA DA GALIZA E PORTUGAL
Rua B. Corbal, 27, 8º C-D - Apartado, 12 – 36080 PONTE VEDRA (GALIZA)Telefones: 34 986 851124 Telefax: 34 986 851632
Edifício Miguel Dantas, 6º B - Av. Miguel Dantas, s/n
Apartado, 88 – 4930-999 VALENÇA DO MINHO (PORTUGAL)
APRESENTAÇÃO
A Associação Cultural Lusófona IRMANDADES DA FALA DA GALIZA E PORTUGAL e o CONSELHO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA, integrado por ONG –Organizações não Governamentais- legalizadas nos dois estados Ibéricos, visam a defesa e promoção da Língua Portuguesa na Galiza, Portugal, Brasil e PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).
As IRMANDADES DA FALA DA GALIZA E PORTUGAL editam as revistas de caráter técnico-científico lusófonas redigidas em português: NÓS, CADERNOS DO POVO e TEMAS DO ENSINO DE LINGUÍSTICA, SOCIOLINGUÍSTICA E LITERATURA. Abrangem a criação literária (ensaio, poesia, teatro, ficção) e estudos de linguística e literatura, assim como a BAL-Biblioteca de Autores Lusófonos, aí abrangendo autores da Galiza, Portugal, Brasil, PALOP, que escrevem em Língua Portuguesa.
Para qualquer questão relacionada com as revistas pode empregar-se os seguintes endereços:
Edição: Apartado, 12 – 36080 Ponte Vedra, Galiza, Espanha, e Apartado 1036 – 4710 Braga, Portugal. Telefones: 34 986 863286 e 34 986 866202, Telefax: 34 986 851632 (Ponte Vedra) e 351 258 332158 (Viana do Castelo) e 351 253 272746 (Braga).
Director: Dr. José Luís Fontenla. Co-directores: Orlanda Marina Correia (Universidade do Minho, Braga), António Gil Hernández (Instituto S. de Madariaga, Corunha), Cristina Mello (Universidade de Coimbra), J.L. Pires Laranjeira (Universidade de Coimbra). Secretário: Ângelo Brea (Santiago de Compostela). Publicidade: Ângelo Cristóvão (Braga e Santiago de Compostela). Distribuidores para Portugal, Brasil, PALOP: Livraria Minho, Largo Senhora-a-Branca, 66, Braga. Telefone: 271152, Telefax: 614480; Galiza, Espanha, Europa.
As IRMANDADES DA FALA DA GALIZA E PORTUGAL realizam congressos, encontros, Simpósios, etc. sobre Língua, Cultura e Literatura dos Povos Lusófonos (Galiza, Portugal, Brasil, PALOP, Timor), defendem o Acordo Ortográfico para a unificação ortográfica da Língua Portuguesa e promovem o intercâmbio cultural e científico entre os países de Língua Portuguesa, tendo colaboradores nas principais universidades galegas, portuguesas, europeias e brasileiras. Não tendo fins lucrativos recebem subsídios do Ministério de Educação e Cultura da Espanha, de Negócios Estrangeiros e da Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa, para poder cumprir os seus fins sociais de defesa da Língua Portuguesa na Galiza, Portugal, Brasil, PALOP, e organismos internacionais, em que o Português é língua oficial de trabalho.
O correio electrónico lusofonia@infonegocio.com está dedicado a facilitar informação sobre as atividades culturais e linguísticas da Associação e da Comissão Galega do Acordo Ortográfico.
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Edifício Miguel Dantas, 6º B - Av. Miguel Dantas, s/n
Apartado, 88 – 4930-999 VALENÇA DO MINHO (PORTUGAL)
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A Associação Cultural Lusófona IRMANDADES DA FALA DA GALIZA E PORTUGAL e o CONSELHO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA, integrado por ONG –Organizações não Governamentais- legalizadas nos dois estados Ibéricos, visam a defesa e promoção da Língua Portuguesa na Galiza, Portugal, Brasil e PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).
As IRMANDADES DA FALA DA GALIZA E PORTUGAL editam as revistas de caráter técnico-científico lusófonas redigidas em português: NÓS, CADERNOS DO POVO e TEMAS DO ENSINO DE LINGUÍSTICA, SOCIOLINGUÍSTICA E LITERATURA. Abrangem a criação literária (ensaio, poesia, teatro, ficção) e estudos de linguística e literatura, assim como a BAL-Biblioteca de Autores Lusófonos, aí abrangendo autores da Galiza, Portugal, Brasil, PALOP, que escrevem em Língua Portuguesa.
Para qualquer questão relacionada com as revistas pode empregar-se os seguintes endereços:
Edição: Apartado, 12 – 36080 Ponte Vedra, Galiza, Espanha, e Apartado 1036 – 4710 Braga, Portugal. Telefones: 34 986 863286 e 34 986 866202, Telefax: 34 986 851632 (Ponte Vedra) e 351 258 332158 (Viana do Castelo) e 351 253 272746 (Braga).
Director: Dr. José Luís Fontenla. Co-directores: Orlanda Marina Correia (Universidade do Minho, Braga), António Gil Hernández (Instituto S. de Madariaga, Corunha), Cristina Mello (Universidade de Coimbra), J.L. Pires Laranjeira (Universidade de Coimbra). Secretário: Ângelo Brea (Santiago de Compostela). Publicidade: Ângelo Cristóvão (Braga e Santiago de Compostela). Distribuidores para Portugal, Brasil, PALOP: Livraria Minho, Largo Senhora-a-Branca, 66, Braga. Telefone: 271152, Telefax: 614480; Galiza, Espanha, Europa.
As IRMANDADES DA FALA DA GALIZA E PORTUGAL realizam congressos, encontros, Simpósios, etc. sobre Língua, Cultura e Literatura dos Povos Lusófonos (Galiza, Portugal, Brasil, PALOP, Timor), defendem o Acordo Ortográfico para a unificação ortográfica da Língua Portuguesa e promovem o intercâmbio cultural e científico entre os países de Língua Portuguesa, tendo colaboradores nas principais universidades galegas, portuguesas, europeias e brasileiras. Não tendo fins lucrativos recebem subsídios do Ministério de Educação e Cultura da Espanha, de Negócios Estrangeiros e da Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa, para poder cumprir os seus fins sociais de defesa da Língua Portuguesa na Galiza, Portugal, Brasil, PALOP, e organismos internacionais, em que o Português é língua oficial de trabalho.
O correio electrónico lusofonia@infonegocio.com está dedicado a facilitar informação sobre as atividades culturais e linguísticas da Associação e da Comissão Galega do Acordo Ortográfico.
Dossier Galiza vs. Lusofonia - 1
ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DA LÍNGUA (AGAL)
(...)
Agradeço que esclareças a quem puder interessar: AGAL é Associação Galega da Língua, uma entidade cultural nascida em 1982. A sua página web é www.agal-gz.org Dedicam-se a cumprir os estatutos associativos: publicações de literatura e estudos linguísticos; aulas de língua, etc. Têm também uma boa revista trimestral de cultura, Agália, editada desde 1985 e que já está no número 80. O caso da AGAL é também o da Associação de Amizade Galiza-Portugal, criada em 1980, e da que sou secretário. Outras entidades são as Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, com 3 revistas activas e mais de 50 publicações em português da Galiza. Podemos acrescentar outros nomes de entidades associativas mais recentes, como: Movimento Defesa da Língua, que não realiza publicações mas são muito activos na dinamização cultural; Fundação Artábria (Ferrol), do mesmo teor que a anterior mas com local próprio e biblioteca; Gentalha do Pichel (Santiago) e outras em Vigo, Lugo e Ourense. Outras associações abrirão locais nos próximos meses e anos. Contra todos os impedimentos, apesar de não recebermos ajudas públicas e sermos acossados pela imprensa espanhola e as autoridades políticas, o movimento lusófono galego está em crescimento constante.
Qual é o denominador comum destas entidades, totalmente legais? O facto de não aceitarmos a castelhanização da Galiza e do galego. Por isto nos dedicamos a estudar, promover e utilizar o português padrão ou uma norma linguística semelhante. Quer dizer, nós propomos o português como língua nacional da Galiza, e não aceitamos descontos, promoções nem meias tintas. Este movimento cultural está integrado por um grande número de professores universitários e mesmo alguns catedráticos, como Ramom López Suevos (prof. da Faculdade de Economia da Univ. de Santiago) ou Maria do Carmo Henriques (prof. na Univ. de Vigo). O grupo mais numeroso é o dos estudantes, a juventude em geral. Ninguém é excluído em função da ideologia política. Por exemplo, na AGAL há militantes do BNG, do PSOE, autonomistas e mesmo de grupos independentistas. Estes últimos são muito minoritários dentro das associações culturais. Talvez sejam só 30 pessoas, ou menos.
É evidente que a nossa proposta cultural tem implicações políticas, mas todas estas associações têm grande cuidado em não aderir a nenhuma ideologia concreta procurando manter, quanto possível, boas relações com todos os partidos políticos. Existe um grande interesse da parte do estado espanhol e de alguns elementos da comunicação social em associar o movimento cultural lusófono ao radicalismo independentista e, mais concretamente, com uma minoria violenta que em 25 de Julho (oficialmente esse é o Dia Nacional da Galiza) atentaram contra o balcão principal da Caixa Galicia de Santiago. Qualquer pessoa que tenha contacto pessoal com membros destas associações culturais citadas sabe que condenamos totalmente os métodos terroristas, e nisto sempre fomos taxativos, categóricos.
Os 2 bombistas do 25 de Julho foram apanhados aos poucos minutos da explosão, que só causou danos materiais. Esse atentado e algum vandalismo produzido no mobiliário urbano parecia ser o principal argumento para a operação policial de 14 de Novembro. Nesse dia 10 cidadãos foram levados pela polícia espanhola a dependências de Madrid. Os factos demonstram que essa operação, chamada "Operación Castiñeira" não era policial, mas política. Carecia totalmente de justificação e ficou agravada pela enorme desproporção entre os meios utilizados e a "ameaça" existente. Os 10 presos ficaram livres aos três dias: simplesmente porque não havia provas nem coisa semelhante. A operação policial foi ordenada por um juiz da "Audiencia Nacional", verdadeiro tribunal de excepção. Pretenderam com isso criminalizar não só todos os independentistas, agrupados sob as siglas de AMI (Assembleia da Mocidade Independentista), mas também as associações culturais lusófonas, pois registaram os locais de três destas entidades, cujo único delito é utilizarem e defenderem o português da Galiza. A coisa é tão clara que mesmo num jornal da direita espanhola, El Correo Gallego, www.elcorreogallego.es, muito próximo do P.P. e editado em Santiago de Compostela, dedica grandes críticas à operação policial. Hoje, um colunista, Carlos Luís Rodríguez, afirma tratar-se de uma operação contra os direitos civis dos 10 cidadãos e pergunta como a polícia e o juiz que ordenou a operação vai compensar aos 10 cidadãos injuriados, como vai devolver-lhes a honra.
Reproduzo um parágrafo do seu artigo de hoje, na página 2: «Esto es mucho más que una equivocación. Los que ahora han quedado en libertad sin cargos, fueron presentados como alumnos de ETA, y detenidos con un despliegue similar al que se utiliza para desarticular comandos terroristas. La distancia entre el principio y el final es tan grande, y el plazo tan breve, que sólo cabe la hipótesis, tremenda, de que la frivolidad se ha instalado en importantes poderes del Estado. Tan grave es poner en la calle a violentos amateur capaces de dar el paso al terrorismo sénior, como capturar sin más a unos ciudadanos a los que después no se puede acusar de nada. Lo primero es un atendado a la seguridad; lo segundo, un insulto inasmisible a las libertades civiles»
Os detalhes da operação "Castiñeira" são arrepiantes, pois previamente vários juízes da Galiza se negaram a ordená-la, por excessiva e injustificada. O mesmo El Correo Gallego, que sempre defende a polícia espanhola, reproduz a queixa de elementos da "Guardia Civil" pelo ridículo da "Operación Castaña", que deixa em mal lugar a imagem desse corpo policial.
É triste ter que demonstrar que os lusófonos galegos não temos rabo nem comemos meninhos, mas estas são as regras do jogo: com certa frequência, o estado espanhol dedica-se a intoxicar e perseguir os cidadãos insubmissos à castelhanização obrigatória, e nós somos obrigados a demonstrar que somos pessoas normais. Depois queixam-se porque cresce o independentismo na Galiza.
Grato pela atenção,
Ângelo Cristóvão
(...)
Agradeço que esclareças a quem puder interessar: AGAL é Associação Galega da Língua, uma entidade cultural nascida em 1982. A sua página web é www.agal-gz.org Dedicam-se a cumprir os estatutos associativos: publicações de literatura e estudos linguísticos; aulas de língua, etc. Têm também uma boa revista trimestral de cultura, Agália, editada desde 1985 e que já está no número 80. O caso da AGAL é também o da Associação de Amizade Galiza-Portugal, criada em 1980, e da que sou secretário. Outras entidades são as Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, com 3 revistas activas e mais de 50 publicações em português da Galiza. Podemos acrescentar outros nomes de entidades associativas mais recentes, como: Movimento Defesa da Língua, que não realiza publicações mas são muito activos na dinamização cultural; Fundação Artábria (Ferrol), do mesmo teor que a anterior mas com local próprio e biblioteca; Gentalha do Pichel (Santiago) e outras em Vigo, Lugo e Ourense. Outras associações abrirão locais nos próximos meses e anos. Contra todos os impedimentos, apesar de não recebermos ajudas públicas e sermos acossados pela imprensa espanhola e as autoridades políticas, o movimento lusófono galego está em crescimento constante.
Qual é o denominador comum destas entidades, totalmente legais? O facto de não aceitarmos a castelhanização da Galiza e do galego. Por isto nos dedicamos a estudar, promover e utilizar o português padrão ou uma norma linguística semelhante. Quer dizer, nós propomos o português como língua nacional da Galiza, e não aceitamos descontos, promoções nem meias tintas. Este movimento cultural está integrado por um grande número de professores universitários e mesmo alguns catedráticos, como Ramom López Suevos (prof. da Faculdade de Economia da Univ. de Santiago) ou Maria do Carmo Henriques (prof. na Univ. de Vigo). O grupo mais numeroso é o dos estudantes, a juventude em geral. Ninguém é excluído em função da ideologia política. Por exemplo, na AGAL há militantes do BNG, do PSOE, autonomistas e mesmo de grupos independentistas. Estes últimos são muito minoritários dentro das associações culturais. Talvez sejam só 30 pessoas, ou menos.
É evidente que a nossa proposta cultural tem implicações políticas, mas todas estas associações têm grande cuidado em não aderir a nenhuma ideologia concreta procurando manter, quanto possível, boas relações com todos os partidos políticos. Existe um grande interesse da parte do estado espanhol e de alguns elementos da comunicação social em associar o movimento cultural lusófono ao radicalismo independentista e, mais concretamente, com uma minoria violenta que em 25 de Julho (oficialmente esse é o Dia Nacional da Galiza) atentaram contra o balcão principal da Caixa Galicia de Santiago. Qualquer pessoa que tenha contacto pessoal com membros destas associações culturais citadas sabe que condenamos totalmente os métodos terroristas, e nisto sempre fomos taxativos, categóricos.
Os 2 bombistas do 25 de Julho foram apanhados aos poucos minutos da explosão, que só causou danos materiais. Esse atentado e algum vandalismo produzido no mobiliário urbano parecia ser o principal argumento para a operação policial de 14 de Novembro. Nesse dia 10 cidadãos foram levados pela polícia espanhola a dependências de Madrid. Os factos demonstram que essa operação, chamada "Operación Castiñeira" não era policial, mas política. Carecia totalmente de justificação e ficou agravada pela enorme desproporção entre os meios utilizados e a "ameaça" existente. Os 10 presos ficaram livres aos três dias: simplesmente porque não havia provas nem coisa semelhante. A operação policial foi ordenada por um juiz da "Audiencia Nacional", verdadeiro tribunal de excepção. Pretenderam com isso criminalizar não só todos os independentistas, agrupados sob as siglas de AMI (Assembleia da Mocidade Independentista), mas também as associações culturais lusófonas, pois registaram os locais de três destas entidades, cujo único delito é utilizarem e defenderem o português da Galiza. A coisa é tão clara que mesmo num jornal da direita espanhola, El Correo Gallego, www.elcorreogallego.es, muito próximo do P.P. e editado em Santiago de Compostela, dedica grandes críticas à operação policial. Hoje, um colunista, Carlos Luís Rodríguez, afirma tratar-se de uma operação contra os direitos civis dos 10 cidadãos e pergunta como a polícia e o juiz que ordenou a operação vai compensar aos 10 cidadãos injuriados, como vai devolver-lhes a honra.
Reproduzo um parágrafo do seu artigo de hoje, na página 2: «Esto es mucho más que una equivocación. Los que ahora han quedado en libertad sin cargos, fueron presentados como alumnos de ETA, y detenidos con un despliegue similar al que se utiliza para desarticular comandos terroristas. La distancia entre el principio y el final es tan grande, y el plazo tan breve, que sólo cabe la hipótesis, tremenda, de que la frivolidad se ha instalado en importantes poderes del Estado. Tan grave es poner en la calle a violentos amateur capaces de dar el paso al terrorismo sénior, como capturar sin más a unos ciudadanos a los que después no se puede acusar de nada. Lo primero es un atendado a la seguridad; lo segundo, un insulto inasmisible a las libertades civiles»
Os detalhes da operação "Castiñeira" são arrepiantes, pois previamente vários juízes da Galiza se negaram a ordená-la, por excessiva e injustificada. O mesmo El Correo Gallego, que sempre defende a polícia espanhola, reproduz a queixa de elementos da "Guardia Civil" pelo ridículo da "Operación Castaña", que deixa em mal lugar a imagem desse corpo policial.
É triste ter que demonstrar que os lusófonos galegos não temos rabo nem comemos meninhos, mas estas são as regras do jogo: com certa frequência, o estado espanhol dedica-se a intoxicar e perseguir os cidadãos insubmissos à castelhanização obrigatória, e nós somos obrigados a demonstrar que somos pessoas normais. Depois queixam-se porque cresce o independentismo na Galiza.
Grato pela atenção,
Ângelo Cristóvão
18 novembro 2005
Uma lição de Gandhi
Porque GRITAMOS?
Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
"Porque é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?" Questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar: "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:
"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?" O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvirem um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."
Por fim, o pensador conclui, dizendo: "Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".
Mahatma Gandhi
Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
"Porque é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?" Questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar: "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:
"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?" O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvirem um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."
Por fim, o pensador conclui, dizendo: "Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".
Mahatma Gandhi
15 novembro 2005
Diálogos Lusófonos
Tanto quanto sei, Agostinho da Silva esteve ligado à fundação de várias Universidades no Brasil e a alguns Centros de Estudos, como o Centro de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de São Salvador da Baia.
Viveu 26 anos no Brasil, entre 1944 e 1970, devido a problemas com o regime fascista português, acabando por adquirir dupla nacionalidade. Foi figura de proa na vida cultural da Baia na década de 50/60, tal como refere António Risério no seu livro "avant-garde na Bahia", publicado pelo instituto lina bo e p. m. bardi, com apresentação de Caetano Veloso.
A sua vasta obra tem vindo a ser publicada em Portugal, com coordenação da Associação Agostinho da Silva, pelas Edições Âncora.
É uma das grandes figuras do século XX da cultura lusófona, tido por muitos como o continuador das obras do Padre António Vieira, Fernando Pessoa, entre outros. O dia 13 de Fevereiro de 2006 constitui a data oficial das comemorações do 1º centenário do seu nascimento.
abç.
luis santos
Viveu 26 anos no Brasil, entre 1944 e 1970, devido a problemas com o regime fascista português, acabando por adquirir dupla nacionalidade. Foi figura de proa na vida cultural da Baia na década de 50/60, tal como refere António Risério no seu livro "avant-garde na Bahia", publicado pelo instituto lina bo e p. m. bardi, com apresentação de Caetano Veloso.
A sua vasta obra tem vindo a ser publicada em Portugal, com coordenação da Associação Agostinho da Silva, pelas Edições Âncora.
É uma das grandes figuras do século XX da cultura lusófona, tido por muitos como o continuador das obras do Padre António Vieira, Fernando Pessoa, entre outros. O dia 13 de Fevereiro de 2006 constitui a data oficial das comemorações do 1º centenário do seu nascimento.
abç.
luis santos
13 novembro 2005
"As Últimas Cartas do Agostinho..."
Dez anos atrás, a Cooperativa de Animação Cultural de Alhos Vedros publicou o livrinho cujo título se anuncia. Foi uma publicação caseira, mas muito bonita, de 50 volumes que voaram num ápice. Agora a Casa de Estudos propõe-se republicá-las, uma de cada vez. Fica para já o textinho do Agostinho escolhido na altura para servir de Introdução.
“Meu caro amigo:
Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos se eles foram meus, não seus. Se o criador o tivesse querido juntar muito a mim não teríamos talvez dois corpos distintos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição venha a pensar o mesmo que eu; mas nessa altura já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.” (Agostinho da Silva, in sete cartas a um jovem filósofo, ulmeiro).
“Meu caro amigo:
Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos se eles foram meus, não seus. Se o criador o tivesse querido juntar muito a mim não teríamos talvez dois corpos distintos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição venha a pensar o mesmo que eu; mas nessa altura já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.” (Agostinho da Silva, in sete cartas a um jovem filósofo, ulmeiro).
10 novembro 2005
1º Centenário do Nascimento de Agostinho da Silva
O dia 13 de Fevereiro de 2006 assinala o dia do 1º Centenário do nascimento do Professor Agostinho da Silva. Sensivelmente 3 meses antes a Casa de Estudos de Alhos Vedros junta-se ás comemorações que irão decorrer.
Estado do Céu
Marejado de nuvens brancas. Pouco espessas. Descrevem nuances.
Uma em forma de pássaro, outra que espicha céu adentro e outra com formas de seta de Cupido é travada pelo gesto decidido de um Deus.
Por baixo escorre uma leve brisa, fria, mas calma, a anunciar um final de tarde outonal.
Uma em forma de pássaro, outra que espicha céu adentro e outra com formas de seta de Cupido é travada pelo gesto decidido de um Deus.
Por baixo escorre uma leve brisa, fria, mas calma, a anunciar um final de tarde outonal.
22 outubro 2005
Doce Mistério da Vida
Minha vida que pareces muito calma
Tem segredos que eu não posso revelar
Escondidos bem no fundo de minh'alma
Nem transparecem no meu olhar
Tem segredos que eu não posso revelar
Escondidos bem no fundo de minh'alma
Nem transparecem no meu olhar
Vive sempre conversando a sós comigo
Uma voz que eu escuto com fervor
Escolheu meu coração pra seu abrigo
E dele fez um roseiral em flor
A ninguém revelarei o meu segredo
E nem direi quem é o meu amor
(Canção do Caetano Veloso em versão do Luis Carlos).
11 outubro 2005
08 outubro 2005
A Língua dos Anjos
"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que ressoa ou como o címbalo que retine."
Bíblia, I Coríntios 13
A palavra arcanjo significa "anjo maior" e vem do grego ânguelos, que significa mensageiro. O termo anjo não indica a natureza, ou seja, aquilo que o anjo é, mas a sua sua missão, aquilo que ele faz.
Santo Agostinho diz que "anjo é designação de encargo, e não de natureza. Se perguntas pela sua natureza, ele é espírito. Se perguntas pelo encargo, ele é anjo. É espírito por aquilo que ele é. É anjo por aquilo que ele faz"
Tomando por base diversas citações bíblicas, alguns escritores sagrados dividem os anjos em três hierarquias e cada uma é formada por três categorias. A primeira hierarquia é constituída pelos espíritos Serafins, Querubins e Tronos. Os primeiros são os "inflamados" do amor de Deus. Os Querubins são os portadores da plenitude da Ciência divina e os Tronos vêem a fruição perpétua da presença de Deus.
A segunda hierarquia é formada pelos espíritos Dominações, pelos Virtudes e pelos Potências. Os primeiros presidem e dão ordem aos outros. Os Virtudes são os executores das ordens e os últimos têm poder de remover obstáculos aos planos divinos e favorecer sua implantação.
A terceira hierarquia é composta pelos espíritos Principados, que exercem poderes em nome de Deus em países, províncias e Estados; os Arcanjos exercem domínio sobre cidades e os Anjos cuidam das pessoas.
Por causa das suas aparições descritas na Bíblia, os Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael são os mais conhecidos e prestigiados pela Igreja Católica e todos são celebrados no dia 29 de Setembro.
São Miguel Arcanjo – Miguel significa "Quem é como Deus" e é tido como o defensor intransigente de Deus. São Gregório escreveu que "quando se trata de realizar coisas maravilhosas, o enviado por Deus é Miguel".
Baseados em dados bíblicos, alguns escritores apontam que Miguel combateu Lúcifer e seus anjos rebeldes e os expulsou do céu. Foi este mesmo Arcanjo que disputou contra Satanás para proteger o corpo de Moisés, que o diabo queria fazer desaparecer, a fim de que o povo judeu adorasse Moisés em lugar de Deus. Segundo a liturgia da esperança, Miguel acompanha os falecidos e os leva até Deus e ao paraíso. É considerado o protetor da Igreja Católica. Em documentos religiosos são relatadas algumas aparições desse arcanjo, com vitórias em guerras e desaparecimento de pestes mortais. Miguel já era cultuado na sinagoga judaica como seu protetor. O papa São Gregório dedicou-lhe um mausoléu hoje conhecido como Castelo de Santo Ângelo, perto do Vaticano. Tradicionalmente, Miguel é invocado contra o demônio e para libertar pessoas e lugares contaminados pelas forças do mal.
São Gabriel Arcanjo – Gabriel significa força de Deus e esse arcanjo é considerado o mensageiro celeste que recebeu a missão de anunciar a presença do filho de Deus no ventre da Virgem Maria. Gabriel anunciou o nascimento de João Batista e revelou seu poder quando castigou Zacarias, pai de João Batista, tornando-o mudo pela falta de fé e por não ter acreditado na notícia que trazia.
São Rafael Arcanjo – Rafael significa "Deus cura" ou ainda "Medicina de Deus". Esse arcanjo aparece no livro bíblico de Tobias quando surge disfarçado de humano, como companheiro de viagem de Tobias, conhecedor dos caminhos e das pessoas, cuidando do companheiro de viagem. Devido a essa missão, Rafael é invocado como guia e protetor dos viajantes.
Durante a viagem, o arcanjo ensina a Tobias o remédio para a cura da cegueira de seu pai. Por isso é também invocado como intercessor para a cura dos doentes.
(in, Jornal Mercado Paulista)
06 outubro 2005
04 outubro 2005
Às vezes encontramos poemas que nos servem como luvas
Vestimo-los mesmo que limpando lágrimas
E olhando-nos ao espelho pensamos – que bem que me fica, vou mostrar-me assim aos meus amigos!
E sendo a beleza o esplendor da verdade (santo Agostinho) nunca as quis tanto como agora
O belo sentido nas formas nítidas do pensamento, suprema consolação!
O belo sentido nos olhos, nas embriagantes cores de todas as paisagens ou nos corpos e rostos de mulheres bonitas, e no sorriso eterno de um filho, de uma criança, de um velho, de um amigo!
O belo sentido ao compreendermos que o mal é sempre realizado por alguém que não está bem consigo próprio e que essa própria pessoa será mais bonita se esta beleza entender
Só esta verdade pode matar tudo o que é feio pois só o amor nos acalma a ira que nos assalta, e a ira é tão sómente uma defesa, arma instintiva que nos afasta de males exteriores e de fantasmas interiores criados por eles.
E esta verdade suprema, a das almas que brilham na beleza concedida em afinação constante, será para sempre bússola a poetas, artistas e a todos os que ousem cantar.
Às vezes encontramos poemas que nos servem como luvas
Sei que outro soneto chegará, talvez mais azul dentro de todo o azul dentro deste mosaico de contrastes que é a vida.
Um abraço
Rui
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos,
Oh, quem tanto pudesse que fartasse
Este meu duro génio de vinganças!
Camões
Vestimo-los mesmo que limpando lágrimas
E olhando-nos ao espelho pensamos – que bem que me fica, vou mostrar-me assim aos meus amigos!
E sendo a beleza o esplendor da verdade (santo Agostinho) nunca as quis tanto como agora
O belo sentido nas formas nítidas do pensamento, suprema consolação!
O belo sentido nos olhos, nas embriagantes cores de todas as paisagens ou nos corpos e rostos de mulheres bonitas, e no sorriso eterno de um filho, de uma criança, de um velho, de um amigo!
O belo sentido ao compreendermos que o mal é sempre realizado por alguém que não está bem consigo próprio e que essa própria pessoa será mais bonita se esta beleza entender
Só esta verdade pode matar tudo o que é feio pois só o amor nos acalma a ira que nos assalta, e a ira é tão sómente uma defesa, arma instintiva que nos afasta de males exteriores e de fantasmas interiores criados por eles.
E esta verdade suprema, a das almas que brilham na beleza concedida em afinação constante, será para sempre bússola a poetas, artistas e a todos os que ousem cantar.
Às vezes encontramos poemas que nos servem como luvas
Sei que outro soneto chegará, talvez mais azul dentro de todo o azul dentro deste mosaico de contrastes que é a vida.
Um abraço
Rui
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos,
Oh, quem tanto pudesse que fartasse
Este meu duro génio de vinganças!
Camões
01 outubro 2005
Apreciando a vida do Outro
Visita aos
índios da tribo Kuikuros do Xingú
Fotos de:
Elza Rossato
Henrique Ravasi
Ricardo Auigusto
( http://www.macacoecia.com.br/galerias.asp
enviado por Nadia Chaia)
índios da tribo Kuikuros do Xingú
Fotos de:
Elza Rossato
Henrique Ravasi
Ricardo Auigusto
( http://www.macacoecia.com.br/galerias.asp
enviado por Nadia Chaia)
28 setembro 2005
Triângulo de Amores
Como quem canta
O seu mal espanta
Vou cantar à felicidade
Para ser feliz de verdade
E na música da minha canção
Vou pôr um ritmo samba
Para também poder dançar
E então assim
Eu não vou mesmo chorar
Não queria mexer mais
No meu samba canção
Mas estava a ser injusto, pensei
Com o merengue
Eu também nunca chorei
Fiquei então contente
Com o meu samba merengue
E ai como ele mexia com a gente.
Mas e se eu misturasse um atrevido
Dum gingão fado corrido?
Fiquei surpreendido
Então não é meus senhores
Que me saiu um triângulo de amores
E se é bonito assim eu juro
Que não quero outra coisa para o futuro
Nas minhas canções irei meter
O batuque, a guitarra e o pandeiro
E quero lá saber do dinheiro.
O seu mal espanta
Vou cantar à felicidade
Para ser feliz de verdade
E na música da minha canção
Vou pôr um ritmo samba
Para também poder dançar
E então assim
Eu não vou mesmo chorar
Não queria mexer mais
No meu samba canção
Mas estava a ser injusto, pensei
Com o merengue
Eu também nunca chorei
Fiquei então contente
Com o meu samba merengue
E ai como ele mexia com a gente.
Mas e se eu misturasse um atrevido
Dum gingão fado corrido?
Fiquei surpreendido
Então não é meus senhores
Que me saiu um triângulo de amores
E se é bonito assim eu juro
Que não quero outra coisa para o futuro
Nas minhas canções irei meter
O batuque, a guitarra e o pandeiro
E quero lá saber do dinheiro.
Criança
Toda a criança
Se ela ri ou se ela chora
Se ela brinca ou vai embora
Tem magia
Toda a criança
Se ela pára ouse ela grita
Se ela vai ou se ela fica
Tem mistério
É luz do sol
Tem uma luz escondida
Estrela iluminada
Música bem definida
É um caso sério
Fútil brincadeira
É uma maneira de ser
É a vida inteira
Segredo ocluso do canto
Coisa de espírito santo
Se ela ri ou se ela chora
Se ela brinca ou vai embora
Tem magia
Toda a criança
Se ela pára ouse ela grita
Se ela vai ou se ela fica
Tem mistério
É luz do sol
Tem uma luz escondida
Estrela iluminada
Música bem definida
É um caso sério
Fútil brincadeira
É uma maneira de ser
É a vida inteira
Segredo ocluso do canto
Coisa de espírito santo
Está a clarear
Está a clarear,
a pouco e pouco está a clarear,
à medida que cresce o dia (REFRÃO)
algo se sente na nossa mente
que começa a clarear
Porque será que estão tão sujos os mares?
Porque será, porque será?
Porque será que morrem os peixes dos rios?
Porque será que tens os olhos tão vazios?
Porque será, porque será?
Refrão
Porque é que está tão enfumarado o ar?
Porque será, porque será?
Porque disparas com tanto desdém?
E nem te sentes quando matas alguém?
Porque será, porque será?
Refrão
Porque será que gostas tanto da bomba nuclear?
Porque será, porque será?
Porque é que gostas tão pouco da floresta?
Porque será que para ti ninguém presta?
Porque será, porque será?
Refrão
Porque será que estás sempre a trabalhar?
Porque será que não consegues divertir?
Porque será que só te deixas enganar?
Porque será, porque será?
Está a clarear.
a pouco e pouco está a clarear,
à medida que cresce o dia (REFRÃO)
algo se sente na nossa mente
que começa a clarear
Porque será que estão tão sujos os mares?
Porque será, porque será?
Porque será que morrem os peixes dos rios?
Porque será que tens os olhos tão vazios?
Porque será, porque será?
Refrão
Porque é que está tão enfumarado o ar?
Porque será, porque será?
Porque disparas com tanto desdém?
E nem te sentes quando matas alguém?
Porque será, porque será?
Refrão
Porque será que gostas tanto da bomba nuclear?
Porque será, porque será?
Porque é que gostas tão pouco da floresta?
Porque será que para ti ninguém presta?
Porque será, porque será?
Refrão
Porque será que estás sempre a trabalhar?
Porque será que não consegues divertir?
Porque será que só te deixas enganar?
Porque será, porque será?
Está a clarear.
A corda, a Terra e o pião
Ter uma corda numa mão
E na outra ter um pião,
A corda, é só enrolar
Dá-se um jeito com o corpo
E fica o pião a rodar
O pião roda com a Terra,
Nós, pomos um pé no pião
e deixamos o corpo girar,
E para parar?
Basta carregar no botão
E vejam só que lindo baile
se havia de arranjar,
A Terra a dançar com o pião
E nós também, porque não?
Mas, e a corda, fica a olhar?
Ora, a corda dá para saltar,
Eu lanço-lhe a mão
Ela agarra-se a mim
Passo-a por debaixo do pião
E agora é só aprender a voar
(Bis)
E na outra ter um pião,
A corda, é só enrolar
Dá-se um jeito com o corpo
E fica o pião a rodar
O pião roda com a Terra,
Nós, pomos um pé no pião
e deixamos o corpo girar,
E para parar?
Basta carregar no botão
E vejam só que lindo baile
se havia de arranjar,
A Terra a dançar com o pião
E nós também, porque não?
Mas, e a corda, fica a olhar?
Ora, a corda dá para saltar,
Eu lanço-lhe a mão
Ela agarra-se a mim
Passo-a por debaixo do pião
E agora é só aprender a voar
(Bis)
Tanta Amizade
Tanta amizade
tanta alegria
cantamos de pé
conversamos até
condensados no tempo
tanta euforia
Com sentimento
tantas palavras
bebemos o dia
brindamos à vida
reclamamos a vida
da poesia
Ai, tanta amizade
tanta alegria
conversamos canções
cantamos conversa
e ninguém dispersa
até ser já manhã
Tantas palavras
com tanto orgulho
(montanhas de barulho)
adiamos a dor
contamos o amor
criamos um drama
num fim de semana
(Bis)
tanta alegria
cantamos de pé
conversamos até
condensados no tempo
tanta euforia
Com sentimento
tantas palavras
bebemos o dia
brindamos à vida
reclamamos a vida
da poesia
Ai, tanta amizade
tanta alegria
conversamos canções
cantamos conversa
e ninguém dispersa
até ser já manhã
Tantas palavras
com tanto orgulho
(montanhas de barulho)
adiamos a dor
contamos o amor
criamos um drama
num fim de semana
(Bis)
O dia de Camões
Notícia de abertura do Telejornal
Os resultados da Conferência Nacional
Uma imensa reunião
Sobre as regras da economia
Sobre as leis do mercado
Falou o bispo
Enquanto um famoso economista
Falou de Cristo
E eu perguntei na reunião
Porque é que ficam carecas os homens
E as mulheres não?
Porque é que estão abandonados
Os reformados?
Porque fizeram da velhice
Uma enorme chatice?
- Não dá lucro! (- Bis)
Os peritos do direito
Perceberam-me mal
E ameaçaram-me
Com a pena capital
O pessoal da informação
Achou-me genial
E transformaram-me
No maior de Portugal
Os resultados da Conferência Nacional
Uma imensa reunião
Sobre as regras da economia
Sobre as leis do mercado
Falou o bispo
Enquanto um famoso economista
Falou de Cristo
E eu perguntei na reunião
Porque é que ficam carecas os homens
E as mulheres não?
Porque é que estão abandonados
Os reformados?
Porque fizeram da velhice
Uma enorme chatice?
- Não dá lucro! (- Bis)
Os peritos do direito
Perceberam-me mal
E ameaçaram-me
Com a pena capital
O pessoal da informação
Achou-me genial
E transformaram-me
No maior de Portugal
Só e triste
Estou sózinho e triste
com toda a beleza que existe
da janela vejo o rio e o céu
ouço as vozes que vão passando
e trago tudo isto e o resto
em mim, só em mim - Bis
Simplesmente, sou das coisas resultado
e por elas me sinto acompanhado - Bis
Escuto na brisa que sopra
quem virá
quem trará a boa nova
qual o doce enigma
que se esconde no futuro - Bis
E enquanto escuto vou esperando o sinal
Desse ser transcendental - Bis
com toda a beleza que existe
da janela vejo o rio e o céu
ouço as vozes que vão passando
e trago tudo isto e o resto
em mim, só em mim - Bis
Simplesmente, sou das coisas resultado
e por elas me sinto acompanhado - Bis
Escuto na brisa que sopra
quem virá
quem trará a boa nova
qual o doce enigma
que se esconde no futuro - Bis
E enquanto escuto vou esperando o sinal
Desse ser transcendental - Bis
Uma Canção de Roda
Ele toca muito bem
Eu conto do que sei
E aí vamos os três
Fora de moda
Com uma canção de roda - Bis
Ganharemos o dia
Teremos as ruas em nós
Bem diferente das vezes
Em que estamos sós
Esperando por vós
Com uma canção de roda - Bis
E que bom vai ser
Mais uma vez
Ver o sol nascer
Com toda a magia
De mais um dia
E que bom vai ser
Ver o sol nascer
Com uma canção de roda - Bis
Eu conto do que sei
E aí vamos os três
Fora de moda
Com uma canção de roda - Bis
Ganharemos o dia
Teremos as ruas em nós
Bem diferente das vezes
Em que estamos sós
Esperando por vós
Com uma canção de roda - Bis
E que bom vai ser
Mais uma vez
Ver o sol nascer
Com toda a magia
De mais um dia
E que bom vai ser
Ver o sol nascer
Com uma canção de roda - Bis
Essas tuas mamas
Essas tuas mamas (pápárápárá)
Essas tuas mamas
Dão-me umas ganas
De me agarrar ás tuas mamas
E tu a noite inteira a passar
Pelo meio do bar Refrão
E eu a pensar
Em me agarrar ás tuas mamas
Essas tuas mamas
Essas tuas mamas
Deliciosas
Por baixo das minhas mamas
Rimam como prosas
(REFRÂO)
Roçaste as tuas mamas nas minhas costas
E fiquei todo suado
Tudo por causa dessas mamas
Tudo por causa dessas mamas
(REFRÂO)
Essas tuas mamas
Dão-me umas ganas
De me agarrar ás tuas mamas
E tu a noite inteira a passar
Pelo meio do bar Refrão
E eu a pensar
Em me agarrar ás tuas mamas
Essas tuas mamas
Essas tuas mamas
Deliciosas
Por baixo das minhas mamas
Rimam como prosas
(REFRÂO)
Roçaste as tuas mamas nas minhas costas
E fiquei todo suado
Tudo por causa dessas mamas
Tudo por causa dessas mamas
(REFRÂO)
Sara
Sara,
Ó Mestre Sara,
Olha que o tempo
Corre sempre sem parar,
E mesmo que um dia
Tu não possas sarar,
Sem ti p'ra mim, não faz sentido,
Tu para mim, tu és sem fim
Amigo,
Ó meu amigo,
Olha que o vento vem de um tempo
Bom para sararar,
E mesmo que um dia
Tu não possas parar,
Tu para mim, és mesmo assim,
Tu para mim, tu és sem fim
Amigo,
Ó meu amigo,
Olha que o tempo
Corre sempre sem parar
Ó Mestre Sara,
Olha que o tempo
Corre sempre sem parar,
E mesmo que um dia
Tu não possas sarar,
Sem ti p'ra mim, não faz sentido,
Tu para mim, tu és sem fim
Amigo,
Ó meu amigo,
Olha que o vento vem de um tempo
Bom para sararar,
E mesmo que um dia
Tu não possas parar,
Tu para mim, és mesmo assim,
Tu para mim, tu és sem fim
Amigo,
Ó meu amigo,
Olha que o tempo
Corre sempre sem parar
A menina que tem luz
Quis o destino que um dia
Eu lhe pudesse tocar
E melhor compreendesse
Aquela luz do seu olhar
Foi então que pude ver
Que escondida na beleza
Era igual a quantidade
E o tamanho da tristeza
Chegou-me também a graça
Pelo corpo iluminado
E nem sequer me importei
Por não se ter demorado
Continuo então intrigado
Por, no sonho que eu supus,
Ter descoberto o segredo
Da menina que tem luz
Três luas se volveram
Só desencontros ocorreram
Neste aflito coração
Sem rumo, sem paz, solidão
Na verdade vos digo
Conheço bem essa menina
E todos os dias ela passa
Com um ar cheio de graça
Naquela rua tão divina
Eu lhe pudesse tocar
E melhor compreendesse
Aquela luz do seu olhar
Foi então que pude ver
Que escondida na beleza
Era igual a quantidade
E o tamanho da tristeza
Chegou-me também a graça
Pelo corpo iluminado
E nem sequer me importei
Por não se ter demorado
Continuo então intrigado
Por, no sonho que eu supus,
Ter descoberto o segredo
Da menina que tem luz
Três luas se volveram
Só desencontros ocorreram
Neste aflito coração
Sem rumo, sem paz, solidão
Na verdade vos digo
Conheço bem essa menina
E todos os dias ela passa
Com um ar cheio de graça
Naquela rua tão divina
A Marcha de Alhos Vedros
Hoje há festa em Alhos Vedros
estalam foguetes no ar
estala a lenha na fogueira
viva a marcha popular
Cruza o céu a serpentina
e o nosso povo está contente
vai sonhando a Velhinha
que será menina para sempre
E se a política faz a divisão
esta gente só quer a união
e para lá da linha vai brincar
com o Recreativo Familiar
Já lá vem o Arroteense
e o grupo vai aumentar
mais o Clube do Vinhense
e viva a marcha popular
Logo o CRI se apaixonou
o Chico Pires até corou
e a CACAV, Barra Cheia e Companhia
foram buscar a Academia
Ao ver o povo reunido
a Câmara chamou os arquitectos
marcou data para o discurso
prometeu mais três projectos
estalam foguetes no ar
estala a lenha na fogueira
viva a marcha popular
Cruza o céu a serpentina
e o nosso povo está contente
vai sonhando a Velhinha
que será menina para sempre
E se a política faz a divisão
esta gente só quer a união
e para lá da linha vai brincar
com o Recreativo Familiar
Já lá vem o Arroteense
e o grupo vai aumentar
mais o Clube do Vinhense
e viva a marcha popular
Logo o CRI se apaixonou
o Chico Pires até corou
e a CACAV, Barra Cheia e Companhia
foram buscar a Academia
Ao ver o povo reunido
a Câmara chamou os arquitectos
marcou data para o discurso
prometeu mais três projectos
26 setembro 2005
23 setembro 2005
O Interno Feminino
(à Sónia)
(...)
Uma das razões que sustentaram a nossa amizade foi, sem dúvida, o facto de gostarmos de conversar. Sobre coisas das ciências, é certo, mas particularmente sobre temas metafísicos, esotéricos, a que sempre dávamos uma atenção especial.
Pois bem, hoje tive um sonho que me trouxe de volta algumas das nossas conversas.
Eu e a Sónia, no século XVI, quando do achamento e colonização do Brasil pelos Portugueses, também andámos por lá. Eu que tinha ido de Portugal, ela uma índia brasileira.
Mantivémos uma relação amorosa que acabara por cair em desgraça. Eu dadas algumas obrigações tivera de voltar, ela porque não podia vir teve de ficar. O fim haveria de ser trágico, mas essa parte da história vou isentar-me de contar.
Só sei que é essa uma das razões porque nos voltámos a reencontrar por aqui, nesta transição de século, eu ainda com um ar bem Português, ela já Portuguesa, mas ainda uma nítida ìndia, no corpo, na cara, nos cabelos. É essa uma das razões que nos trouxe de novo a estar juntos. Agora já com os corações quase pacificados, por termos trocado a Amizade pelo Amor e pelo que ele lhe tem de superior.
Assim seja.
(in, Luis Santos, O Interno Feminino, Edições CÊAV, 2003)
Desenho de autor desconhecido.
(...)
Uma das razões que sustentaram a nossa amizade foi, sem dúvida, o facto de gostarmos de conversar. Sobre coisas das ciências, é certo, mas particularmente sobre temas metafísicos, esotéricos, a que sempre dávamos uma atenção especial.
Pois bem, hoje tive um sonho que me trouxe de volta algumas das nossas conversas.
Eu e a Sónia, no século XVI, quando do achamento e colonização do Brasil pelos Portugueses, também andámos por lá. Eu que tinha ido de Portugal, ela uma índia brasileira.
Mantivémos uma relação amorosa que acabara por cair em desgraça. Eu dadas algumas obrigações tivera de voltar, ela porque não podia vir teve de ficar. O fim haveria de ser trágico, mas essa parte da história vou isentar-me de contar.
Só sei que é essa uma das razões porque nos voltámos a reencontrar por aqui, nesta transição de século, eu ainda com um ar bem Português, ela já Portuguesa, mas ainda uma nítida ìndia, no corpo, na cara, nos cabelos. É essa uma das razões que nos trouxe de novo a estar juntos. Agora já com os corações quase pacificados, por termos trocado a Amizade pelo Amor e pelo que ele lhe tem de superior.
Assim seja.
(in, Luis Santos, O Interno Feminino, Edições CÊAV, 2003)
Desenho de autor desconhecido.
22 setembro 2005
Texto de um detido
Ao nosso redor
Washington Fernandes Luiz
Só minha cama me vê todos os dias. Só as paredes presenciam meus movimentos.
Busco o calor em meio aos lençóis e nada encontro.
O vazio reflete o que deixei em minha vida.
Pergunto a mim mesmo: Por onde anda agora?
Longe de mim, invejo a sua liberdade, você anda pela rua enquanto eu fico aqui trancado. Você distribui sorrisos a quem quiser e eu derramo lágrimas no meu travesseiro. Você vê pessoas, fala com elas...
Alguém tinha que perder. Será? Não poderíamos ganhar os dois?
Não vou julgar ninguém pelos meus erros. Pois o amor que sinto impede que eu faça qualquer julgamento.
Só posso sofrer. Não posso mais continuar aqui. Preciso reencontrar meu caminho. Preciso recuperar a mim mesmo. Tenho de retomar os meus passos, reaver meu tempo, recuperar meu espaço.
A felicidade está a um passo de mim, preciso apenas caminhar.
Os anos se passaram e eu ainda tenho o mesmo sentimento, pois o amor é um lindo jardim sempre regado com carinho, amor e compreensão.
Fonte: Jornal Recomeço 119
http://www.plinc.com.br/recomeco
Washington Fernandes Luiz
Só minha cama me vê todos os dias. Só as paredes presenciam meus movimentos.
Busco o calor em meio aos lençóis e nada encontro.
O vazio reflete o que deixei em minha vida.
Pergunto a mim mesmo: Por onde anda agora?
Longe de mim, invejo a sua liberdade, você anda pela rua enquanto eu fico aqui trancado. Você distribui sorrisos a quem quiser e eu derramo lágrimas no meu travesseiro. Você vê pessoas, fala com elas...
Alguém tinha que perder. Será? Não poderíamos ganhar os dois?
Não vou julgar ninguém pelos meus erros. Pois o amor que sinto impede que eu faça qualquer julgamento.
Só posso sofrer. Não posso mais continuar aqui. Preciso reencontrar meu caminho. Preciso recuperar a mim mesmo. Tenho de retomar os meus passos, reaver meu tempo, recuperar meu espaço.
A felicidade está a um passo de mim, preciso apenas caminhar.
Os anos se passaram e eu ainda tenho o mesmo sentimento, pois o amor é um lindo jardim sempre regado com carinho, amor e compreensão.
Fonte: Jornal Recomeço 119
http://www.plinc.com.br/recomeco
17 setembro 2005
Infinitamente Eterno
“Infinitamente Eterno”
Nada está definitivamente morto
Nada está eternamente vivo
Nada é infinitamente imutável
Nada é totalmente estático
Nada é completamente visível
Nada é o que parece ser
Nada é regularmente compacto
Tudo sofre alterações
Tudo existe continuamente
Tudo se transforma
Tudo transmuta de formato
Tudo transita de dimensão
Tudo evoluí continuamente
Tudo se metamorfoseia
O Universo está em constante movimento
A Alma pensa e logo passa à existência a cada momento
A Vida é regurgitada em qualquer canto fértil
A Inteligência está presente em todo o horizonte espacial
O Pensamento é a forma psíquico-Divina de conceber
A Fé é a esperança que temos em continuar o ciclo vital
O Conhecimento é o método que usamos para explorar...
...O “Caminho” que nos levará ao Estado Espiritual Carnal...
...Infinito!...
Em Homenagem à Alma que move a Vida, e na qual, o Homem e toda a Vida Terrestre e Universal circundante, incluindo a Inteligência Espiritual que a anima, compõem...
Escrito em Luanda, Angola, por manuel de sousa, a 15 de Janeiro de 2005...
Nada está definitivamente morto
Nada está eternamente vivo
Nada é infinitamente imutável
Nada é totalmente estático
Nada é completamente visível
Nada é o que parece ser
Nada é regularmente compacto
Tudo sofre alterações
Tudo existe continuamente
Tudo se transforma
Tudo transmuta de formato
Tudo transita de dimensão
Tudo evoluí continuamente
Tudo se metamorfoseia
O Universo está em constante movimento
A Alma pensa e logo passa à existência a cada momento
A Vida é regurgitada em qualquer canto fértil
A Inteligência está presente em todo o horizonte espacial
O Pensamento é a forma psíquico-Divina de conceber
A Fé é a esperança que temos em continuar o ciclo vital
O Conhecimento é o método que usamos para explorar...
...O “Caminho” que nos levará ao Estado Espiritual Carnal...
...Infinito!...
Em Homenagem à Alma que move a Vida, e na qual, o Homem e toda a Vida Terrestre e Universal circundante, incluindo a Inteligência Espiritual que a anima, compõem...
Escrito em Luanda, Angola, por manuel de sousa, a 15 de Janeiro de 2005...
Das Tripas Coração
“Das Tripas Coração”
Faço da tripas coração
Do coração faço uma arma de intervenção
Tento compreender o fenómeno do amor
Quero que ele me ensine
Que me leve pelo Caminho do bem
Me leve ao alto da Montanha
Ensinando-me a orar
A meditar
Sobre como estar em permanente comunhão
Como comungar a evolução Cósmica
Estar em consonância vibratória
Situado no mesmo diapasão
Existindo para criar
Para construir
Imaginando
Um Mundo
Muito melhor...
...para todos...
Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 27 de Fevereiro de 2005, em Homenagem a todos os que se dedicam a criar um Mundo Melhor para todos nós, sem excepção religiosa, política, étnica, filosófica, etc..., pois, Deus-O-Criador, é Pai e Essência de todos nós...
Faço da tripas coração
Do coração faço uma arma de intervenção
Tento compreender o fenómeno do amor
Quero que ele me ensine
Que me leve pelo Caminho do bem
Me leve ao alto da Montanha
Ensinando-me a orar
A meditar
Sobre como estar em permanente comunhão
Como comungar a evolução Cósmica
Estar em consonância vibratória
Situado no mesmo diapasão
Existindo para criar
Para construir
Imaginando
Um Mundo
Muito melhor...
...para todos...
Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 27 de Fevereiro de 2005, em Homenagem a todos os que se dedicam a criar um Mundo Melhor para todos nós, sem excepção religiosa, política, étnica, filosófica, etc..., pois, Deus-O-Criador, é Pai e Essência de todos nós...
Vencer cada Momento
“Vencer Cada Momento”
Para mim todos os instantes são mágicos
Mesmo os que doem superficialmente
Ou os que ferem interiormente
Até aqueles que nos põem fora de si
Para mim todos os bocados são sagrados
Mesmo os que parecem carregados de aparente insucesso
Ou os que nos são desfavoráveis à partida
Até aqueles que nos arrasam o bom humor
Para mim todos os momentos são místicos
Mesmo os que parecem mais claros
Ou os que nos aparecem cheios de fria lógica
Até aqueles que acontecem previsivelmente
Para mim todos os instantes são positivos
Mesmo quando sobrecarregados de carga tida como negativa
Ou os que nos surgem como problemas sem solução prevista
Até aqueles que não nos calham lá muito bem
Para mim todos os acontecimentos são bem vindos
Mesmo os que nos deixam sobremaneira entristecidos
Ou os que nos deixam deveras desgostosos
Até aqueles que nos causam grande amargura no coração
Pois não há ferida nem golpe que me há-de demover de vencer...
Em Dedicação a todos os Homens e Mulheres que venceram na Vida, não esquecendo no entanto, nunca os que perderam ou desistiram de vencer, por tantas razões que desconhecemos, mas que nem por isso poderemos nunca desprezar, pois há sempre milhentas de circunstâncias adversas e misteriosas, que parecem insistir em orientar a nossa Vida, ou de forma favorável ou de forma desastrosa, às vezes!...
Ainda hoje, em conversa com alguém, o dissemos quase inadvertidamente que, a vida é uma simples circunstância do vasto Pensamento Cósmico Divino...
Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 14 de Maio de 2005...
Para mim todos os instantes são mágicos
Mesmo os que doem superficialmente
Ou os que ferem interiormente
Até aqueles que nos põem fora de si
Para mim todos os bocados são sagrados
Mesmo os que parecem carregados de aparente insucesso
Ou os que nos são desfavoráveis à partida
Até aqueles que nos arrasam o bom humor
Para mim todos os momentos são místicos
Mesmo os que parecem mais claros
Ou os que nos aparecem cheios de fria lógica
Até aqueles que acontecem previsivelmente
Para mim todos os instantes são positivos
Mesmo quando sobrecarregados de carga tida como negativa
Ou os que nos surgem como problemas sem solução prevista
Até aqueles que não nos calham lá muito bem
Para mim todos os acontecimentos são bem vindos
Mesmo os que nos deixam sobremaneira entristecidos
Ou os que nos deixam deveras desgostosos
Até aqueles que nos causam grande amargura no coração
Pois não há ferida nem golpe que me há-de demover de vencer...
Em Dedicação a todos os Homens e Mulheres que venceram na Vida, não esquecendo no entanto, nunca os que perderam ou desistiram de vencer, por tantas razões que desconhecemos, mas que nem por isso poderemos nunca desprezar, pois há sempre milhentas de circunstâncias adversas e misteriosas, que parecem insistir em orientar a nossa Vida, ou de forma favorável ou de forma desastrosa, às vezes!...
Ainda hoje, em conversa com alguém, o dissemos quase inadvertidamente que, a vida é uma simples circunstância do vasto Pensamento Cósmico Divino...
Escrito por manuel de sousa, em Luanda, Angola, a 14 de Maio de 2005...
11 setembro 2005
AGUARELAS
Exposição de Pintura
AGUARELAS
de
Francisco Gomes Amorim, Rio de Janeiro, Brasil
Produções: CÊAV
Os Três Círculos da Lusofonia
Os três círculos da lusofonia, de Fernando Cristóvão. O texto foi publicado originalmente na revista "Humanidades", Lisboa, Setembro de 2002. Por sinal eu e o Luís Carlos Santos colaboramos na edição desta revista, convidando alguns colaboradores, e nós mesmos escrevemos para aquela publicação.
Mas diz o autor Cristóvão que : «Situa-se a lusofonia na convergência de várias dinâmicas que a História lusa tem despertado ao longo dos séculos: a das utopias de Vieira, Sílvio Romero, Pessoa, Agostinho da Silva e muitos outros, e a dos factos e situações criadas a partir da colonização portuguesa e das opções livres partilhadas pelos novos países que reafirmaram a língua portuguesa como sua língua materna, oficial ou segunda. Actualmente, oito países independentes dialogam em português e o usam como língua materna, língua de comunicação internacional, língua de ciência, cultura, ensino, religião: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor.
Na construção de uma utopia de Quinto Império, arquétipo mítico da Lusofonia, Vieira imaginou um império de carácter religioso e universal, como o descreveu visionariamente na História do Futuro: «É conclusão, e de fé, que este Quinto Império de que falamos, anunciado e prometido pelos profetas, é o Império de Cristo e dos cristãos (.) contudo, a sentença comum dos santos e recebida e seguida como certa por todos os expositores é que (.) é Império da Terra e na Terra (.) espiritual no governo, espiritual no uso, nas expressões e no exercício (.) Em qualquer tempo futuro será sempre espiritual.»1
Fortemente inspirado naquele a quem apelidava de "Imperador da Língua Portuguesa", Pessoa entendeu o Quinto Império não como religioso mas como cultural, uma Pátria, na expressão do heterónimo Bernardo Soares, em que a língua portuguesa seria o cimento da união de vários povos, pois outro sentido não tem o seu "atlantismo": «Não há separação essencial entre os povos que falam a língua portuguesa. Embora Portugal e o Brasil sejam politicamente nações diferentes, contêm, por sistema, uma direcção imperial comum, a que é mister que obedeçam. «(.) Acima da ideia do Império Português, subordinado ao espírito definido pela língua portuguesa, não há fórmula política nem ideia religiosa, (.) Condições imediatas do Império da Cultura é uma língua apta para isso, rica, gramaticalmente completa, fortemente nacional.»2 Língua esta desse Império e dessa Pátria que claramente Pessoa explicou ser a língua portuguesa.
Margarida Castro
(leiam o artigo na íntegra no http://br.groups.yahoo.com/group/dialogos_lusofonos/files/Está com o NOME: Lusofonia- Os três círculos da lusofonia )
Mas diz o autor Cristóvão que : «Situa-se a lusofonia na convergência de várias dinâmicas que a História lusa tem despertado ao longo dos séculos: a das utopias de Vieira, Sílvio Romero, Pessoa, Agostinho da Silva e muitos outros, e a dos factos e situações criadas a partir da colonização portuguesa e das opções livres partilhadas pelos novos países que reafirmaram a língua portuguesa como sua língua materna, oficial ou segunda. Actualmente, oito países independentes dialogam em português e o usam como língua materna, língua de comunicação internacional, língua de ciência, cultura, ensino, religião: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor.
Na construção de uma utopia de Quinto Império, arquétipo mítico da Lusofonia, Vieira imaginou um império de carácter religioso e universal, como o descreveu visionariamente na História do Futuro: «É conclusão, e de fé, que este Quinto Império de que falamos, anunciado e prometido pelos profetas, é o Império de Cristo e dos cristãos (.) contudo, a sentença comum dos santos e recebida e seguida como certa por todos os expositores é que (.) é Império da Terra e na Terra (.) espiritual no governo, espiritual no uso, nas expressões e no exercício (.) Em qualquer tempo futuro será sempre espiritual.»1
Fortemente inspirado naquele a quem apelidava de "Imperador da Língua Portuguesa", Pessoa entendeu o Quinto Império não como religioso mas como cultural, uma Pátria, na expressão do heterónimo Bernardo Soares, em que a língua portuguesa seria o cimento da união de vários povos, pois outro sentido não tem o seu "atlantismo": «Não há separação essencial entre os povos que falam a língua portuguesa. Embora Portugal e o Brasil sejam politicamente nações diferentes, contêm, por sistema, uma direcção imperial comum, a que é mister que obedeçam. «(.) Acima da ideia do Império Português, subordinado ao espírito definido pela língua portuguesa, não há fórmula política nem ideia religiosa, (.) Condições imediatas do Império da Cultura é uma língua apta para isso, rica, gramaticalmente completa, fortemente nacional.»2 Língua esta desse Império e dessa Pátria que claramente Pessoa explicou ser a língua portuguesa.
Margarida Castro
(leiam o artigo na íntegra no http://br.groups.yahoo.com/group/dialogos_lusofonos/files/Está com o NOME: Lusofonia- Os três círculos da lusofonia )
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